Amparar: os efeitos e impacto da política prisional no cotidiano das mulheres familiares de encarcerados/as. Ser família de preso é crime?
Este trabalho parte de uma autoetnografia, como método que permite uma analise a partir de narrativas pessoais da autora desta pesquisa, da ligação de métodos qualitativos de pesquisa com objetivo de estudar a experiência e a vivencia do movimento de familiares de pessoas presas Amparar – Associação de Familiares e Amigos/as de Presos/as e internos/as da Fundação Casa. Assim este estudo aborda a história desde anos noventa e o cenário da luta política de garantia de direitos de adolescentes inseridos em um contexto sistemático de violações no sistema socioeducativo tocado pelos movimentos atuantes na defesa dos direitos da criança e adolescente e das mães envolvidas na organização Amar até a transição para Amparar. Além disso, aprofunda o olhar para as violações estatais no cárcere e sua relação com as políticas públicas existentes e a demanda pela garantia e efetivação das mesmas. Neste sentindo, este estudo caminha para demonstrar a potencialidades da autoetnografia como ferramenta de pesquisa ligada à luta de mulheres pela garantia de seus direitos e de seus familiares privados/as de liberdade no estado de São Paulo.