USINA FOTOVOLTAICA FLUTUANTE COM PAINÉIS BIFACIAIS E SEGUIDORES SOLARES ATIVOS
Com mais de 52,2 GW de usinas fotovoltaicas no Brasil, representando 21,5% da matriz elétrica nacional, ANEEL (2025), esta fonte energética consolidou-se entre investidores como alternativa estratégica para mitigar problemas de fornecimento de energia no cenário mundial e brasileiro, EPE/IEA (2023).
A expansão acelerada de sistemas fotovoltaicos de grande porte reduziu a disponibilidade de terrenos com alta irradiação solar, elevando significativamente seus valores de aquisição e arrendamento. Devido ao grande número de painéis solares que ocupam áreas de tamanhos expressivos, projetos passaram a se tornar inviáveis de serem feitos, pelo alto valor de investimento e pelo seu impacto ambiental em locais antes produtivos ou de proteção ambiental.
Estas constantes reprovações de projetos fotovoltaicos por órgãos reguladores ambientais como: ANEEL, IBAMA, CETESB e outros, evitam os desequilíbrios socioambientais que podem causar nos locais de pretensão de instalação. Contudo, freiam as vantagens de utilização de energia renovável, fato que veem se tornando um desafio: equilibrar a necessidade de conversão de energia elétrica por fontes sustentáveis versus conservação do meio ambiente.
O trabalho apresenta por meio do desenvolvimento de um algoritmo com análises computacionais e dados de campo de dois locais, que o uso combinado de painéis bifaciais em instalações flutuantes com um sistema de seguidor solar ativo de um eixo, construído com motorredutores e controle de algoritmo astronômico, supera os sistemas fixos, alcançando aumentos de rendimento energético de 8,5% a 18%. Além disso, quando comparado a seguidores solares baseados em solo e lago, o sistema flutuante apresentou uma melhoria de 9,8% no desempenho. Esta solução se mostra uma alternativa financeira e socioeconomicamente viável, garantindo a preservação do ecossistema local, minimizando impactos ambientais e otimizando a conversão de energia dos painéis.