Nanocompósitos de poli(tereftalato de etileno) com nanopartículas híbridas contendo prata para potencial aplicação em cortinas hospitalares
O desenvolvimento de materiais voltados à proteção em ambientes hospitalares, como cortinas separadoras de leitos, tem crescido em resposta a exigências sanitárias e regulatórias. A pandemia de COVID-19 intensificou a preocupação com a transmissão de microrganismos por superfícies de contato. Além da atividade antimicrobiana, outras propriedades funcionais são desejáveis, como resistência à chama e ação autolimpante. Este trabalho visa à síntese de nanopartículas híbridas de prata em dióxido de titânio (Ag/TiO₂) e nanoargila de montmorilonita organomodificada (Ag/C30B), bem como à produção de nanocompósitos de poli(tereftalato de etileno) (PET) via processamento no estado fundido, com foco em aplicações potenciais em cortinas hospitalares. As nanopartículas Ag/TiO₂ foram sintetizadas por redução química, enquanto as Ag/C30B foram obtidas por troca iônica, seguida de redução térmica in situ no PET fundido. A incorporação da prata foi confirmada por Difração de Raios-X e Espectroscopia por Dispersão de Raios-X. Por Microscopia Eletrônica de Transmissão e Espalhamento Dinâmico de Luz, estimou-se o tamanho das nanopartículas. A Espectroscopia UV-Vis revelou maior absorção de radiação no espectro ultravioleta e visível em Ag/TiO₂ em comparação ao TiO₂ puro. Na primeira etapa de processamento, os nanocompósitos foram desenvolvidos via misturador externo, com concentração de nanopartículas total fixada em 5%, e alternadas de 0 a 5% entre Ag/TiO2 e Ag/C30B para avaliação de propriedades antivirais (SARS-CoV-2) segundo a ISO 21702:2019. Na segunda etapa, os nanocompósitos foram desenvolvidos via extrusão com TiO2, Ag/TiO2, C30B e Ag/C30B em concentrações de 1, 3 e 5%. A formulação com 2% Ag/TiO₂ e 3% Ag/C30B, avaliada previamente como virucida, foi mantida para análise adicional. Foram também realizadas análises térmicas, estruturais e funcionais, incluindo atividade antibacteriana frente a E. coli (método Kirby-Bauer), hidrofobicidade (ASTM D7334) e resistência à chama (UL-94).