PPGCTA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: 1142242590 http://propg.ufabc.edu.br/ppgcta
Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
1
  • GABRIELLE SEGATTI SOARES ALMEIDA
  • EFEITOS INDIVIDUAIS E COMBINADOS DE ESTRESSORES EM MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS DE RIACHOS TROPICAIS: EXPERIMENTO EM MESOCOSMOS 

  • Orientador : RICARDO HIDEO TANIWAKI
  • Data: 07/03/2024

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  • O desenvolvimento agrícola tem contribuído para a degradação dos ecossistemas de água doce em regiões tropicais. Dois principais fatores de estresse em riachos e rios em áreas agrícolas são a deposição de sedimentos finos, resultante da erosão, e o enriquecimento de nutrientes devido à fertilização do solo. Além disso, as mudanças climáticas globais podem intensificar esses impactos, acarretando maiores consequências negativas para os ambientes lóticos tropicais, tais como redução no fluxo da água. No entanto, as interações potencialmente importantes entre o aquecimento climático e os estressores relacionados ao uso da terra permanecem em grande parte desconhecidas. Dessa maneira, neste estudo foi analisado os efeitos isolados e combinados da sedimentação (dois níveis), enriquecimento com nutrientes (4 níveis) e redução da vazão (dois níveis) sobre a comunidade de macroinvertebrados bentônicos em riachos tropicais. O experimento foi conduzido em um sistema de mesocosmos experimentais, constantemente enriquecidos com água do riacho objeto de estudoDe maneira geral, o único estressor que apresentou efeitos significativos negativos, foi o enriquecimento com nitrato em nível elevado. O presente trabalho foi dividido em duas partes, sendo a primeira uma revisão bibliográfica, abordando os principais aspectos dos estressores e da comunidade bentônica, enquanto a segunda parte se configurou como um capítulo em formato de artigo científico. 


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  • O desenvolvimento agrícola tem contribuído para a degradação dos ecossistemas de água doce em regiões tropicais. Dois principais fatores de estresse em riachos e rios em áreas agrícolas são a deposição de sedimentos finos, resultante da erosão, e o enriquecimento de nutrientes devido à fertilização do solo. Além disso, as mudanças climáticas globais podem intensificar esses impactos, acarretando maiores consequências negativas para os ambientes lóticos tropicais, tais como redução no fluxo da água. No entanto, as interações potencialmente importantes entre o aquecimento climático e os estressores relacionados ao uso da terra permanecem em grande parte desconhecidas. Dessa maneira, neste estudo foi analisado os efeitos isolados e combinados da sedimentação (dois níveis), enriquecimento com nutrientes (4 níveis) e redução da vazão (dois níveis) sobre a comunidade de macroinvertebrados bentônicos em riachos tropicais. O experimento foi conduzido em um sistema de mesocosmos experimentais, constantemente enriquecidos com água do riacho objeto de estudoDe maneira geral, o único estressor que apresentou efeitos significativos negativos, foi o enriquecimento com nitrato em nível elevado. O presente trabalho foi dividido em duas partes, sendo a primeira uma revisão bibliográfica, abordando os principais aspectos dos estressores e da comunidade bentônica, enquanto a segunda parte se configurou como um capítulo em formato de artigo científico. 

2
  • LETICIA DE SOUZA ZANI
  • Estratégias de manejo de SUS SCROFA (LINNAEUS, 1758) – javali, no território brasileiro e sua distribuição potencial na região neotropical

  • Orientador : ANGELA TERUMI FUSHITA
  • Data: 28/03/2024

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  • Espécie exótica é toda espécie que habita uma região diferente da sua área de distribuição natural. O javali (Sus scrofa) teve sua introdução no Brasil em diferentes momentos históricos e possui hoje uma ampla abrangência espacial no território brasileiro com efeitos negativos nos habitats em que se encontra, potencializados pelo caráter selvagem, predatório e territorial da espécie. Animal exótico invasor em sua definição e em vista da sua ampla distribuição em território nacional, o projeto tem como como intencionalidade analisar em quais regiões do Brasil o javali (Sus scrofa) tem potencial de invasão com base nas características ambientais dos habitats em que o animal se encontra atualmente distribuído. Utilizando como aparato teórico a revisão bibliográfica dos processos de introdução e ocupação no Brasil, os impactos e malefícios na biodiversidade, a legislação vigente que trata das
    normativas referentes ao manejo do animal e sua proliferação no país, bem como os efeitos controversos da caça do animal. Tendo como método a aplicação de modelagem preditiva potencial de distribuição da espécie para identificar possíveis padrões de ocupação nos habitats atualmente ocupados por meio de variáveis ambientais selecionadas e angariar indicativos de expansão no Brasil. Com auxílio de ferramentas de modelagem e sistemas de informação geográfica pode-se desprender novos focos da distribuição espacial do javali no Brasil.


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  • Espécie exótica é toda espécie que habita uma região diferente da sua área de distribuição natural. O javali (Sus scrofa) teve sua introdução no Brasil em diferentes momentos históricos e possui hoje uma ampla abrangência espacial no território brasileiro com efeitos negativos nos habitats em que se encontra, potencializados pelo caráter selvagem, predatório e territorial da espécie. Animal exótico invasor em sua definição e em vista da sua ampla distribuição em território nacional, o projeto tem como como intencionalidade analisar em quais regiões do Brasil o javali (Sus scrofa) tem potencial de invasão com base nas características ambientais dos habitats em que o animal se encontra atualmente distribuído. Utilizando como aparato teórico a revisão bibliográfica dos processos de introdução e ocupação no Brasil, os impactos e malefícios na biodiversidade, a legislação vigente que trata das
    normativas referentes ao manejo do animal e sua proliferação no país, bem como os efeitos controversos da caça do animal. Tendo como método a aplicação de modelagem preditiva potencial de distribuição da espécie para identificar possíveis padrões de ocupação nos habitats atualmente ocupados por meio de variáveis ambientais selecionadas e angariar indicativos de expansão no Brasil. Com auxílio de ferramentas de modelagem e sistemas de informação geográfica pode-se desprender novos focos da distribuição espacial do javali no Brasil.

3
  • ALAN YAGO BARBOSA DE LIMA
  • Impacto do El Niño Oscilação Sul na Segurança Alimentar:

    Panorama do Contexto Brasileiro

  • Orientador : ANDREA DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 10/04/2024

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  • A segurança alimentar e nutricional (SAN) é uma preocupação global que é impactada por
    fatores climáticos e socioeconômicos. Apesar dos recordes anuais de produção agrícola,
    globalmente a insegurança alimentar ainda é uma realidade, com cerca de 768 milhões de
    pessoas em situação de privação alimentar em 2021. À política climática global e o bem-estar
    da sociedade são temas amplamente debatidos no meio científico internacional. Nesse
    contexto, o fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) é conhecido por ser uma importante
    fonte de variação climática, com potencial de intensificar problemas socioeconômicos e de
    produção agrícola. O fenômeno possui uma previsibilidade, apresentando duas fases, El Niño,
    aquecimento do Pacífico tropical, e La Niña, resfriamento. Através do estudo desse fenômeno
    e o conhecimento quanto a sua influência, pode ser possível minimizar os impactos climáticos
    na SAN. O objetivo dessa pesquisa é investigar a influência e impactos do ENOS sobre a
    segurança alimentar no Brasil. Foram utilizados dados de índice de prevalência de
    desnutrição, variação de temperatura da região do oceano pacífico correspondente ao Niño
    3.4, e dados socioeconômicos relacionados a renda, consumo e oferta alimentar entre 1991 e
    2020. Foram conduzidas análises de correlações entre desnutrição e fatores socioeconômicos
    e comparada a evolução de dados do Brasil, que é um país fortemente afetado pelo ENOS, e
    um grupo de países (Argentina, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos da América e
    Uruguai) fracamente afetado e socioeconomicamente semelhante ao Brasil. Foi realizada uma
    análise econométrica com base em um modelo de regressão para melhor compreensão dessas
    relações. Os resultados mostram que a prevalência de desnutrição diminuiu ao longo do
    tempo, com uma média de desnutrição maior em anos de El Niño. Ao comparar o Brasil com
    o grupo fracamente afetado pelo ENOS, observou-se que os fatores que afetam a segurança
    alimentar são intensificados no caso do Brasil, enquanto no grupo fracamente afetado pelo
    ENOS os indicadores se mantiveram relativamente estáveis ao longo dos anos. Os efeitos do
    ENOS no abastecimento alimentar são insignificantes, sugerindo que o sistema alimentar
    nacional tem a capacidade de minimizar os efeitos climáticos. Foi observado uma forte
    relação entre entre o ENOS a oscilação dos preços e a prevalência de desnutrição, com
    aumento desses índices em estados mais quentes do fenômeno. O estudo indica que o ENOS
    apresenta impacto significativo na estabilidade de acesso aos alimentos, mas não na sua
    disponibilidade pois não há escassez alimentar, e que melhorias nas condições
    socioeconômicas impactam positivamente a segurança alimentar.


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  • A segurança alimentar e nutricional (SAN) é uma preocupação global que é impactada por
    fatores climáticos e socioeconômicos. Apesar dos recordes anuais de produção agrícola,
    globalmente a insegurança alimentar ainda é uma realidade, com cerca de 768 milhões de
    pessoas em situação de privação alimentar em 2021. À política climática global e o bem-estar
    da sociedade são temas amplamente debatidos no meio científico internacional. Nesse
    contexto, o fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) é conhecido por ser uma importante
    fonte de variação climática, com potencial de intensificar problemas socioeconômicos e de
    produção agrícola. O fenômeno possui uma previsibilidade, apresentando duas fases, El Niño,
    aquecimento do Pacífico tropical, e La Niña, resfriamento. Através do estudo desse fenômeno
    e o conhecimento quanto a sua influência, pode ser possível minimizar os impactos climáticos
    na SAN. O objetivo dessa pesquisa é investigar a influência e impactos do ENOS sobre a
    segurança alimentar no Brasil. Foram utilizados dados de índice de prevalência de
    desnutrição, variação de temperatura da região do oceano pacífico correspondente ao Niño
    3.4, e dados socioeconômicos relacionados a renda, consumo e oferta alimentar entre 1991 e
    2020. Foram conduzidas análises de correlações entre desnutrição e fatores socioeconômicos
    e comparada a evolução de dados do Brasil, que é um país fortemente afetado pelo ENOS, e
    um grupo de países (Argentina, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos da América e
    Uruguai) fracamente afetado e socioeconomicamente semelhante ao Brasil. Foi realizada uma
    análise econométrica com base em um modelo de regressão para melhor compreensão dessas
    relações. Os resultados mostram que a prevalência de desnutrição diminuiu ao longo do
    tempo, com uma média de desnutrição maior em anos de El Niño. Ao comparar o Brasil com
    o grupo fracamente afetado pelo ENOS, observou-se que os fatores que afetam a segurança
    alimentar são intensificados no caso do Brasil, enquanto no grupo fracamente afetado pelo
    ENOS os indicadores se mantiveram relativamente estáveis ao longo dos anos. Os efeitos do
    ENOS no abastecimento alimentar são insignificantes, sugerindo que o sistema alimentar
    nacional tem a capacidade de minimizar os efeitos climáticos. Foi observado uma forte
    relação entre entre o ENOS a oscilação dos preços e a prevalência de desnutrição, com
    aumento desses índices em estados mais quentes do fenômeno. O estudo indica que o ENOS
    apresenta impacto significativo na estabilidade de acesso aos alimentos, mas não na sua
    disponibilidade pois não há escassez alimentar, e que melhorias nas condições
    socioeconômicas impactam positivamente a segurança alimentar.

4
  • BEATRIZ CARVALHO DE SOUZA
  • O desafio da responsabilidade por danos decorrentes de contaminação de agrotóxico: limites do Direito brasileiro na mitigação desse impacto socioambiental


  • Orientador : VITOR VIEIRA VASCONCELOS
  • Data: 28/05/2024

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  • A discussão sobre o uso de agrotóxicos no Brasil vem ganhando destaque desde que o país foi apontado como o maior consumidor desses produtos do mundo, em 2008, e segue com uma política de incentivo à essa forma de produção agrícola, o que gera muito debate no meio acadêmico, sociedade civil e esfera pública. Os riscos sobre o uso intensivo dessas substâncias para o meio ambiente e saúde humana são discutidos desde 1962, todavia há grande dificuldade de identificar o liame de causalidade entre evento e dano, ou seja, comprovar que determinado produto, durante determinada ocasião, ocasionou o dano em comento. Por isso, foi despertado o interesse de apurar como esse tema é tratado no judiciário brasileiro. O presente trabalho tem como objetivo analisar a dificuldade de comprovação desse nexo de causalidade nas ações de responsabilização por contaminação de agrotóxicos. Para tanto, foi feita pesquisa em duas frentes: a primeira, através de uma pesquisa jurisprudencial nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Pernambuco e Paraná, e a segunda, por meio de entrevistas com peritos judiciais e outros atores que trabalham diretamente na investigação. Na jurisprudência, percebe-se que o judiciário é acionado principalmente por danos à saúde humana e às lavouras, são poucas ações sobre contaminação do meio ambiente como bem coletivo e, em aproximadamente metade das decisões não foi configurado o nexo causal, sendo os principais entraves a rejeição da relação dos agrotóxicos com doenças e o evento da deriva do produto para outros locais que não o de aplicação. Na seara trabalhista, nota-se a pouca utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), e concentra os casos de óbito. Durante as entrevistas, relatam a complexidade desses produtos, que são identificados apenas em condições temporais, espaciais e de quantidade bastante específicas. A combinação dessas análises permite que seja traçado um panorama sobre a questão no país e que sejam apontadas possíveis soluções para que o Direito brasileiro consiga ser mais efetivo na sua atuação. Por ser um tema fortemente atravessado por questões econômicas e escolhas políticas, estudos sobre a contaminação por agrotóxicos são de vital importância para que a tomada de decisões, na justiça e fora dela, seja consciente e fundamentada.


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  • A discussão sobre o uso de agrotóxicos no Brasil vem ganhando destaque desde que o país foi apontado como o maior consumidor desses produtos do mundo, em 2008, e segue com uma política de incentivo à essa forma de produção agrícola, o que gera muito debate no meio acadêmico, sociedade civil e esfera pública. Os riscos sobre o uso intensivo dessas substâncias para o meio ambiente e saúde humana são discutidos desde 1962, todavia há grande dificuldade de identificar o liame de causalidade entre evento e dano, ou seja, comprovar que determinado produto, durante determinada ocasião, ocasionou o dano em comento. Por isso, foi despertado o interesse de apurar como esse tema é tratado no judiciário brasileiro. O presente trabalho tem como objetivo analisar a dificuldade de comprovação desse nexo de causalidade nas ações de responsabilização por contaminação de agrotóxicos. Para tanto, foi feita pesquisa em duas frentes: a primeira, através de uma pesquisa jurisprudencial nos estados de Mato Grosso, São Paulo, Pernambuco e Paraná, e a segunda, por meio de entrevistas com peritos judiciais e outros atores que trabalham diretamente na investigação. Na jurisprudência, percebe-se que o judiciário é acionado principalmente por danos à saúde humana e às lavouras, são poucas ações sobre contaminação do meio ambiente como bem coletivo e, em aproximadamente metade das decisões não foi configurado o nexo causal, sendo os principais entraves a rejeição da relação dos agrotóxicos com doenças e o evento da deriva do produto para outros locais que não o de aplicação. Na seara trabalhista, nota-se a pouca utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), e concentra os casos de óbito. Durante as entrevistas, relatam a complexidade desses produtos, que são identificados apenas em condições temporais, espaciais e de quantidade bastante específicas. A combinação dessas análises permite que seja traçado um panorama sobre a questão no país e que sejam apontadas possíveis soluções para que o Direito brasileiro consiga ser mais efetivo na sua atuação. Por ser um tema fortemente atravessado por questões econômicas e escolhas políticas, estudos sobre a contaminação por agrotóxicos são de vital importância para que a tomada de decisões, na justiça e fora dela, seja consciente e fundamentada.

5
  • PAULO SÉRGIO DE CAMARGO TELES MIRANDA
  • Efeitos da sedimentação, enriquecimento de nitrato e redução da vazão na deriva e emersão de insetos aquáticos

  • Orientador : RICARDO HIDEO TANIWAKI
  • Data: 06/06/2024

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  • Riachos tropicais têm sofrido com as mudanças ecológicas, decorrentes do aquecimento global, além da pressão cada vez maior pela expansão da agricultura. O presente estudo visou estudar os impactos exercidos sobre a comunidade aquática de riachos tropicais por estressores múltiplos, sobretudo como tais estressores e impactos afetam a emersão e deriva dos macroinvertebrados, processos essenciais para o funcionamento do ecossistema. Para isso foi executado o projeto ExStream pela primeira vez no Brasil, onde foram construídos 80 riachos artificiais por meio do sistema de mesocosmos e manipuladas combinações de três estressores: vazão, sedimento e nutrientes. Foram realizadas duas coletas de macroinvertebrados levados pela deriva e de insetos adultos que emergiram, uma no primeiro dia da manipulação dos estressores e outras ao final após 21 dias de manipulação. Usando a emersão e deriva de macroinvertebrados como indicadores, buscou-se verificar quais estressores e combinações são mais prejudiciais à biodiversidade aquática. Os resultados apontam para efeitos negativos, ainda mais acentuados nos tratamentos com vazão reduzida e acréscimo de 90% de nitrato ou com outros estressores sem adição alguma de nutrientes.


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  • Riachos tropicais têm sofrido com as mudanças ecológicas, decorrentes do aquecimento global, além da pressão cada vez maior pela expansão da agricultura. O presente estudo visou estudar os impactos exercidos sobre a comunidade aquática de riachos tropicais por estressores múltiplos, sobretudo como tais estressores e impactos afetam a emersão e deriva dos macroinvertebrados, processos essenciais para o funcionamento do ecossistema. Para isso foi executado o projeto ExStream pela primeira vez no Brasil, onde foram construídos 80 riachos artificiais por meio do sistema de mesocosmos e manipuladas combinações de três estressores: vazão, sedimento e nutrientes. Foram realizadas duas coletas de macroinvertebrados levados pela deriva e de insetos adultos que emergiram, uma no primeiro dia da manipulação dos estressores e outras ao final após 21 dias de manipulação. Usando a emersão e deriva de macroinvertebrados como indicadores, buscou-se verificar quais estressores e combinações são mais prejudiciais à biodiversidade aquática. Os resultados apontam para efeitos negativos, ainda mais acentuados nos tratamentos com vazão reduzida e acréscimo de 90% de nitrato ou com outros estressores sem adição alguma de nutrientes.

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  • CLAUDIO ROBERTO CALDEREIRO
  • Impacto das Nanopartículas de Dióxido de Titânio na Nucleação e Crescimento de Cristais de Estruvita para a Recuperação de Fósforo de Esgoto Sanitário

  • Orientador : RODRIGO DE FREITAS BUENO
  • Data: 19/06/2024

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  • Nas últimas décadas, os processos biológicos de tratamento de esgoto sanitário foram significativamente aperfeiçoados, especialmente na remoção de fósforo, visando reduzir o desequilíbrio nutricional dos ecossistemas aquáticos que recebem os efluentes tratados. Globalmente, diversas estações de tratamento conseguem remover biologicamente o fósforo em quantidades superiores às necessidades metabólicas dos microrganismos de depuração. No Brasil, essa tecnologia ainda não é amplamente utilizada, e estudos continuam a ser realizados para adaptar e otimizar o processo às condições locais. O lodo excedente, geralmente enviado a aterros sanitários após tratamento adequado, contém fósforo removido do esgoto, resultando na perda de um nutriente valioso.

    Recentemente, algumas estações de tratamento implementaram processos de recuperação de fósforo em escala real, precipitando-o na forma de estruvita (MgNH4PO4.6H2O). Após a digestão anaeróbia do lodo, o fósforo liberado na fase líquida é desidratado, e o líquido resultante é tratado em um reator para precipitação de estruvita. O presente estudo teve como objetivo avaliar, com sucesso, em escala laboratorial, as condições necessárias para a recuperação de fósforo do esgoto sanitário pelo processo de precipitação de estruvita. A pesquisa inovou ao utilizar nanopartículas metálicas para acelerar a nucleação dos cristais de estruvita, avaliando a eficácia dessa abordagem em diferentes condições.


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  • Nas últimas décadas, os processos biológicos de tratamento de esgoto sanitário foram significativamente aperfeiçoados, especialmente na remoção de fósforo, visando reduzir o desequilíbrio nutricional dos ecossistemas aquáticos que recebem os efluentes tratados. Globalmente, diversas estações de tratamento conseguem remover biologicamente o fósforo em quantidades superiores às necessidades metabólicas dos microrganismos de depuração. No Brasil, essa tecnologia ainda não é amplamente utilizada, e estudos continuam a ser realizados para adaptar e otimizar o processo às condições locais. O lodo excedente, geralmente enviado a aterros sanitários após tratamento adequado, contém fósforo removido do esgoto, resultando na perda de um nutriente valioso.

    Recentemente, algumas estações de tratamento implementaram processos de recuperação de fósforo em escala real, precipitando-o na forma de estruvita (MgNH4PO4.6H2O). Após a digestão anaeróbia do lodo, o fósforo liberado na fase líquida é desidratado, e o líquido resultante é tratado em um reator para precipitação de estruvita. O presente estudo teve como objetivo avaliar, com sucesso, em escala laboratorial, as condições necessárias para a recuperação de fósforo do esgoto sanitário pelo processo de precipitação de estruvita. A pesquisa inovou ao utilizar nanopartículas metálicas para acelerar a nucleação dos cristais de estruvita, avaliando a eficácia dessa abordagem em diferentes condições.

7
  • GABRIELLE GOMES CALADO
  • AVALIAÇÃO DE CENÁRIOS FUTUROS DE DISPONIBILIDADE HÍDRICA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO SISTEMA PRODUTOR SÃO LOURENÇO NO ESTADO DE SÃO PAULO – BRASIL 

  • Orientador : MARIA CLEOFE VALVERDE BRAMBILA
  • Data: 20/06/2024

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  • As mudanças climáticas globais e a ocorrência de eventos climáticos extremos impactam diretamente o ciclo hidrológico, tornando importante o estudo de condições climáticas como subsídio ao gerenciamento de recursos hídricos em bacias hidrográficas. Este estudo visa apresentar um diagnóstico do comportamento histórico e cenários futuros das condições de disponibilidade hídrica na bacia hidrográfica do Alto Juquiá/São Lourenço, na qual está localizado o Sistema Produtor São Lourenço (SPSL), um dos sistemas produtores de água utilizados para o abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Para caracterização hidroclimática da área de estudo foi realizada a coleta de dados observados mensais de precipitação (1970-2019), temperatura (1961-2019), evapotranspiração potencial (ETP) (1961-2019) e vazão (2000-2022), sendo verificadas tendências de aumento com significância estatística da temperatura, ETP e vazão. O modelo hidrológico SMAP na versão mensal utilizado neste estudo apresentou bom desempenho para estimar as vazões na área de estudo. Para avaliação dos cenários futuros de disponibilidade hídrica, em termos de vazão natural afluente, foram usados os modelos climáticos globais (GCMs) da sexta fase do Coupled Model Intercomparison Project (CMIP6), nos cenários de emissões SSP2-4.5 e SSP5-8.5. Nos cenários futuros de temperatura e ETP foram verificadas tendências bem definidas de aumento de temperatura a curto, médio e longo prazos para ambos os cenários de emissões considerados. Nos cenários futuros de disponibilidade hídrica foram identificadas tendências com significância estatística de redução da vazão natural entre 2015 e 2100, de até 2 m³/s no cenário SSP2-4.5 e até 5 m³/s no cenário SSP5-8.5. Além disso, destacam-se os resultados das anomalias mensais de vazão que sugerem que, a longo prazo, o período seco na área de estudo possa ser prolongado, começando em meados de março/abril até julho/agosto. A diminuição da disponibilidade hídrica pode significar um risco para a preservação da bacia hidrográfica e para a segurança hídrica da população atendida na RMSP e os resultados deste estudo são relevantes como subsídio para a discussão e desenvolvimento de políticas públicas acerca da gestão do abastecimento de água na RMSP integrada à utilização de informações de projeções climáticas.


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  • As mudanças climáticas globais e a ocorrência de eventos climáticos extremos impactam diretamente o ciclo hidrológico, tornando importante o estudo de condições climáticas como subsídio ao gerenciamento de recursos hídricos em bacias hidrográficas. Este estudo visa apresentar um diagnóstico do comportamento histórico e cenários futuros das condições de disponibilidade hídrica na bacia hidrográfica do Alto Juquiá/São Lourenço, na qual está localizado o Sistema Produtor São Lourenço (SPSL), um dos sistemas produtores de água utilizados para o abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Para caracterização hidroclimática da área de estudo foi realizada a coleta de dados observados mensais de precipitação (1970-2019), temperatura (1961-2019), evapotranspiração potencial (ETP) (1961-2019) e vazão (2000-2022), sendo verificadas tendências de aumento com significância estatística da temperatura, ETP e vazão. O modelo hidrológico SMAP na versão mensal utilizado neste estudo apresentou bom desempenho para estimar as vazões na área de estudo. Para avaliação dos cenários futuros de disponibilidade hídrica, em termos de vazão natural afluente, foram usados os modelos climáticos globais (GCMs) da sexta fase do Coupled Model Intercomparison Project (CMIP6), nos cenários de emissões SSP2-4.5 e SSP5-8.5. Nos cenários futuros de temperatura e ETP foram verificadas tendências bem definidas de aumento de temperatura a curto, médio e longo prazos para ambos os cenários de emissões considerados. Nos cenários futuros de disponibilidade hídrica foram identificadas tendências com significância estatística de redução da vazão natural entre 2015 e 2100, de até 2 m³/s no cenário SSP2-4.5 e até 5 m³/s no cenário SSP5-8.5. Além disso, destacam-se os resultados das anomalias mensais de vazão que sugerem que, a longo prazo, o período seco na área de estudo possa ser prolongado, começando em meados de março/abril até julho/agosto. A diminuição da disponibilidade hídrica pode significar um risco para a preservação da bacia hidrográfica e para a segurança hídrica da população atendida na RMSP e os resultados deste estudo são relevantes como subsídio para a discussão e desenvolvimento de políticas públicas acerca da gestão do abastecimento de água na RMSP integrada à utilização de informações de projeções climáticas.

8
  • GUILHERME SANTOS SOUSA
  • INOVAÇÃO NA REMOÇÃO BIOLÓGICA APRIMORADA DE FÓSFORO: Implementação de Reatores de Fluxo Lateral com Nitrificação e Desnitrificação Simultâneas em Escala Real

  • Orientador : RODRIGO DE FREITAS BUENO
  • Data: 21/06/2024

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  • Esta pesquisa teve como objetivo produzir elementos para a avaliação da viabilidade de agregar novas tecnologias a uma estação de tratamento de esgoto sanitário pelo processo de lodo ativado. O estudo foi desenvolvido em escala real na ETE Itatinga, localizada no Município de São Sebastião, no Estado de São Paulo. A pesquisa foi dividida em duas etapas.

    A primeira etapa abordou a remoção biológica de nitrogênio via nitrificação/desnitrificação simultânea, controlando-se a idade do lodo e o sistema de fornecimento de ar por meio de sensores de concentração de oxigênio dissolvido instalados nos tanques de aeração. No controle do processo, foram incluídas determinações de DQO rapidamente biodegradável, nitrogênio total Kjeldahl, amoniacal, nitrito e nitrato no esgoto e SSV, taxa cinética de desnitrificação, entre outras variáveis. Este estudo contribuiu para o desenvolvimento de uma forma diferenciada de controle operacional, levando à economia de energia para a aeração e resultando no importante benefício da remoção de nitrogênio do esgoto.

    A segunda etapa da pesquisa consistiu na remoção biológica de fósforo com fluxo lateral, integrada à nitrificação e desnitrificação simultâneas (NDSRP). Nesta etapa, foram avaliadas as condições de alternância necessárias para a remoção de nitrogênio e fósforo, bem como as principais condições operacionais que possibilitam a nitrificação, desnitrificação e remoção de fósforo simultâneas em um único sistema biológico. Esta alternativa mostrou-se promissora, conforme demonstrado em estudos na Europa, para enfrentar os desafios usuais dos processos convencionais de remoção de fósforo.


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  • Esta pesquisa teve como objetivo produzir elementos para a avaliação da viabilidade de agregar novas tecnologias a uma estação de tratamento de esgoto sanitário pelo processo de lodo ativado. O estudo foi desenvolvido em escala real na ETE Itatinga, localizada no Município de São Sebastião, no Estado de São Paulo. A pesquisa foi dividida em duas etapas.

    A primeira etapa abordou a remoção biológica de nitrogênio via nitrificação/desnitrificação simultânea, controlando-se a idade do lodo e o sistema de fornecimento de ar por meio de sensores de concentração de oxigênio dissolvido instalados nos tanques de aeração. No controle do processo, foram incluídas determinações de DQO rapidamente biodegradável, nitrogênio total Kjeldahl, amoniacal, nitrito e nitrato no esgoto e SSV, taxa cinética de desnitrificação, entre outras variáveis. Este estudo contribuiu para o desenvolvimento de uma forma diferenciada de controle operacional, levando à economia de energia para a aeração e resultando no importante benefício da remoção de nitrogênio do esgoto.

    A segunda etapa da pesquisa consistiu na remoção biológica de fósforo com fluxo lateral, integrada à nitrificação e desnitrificação simultâneas (NDSRP). Nesta etapa, foram avaliadas as condições de alternância necessárias para a remoção de nitrogênio e fósforo, bem como as principais condições operacionais que possibilitam a nitrificação, desnitrificação e remoção de fósforo simultâneas em um único sistema biológico. Esta alternativa mostrou-se promissora, conforme demonstrado em estudos na Europa, para enfrentar os desafios usuais dos processos convencionais de remoção de fósforo.

9
  • RODRIGO NEHARA MOREIRA
  • Análise global dos atributos ambientais dos ecossistemas.

  • Orientador : ANGELA TERUMI FUSHITA
  • Data: 24/06/2024

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  • Esta dissertação de mestrado teve como objetivo investigar a influência dos atributos ambientais climáticos e edáficos na formação dos tipos de vegetação nativa e seus respectivos ecossistemas. Utilizando bases de dados geográficas globais, foram realizadas análises estatísticas para avaliar como esses atributos contribuem para a ocorrência de tipos de vegetação. Com base nessas relações, foi mapeada a distribuição potencial dos tipos de vegetação nativa sob a hipótese de não interferência antrópica. Os resultados contribuem para a compreensão das relações fundamentais entre os fatores bióticos e abióticos componentes dos ecossistemas com o apoio dos mais recentes avanços tecnológicos de dados espaciais e computação. O fornecimento de energia solar, juntamente com os padrões de disponibilidade de água, foram os atributos abióticos mais influentes para explicar as diferenças na distribuição espacial dos tipos de vegetação, enquanto os atributos do solo tiveram menor influência.


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  • Esta dissertação de mestrado teve como objetivo investigar a influência dos atributos ambientais climáticos e edáficos na formação dos tipos de vegetação nativa e seus respectivos ecossistemas. Utilizando bases de dados geográficas globais, foram realizadas análises estatísticas para avaliar como esses atributos contribuem para a ocorrência de tipos de vegetação. Com base nessas relações, foi mapeada a distribuição potencial dos tipos de vegetação nativa sob a hipótese de não interferência antrópica. Os resultados contribuem para a compreensão das relações fundamentais entre os fatores bióticos e abióticos componentes dos ecossistemas com o apoio dos mais recentes avanços tecnológicos de dados espaciais e computação. O fornecimento de energia solar, juntamente com os padrões de disponibilidade de água, foram os atributos abióticos mais influentes para explicar as diferenças na distribuição espacial dos tipos de vegetação, enquanto os atributos do solo tiveram menor influência.

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  • TATIANA PEIXOTO GONÇALVES
  • Uma perspectiva socioambiental e de saúde da população exposta a inundações: estudo de caso da UBS Parque São Bernardo, São Bernardo do Campo - SP

     

  • Orientador : LUCIA HELENA GOMES COELHO
  • Data: 19/07/2024

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  • As inundações estão se tornando cada vez mais frequentes e severas, especialmente em áreas vulneráveis, impactando significativamente a saúde pública. Este estudo focou nos efeitos desses eventos extremos no Parque São Bernardo, em São Bernardo do Campo - SP, uma região propensa a inundações e enxurradas. Pesquisas de campo e entrevistas revelaram disparidades no acesso ao saneamento, especialmente nas áreas íngremes, e o aumento de casos de diarreia após dias quentes seguidos de períodos chuvosos. Além disso, muitos profissionais não estavam plenamente conscientes dos riscos ambientais presentes na área de abrangência da unidade de saúde. Esses resultados destacam a necessidade de estratégias locais para mitigar e prevenir os impactos das inundações na saúde pública, com foco em melhorias no saneamento e na preparação das equipes para enfrentar desastres climáticos. Ações como planejamento urbano sustentável e conscientização são essenciais para proteger as comunidades vulneráveis dos efeitos adversos dos eventos climáticos extremos.


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  • As inundações estão se tornando cada vez mais frequentes e severas, especialmente em áreas vulneráveis, impactando significativamente a saúde pública. Este estudo focou nos efeitos desses eventos extremos no Parque São Bernardo, em São Bernardo do Campo - SP, uma região propensa a inundações e enxurradas. Pesquisas de campo e entrevistas revelaram disparidades no acesso ao saneamento, especialmente nas áreas íngremes, e o aumento de casos de diarreia após dias quentes seguidos de períodos chuvosos. Além disso, muitos profissionais não estavam plenamente conscientes dos riscos ambientais presentes na área de abrangência da unidade de saúde. Esses resultados destacam a necessidade de estratégias locais para mitigar e prevenir os impactos das inundações na saúde pública, com foco em melhorias no saneamento e na preparação das equipes para enfrentar desastres climáticos. Ações como planejamento urbano sustentável e conscientização são essenciais para proteger as comunidades vulneráveis dos efeitos adversos dos eventos climáticos extremos.

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  • VIVIANE BEZERRA DA SILVA
  • SÍNTESE E AVALIAÇÃO DE MEMBRANAS DE ULTRAFILTRAÇÃO (UF) DE MATRIZ MISTA DE POLIETERSULFONA E NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDO DE ZINCO (ZnO) PARA TRATAMENTO DE ÁGUA PARA ABASTECIMENTO

  • Orientador : EDUARDO LUCAS SUBTIL
  • Data: 01/10/2024

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  • No contexto mundial atual, um dos grandes desafios do rápido desenvolvimento econômico e social é a exploração consciente e responsável dos recursos naturais. Nesse cenário, a gestão eficiente da água é essencial, desta forma, as tecnologias de membranas surgem como uma solução promissora, permitindo a otimização do tratamento de água e atendendo às crescentes exigências ambientais e de qualidade. No entanto, problemas resultantes do acúmulo de solutos na superfície ou na estrutura interna da membrana conhecidos como depósito (fouling) persistem, impulsionando pesquisas para melhorias dos processos. A presente pesquisa possuiu o objetivo de sintetizar e caracterizar membranas nanocompósitas de polietersulfona (PES), com diferentes proporções de ZnO (óxido de zinco) para tratar águas de mananciais superficiais para abastecimento público. As membranas foram sintetizadas pelo método da separação de fases induzida por não-solvente (NIPS) e foram avaliadas quanto a morfologia, porosidade, hidrofilicidade e permeabilidade, além de serem testadas quanto à capacidade de mitigação de depósito em célula de filtração tangencial com amostra real de água de manancial superficial, proveniente do reservatório Guarapiranga da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Foi observada uma tendência de aumento da permeabilidade com a adição de até 0,75% de ZnO em massa. Nesta proporção, a permeabilidade foi de 158,6 ± 29,9 para 518,3 ± 79,2 LMH/bar, um acréscimo de cerca de 227% em relação à membrana não modificada. Por outro lado, a membrana com 1,00% de ZnO em massa apresentou valores de permeabilidade próximos aos da membrana controle, o que indica que a adição de concentrações maiores que 0,75% de ZnO, não demonstra significativo ganho de fluxo. A adição de ZnO altera a porosidade aparente da membrana de forma variável, desta forma, não foram observadas tendências, conforme a proporção de nanopartículas. Com a adição de 1,00% de ZnO o raio médio dos poros (rm) foi reduzido para abaixo do tamanho da membrana controle de PES. As análises de potencial zeta indicaram que as membranas com ZnO adquiriram uma carga superficial mais negativa, contribuindo para uma maior repulsão de partículas negativamente carregadas e diminuição na formação de depósitos. As membranas com 0,25% e 0,50% de ZnO mostraram taxas de recuperação de fluxo superiores em comparação com a membrana de PES pura, indicando uma menor formação de depósito. Houve uma expressiva redução da resistência irreversível (Rirr) com apenas 0,25% de ZnO, onde foi reduzida de 70% para 17%, em comparação a membrana de PES pura. A membrana de 0,25% de ZnO apresentou uma alta retenção de proteínas e substâncias húmicas apesar de ter um raio de poros apenas sutilmente maior que o da membrana de PES puro. As membranas modificadas apresentaram melhorias na qualidade do permeado, como maior redução de turbidez e todas as membranas apresentaram uma alta redução da cor real. No entanto, a remoção de carbono orgânico total (COT) e proteínas varia dependendo da concentração de ZnO e das características físicas das membranas. Esses resultados sugerem que as membranas modificadas com ZnO podem oferecer benefícios para o tratamento de água, com melhores características de fluxo e resistência a depósitos, embora a escolha da concentração ideal de ZnO deva equilibrar a eficiência de remoção de diferentes contaminantes e a manutenção de um fluxo de permeado adequado.


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  • No contexto mundial atual, um dos grandes desafios do rápido desenvolvimento econômico e social é a exploração consciente e responsável dos recursos naturais. Nesse cenário, a gestão eficiente da água é essencial, desta forma, as tecnologias de membranas surgem como uma solução promissora, permitindo a otimização do tratamento de água e atendendo às crescentes exigências ambientais e de qualidade. No entanto, problemas resultantes do acúmulo de solutos na superfície ou na estrutura interna da membrana conhecidos como depósito (fouling) persistem, impulsionando pesquisas para melhorias dos processos. A presente pesquisa possuiu o objetivo de sintetizar e caracterizar membranas nanocompósitas de polietersulfona (PES), com diferentes proporções de ZnO (óxido de zinco) para tratar águas de mananciais superficiais para abastecimento público. As membranas foram sintetizadas pelo método da separação de fases induzida por não-solvente (NIPS) e foram avaliadas quanto a morfologia, porosidade, hidrofilicidade e permeabilidade, além de serem testadas quanto à capacidade de mitigação de depósito em célula de filtração tangencial com amostra real de água de manancial superficial, proveniente do reservatório Guarapiranga da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Foi observada uma tendência de aumento da permeabilidade com a adição de até 0,75% de ZnO em massa. Nesta proporção, a permeabilidade foi de 158,6 ± 29,9 para 518,3 ± 79,2 LMH/bar, um acréscimo de cerca de 227% em relação à membrana não modificada. Por outro lado, a membrana com 1,00% de ZnO em massa apresentou valores de permeabilidade próximos aos da membrana controle, o que indica que a adição de concentrações maiores que 0,75% de ZnO, não demonstra significativo ganho de fluxo. A adição de ZnO altera a porosidade aparente da membrana de forma variável, desta forma, não foram observadas tendências, conforme a proporção de nanopartículas. Com a adição de 1,00% de ZnO o raio médio dos poros (rm) foi reduzido para abaixo do tamanho da membrana controle de PES. As análises de potencial zeta indicaram que as membranas com ZnO adquiriram uma carga superficial mais negativa, contribuindo para uma maior repulsão de partículas negativamente carregadas e diminuição na formação de depósitos. As membranas com 0,25% e 0,50% de ZnO mostraram taxas de recuperação de fluxo superiores em comparação com a membrana de PES pura, indicando uma menor formação de depósito. Houve uma expressiva redução da resistência irreversível (Rirr) com apenas 0,25% de ZnO, onde foi reduzida de 70% para 17%, em comparação a membrana de PES pura. A membrana de 0,25% de ZnO apresentou uma alta retenção de proteínas e substâncias húmicas apesar de ter um raio de poros apenas sutilmente maior que o da membrana de PES puro. As membranas modificadas apresentaram melhorias na qualidade do permeado, como maior redução de turbidez e todas as membranas apresentaram uma alta redução da cor real. No entanto, a remoção de carbono orgânico total (COT) e proteínas varia dependendo da concentração de ZnO e das características físicas das membranas. Esses resultados sugerem que as membranas modificadas com ZnO podem oferecer benefícios para o tratamento de água, com melhores características de fluxo e resistência a depósitos, embora a escolha da concentração ideal de ZnO deva equilibrar a eficiência de remoção de diferentes contaminantes e a manutenção de um fluxo de permeado adequado.

2023
Dissertações
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  • LARISSA YUMI KUROKI
  • POTENCIAL MITIGAÇÃO DA MUDANÇA CLIMÁTICA A PARTIR DA ADOÇÃO DE NOVOS HÁBITOS NA CIDADE DE SÃO PAULO

  • Orientador : MARIA CLEOFE VALVERDE BRAMBILA
  • Data: 20/03/2023

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  • No que concerne à mudança climática, não só ações governamentais e empresariais fazem parte da sua mitigação, mas comportamentos da sociedade civil em direção a estilos de vida de baixo carbono são essenciais. Diante da falta de dados sobre a participação social no combate à mudança do clima, este trabalho destaca a importância da adoção de práticas, à primeira vista rotuladas como menos relevantes, no combate à crise climática e tem como objetivo estimar a potencial redução da pegada de carbono de um paulistano a partir da adoção de mudanças de comportamento como forma de mostrar a relevância dos impactos de padrões de consumo individuais sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Através de uma revisão bibliográfica e do uso de ferramentas de inventários de ciclo de vida (Exiobase e Ecoinvent), foram coletados dados sobre a intensidade de consumo de produtos e serviços pelos habitantes da cidade de São Paulo nos domínios de alimentação, bens de consumo, habitação, lazer, mobilidade e serviços e sua respectiva emissão de GEE. E esta pesquisa foi combinada com entrevistas em profundidade com a população para definir mudanças de comportamento capazes de reduzir a pegada de carbono dos indivíduos da região. Os resultados mostraram que comportamentos que visam a redução direta do consumo, como economia de água e energia, são as práticas mais viáveis entre os participantes da pesquisa, e que a adoção de novos hábitos na fase de uso dos produtos e serviços é mais comum que comportamentos de compra e descarte. A aplicação da metodologia do estudo mostrou que, se adotados hábitos de baixo carbono, a potencial redução da pegada de carbono para um paulistano é de 46,87% - ou seja, este percentual reflete a diferença entre a pegada de carbono média atual e reduzida dos paulistanos, cujos resultados encontrados pelo presente estudo são respectivamente 4,16 e 2,2 tCO2e/ano. A pegada de carbono individual atual média dos paulistanos (4,16 tCO2e/cap.ano) é similar à média global (4,0 tCO2e/cap.ano), mas há necessidade de adoção de hábitos menos intensivos em carbono para que este valor se torne consistente com o que a literatura estabelece de que, para que a meta do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura do planeta abaixo de 2ºC até o final do século seja cumprida, a pegada de carbono média deve ser reduzida a 2,0 tCO2e/cap.ano até 2050. Assim, o estudo estimou que, se adotados comportamentos de baixo carbono na cidade de São Paulo, a pegada de carbono média anual no município pode ser reduzida a 2,2 tCO2e.cap.ano, o que é condizente com a meta do Acordo de Paris.


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  • No que concerne à mudança climática, não só ações governamentais e empresariais fazem parte da sua mitigação, mas comportamentos da sociedade civil em direção a estilos de vida de baixo carbono são essenciais. Diante da falta de dados sobre a participação social no combate à mudança do clima, este trabalho destaca a importância da adoção de práticas, à primeira vista rotuladas como menos relevantes, no combate à crise climática e tem como objetivo estimar a potencial redução da pegada de carbono de um paulistano a partir da adoção de mudanças de comportamento como forma de mostrar a relevância dos impactos de padrões de consumo individuais sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Através de uma revisão bibliográfica e do uso de ferramentas de inventários de ciclo de vida (Exiobase e Ecoinvent), foram coletados dados sobre a intensidade de consumo de produtos e serviços pelos habitantes da cidade de São Paulo nos domínios de alimentação, bens de consumo, habitação, lazer, mobilidade e serviços e sua respectiva emissão de GEE. E esta pesquisa foi combinada com entrevistas em profundidade com a população para definir mudanças de comportamento capazes de reduzir a pegada de carbono dos indivíduos da região. Os resultados mostraram que comportamentos que visam a redução direta do consumo, como economia de água e energia, são as práticas mais viáveis entre os participantes da pesquisa, e que a adoção de novos hábitos na fase de uso dos produtos e serviços é mais comum que comportamentos de compra e descarte. A aplicação da metodologia do estudo mostrou que, se adotados hábitos de baixo carbono, a potencial redução da pegada de carbono para um paulistano é de 46,87% - ou seja, este percentual reflete a diferença entre a pegada de carbono média atual e reduzida dos paulistanos, cujos resultados encontrados pelo presente estudo são respectivamente 4,16 e 2,2 tCO2e/ano. A pegada de carbono individual atual média dos paulistanos (4,16 tCO2e/cap.ano) é similar à média global (4,0 tCO2e/cap.ano), mas há necessidade de adoção de hábitos menos intensivos em carbono para que este valor se torne consistente com o que a literatura estabelece de que, para que a meta do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura do planeta abaixo de 2ºC até o final do século seja cumprida, a pegada de carbono média deve ser reduzida a 2,0 tCO2e/cap.ano até 2050. Assim, o estudo estimou que, se adotados comportamentos de baixo carbono na cidade de São Paulo, a pegada de carbono média anual no município pode ser reduzida a 2,2 tCO2e.cap.ano, o que é condizente com a meta do Acordo de Paris.

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  • SOFIA BHEATRICE GIANERI SPADA
  • Spatiotemporal hierarchical models to assess the influence of climate, land use and hydrology on water quality in the Itaipu Reservoir – Brazil

  • Orientador : ROSELI FREDERIGI BENASSI
  • Data: 30/03/2023

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  • A eutrofização antrópica é um dos grandes desafios para a qualidade da água por ser consequencia tanto da poluição difusa como da poluição pontual. Neste sentido, o uso e cobertura do solo representam pontos chaves no monitoramento ambiental, contudo, a elaboração de modelos estatísticos para quantificar a influência antrópica ainda é um desafio. Reservatórios são corpos hidricos artificiais que apresentam um funcionamento totalmente diferente de rios e lagos, fazendo com que este desafio seja ainda maior. Uma maneira de contornar este desafio é a utilização de bioindicadores para verificar a qualidade da água, neste sentido é que o estudo do fitoplâncton e as macrófitas presentes em reservatórios se faz necessário. Estes organismos possuem uma resposta rápida para as alterações físico-químicas presentes na água, além de serem a base de todo o ecossistema aquático. Para verificar os efeitos dos diferentes usos do solo na qualidade da água dos braços do reservatório de Itaipu – PR, este estudo elaborou modelos hierárquicos espaço-temporais para o período de 1985 a 2021. Além das variaveis de uso e cobertura do solo, foram analisados também variaveis hidroclimáticas (precipitação, temperature, cota etc.) por desempenharem um papel importante no comportamento tanto das macrófitas como do fitoplâncton. A partir dos modelos elaborados, as variáveis que apresentaram maior influência no comportamento destes organismos foram a cota do reservatório e as áreas agrícolas.


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  • A eutrofização antrópica é um dos grandes desafios para a qualidade da água por ser consequencia tanto da poluição difusa como da poluição pontual. Neste sentido, o uso e cobertura do solo representam pontos chaves no monitoramento ambiental, contudo, a elaboração de modelos estatísticos para quantificar a influência antrópica ainda é um desafio. Reservatórios são corpos hidricos artificiais que apresentam um funcionamento totalmente diferente de rios e lagos, fazendo com que este desafio seja ainda maior. Uma maneira de contornar este desafio é a utilização de bioindicadores para verificar a qualidade da água, neste sentido é que o estudo do fitoplâncton e as macrófitas presentes em reservatórios se faz necessário. Estes organismos possuem uma resposta rápida para as alterações físico-químicas presentes na água, além de serem a base de todo o ecossistema aquático. Para verificar os efeitos dos diferentes usos do solo na qualidade da água dos braços do reservatório de Itaipu – PR, este estudo elaborou modelos hierárquicos espaço-temporais para o período de 1985 a 2021. Além das variaveis de uso e cobertura do solo, foram analisados também variaveis hidroclimáticas (precipitação, temperature, cota etc.) por desempenharem um papel importante no comportamento tanto das macrófitas como do fitoplâncton. A partir dos modelos elaborados, as variáveis que apresentaram maior influência no comportamento destes organismos foram a cota do reservatório e as áreas agrícolas.

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  • THALITA GOUVEIA CASTILHO
  • Avanços e perspectivas no uso de materiais condutores para aumento da produção de metano na digestão anaeróbia de efluentes: uma revisão sistemática

  • Orientador : EDUARDO LUCAS SUBTIL
  • Data: 11/04/2023

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  • Nos últimos anos, muitas pesquisas relataram que a digestão anaeróbia e a produção de metano podem ser significativamente melhoradas com a adição de materiais condutores ao processo. Apesar dos avanços, várias questões sobre essa estratégia permanecem em aberto, incluindo o mecanismo e o impacto das propriedades do material nas vias metanogênicas. Com o objetivo de fornecer uma atualização sobre o estado atual do conhecimento e perspectivas de aplicação futura, este trabalho analisou alguns dos estudos mais recentes utilizando materiais condutores na digestão anaeróbica de efluentes através de uma revisão sistemática da literatura e análise estatística, bem como os microrganismos enriquecidos, a influência da dosagem, tamanho e condutividade dos materiais utilizados. Verificou-se que a mudança na comunidade microbiana está associada ao uso de material condutor (p < 0,05). Além disso, foi sugerida uma ligeira tendência de que os materiais em escala milimétrica parecem ser mais eficazes no aumento da produção de metano; ao contrário do esperado, não foi possível encontrar uma correlação entre a condutividade elétrica e o aumento da produção de metano, corroborando a ideia de que outras propriedades também podem desempenhar papéis importantes no processo e requerem mais pesquisas. Em geral, o uso de materiais condutores é uma abordagem promissora para melhorar a digestão anaeróbia e a produção de metano, no entanto, foi indicada a necessidade de pesquisas futuras para ampliar a escala de aplicação desta tecnologia


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  • Nos últimos anos, muitas pesquisas relataram que a digestão anaeróbia e a produção de metano podem ser significativamente melhoradas com a adição de materiais condutores ao processo. Apesar dos avanços, várias questões sobre essa estratégia permanecem em aberto, incluindo o mecanismo e o impacto das propriedades do material nas vias metanogênicas. Com o objetivo de fornecer uma atualização sobre o estado atual do conhecimento e perspectivas de aplicação futura, este trabalho analisou alguns dos estudos mais recentes utilizando materiais condutores na digestão anaeróbica de efluentes através de uma revisão sistemática da literatura e análise estatística, bem como os microrganismos enriquecidos, a influência da dosagem, tamanho e condutividade dos materiais utilizados. Verificou-se que a mudança na comunidade microbiana está associada ao uso de material condutor (p < 0,05). Além disso, foi sugerida uma ligeira tendência de que os materiais em escala milimétrica parecem ser mais eficazes no aumento da produção de metano; ao contrário do esperado, não foi possível encontrar uma correlação entre a condutividade elétrica e o aumento da produção de metano, corroborando a ideia de que outras propriedades também podem desempenhar papéis importantes no processo e requerem mais pesquisas. Em geral, o uso de materiais condutores é uma abordagem promissora para melhorar a digestão anaeróbia e a produção de metano, no entanto, foi indicada a necessidade de pesquisas futuras para ampliar a escala de aplicação desta tecnologia

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  • LUANA DANDARA BARRETO TORRES
  • ENVIRONMENTAL TRANSFORMATION OF ATRAZINE IN WATER SEDIMENT MATRICES: A SYSTEMATIC REVIEW

  • Orientador : LUCIA HELENA GOMES COELHO
  • Data: 29/05/2023

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  • A contaminação de corpos hídricos por pesticidas configura-se uma das maiores causas de desequilíbrios ecossistêmicos da atualidade, sendo a atrazina um dos agroquímicos mais comumente encontrados em águas e sedimentos. A atrazina é classificada internacionalmente como composto de alto potencial carcinogênico e mutagênico e sua presença no meio ambiente oferece sérios riscos para a biodiversidade e para a saúde humana. Assim, o objetivo deste trabalho é investigar o destino e transformação da atrazina em ambientes aquáticos através de testes de adsorção e biodegradação em microcosmos representativos de ecossistemas naturais de água doce, utilizando sedimentos sintéticos de composição conhecida. Para a quantificação da atrazina nos sistemas será utilizada a Cromatografia Líquida acoplada à Espectrometria de Massas. A partir dos testes, espera-se obter isotermas de adsorção que caracterizem a interação da atrazina com a matriz do sedimento dos microcosmos, permitindo prever a destinação do composto em ambientes aquáticos lênticos de água doce. As variáveis avaliadas nos microcosmos foram divididas em três classes: variáveis monitoradas (temperatura, pH, oxigênio dissolvido), controladas (agitação, qualidade da água, origem dos componentes do sedimento), independentes (tipo, quantidade e qualidade de argila) e dependentes – as variáveis de maior interesse (massa de pesticida adsorvida ao sedimento, tempo de equilíbrio do processo de adsorção e massa de gás carbônico produzida pela biodegradação.


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  • A contaminação de corpos hídricos por pesticidas configura-se uma das maiores causas de desequilíbrios ecossistêmicos da atualidade, sendo a atrazina um dos agroquímicos mais comumente encontrados em águas e sedimentos. A atrazina é classificada internacionalmente como composto de alto potencial carcinogênico e mutagênico e sua presença no meio ambiente oferece sérios riscos para a biodiversidade e para a saúde humana. Assim, o objetivo deste trabalho é investigar o destino e transformação da atrazina em ambientes aquáticos através de testes de adsorção e biodegradação em microcosmos representativos de ecossistemas naturais de água doce, utilizando sedimentos sintéticos de composição conhecida. Para a quantificação da atrazina nos sistemas será utilizada a Cromatografia Líquida acoplada à Espectrometria de Massas. A partir dos testes, espera-se obter isotermas de adsorção que caracterizem a interação da atrazina com a matriz do sedimento dos microcosmos, permitindo prever a destinação do composto em ambientes aquáticos lênticos de água doce. As variáveis avaliadas nos microcosmos foram divididas em três classes: variáveis monitoradas (temperatura, pH, oxigênio dissolvido), controladas (agitação, qualidade da água, origem dos componentes do sedimento), independentes (tipo, quantidade e qualidade de argila) e dependentes – as variáveis de maior interesse (massa de pesticida adsorvida ao sedimento, tempo de equilíbrio do processo de adsorção e massa de gás carbônico produzida pela biodegradação.

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  • IÊDA CAROLINA MANTOVANI CLARO
  • Epidemiologia baseada em águas residuais como estratégia para monitoramento comunitário e elaboração de sistemas de alerta precoce para SARS-CoV-2

  • Orientador : RODRIGO DE FREITAS BUENO
  • Data: 31/05/2023

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  • A pandemia de coronavírus tem causado mortes em todo o mundo, principalmente devido a sua fácil disseminação através do contato e por tratar-se de um vírus respiratório. Estudos indicam a presença do RNA do vírus nos sistemas de coleta de águas residuais, tendo em vista que um indivíduo contaminado elimina o vírus através das fezes e da urina. O monitoramento e a quantificação do vírus SARS-CoV-2 nas águas residuais possibilita contabilizar também casos assintomáticos da doença e auxilia na gestão pública da pandemia. Assim, o objetivo desta pesquisa é realizar o mapeamento epidemiológico do vírus SARS-CoV-2 no sistema de águas residuais de regiões específicas do Grande ABC – SP. As amostras coletadas foram concentradas através de precipitação com PEG 8000 e centrifugação, o RNA foi extraído com kit de extração e a detecção e quantificação do vírus foi realizada através de RT-qPCR em tempo real. Os resultados foram utilizados para gerar um mapeamento georreferenciado espacial e temporal da propagação do vírus visando auxiliar no monitoramento do comportamento do vírus na região. Também foi possível verificar um padrão de antecipação do comportamento dos casos clínicos em até 2 semanas. A metodologia mostrou-se capaz de auxiliar no monitoramento epidemiológico da região, porém existem ainda algumas vertentes a serem exploradas como o sequenciamento genético do vírus e a existência de uma correlação entre a concentração viral detectada nas águas residuais e as características físico-químicas do efluente.


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  • A pandemia de coronavírus tem causado mortes em todo o mundo, principalmente devido a sua fácil disseminação através do contato e por tratar-se de um vírus respiratório. Estudos indicam a presença do RNA do vírus nos sistemas de coleta de águas residuais, tendo em vista que um indivíduo contaminado elimina o vírus através das fezes e da urina. O monitoramento e a quantificação do vírus SARS-CoV-2 nas águas residuais possibilita contabilizar também casos assintomáticos da doença e auxilia na gestão pública da pandemia. Assim, o objetivo desta pesquisa é realizar o mapeamento epidemiológico do vírus SARS-CoV-2 no sistema de águas residuais de regiões específicas do Grande ABC – SP. As amostras coletadas foram concentradas através de precipitação com PEG 8000 e centrifugação, o RNA foi extraído com kit de extração e a detecção e quantificação do vírus foi realizada através de RT-qPCR em tempo real. Os resultados foram utilizados para gerar um mapeamento georreferenciado espacial e temporal da propagação do vírus visando auxiliar no monitoramento do comportamento do vírus na região. Também foi possível verificar um padrão de antecipação do comportamento dos casos clínicos em até 2 semanas. A metodologia mostrou-se capaz de auxiliar no monitoramento epidemiológico da região, porém existem ainda algumas vertentes a serem exploradas como o sequenciamento genético do vírus e a existência de uma correlação entre a concentração viral detectada nas águas residuais e as características físico-químicas do efluente.

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  • ALESSANDRA RODRIGUES DE SANTANA
  • Análise de Enterococcus em amostras de dejetos de suínos tratados por biodigestão anaeróbia: avaliação da sensibilidade a  antimicrobiano utilizado na suinocultura


  • Orientador : LUCIA HELENA GOMES COELHO
  • Data: 19/07/2023

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  • O aproveitamento de dejetos de suínos, tratados por biodigestão anaeróbia, como fertilizante é uma prática sustentável de utilização de resíduos sólidos. Na suinocultura ocorre o uso de antimicrobianos, que favorece a seleção de micro-organismos resistentes no trato intestinal dos animais e possibilita a disseminação de variantes multirresistentes para outros seres vivos. Enterococcus estão presentes no intestino de animais e são caracterizados como uma das bactérias que mais causam infecções, sendo preocupação de saúde pública. Considerando a relevância da suinocultura no agronegócio brasileiro, e a importância do conhecimento técnico-científico sobre resistência a antibióticos neste ramo da pecuária, o objetivo deste estudo foi analisar a presença de micro-organismos do gênero Enterococcus em amostras provenientes de dejetos de suínos, que passaram pelo tratamento de biodigestão anaeróbia. Para tanto, as seguintes etapas foram realizadas: testes microbiológicos presuntivos para identificação do gênero da bactéria Enterococcus; identificação dos Enterococcus por meio de análises moleculares para confirmar os testes presuntivos; verificação da resistência dos micro-organismos identificados ao antibiótico recomendado para todos os estágios da produção de suínos: amoxicilina; e realização de ensaios microbiológicos com a amoxicilina acrescentando os aditivos alimentares utilizados na suinocultura, a fim de verificar possíveis alterações na resistência dos micro-organismos. As amostras de dejetos foram coletadas em uma granja de suínos no município de Ibiúna (São Paulo), sendo oito coletas realizadas entre 2022 e 2023. As amostras líquidas foram efluentes coletados da subsuperfície de um tanque de decantação do biodigestor; as amostras sólidas obtidas do efluente decantado depois de ter passado pelo sistema de desaguamento e ter sido deixado em leito de secagem coberto. Os ensaios experimentais foram realizados em laboratórios com a determinação das variáveis pH e sólidos (totais, fixos e voláteis); as análises microbiológicas abrangeram coloração de Gram, teste da catalase, o isolamento bacteriano primário das amostras em solução salina (incubadas a 37 ºC por 24h) e, após, o cultivo em meios de cultura caldo azida (37 ºC por 24h), ágar de Infusão de Cérebro e Coração (BHI) (37 ºC por 24h), meio ágar seletivo para Enterococcus (37 ºC por 24h); o antibiograma foi feito com discos de amoxicilina (2µg e 10µg) em meios de cultura com e sem os aditivos alimentares. A partir do micro-organismo isolado em caldo BHI com solução tampão Tris-HCl pH 7,8, realizou-se o teste de biologia molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) convencional com primers específicos para o gênero Enterococcus; o produto da PCR foi analisado por eletroforese em gel de agarose a 1,5%, corado com GelRed® e visualizado em transiluminador de luz ultravioleta. O controle positivo foi a cepa ATCC 29212. Do total de 16 amostras coletadas (8 líquidas + 8 sólidas), o estudo indicou a presença de Enterococcus na maior parte (93,75%), confirmados por testes moleculares. O antibiograma não apresentou micro-organismos resistentes à amoxicilina em bactérias isoladas e cultivadas nos dois tipos de meios de cultura - com e sem o acréscimo dos aditivos alimentares.


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  • O aproveitamento de dejetos de suínos, tratados por biodigestão anaeróbia, como fertilizante é uma prática sustentável de utilização de resíduos sólidos. Na suinocultura ocorre o uso de antimicrobianos, que favorece a seleção de micro-organismos resistentes no trato intestinal dos animais e possibilita a disseminação de variantes multirresistentes para outros seres vivos. Enterococcus estão presentes no intestino de animais e são caracterizados como uma das bactérias que mais causam infecções, sendo preocupação de saúde pública. Considerando a relevância da suinocultura no agronegócio brasileiro, e a importância do conhecimento técnico-científico sobre resistência a antibióticos neste ramo da pecuária, o objetivo deste estudo foi analisar a presença de micro-organismos do gênero Enterococcus em amostras provenientes de dejetos de suínos, que passaram pelo tratamento de biodigestão anaeróbia. Para tanto, as seguintes etapas foram realizadas: testes microbiológicos presuntivos para identificação do gênero da bactéria Enterococcus; identificação dos Enterococcus por meio de análises moleculares para confirmar os testes presuntivos; verificação da resistência dos micro-organismos identificados ao antibiótico recomendado para todos os estágios da produção de suínos: amoxicilina; e realização de ensaios microbiológicos com a amoxicilina acrescentando os aditivos alimentares utilizados na suinocultura, a fim de verificar possíveis alterações na resistência dos micro-organismos. As amostras de dejetos foram coletadas em uma granja de suínos no município de Ibiúna (São Paulo), sendo oito coletas realizadas entre 2022 e 2023. As amostras líquidas foram efluentes coletados da subsuperfície de um tanque de decantação do biodigestor; as amostras sólidas obtidas do efluente decantado depois de ter passado pelo sistema de desaguamento e ter sido deixado em leito de secagem coberto. Os ensaios experimentais foram realizados em laboratórios com a determinação das variáveis pH e sólidos (totais, fixos e voláteis); as análises microbiológicas abrangeram coloração de Gram, teste da catalase, o isolamento bacteriano primário das amostras em solução salina (incubadas a 37 ºC por 24h) e, após, o cultivo em meios de cultura caldo azida (37 ºC por 24h), ágar de Infusão de Cérebro e Coração (BHI) (37 ºC por 24h), meio ágar seletivo para Enterococcus (37 ºC por 24h); o antibiograma foi feito com discos de amoxicilina (2µg e 10µg) em meios de cultura com e sem os aditivos alimentares. A partir do micro-organismo isolado em caldo BHI com solução tampão Tris-HCl pH 7,8, realizou-se o teste de biologia molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR) convencional com primers específicos para o gênero Enterococcus; o produto da PCR foi analisado por eletroforese em gel de agarose a 1,5%, corado com GelRed® e visualizado em transiluminador de luz ultravioleta. O controle positivo foi a cepa ATCC 29212. Do total de 16 amostras coletadas (8 líquidas + 8 sólidas), o estudo indicou a presença de Enterococcus na maior parte (93,75%), confirmados por testes moleculares. O antibiograma não apresentou micro-organismos resistentes à amoxicilina em bactérias isoladas e cultivadas nos dois tipos de meios de cultura - com e sem o acréscimo dos aditivos alimentares.

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  • MARILENA MORAES LUCIANO
  • Avaliação ambiental de córregos urbanos do município de Santo André (SP, Brasil)

  • Orientador : RICARDO HIDEO TANIWAKI
  • Data: 09/10/2023

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  • A expansão urbana impacta negativamente a qualidade da água em riachos urbanos devido à degradação da cobertura vegetal e liberação de fontes difusas de poluição. Entretanto, poucos estudos sobre a qualidade da água em microbacias urbanas foram realizados na região metropolitana de São Paulo. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é avaliar a qualidade das águas superficiais em sete microbacias hidrográficas urbanizadas do município de Santo André e relacioná-la aos usos do solo. Foram analisadas concentração de nutrientes em um Analisador de Carbono Total (TOC – L), como carbono orgânico total (COT), carbono inorgânico (CI), carbono total (CT) e nitrogênio total (NT) das águas. Além disso, houve uma análise in situdos parâmetros de oxigênio dissolvido (OD), potencial hidrogeniônico (pH), condutividade elétrica da água (mS/cm) e temperatura (ºC) com o auxílio de uma Sonda multiparamétrica HANNA HI9829 em seis amostragens entre junho de 2021 e março de 2023. As amostragens realizadas em junho e julho de 2021 ocorreram em período de seca e, em março de 2023, em período chuvoso. A análise de variância (ANOVA) para este estudo comparou dados de sazonalidade e entre os sete riachos. No que se refere a sazonalidade, houve diferença significativa para temperatura em todas as microbacias, pH e condutividade elétrica apenas para a microbacia Apiaí, COT, CT para Carapetuba e Apiaí e, por fim, NT para Carapetuba. Na estação seca a temperatura foi menor, principalmente em Guaixaya, e maior na estação chuvosa, com destaque para Carapetuba e Apiaí. A média de pH foi mais alcalina na estação chuvosa, diferente da condutividade elétrica que apresentou média maior na estação seca. A concentração média de COT e CT foi claramente maior na estação seca para Carapetuba e Apiaí e NT também na estação seca. Considerando a diferença entre as microbacias estudadas, houve diferença significativa (p<0.05) para todos os parâmetros, exceto temperatura. O OD não se correlacionou diretamente ao percentual de vegetação nativa em todas as microbacias, tendo em vista que os riachos Comprido e Guaixaya possuem maiores valores, apesar das áreas as quais estão inseridos serem mais urbanizadas. Entretanto, observou-se que as microbacias com maior percentual de vegetação apresentaram menor concentração de oxigênio dissolvido, resultado similar ao estudo realizado por Daniel et al., (2002). Ademais, de acordo com os resultados obtidos, é possível estabelecer uma relação positiva entre grau de urbanização, parâmetros de condutividade, pH e os nutrientes carbono orgânico total, carbono inorgânico, carbono total e nitrogênio total da maioria dos riachos. Neste sentido, recomenda-se que ocorra o monitoramento dos riachos urbanos do município de Santo André- SP a longo prazo e que se elabore uma legislação específica para a conservação dos riachos urbanos, além de outras medidas que possam ser tomadas.


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  • A expansão urbana impacta negativamente a qualidade da água em riachos urbanos devido à degradação da cobertura vegetal e liberação de fontes difusas de poluição. Entretanto, poucos estudos sobre a qualidade da água em microbacias urbanas foram realizados na região metropolitana de São Paulo. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é avaliar a qualidade das águas superficiais em sete microbacias hidrográficas urbanizadas do município de Santo André e relacioná-la aos usos do solo. Foram analisadas concentração de nutrientes em um Analisador de Carbono Total (TOC – L), como carbono orgânico total (COT), carbono inorgânico (CI), carbono total (CT) e nitrogênio total (NT) das águas. Além disso, houve uma análise in situdos parâmetros de oxigênio dissolvido (OD), potencial hidrogeniônico (pH), condutividade elétrica da água (mS/cm) e temperatura (ºC) com o auxílio de uma Sonda multiparamétrica HANNA HI9829 em seis amostragens entre junho de 2021 e março de 2023. As amostragens realizadas em junho e julho de 2021 ocorreram em período de seca e, em março de 2023, em período chuvoso. A análise de variância (ANOVA) para este estudo comparou dados de sazonalidade e entre os sete riachos. No que se refere a sazonalidade, houve diferença significativa para temperatura em todas as microbacias, pH e condutividade elétrica apenas para a microbacia Apiaí, COT, CT para Carapetuba e Apiaí e, por fim, NT para Carapetuba. Na estação seca a temperatura foi menor, principalmente em Guaixaya, e maior na estação chuvosa, com destaque para Carapetuba e Apiaí. A média de pH foi mais alcalina na estação chuvosa, diferente da condutividade elétrica que apresentou média maior na estação seca. A concentração média de COT e CT foi claramente maior na estação seca para Carapetuba e Apiaí e NT também na estação seca. Considerando a diferença entre as microbacias estudadas, houve diferença significativa (p<0.05) para todos os parâmetros, exceto temperatura. O OD não se correlacionou diretamente ao percentual de vegetação nativa em todas as microbacias, tendo em vista que os riachos Comprido e Guaixaya possuem maiores valores, apesar das áreas as quais estão inseridos serem mais urbanizadas. Entretanto, observou-se que as microbacias com maior percentual de vegetação apresentaram menor concentração de oxigênio dissolvido, resultado similar ao estudo realizado por Daniel et al., (2002). Ademais, de acordo com os resultados obtidos, é possível estabelecer uma relação positiva entre grau de urbanização, parâmetros de condutividade, pH e os nutrientes carbono orgânico total, carbono inorgânico, carbono total e nitrogênio total da maioria dos riachos. Neste sentido, recomenda-se que ocorra o monitoramento dos riachos urbanos do município de Santo André- SP a longo prazo e que se elabore uma legislação específica para a conservação dos riachos urbanos, além de outras medidas que possam ser tomadas.

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  • RAFAELLA MAYUMI TAKAHASHI ESPEÇOTO
  • Concentrações de metais potencialmente tóxicos em córregos urbanos do município de Santo André (SP, Brasil)

  • Orientador : RICARDO HIDEO TANIWAKI
  • Data: 11/10/2023

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  • O meio ambiente fornece diversos serviços essenciais a vida humana, denominados serviços ecossistêmicos, que permitem um melhor entendimento da intensa conexão entre a natureza e a sociedade. Os serviços ecossistêmicos hídricos estão diretamente relacionados à qualidade e quantidade da água, que por sua vez depende do tipo, configuração do uso e ocupação do solo. Este trabalho analisou a qualidade da água em sete microbacias da região de Santo André – SP e relacionou-a com a sazonalidade, porcentagem de áreas verdes e porcentagem de área industrial. As coletas foram realizadas em período seco e chuvoso, e analisadas as concentrações de metais por meio do espectrofotômetro ICP-MS. Os resultados foram observados pelo software Past, utilizando Kruskall-Wallis, Mann-Whitney e Análise dos Componentes Principais. Os resultados mostraram maior relação dos metais com períodos secos, indicando que a chuva é capaz de diluir estes metais. As áreas verdes estão mais relacionadas às concentrações de metais, enquanto as áreas industriais estão mais relacionadas a concentração de oxigênio dissolvido. A região analisada é amplamente urbanizada, menos de 5% das sub-bacias estudadas é composta por áreas verdes. Sugere-se que as áreas verdes possuem pouca área e por esta razão são insuficientes para ter resultado significativo em uma região com diversas fontes de poluição.


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  • O meio ambiente fornece diversos serviços essenciais a vida humana, denominados serviços ecossistêmicos, que permitem um melhor entendimento da intensa conexão entre a natureza e a sociedade. Os serviços ecossistêmicos hídricos estão diretamente relacionados à qualidade e quantidade da água, que por sua vez depende do tipo, configuração do uso e ocupação do solo. Este trabalho analisou a qualidade da água em sete microbacias da região de Santo André – SP e relacionou-a com a sazonalidade, porcentagem de áreas verdes e porcentagem de área industrial. As coletas foram realizadas em período seco e chuvoso, e analisadas as concentrações de metais por meio do espectrofotômetro ICP-MS. Os resultados foram observados pelo software Past, utilizando Kruskall-Wallis, Mann-Whitney e Análise dos Componentes Principais. Os resultados mostraram maior relação dos metais com períodos secos, indicando que a chuva é capaz de diluir estes metais. As áreas verdes estão mais relacionadas às concentrações de metais, enquanto as áreas industriais estão mais relacionadas a concentração de oxigênio dissolvido. A região analisada é amplamente urbanizada, menos de 5% das sub-bacias estudadas é composta por áreas verdes. Sugere-se que as áreas verdes possuem pouca área e por esta razão são insuficientes para ter resultado significativo em uma região com diversas fontes de poluição.

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  • AILTON BARBOSA PERDÃO
  • DEGRADAÇÃO DO ANTIBIÓTICO AMOXICILINA EM EFLUENTES POR PROCESSO DE FENTON

  • Orientador : LUCIA HELENA GOMES COELHO
  • Data: 16/10/2023

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  • Os problemas em relação a qualidade da água têm sido muito discutidos, uma vez que é um recurso natural limitado e imprescindível para as atividades humanas, com destaque para a dessedentação humana, atividades agrícolas e abastecimento público e privado. Somado a degradação dos recursos hídricos, a presença de compostos persistentes em efluentes, como fármacos, produtos de higiene pessoal e compostos metabolizados, têm trazido preocupação por serem tóxicos e causarem danos ao meio ambiente.  Esses tipos de poluentes, muitas vezes, não são removidos pelos processos convencionais de tratamento de efluentes. Diante disso, o presente estudo contribuiu com o desenvolvimento e avaliação do processo oxidativo avançado, especificamente do tipo Fenton, para a degradação da amoxicilina em esgoto doméstico. Para isso, foi determinada a concentração ótima de ferro (Fe2+) e peróxido de hidrogênio (H2O2) para as reações de Fenton, com o tempo de tratamento fixado em 60 minutos. Três tratamentos baseados em Fenton foram propostos: (I) sem fonte específica de radiação; (II) utilizando-se luz UV; e (III) luz solar, como fontes de radiação. Com a concentração de 500 mg L-1 de Fe2+ e 1500 mg L-1 de H2O2, foram alcançadas remoções > 80% para demanda química de oxigênio e demanda bioquímica de oxigênio, > 98% para turbidez e ainda 100% da amoxicilina foi degradada com taxa de mineralização > 66%. Foram encontrados fragmentos de massa que correspondem a três subprodutos de degradação da amoxicilina: 4-hydroxyphenylglycil AMX (515,1607 m/z, [C24H27N4O7S]+),  ácido penicilóico (394,1224 m/z, [C16H22N3O6S]+) e diketopiperazine amoxicillin (366,1118 m/z, [C16H20N3O5S]+), sendo esses encontrados em maior concentração no processo de Fenton-solar e em menor no que se utiliza de radiação por luz UV. Foi avaliada a toxicidade do efluente tratado ao organismo Lactuca sativa e os efeitos observados entre os sistemas foram diferentes: os efluentes tratados pela reação de Fenton e assistido por luz UV não apresentaram efeitos fitotóxicos e o tratado por Fenton solar tem efeito fitotóxico moderado sobre o organismo-teste. 


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  • Os problemas em relação a qualidade da água têm sido muito discutidos, uma vez que é um recurso natural limitado e imprescindível para as atividades humanas, com destaque para a dessedentação humana, atividades agrícolas e abastecimento público e privado. Somado a degradação dos recursos hídricos, a presença de compostos persistentes em efluentes, como fármacos, produtos de higiene pessoal e compostos metabolizados, têm trazido preocupação por serem tóxicos e causarem danos ao meio ambiente.  Esses tipos de poluentes, muitas vezes, não são removidos pelos processos convencionais de tratamento de efluentes. Diante disso, o presente estudo contribuiu com o desenvolvimento e avaliação do processo oxidativo avançado, especificamente do tipo Fenton, para a degradação da amoxicilina em esgoto doméstico. Para isso, foi determinada a concentração ótima de ferro (Fe2+) e peróxido de hidrogênio (H2O2) para as reações de Fenton, com o tempo de tratamento fixado em 60 minutos. Três tratamentos baseados em Fenton foram propostos: (I) sem fonte específica de radiação; (II) utilizando-se luz UV; e (III) luz solar, como fontes de radiação. Com a concentração de 500 mg L-1 de Fe2+ e 1500 mg L-1 de H2O2, foram alcançadas remoções > 80% para demanda química de oxigênio e demanda bioquímica de oxigênio, > 98% para turbidez e ainda 100% da amoxicilina foi degradada com taxa de mineralização > 66%. Foram encontrados fragmentos de massa que correspondem a três subprodutos de degradação da amoxicilina: 4-hydroxyphenylglycil AMX (515,1607 m/z, [C24H27N4O7S]+),  ácido penicilóico (394,1224 m/z, [C16H22N3O6S]+) e diketopiperazine amoxicillin (366,1118 m/z, [C16H20N3O5S]+), sendo esses encontrados em maior concentração no processo de Fenton-solar e em menor no que se utiliza de radiação por luz UV. Foi avaliada a toxicidade do efluente tratado ao organismo Lactuca sativa e os efeitos observados entre os sistemas foram diferentes: os efluentes tratados pela reação de Fenton e assistido por luz UV não apresentaram efeitos fitotóxicos e o tratado por Fenton solar tem efeito fitotóxico moderado sobre o organismo-teste. 

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  • ANDRÉA MARTINS
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    EFEITO DOS PARQUES MUNICIPAIS NA REDUÇÃO DA TEMPERATURA E AUMENTO DA UMIDADE RELATIVA DO AR EM SANTO ANDRÉ


  • Orientador : LEANDRO REVERBERI TAMBOSI
  • Data: 18/10/2023

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    As áreas urbanizadas são o local de moradia da maioria das pessoas, porém as alterações da paisagem durante o processo de urbanização geram um aumento das ilhas de calor. Por outro lado, a presença de parques, praças e jardins em áreas urbanas proporciona serviços ambientais importantes para mitigar os efeitos das ilhas de calor. As áreas urbanas abrigam uma grande porcentagem da população humana, mas a expansão dessas áreas gera alterações no microclima. Estas alterações estão normalmente associadas à ocorrência de ilhas de calor, aumentando a temperatura e reduzindo a humidade. A proteção da vegetação nativa e a criação de parques, praças, jardins e outras áreas verdes são consideradas importantes ações de gestão para reduzir o efeito ilha de calor e melhorar a prestação de múltiplos serviços ecossistêmicos em áreas urbanas. Contudo, na maioria das cidades dos países em desenvolvimento, não há investimento na criação de áreas verdes e os seus efeitos nas áreas circundantes não são avaliados. Diante deste contexto o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência exercida pelos parques urbanos na temperatura e umidade relativa do ar. Foram realizadas medições da temperatura e da umidade relativa do ar ao longo de transectos a partir da borda de 11 parques urbanos de Santo André. Foi adotada uma abordagem de modelos de regressões lineares mistas para quantificar o efeito médio dos parques sobre a temperatura e a umidade relativa do ar para o município como um todo e também para quantificar o efeito da distância a partir da borda sobre a temperatura e umidade no entorno de cada parque separadamente. Nossos resultados revelaram que os parques urbanos de Santo André apresentam um efeito de redução na temperatura e aumento da umidade relativa do ar, evidenciados por uma relação positiva entre a distância ao parque e a temperatura do ar e uma relação negativa entre a distância ao parque e a umidade relativa do ar, com aumento de 0,22°C e redução de 0,7% na umidade relativa do ar após 100m de distância do parque, sendo elementos essenciais na regulação do microclima urbano. Já a análise de cada um dos parques individualmente revelou que dentre os 11 parques analisados, em 7 deles o efeito na redução da temperatura foi significativo e em 9 deles houve efeito significativo no aumento da umidade no entorno. Estes resultados se devem às variações nas condições de geometrias e ocupação do entorno, bem como da estrutura da vegetação e ocupação do interior dos parques, sendo necessária a complementação com estruturas verdes urbanas como arborização viária e áreas permeáveis para contribuir para redução da temperatura e aumento da umidade.


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    As áreas urbanizadas são o local de moradia da maioria das pessoas, porém as alterações da paisagem durante o processo de urbanização geram um aumento das ilhas de calor. Por outro lado, a presença de parques, praças e jardins em áreas urbanas proporciona serviços ambientais importantes para mitigar os efeitos das ilhas de calor. As áreas urbanas abrigam uma grande porcentagem da população humana, mas a expansão dessas áreas gera alterações no microclima. Estas alterações estão normalmente associadas à ocorrência de ilhas de calor, aumentando a temperatura e reduzindo a humidade. A proteção da vegetação nativa e a criação de parques, praças, jardins e outras áreas verdes são consideradas importantes ações de gestão para reduzir o efeito ilha de calor e melhorar a prestação de múltiplos serviços ecossistêmicos em áreas urbanas. Contudo, na maioria das cidades dos países em desenvolvimento, não há investimento na criação de áreas verdes e os seus efeitos nas áreas circundantes não são avaliados. Diante deste contexto o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência exercida pelos parques urbanos na temperatura e umidade relativa do ar. Foram realizadas medições da temperatura e da umidade relativa do ar ao longo de transectos a partir da borda de 11 parques urbanos de Santo André. Foi adotada uma abordagem de modelos de regressões lineares mistas para quantificar o efeito médio dos parques sobre a temperatura e a umidade relativa do ar para o município como um todo e também para quantificar o efeito da distância a partir da borda sobre a temperatura e umidade no entorno de cada parque separadamente. Nossos resultados revelaram que os parques urbanos de Santo André apresentam um efeito de redução na temperatura e aumento da umidade relativa do ar, evidenciados por uma relação positiva entre a distância ao parque e a temperatura do ar e uma relação negativa entre a distância ao parque e a umidade relativa do ar, com aumento de 0,22°C e redução de 0,7% na umidade relativa do ar após 100m de distância do parque, sendo elementos essenciais na regulação do microclima urbano. Já a análise de cada um dos parques individualmente revelou que dentre os 11 parques analisados, em 7 deles o efeito na redução da temperatura foi significativo e em 9 deles houve efeito significativo no aumento da umidade no entorno. Estes resultados se devem às variações nas condições de geometrias e ocupação do entorno, bem como da estrutura da vegetação e ocupação do interior dos parques, sendo necessária a complementação com estruturas verdes urbanas como arborização viária e áreas permeáveis para contribuir para redução da temperatura e aumento da umidade.

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  • MARIA GORETTE REBELO VIEIRA FERNANDES
  • AVALIAÇÃO DA GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS PLÁSTICOS NO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

  • Orientador : DERVAL DOS SANTOS ROSA
  • Data: 29/11/2023

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  • Globalmente a gestão inadequada dos resíduos sólidos urbanos (RSU) vem causando um significativo aumento das quantidades geradas e descartadas destes. No Brasil, apesar da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ter ocorrido em 2010 e preconizar uma gestão integrada de RSU com foco nas dimensões econômica, política, social, cultural e ambiental, a geração desses resíduos aumentou 19 % em massa de 2010 a 2019. Especificamente para resíduos sólidos plásticos (RSP), que representam 16,8 % dos RSU, isso equivale a um aumento de 10 milhões de toneladas por ano para, aproximadamente, 12 milhões de toneladas por ano. Não foram identificados na literatura, até o presente momento, estudos contemplando uma gestão de RSP que integrasse os requisitos dessas cinco dimensões. Neste cenário, o principal objetivo deste estudo foi analisar se as cinco dimensões da PNRS estão contempladas na gestão dos resíduos plásticos do município de São Bernardo do Campo (SBC), situado no estado de São Paulo (SP), Brasil, considerando a atuação dos públicos envolvidos no fluxo deste resíduo, a saber, o poder público, os cidadãos, a indústria de produção e a indústria da engenharia reversa. Um diagnóstico, por meio de questionário estruturado, análise documental, entrevistas e observações participativas foi realizado com representantes dos públicos envolvidos, buscando classificar, no formato de matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats), a gestão avaliada em potencialidades (fortalezas e oportunidades) e desafios (fraquezas e ameaças) para cada uma das cinco dimensões da PNRS, a fim de oferecer subsídios para alavancar um plano de melhoria contínua aos desafios identificados na gestão integrada de RSP praticada no município. A principal conclusão do estudo é que a dimensão política é a que necessidade de mais intervenções para melhorias. Os maiores desafios para o poder público referem-se à educação ambiental insuficiente, à inexistência e/ou inconsistência de indicadores de desempenho da gestão de RSU, à desatualização do Plano Municipal de Resíduos Sólidos (PMRS) de SBC, ao fato dos catadores individuais estarem desvinculados do programa de coleta seletiva do município, à percepção negativa da sociedade sobre o processo de recuperação energética de RSU na região, à capacidade limitada do aterro sanitário que atende o município e à falta de regulamentação para a indústria de produção com respeito a colocação de novos tipos de embalagens no mercado sem perspectivas de serem recicláveis e de serem reciclados. Além disso a dimensão cultural, que apesar de ter sido a mais bem avaliada no contexto geral, apresenta um desalinhamento de perspectivas entre os envolvidos, o que pode levar a conflitos e dificuldades na tomada de decisões para a implementação de melhorias. O estudo recomenda a utilização da ferramenta 5W2H pelo poder público, visando superar os desafios identificados. O sucesso da implementação, no entanto, estará diretamente relacionado ao engajamento e comprometimento dos diversos envolvidos no fluxo do RSP, aos recursos financeiros disponibilizados e à intensa coordenação do poder público.


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  • Globalmente a gestão inadequada dos resíduos sólidos urbanos (RSU) vem causando um significativo aumento das quantidades geradas e descartadas destes. No Brasil, apesar da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ter ocorrido em 2010 e preconizar uma gestão integrada de RSU com foco nas dimensões econômica, política, social, cultural e ambiental, a geração desses resíduos aumentou 19 % em massa de 2010 a 2019. Especificamente para resíduos sólidos plásticos (RSP), que representam 16,8 % dos RSU, isso equivale a um aumento de 10 milhões de toneladas por ano para, aproximadamente, 12 milhões de toneladas por ano. Não foram identificados na literatura, até o presente momento, estudos contemplando uma gestão de RSP que integrasse os requisitos dessas cinco dimensões. Neste cenário, o principal objetivo deste estudo foi analisar se as cinco dimensões da PNRS estão contempladas na gestão dos resíduos plásticos do município de São Bernardo do Campo (SBC), situado no estado de São Paulo (SP), Brasil, considerando a atuação dos públicos envolvidos no fluxo deste resíduo, a saber, o poder público, os cidadãos, a indústria de produção e a indústria da engenharia reversa. Um diagnóstico, por meio de questionário estruturado, análise documental, entrevistas e observações participativas foi realizado com representantes dos públicos envolvidos, buscando classificar, no formato de matriz SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats), a gestão avaliada em potencialidades (fortalezas e oportunidades) e desafios (fraquezas e ameaças) para cada uma das cinco dimensões da PNRS, a fim de oferecer subsídios para alavancar um plano de melhoria contínua aos desafios identificados na gestão integrada de RSP praticada no município. A principal conclusão do estudo é que a dimensão política é a que necessidade de mais intervenções para melhorias. Os maiores desafios para o poder público referem-se à educação ambiental insuficiente, à inexistência e/ou inconsistência de indicadores de desempenho da gestão de RSU, à desatualização do Plano Municipal de Resíduos Sólidos (PMRS) de SBC, ao fato dos catadores individuais estarem desvinculados do programa de coleta seletiva do município, à percepção negativa da sociedade sobre o processo de recuperação energética de RSU na região, à capacidade limitada do aterro sanitário que atende o município e à falta de regulamentação para a indústria de produção com respeito a colocação de novos tipos de embalagens no mercado sem perspectivas de serem recicláveis e de serem reciclados. Além disso a dimensão cultural, que apesar de ter sido a mais bem avaliada no contexto geral, apresenta um desalinhamento de perspectivas entre os envolvidos, o que pode levar a conflitos e dificuldades na tomada de decisões para a implementação de melhorias. O estudo recomenda a utilização da ferramenta 5W2H pelo poder público, visando superar os desafios identificados. O sucesso da implementação, no entanto, estará diretamente relacionado ao engajamento e comprometimento dos diversos envolvidos no fluxo do RSP, aos recursos financeiros disponibilizados e à intensa coordenação do poder público.

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  • ANA CARLA RIZZO MENDES
  • Uma investigação global sobre o conforto climático

  • Orientador : VITOR VIEIRA VASCONCELOS
  • Data: 05/12/2023

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  • A busca pelo conforto climático no ambiente, influenciando bem-estar humano e produtividade, pode se dar pela climatização artificial de ambientes fechados, mas gera impactos ambientais e uma artificialização da experiência de vida humana. Neste projeto, busca-se pensar sobre quais seriam os lugares do mundo com melhor conforto climático natural, ao ar livre. Será realizada uma pesquisa de abrangência global para avaliar como as pessoas se sentem confortáveis em relação à umidade relativa do ar, à temperatura percebida e à radiação solar onde vivem. Os resultados serão modelados por meio de modelos generalizados aditivos de feitos mistos, para criar indicadores de conforto climático. Esses modelos serão utilizados, junto a bases de dados climáticas espaciais globais para mapear o conforto climático em escala global. Os resultados são discutidos frente à distribuição espacial da população atual e os cenários passados, atuais e futuros de dinâmicas demográficas e climáticas. A nossa hipótese é que a exposição da população a um clima mais confortável deverá melhorar até 2100, embora possam ser exploradas muitas possibilidades para um melhor ajuste entre a ocupação territorial global e o conforto climático.


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  • A busca pelo conforto climático no ambiente, influenciando bem-estar humano e produtividade, pode se dar pela climatização artificial de ambientes fechados, mas gera impactos ambientais e uma artificialização da experiência de vida humana. Neste projeto, busca-se pensar sobre quais seriam os lugares do mundo com melhor conforto climático natural, ao ar livre. Será realizada uma pesquisa de abrangência global para avaliar como as pessoas se sentem confortáveis em relação à umidade relativa do ar, à temperatura percebida e à radiação solar onde vivem. Os resultados serão modelados por meio de modelos generalizados aditivos de feitos mistos, para criar indicadores de conforto climático. Esses modelos serão utilizados, junto a bases de dados climáticas espaciais globais para mapear o conforto climático em escala global. Os resultados são discutidos frente à distribuição espacial da população atual e os cenários passados, atuais e futuros de dinâmicas demográficas e climáticas. A nossa hipótese é que a exposição da população a um clima mais confortável deverá melhorar até 2100, embora possam ser exploradas muitas possibilidades para um melhor ajuste entre a ocupação territorial global e o conforto climático.

2022
Dissertações
1
  • RODRIGO ALMERIA RAGIO
  • PÓS-TRATAMENTO DE EFLUENTE DE REATOR UASB: COMPARAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS DE COAGULAÇÃO/FLOCULAÇÃO E MEMBRANAS E EFEITOS DA ADIÇÃO DE COAGULANTES A UM SISTEMA DE ULTRAFILTRAÇÃO

  • Orientador : EDUARDO LUCAS SUBTIL
  • Data: 23/02/2022

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  • O reator anaeróbio de fluxo ascendente de manta de lodo (UASB) é um importante marco de sustentabilidade no tratamento de efluentes, porém, usualmente requer pós-tratamento para atender padrões de emissão ou permitir produção de água de reúso. Coagulantes naturais tem grande potencial para tratar efluentes anaeróbios com menor impacto ambiental, enquanto a adoção de módulos externos com membranas de microfiltração (MF) e ultrafiltração (UF) tem sido cada vez mais frequentes para o pós-tratamento desse efluente. Porém, a comparação técnica e econômica destas tecnologias não é realizada com frequência. Outra possibilidade é a pré-adição de coagulantes ao sistema de membranas, no entanto pesquisas avaliando este emprego para os coagulantes naturais são raras. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi investigar e comparar sistemas de coagulação, floculação e sedimentação com coagulantes a base de tanino e de alumínio com sistemas de filtração por membranas com diferentes tamanhos de poro (MF e UF) para tratamento de efluente de reator UASB, além de se avaliar a adição de coagulantes num sistema de UF. Tanino modificado (TANm) e cloreto de polialumínio (PACl) comerciais, em dosagens de 10 a 500 mg/L de princípio ativo, foram usados em ensaios de jar test, onde o TANm afetou menos o pH, consumiu menos alcalinidade e produziu menos lodo comparado ao PACl, porém este atingiu maior remoção de turbidez (89-97%), DQO (70-72%) e fósforo (65-98%) na faixa de dosagem de 25 a 100 mg/L. Os ensaios de filtração foram feitos em célula teste simulando filtração tangencial, com excelente remoção de turbidez (96%) e matéria orgânica (69-72%) com ambas. Obteve-se maior fluxo de operação e menor resistência do fouling com MF, apesar de maior decaimento do fluxo. A avaliação econômica mostrou que os custos operacionais foram maiores para os sistemas de coagulação devido ao custo dos coagulantes e da disposição do lodo. Para o sistema de filtração por membranas com adição coagulantes, doses de 10, 25 e 40 mg/L de princípio ativo foram empregadas, com adição à célula teste após mistura rápida. Ensaios de fluxo crítico, filtrabilidade da amostra e reversibilidade do fouling foram feitos e indicaram aumento dos valores de fluxo crítico e redução do decaimento do fluxo e da resistência específica da camada de torta com uso de coagulantes, com maior produção de permeado, mas com aumento do fouling irreversível. Remoção de poluentes foi similar para os sistemas avaliados, exceto pela remoção adicional de turbidez, cor e compostos orgânicos que absorvem no UV (UV254) com coagulantes, além de remoção adicional de fósforo com PACl. A avaliação econômica indicou que os coagulantes são capazes de reduzir a área de membrana requerida para o tratamento, reduzindo custos com trocas de membrana e limpeza química, mas o custo dos coagulantes também é elevado. O sistema com pré-adição de 10 mg/L de TANm apresentou menor custo total e o tempo de retorno estimado para o investimento (payback simples) foi de 1,9 a 0,4 ano. Recomendam-se ensaios futuros em escalas maiores e avaliação de parâmetros pertinentes adicionais para produção de água de reúso.

    Palavras-chave: tratamento de efluentes, coagulação/floculação, fouling, custo operacional


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  • O reator anaeróbio de fluxo ascendente de manta de lodo (UASB) é um importante marco de sustentabilidade no tratamento de efluentes, porém, usualmente requer pós-tratamento para atender padrões de emissão ou permitir produção de água de reúso. Coagulantes naturais tem grande potencial para tratar efluentes anaeróbios com menor impacto ambiental, enquanto a adoção de módulos externos com membranas de microfiltração (MF) e ultrafiltração (UF) tem sido cada vez mais frequentes para o pós-tratamento desse efluente. Porém, a comparação técnica e econômica destas tecnologias não é realizada com frequência. Outra possibilidade é a pré-adição de coagulantes ao sistema de membranas, no entanto pesquisas avaliando este emprego para os coagulantes naturais são raras. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi investigar e comparar sistemas de coagulação, floculação e sedimentação com coagulantes a base de tanino e de alumínio com sistemas de filtração por membranas com diferentes tamanhos de poro (MF e UF) para tratamento de efluente de reator UASB, além de se avaliar a adição de coagulantes num sistema de UF. Tanino modificado (TANm) e cloreto de polialumínio (PACl) comerciais, em dosagens de 10 a 500 mg/L de princípio ativo, foram usados em ensaios de jar test, onde o TANm afetou menos o pH, consumiu menos alcalinidade e produziu menos lodo comparado ao PACl, porém este atingiu maior remoção de turbidez (89-97%), DQO (70-72%) e fósforo (65-98%) na faixa de dosagem de 25 a 100 mg/L. Os ensaios de filtração foram feitos em célula teste simulando filtração tangencial, com excelente remoção de turbidez (96%) e matéria orgânica (69-72%) com ambas. Obteve-se maior fluxo de operação e menor resistência do fouling com MF, apesar de maior decaimento do fluxo. A avaliação econômica mostrou que os custos operacionais foram maiores para os sistemas de coagulação devido ao custo dos coagulantes e da disposição do lodo. Para o sistema de filtração por membranas com adição coagulantes, doses de 10, 25 e 40 mg/L de princípio ativo foram empregadas, com adição à célula teste após mistura rápida. Ensaios de fluxo crítico, filtrabilidade da amostra e reversibilidade do fouling foram feitos e indicaram aumento dos valores de fluxo crítico e redução do decaimento do fluxo e da resistência específica da camada de torta com uso de coagulantes, com maior produção de permeado, mas com aumento do fouling irreversível. Remoção de poluentes foi similar para os sistemas avaliados, exceto pela remoção adicional de turbidez, cor e compostos orgânicos que absorvem no UV (UV254) com coagulantes, além de remoção adicional de fósforo com PACl. A avaliação econômica indicou que os coagulantes são capazes de reduzir a área de membrana requerida para o tratamento, reduzindo custos com trocas de membrana e limpeza química, mas o custo dos coagulantes também é elevado. O sistema com pré-adição de 10 mg/L de TANm apresentou menor custo total e o tempo de retorno estimado para o investimento (payback simples) foi de 1,9 a 0,4 ano. Recomendam-se ensaios futuros em escalas maiores e avaliação de parâmetros pertinentes adicionais para produção de água de reúso.

    Palavras-chave: tratamento de efluentes, coagulação/floculação, fouling, custo operacional

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  • BIANCA NUNES CALADO
  • Análise da contribuição brasileira para os relatórios do grupo de Trabalho II do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) com foco nos Impactos, adaptações e vulnerabilidades no Brasil. 

  • Orientador : MARIA CLEOFE VALVERDE BRAMBILA
  • Data: 25/05/2022

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  • O Objetivo desse trabalho é analisar comparativamente os cinco relatórios de avaliação do IPCC, com foco no grupo de Trabalho II – impactos, adaptação e vulnerabilidade para o Brasil. Especificamente foi analisada e apresentada a evolução das pesquisas brasileiras publicadas nos relatórios, sua notoriedade e contribuição para evidenciar os riscos de impactos, as vulnerabilidades e as adaptações dos sistemas brasileiros para as seguintes componentes: Hidrologia e Recursos de Água Doce e Assentamentos Humanos. A pesquisa utilizou os métodos histórico e comparativo para apresentar os avanços das pesquisas brasileiras. Os resultados obtidos incluem as análises do primeiro (FAR), segundo (SAR) e terceiro (TAR) quarto (AR4) e quinto (AR5) relatório do IPCC. Para a componente Recurso Hídrico e Recurso de Água Doce, enquanto no FAR o ênfase era para o desmatamento na Amazônia e como isso influenciaria no ciclo hidrológico e a intensidade de chuvas nesta região, no TAR foram evidenciadas nas pesquisas a influência do El Niño e La Niña e o aquecimento global no comportamento hidrológico a fim de contextualizar futuras mudanças para o comportamento da vazão sazonal, em toda a Amazônia, e as secas no nordeste. Para o AR4 e AR5, um número mais robusto de pesquisas foi evidenciado, devido a um aprimoramento dos modelos climáticos. No AR4 as pesquisas evidenciaram que nos últimos 50 anos os desmatamentos relevantes na Amazônia brasileira e as queimadas agravaram a desertificação da região, assim como o estresse hídrico local.  Por outro lado, os extremos na região Sul e Sudeste do Brasil aumentaram, gerando mais chuvas intensas e inundações após secas prolongadas com impactos na saúde das populações. No AR5 as pesquisas enfatizaram o aumento dos eventos extremos de precipitação pesada, chuvas acima de 50 mm aumentaram em cinco vezes no período de 2000 a 2010 em São Paulo, desde a década de 2000, gerando mais impactos na saúde e na agricultura, destacando a alta vulnerabilidade das megacidades brasileiras. Na Amazônia o atraso da estação chuvosa gerou impactos nos recursos hídricos. Para a componente Assentamento Humano, as pesquisas brasileiras ao longo dos três relatórios evoluem até o TAR para uma análise socioeconômica e de risco, onde as estruturas urbanas ganham maiores análises devido a sua vulnerabilidade e suscetibilidade às mudanças climáticas. É incluído, o estudo da saúde humana quanto aos problemas de poluição, transmissão por vetores, possíveis problemas enfrentados por favelas devido à superlotação, e a atenção maior é dada para as cidades, tendo como exemplo o Rio de Janeiro. O conceito de “cidades sustentáveis” tendo como exemplo Curitiba-PR (Brasil) é sugerido como condições existentes de resposta adaptativa quanto ao enfrentamento de impactos das mudanças climáticas. No AR4 e AR5 e com um leque muito maior de pesquisas os centros urbanos ganham destaque, e os efeitos combinados dos impactos das mudanças climáticas nas cidades brasileiras representam desafios cada vez maiores para a gestão de risco. Com isso, doenças endêmicas ressurgiram por serem sensíveis a um clima em mudança. Conclui-se que as pesquisas não somente contribuíram com o conhecimento internacional dos impactos nos sistemas hídricos e de assentamentos humanos no Brasil, mas também permitiu que um leque muito maior de ramificações de pesquisas fossem realizadas no país e que o conhecimento adquirido pudesse auxiliar para o desenvolvimento de respostas governamentais para a adaptação às mudanças climáticas ao longo do século XXI


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  • O Objetivo desse trabalho é analisar comparativamente os cinco relatórios de avaliação do IPCC, com foco no grupo de Trabalho II – impactos, adaptação e vulnerabilidade para o Brasil. Especificamente foi analisada e apresentada a evolução das pesquisas brasileiras publicadas nos relatórios, sua notoriedade e contribuição para evidenciar os riscos de impactos, as vulnerabilidades e as adaptações dos sistemas brasileiros para as seguintes componentes: Hidrologia e Recursos de Água Doce e Assentamentos Humanos. A pesquisa utilizou os métodos histórico e comparativo para apresentar os avanços das pesquisas brasileiras. Os resultados obtidos incluem as análises do primeiro (FAR), segundo (SAR) e terceiro (TAR) quarto (AR4) e quinto (AR5) relatório do IPCC. Para a componente Recurso Hídrico e Recurso de Água Doce, enquanto no FAR o ênfase era para o desmatamento na Amazônia e como isso influenciaria no ciclo hidrológico e a intensidade de chuvas nesta região, no TAR foram evidenciadas nas pesquisas a influência do El Niño e La Niña e o aquecimento global no comportamento hidrológico a fim de contextualizar futuras mudanças para o comportamento da vazão sazonal, em toda a Amazônia, e as secas no nordeste. Para o AR4 e AR5, um número mais robusto de pesquisas foi evidenciado, devido a um aprimoramento dos modelos climáticos. No AR4 as pesquisas evidenciaram que nos últimos 50 anos os desmatamentos relevantes na Amazônia brasileira e as queimadas agravaram a desertificação da região, assim como o estresse hídrico local.  Por outro lado, os extremos na região Sul e Sudeste do Brasil aumentaram, gerando mais chuvas intensas e inundações após secas prolongadas com impactos na saúde das populações. No AR5 as pesquisas enfatizaram o aumento dos eventos extremos de precipitação pesada, chuvas acima de 50 mm aumentaram em cinco vezes no período de 2000 a 2010 em São Paulo, desde a década de 2000, gerando mais impactos na saúde e na agricultura, destacando a alta vulnerabilidade das megacidades brasileiras. Na Amazônia o atraso da estação chuvosa gerou impactos nos recursos hídricos. Para a componente Assentamento Humano, as pesquisas brasileiras ao longo dos três relatórios evoluem até o TAR para uma análise socioeconômica e de risco, onde as estruturas urbanas ganham maiores análises devido a sua vulnerabilidade e suscetibilidade às mudanças climáticas. É incluído, o estudo da saúde humana quanto aos problemas de poluição, transmissão por vetores, possíveis problemas enfrentados por favelas devido à superlotação, e a atenção maior é dada para as cidades, tendo como exemplo o Rio de Janeiro. O conceito de “cidades sustentáveis” tendo como exemplo Curitiba-PR (Brasil) é sugerido como condições existentes de resposta adaptativa quanto ao enfrentamento de impactos das mudanças climáticas. No AR4 e AR5 e com um leque muito maior de pesquisas os centros urbanos ganham destaque, e os efeitos combinados dos impactos das mudanças climáticas nas cidades brasileiras representam desafios cada vez maiores para a gestão de risco. Com isso, doenças endêmicas ressurgiram por serem sensíveis a um clima em mudança. Conclui-se que as pesquisas não somente contribuíram com o conhecimento internacional dos impactos nos sistemas hídricos e de assentamentos humanos no Brasil, mas também permitiu que um leque muito maior de ramificações de pesquisas fossem realizadas no país e que o conhecimento adquirido pudesse auxiliar para o desenvolvimento de respostas governamentais para a adaptação às mudanças climáticas ao longo do século XXI

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  • THIAGO MAURICIO ANDRADE
  • Efeito do tempo de detenção hidráulico e dos ciclos de aeração intermitente no estabelecimento do processo de nitritação para o tratamento de águas residuárias com baixas concentrações de nitrogênio

  • Orientador : RODRIGO DE FREITAS BUENO
  • Data: 02/09/2022

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  • A desamonificação é a combinação dos processos de nitritação parcial e anammox (Anaerobic Ammonium Oxidation), sendo a primeira usualmente etapa limitante. Devido às suas vantagens ambientais e econômicas, especialmente em termos de eficiência energética e menor geração de resíduos, quando comparada aos processos de nitrificação e desnitrificação heterotrófica, esta tecnologia desperta a atenção do setor de saneamento ambiental para o atendimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para o estabelecimento da nitritação é preciso que as bactérias oxidadoras de amônia (BOA) sejam favorecidas, enquanto que as bactérias oxidadoras de nitrito (BON) suprimidas. Porém conseguir tal feito é extremamente difícil, sobretudo em efluentes pouco concentrados como esgotos sanitários. Neste contexto, o presente trabalho objetivou estudar os efeitos do emprego de diferentes estratégias operacionais na estabilização do processo de nitritação durante o tratamento de águas residuárias com baixas concentrações de nitrogênio amoniacal. Para tanto, estão sendo operados, em paralelo e sob as mesmas condições operacionais, dois reatores em fluxo continuo: reator com biomassa imobilizada em espuma de poliuretano (R1); e reator com biomassa imobilizada em biomídia modelo PZE 665 fabricada em Polietileno de Alta Densidade (R2). A aeração está sendo desenvolvida de maneira intermitente e aplicada com auxílio de compressores de ar e difusores de pedra porosa. A operação do sistema foi dividida em duas etapas: na etapa 1, a alimentação está sendo realizada com água residuária sintética inorgânica, com características semelhantes a esgoto sanitário; e na etapa 2, a alimentação será realizada com esgoto sanitário bruto. Após 14 dias da partida, foi possível evidenciar o início da atividade microbiana a partir da oscilação nos valores de OD (oxigênio dissolvido) e redução dos valores de amônia efluente. Com o passar dos dias de operação, ambos reatores têm apresentado ganhos de performance em termos de remoção de N-NH4+, com eficiências indo de 80 ± 19% para 93 ± 15%, e de 74 ± 14% para 81 ± 13%, respectivamente para os reatores R1 e R2 nas fases I e II. O consumo médio de alcalinidade por NH4+ oxidado se aproxima dos valores teóricos existentes para a nitrificação/nitritação em todas as condições estudadas. Dito isto, sugere-se os sistemas foram capazes de estabelecer a nitrificação, seja ela parcial ou completa, ainda que talvez de maneira instável.


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  • A desamonificação é a combinação dos processos de nitritação parcial e anammox (Anaerobic Ammonium Oxidation), sendo a primeira usualmente etapa limitante. Devido às suas vantagens ambientais e econômicas, especialmente em termos de eficiência energética e menor geração de resíduos, quando comparada aos processos de nitrificação e desnitrificação heterotrófica, esta tecnologia desperta a atenção do setor de saneamento ambiental para o atendimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para o estabelecimento da nitritação é preciso que as bactérias oxidadoras de amônia (BOA) sejam favorecidas, enquanto que as bactérias oxidadoras de nitrito (BON) suprimidas. Porém conseguir tal feito é extremamente difícil, sobretudo em efluentes pouco concentrados como esgotos sanitários. Neste contexto, o presente trabalho objetivou estudar os efeitos do emprego de diferentes estratégias operacionais na estabilização do processo de nitritação durante o tratamento de águas residuárias com baixas concentrações de nitrogênio amoniacal. Para tanto, estão sendo operados, em paralelo e sob as mesmas condições operacionais, dois reatores em fluxo continuo: reator com biomassa imobilizada em espuma de poliuretano (R1); e reator com biomassa imobilizada em biomídia modelo PZE 665 fabricada em Polietileno de Alta Densidade (R2). A aeração está sendo desenvolvida de maneira intermitente e aplicada com auxílio de compressores de ar e difusores de pedra porosa. A operação do sistema foi dividida em duas etapas: na etapa 1, a alimentação está sendo realizada com água residuária sintética inorgânica, com características semelhantes a esgoto sanitário; e na etapa 2, a alimentação será realizada com esgoto sanitário bruto. Após 14 dias da partida, foi possível evidenciar o início da atividade microbiana a partir da oscilação nos valores de OD (oxigênio dissolvido) e redução dos valores de amônia efluente. Com o passar dos dias de operação, ambos reatores têm apresentado ganhos de performance em termos de remoção de N-NH4+, com eficiências indo de 80 ± 19% para 93 ± 15%, e de 74 ± 14% para 81 ± 13%, respectivamente para os reatores R1 e R2 nas fases I e II. O consumo médio de alcalinidade por NH4+ oxidado se aproxima dos valores teóricos existentes para a nitrificação/nitritação em todas as condições estudadas. Dito isto, sugere-se os sistemas foram capazes de estabelecer a nitrificação, seja ela parcial ou completa, ainda que talvez de maneira instável.

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  • GUSTAVO LOPES URBANI
  • Valoração econômica de danos por inundações por meio de modelagem hidráulico-hidrológica e elaboração de curvas de prejuízo – estudo de caso da bacia hidrográfica do Córrego Ipiranga – São Paulo - SP

  • Orientador : MARIA CLEOFE VALVERDE BRAMBILA
  • Data: 07/10/2022

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  • A estimação do prejuízo causado por inundações é essencial para subsidiar as decisões nas grandes metrópoles, fornecendo a base para a análise de custo-benefício de medidas de intervenção para o controle das inundações. Este trabalho tem como objetivo a elaboração de curvas de dano causado por inundações para a bacia do Córrego Ipiranga, função esta que relaciona o prejuízo causado por uma inundação com o seu nível de submersão. Para isso, foi realizada a caracterização morfométrica e hidroclimatológica da bacia de estudo e a modelagem hidrológica para chuvas de Tempo de Retorno (TR) 10, 25 e 100, cujo parâmetros Curve Number, LagTime e K Muskingum foram calibrados com base em 11 eventos observados, essa etapa gerou vazões de projeto calibradas que foram utilizadas na modelagem hidráulica para geração de manchas de inundação de TR 10, 25 e 100 para a região de estudo. Com estas manchas foi possível delimitar, via Sistemas de Informações Georreferenciadas (SIG), os imóveis atingidos pela inundação para diferentes probabilidades. As chuvas calibradas na etapa de modelagem hidrológica apresentaram, em média, uma vazão de pico 16%, maiores do que os valores obtidos antes da calibração. As manchas de inundação simuladas possuem área de 1,79km² para TR 10, 1,98km² para TR 25 e 2,21km² para TR 100 e nessa ordem atingem cerca de 3019, 3423 e 3854 imóveis na região para os TR’s de estudo. Os setores atingidos pela inundação na bacia convergem em sua maioria com ocorrências de inundação já mapeadas na bacia por outros autores e as manchas de inundação estimadas se mostram utilizáveis para ações de planejamento na região. A função de dano-profundidade definida para a bacia do Córrego do Ipiranga, referente as estruturas e conteúdo dos imóveis, encontrou o prejuízo de R$ 17,93 milhões para TR 10, R$ 20,60 milhões para TR 25 e R$ 23,68 milhões para TR 100. Os resultados obtidos ressaltam a importância do investimento em medidas de prevenção a inundações e demonstram a importância de calibrar modelos com dados observados, pois a variação dos resultados obtidos a partir de estimativas iniciais pode ser significativa, como neste caso.


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  • A estimação do prejuízo causado por inundações é essencial para subsidiar as decisões nas grandes metrópoles, fornecendo a base para a análise de custo-benefício de medidas de intervenção para o controle das inundações. Este trabalho tem como objetivo a elaboração de curvas de dano causado por inundações para a bacia do Córrego Ipiranga, função esta que relaciona o prejuízo causado por uma inundação com o seu nível de submersão. Para isso, foi realizada a caracterização morfométrica e hidroclimatológica da bacia de estudo e a modelagem hidrológica para chuvas de Tempo de Retorno (TR) 10, 25 e 100, cujo parâmetros Curve Number, LagTime e K Muskingum foram calibrados com base em 11 eventos observados, essa etapa gerou vazões de projeto calibradas que foram utilizadas na modelagem hidráulica para geração de manchas de inundação de TR 10, 25 e 100 para a região de estudo. Com estas manchas foi possível delimitar, via Sistemas de Informações Georreferenciadas (SIG), os imóveis atingidos pela inundação para diferentes probabilidades. As chuvas calibradas na etapa de modelagem hidrológica apresentaram, em média, uma vazão de pico 16%, maiores do que os valores obtidos antes da calibração. As manchas de inundação simuladas possuem área de 1,79km² para TR 10, 1,98km² para TR 25 e 2,21km² para TR 100 e nessa ordem atingem cerca de 3019, 3423 e 3854 imóveis na região para os TR’s de estudo. Os setores atingidos pela inundação na bacia convergem em sua maioria com ocorrências de inundação já mapeadas na bacia por outros autores e as manchas de inundação estimadas se mostram utilizáveis para ações de planejamento na região. A função de dano-profundidade definida para a bacia do Córrego do Ipiranga, referente as estruturas e conteúdo dos imóveis, encontrou o prejuízo de R$ 17,93 milhões para TR 10, R$ 20,60 milhões para TR 25 e R$ 23,68 milhões para TR 100. Os resultados obtidos ressaltam a importância do investimento em medidas de prevenção a inundações e demonstram a importância de calibrar modelos com dados observados, pois a variação dos resultados obtidos a partir de estimativas iniciais pode ser significativa, como neste caso.

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  • ALESSANDRA BORGES OKAMOTO
  • Determinação de cantaxantina e astaxantina em efluente de tratamento de fazendas de criação de salmonídeos

  • Orientador : ELIZABETE CAMPOS DE LIMA
  • Data: 21/10/2022

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  • Os carotenoides cantaxantina (CTX) e astaxantina (ATX) são utilizados para a pigmentação dos salmonídeos, pois os salmonídeos criados em cativeiro não possuem a mesma coloração dos animais selvagens. Os animais em seu habitat natural têm fontes de cantaxantina e astaxantina naturais, enquanto que salmonídeos criados em cativeiro necessitam de suplementação em sua alimentação. Esta suplementação é feita utilizando-se carotenoides produzidos artificialmente que são extraídos por solventes orgânicos, podendo assim haver resíduos nos pigmentos utilizados para a alimentação destes peixes. Já foram efetuados vários testes de toxidade destes pigmentos em animais, porém não existe nenhum estudo relacionado ao quanto estes pigmentos afetam o meio ambiente. Este estudo teve como objetivo determinar CTX e ATX em efluentes de fazendas de criação de salmonídeos utilizando extração em fase sólida com polímeros de impressão molecular (MISPE) via cromatografia liquida de alto desempenho (HPLC) apos as condições otimizadas do método o mesmo foi validado utilizando o protocolo ICH e as figuras de mérito de repetibilidade; assim como de reprodutibilidade, analisadas via o software de aquisição de dados do sistema Agilent 1220 resultaram em uma %CV menor que 3% para a faixa de concentração de 1,25 a 50 mg L-1.  Foram sintetizados fases MISPE via bulk. Os extratos MISPE foram analisados via HPLC utilizando coluna C18 Promosil  (5 µm, 100 Å, 4.6 X 150 mm), temperatura de 50°C, fluxo de 1 mL min-1, volume de injeção de 10 µLe detecção em 474nm. Fases MISPE utilizando CTX como molécula molde CTX e ATX (MM), e iniciador radicalar (IAR) 2,2 azobisisobutironitrila , acido acrílico como monômero funcional (MF),  EGDMA (etlenoglicol dimetacrilato) como agente de ligação entrecruzada (RR) na proporção 1:2:2:1  gerou recuperação (%R) para CTX de 0,07 ± 0,1 % da cantaxantina e 15,9 ± 2 % de ATX.  Foram realizadas sínteses de vários outros polímeros que não geraram resultados satisfatórios. Utilizando cartuchos comerciais de extração em fase sólida C18 os resultados de recuperação para ATX e CTX alcançam a faixa de 50%. Na próxima etapa da pesquisa a fase comercial C18 será utilizada para a determinação de CTX e ATX em amostras de efluentes do criadouro de carpas e trutas salmonadas do Horto Florestal de Campos de Jordão. 


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  • Os carotenoides cantaxantina (CTX) e astaxantina (ATX) são utilizados para a pigmentação dos salmonídeos, pois os salmonídeos criados em cativeiro não possuem a mesma coloração dos animais selvagens. Os animais em seu habitat natural têm fontes de cantaxantina e astaxantina naturais, enquanto que salmonídeos criados em cativeiro necessitam de suplementação em sua alimentação. Esta suplementação é feita utilizando-se carotenoides produzidos artificialmente que são extraídos por solventes orgânicos, podendo assim haver resíduos nos pigmentos utilizados para a alimentação destes peixes. Já foram efetuados vários testes de toxidade destes pigmentos em animais, porém não existe nenhum estudo relacionado ao quanto estes pigmentos afetam o meio ambiente. Este estudo teve como objetivo determinar CTX e ATX em efluentes de fazendas de criação de salmonídeos utilizando extração em fase sólida com polímeros de impressão molecular (MISPE) via cromatografia liquida de alto desempenho (HPLC) apos as condições otimizadas do método o mesmo foi validado utilizando o protocolo ICH e as figuras de mérito de repetibilidade; assim como de reprodutibilidade, analisadas via o software de aquisição de dados do sistema Agilent 1220 resultaram em uma %CV menor que 3% para a faixa de concentração de 1,25 a 50 mg L-1.  Foram sintetizados fases MISPE via bulk. Os extratos MISPE foram analisados via HPLC utilizando coluna C18 Promosil  (5 µm, 100 Å, 4.6 X 150 mm), temperatura de 50°C, fluxo de 1 mL min-1, volume de injeção de 10 µLe detecção em 474nm. Fases MISPE utilizando CTX como molécula molde CTX e ATX (MM), e iniciador radicalar (IAR) 2,2 azobisisobutironitrila , acido acrílico como monômero funcional (MF),  EGDMA (etlenoglicol dimetacrilato) como agente de ligação entrecruzada (RR) na proporção 1:2:2:1  gerou recuperação (%R) para CTX de 0,07 ± 0,1 % da cantaxantina e 15,9 ± 2 % de ATX.  Foram realizadas sínteses de vários outros polímeros que não geraram resultados satisfatórios. Utilizando cartuchos comerciais de extração em fase sólida C18 os resultados de recuperação para ATX e CTX alcançam a faixa de 50%. Na próxima etapa da pesquisa a fase comercial C18 será utilizada para a determinação de CTX e ATX em amostras de efluentes do criadouro de carpas e trutas salmonadas do Horto Florestal de Campos de Jordão. 

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  • MIRIELI DOS SANTOS
  • EFICIÊNCIA DA BIORREMEDIAÇÃO POR DIFERENTES ESPÉCIES DE FUNGOS NA DEGRADAÇÃO DE COMPOSTOS NITROAROMÁTICOS NA REGIÃO DO GRANDE ABC

  • Orientador : ELIZABETE CAMPOS DE LIMA
  • Data: 27/10/2022

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  • Os fungos do gênero Trametes são basidiomicetos que se destacam na degradação
    de poluentes recalcitrantes presentes no meio ambiente, como por exemplo, os
    compostos nitroaromáticos, que são poluentes prioritários provenientes da indústria
    de explosivos, os quais o 2,4,6 – trinitrotolueno (TNT). O objetivo desse estudo
    consistiu em estudar a capacidade dos fungos Trametes versicolor e Trametes
    villosa em degradar o TNT. O potencial impactante deste poluente foi avaliado com
    base em antecedentes bibliográficos relevantes e por meio de experimentos em
    diferentes condições de cultivo. Os experimentos de tratabilidade fúngica foram
    baseados na condução de um procedimento desenhado de experimentos realizado
    em meio sólido – Ágar Extrato de Malte (MEA) e meio líquido enriquecido (ME).
    Onde o crescimento foi monitorado em função da temperatura para cada espécie,
    sendo que T. versicolor se mostrou com melhor crescimento em 30 oC enquanto T.
    villosa em 28 oC. Dentre os fatores mais favoráveis estatisticamente, destacaram-se
    as concentrações do padrão de TNT (1000 mgL -1 ), a espécie T. villosa e os componentes do ME. Essas condições foram consideradas como base experimental para o tratamento fúngico do TNT por um período de 7 e 14 dias inicialmente e por fim 21 dias. Os resultados obtidos indicaram que tanto T. versicolor quanto T. villosa
    nas condições de estudo não foram capazes de converter e degradar o TNT de
    forma esperada, em tempos da ordem de 7, 14 e 21 dias. O conjunto de resultados
    mostrou maior potencialidade de T. villosa, sendo essa uma espécie com menos
    estudos que T. versicolor que já é bastante recomendada na literatura com
    capacidade significativa para remediação de ambientes contaminados assim como a
    degradação de compostos químicos de relevância ambiental como os compostos
    nitroaromáticos. Sendo a degradação ambiental um problema cada vez mais
    recorrente, fica evidente a necessidade da busca por alternativas que preservem o
    meio ambiente; nesse estudo mostramos que os fungos são ótimos candidatos para
    essa questão quando levamos em consideração o substrato utilizado na fase
    experimental juntamente com o tipo de contaminante.


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  • Os fungos do gênero Trametes são basidiomicetos que se destacam na degradação
    de poluentes recalcitrantes presentes no meio ambiente, como por exemplo, os
    compostos nitroaromáticos, que são poluentes prioritários provenientes da indústria
    de explosivos, os quais o 2,4,6 – trinitrotolueno (TNT). O objetivo desse estudo
    consistiu em estudar a capacidade dos fungos Trametes versicolor e Trametes
    villosa em degradar o TNT. O potencial impactante deste poluente foi avaliado com
    base em antecedentes bibliográficos relevantes e por meio de experimentos em
    diferentes condições de cultivo. Os experimentos de tratabilidade fúngica foram
    baseados na condução de um procedimento desenhado de experimentos realizado
    em meio sólido – Ágar Extrato de Malte (MEA) e meio líquido enriquecido (ME).
    Onde o crescimento foi monitorado em função da temperatura para cada espécie,
    sendo que T. versicolor se mostrou com melhor crescimento em 30 oC enquanto T.
    villosa em 28 oC. Dentre os fatores mais favoráveis estatisticamente, destacaram-se
    as concentrações do padrão de TNT (1000 mgL -1 ), a espécie T. villosa e os componentes do ME. Essas condições foram consideradas como base experimental para o tratamento fúngico do TNT por um período de 7 e 14 dias inicialmente e por fim 21 dias. Os resultados obtidos indicaram que tanto T. versicolor quanto T. villosa
    nas condições de estudo não foram capazes de converter e degradar o TNT de
    forma esperada, em tempos da ordem de 7, 14 e 21 dias. O conjunto de resultados
    mostrou maior potencialidade de T. villosa, sendo essa uma espécie com menos
    estudos que T. versicolor que já é bastante recomendada na literatura com
    capacidade significativa para remediação de ambientes contaminados assim como a
    degradação de compostos químicos de relevância ambiental como os compostos
    nitroaromáticos. Sendo a degradação ambiental um problema cada vez mais
    recorrente, fica evidente a necessidade da busca por alternativas que preservem o
    meio ambiente; nesse estudo mostramos que os fungos são ótimos candidatos para
    essa questão quando levamos em consideração o substrato utilizado na fase
    experimental juntamente com o tipo de contaminante.

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  • EMILIA MORI SARTI FERNANDES
  • Presença, abundância e tipos

     de microplásticos no solo

  • Orientador : DERVAL DOS SANTOS ROSA
  • Data: 25/11/2022

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  • Em estudos sobre microplásticos, é comum investigá-los em ambientes aquáticos, avaliando os impactos ambientais deles decorrentes. Entretanto, apesar dos avanços sobre o tema, há poucas informações a respeito deste tipo de contaminação no compartimento ambiental solo, devido à complexidade e heterogeneidade da matriz ambiental. Assim, o escopo desse trabalho foi realizar um estudo em três parques da cidade de Santo André (SP) e compará-los com o aterro da cidade, buscando determinar a presença, abundância e tipos de plásticos e microplásticos nestes ambientes terrestres, explorando a correlação das semelhanças e diferenças dos fragmentos encontrados. Foi realizada a coleta de amostras do solo em sua superfície e a 20 cm de profundidade de cada local amostrado; a separação dos resíduos plásticos foi realizada dissolvendo a matriz orgânica ambiental em solução aquosa, por um processo de oxidação. Em seguida, as amostras de macro e microplásticos foram submetidas a identificação por espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os resultados de FTIR revelaram que os tipos de plástico mais abundantemente encontrados nos parques foram polipropileno, poli(tereftalato de etileno) e polietileno, nos locais e sob os perfis de profundidade selecionados. Pela análise da abundância foi possível detectar a presença de microplásticos (MPs) na proporção de 1,4 e 2,4 fragmentos de microplásticos para cada kg de solo coletado, para o parque Celso Daniel e aterro, respectivamente. Esses resultados demonstram que o aterro, assim como o parque apresentam elevadas quantidades de MPs no solo, o que é considerado um sério problema ambiental, com alto risco de toxicidade para a saúde dos seres vivos. Além disso, observa-se, de maneira geral, que um maior número de microplásticos foi encontrado quando as amostras de solos foram retiradas à profundidade de 20 cm. Os resultados desse estudo também permitem afirmar que no Parque há uma maior abundância de MPs na superfície e a 20 cm de profundidade do solo, por conta do maior fluxo de frequentadores do Parque. Foi observado que, nos locais com menor assiduidade de visitantes, a vegetação encontra-se mais preservada e, no local com menor frequência de limpeza observa-se, de forma parcial, descarte incorreto de macro e microplásticos, com maior intensidade de degradação desses resíduos.


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  • Em estudos sobre microplásticos, é comum investigá-los em ambientes aquáticos, avaliando os impactos ambientais deles decorrentes. Entretanto, apesar dos avanços sobre o tema, há poucas informações a respeito deste tipo de contaminação no compartimento ambiental solo, devido à complexidade e heterogeneidade da matriz ambiental. Assim, o escopo desse trabalho foi realizar um estudo em três parques da cidade de Santo André (SP) e compará-los com o aterro da cidade, buscando determinar a presença, abundância e tipos de plásticos e microplásticos nestes ambientes terrestres, explorando a correlação das semelhanças e diferenças dos fragmentos encontrados. Foi realizada a coleta de amostras do solo em sua superfície e a 20 cm de profundidade de cada local amostrado; a separação dos resíduos plásticos foi realizada dissolvendo a matriz orgânica ambiental em solução aquosa, por um processo de oxidação. Em seguida, as amostras de macro e microplásticos foram submetidas a identificação por espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os resultados de FTIR revelaram que os tipos de plástico mais abundantemente encontrados nos parques foram polipropileno, poli(tereftalato de etileno) e polietileno, nos locais e sob os perfis de profundidade selecionados. Pela análise da abundância foi possível detectar a presença de microplásticos (MPs) na proporção de 1,4 e 2,4 fragmentos de microplásticos para cada kg de solo coletado, para o parque Celso Daniel e aterro, respectivamente. Esses resultados demonstram que o aterro, assim como o parque apresentam elevadas quantidades de MPs no solo, o que é considerado um sério problema ambiental, com alto risco de toxicidade para a saúde dos seres vivos. Além disso, observa-se, de maneira geral, que um maior número de microplásticos foi encontrado quando as amostras de solos foram retiradas à profundidade de 20 cm. Os resultados desse estudo também permitem afirmar que no Parque há uma maior abundância de MPs na superfície e a 20 cm de profundidade do solo, por conta do maior fluxo de frequentadores do Parque. Foi observado que, nos locais com menor assiduidade de visitantes, a vegetação encontra-se mais preservada e, no local com menor frequência de limpeza observa-se, de forma parcial, descarte incorreto de macro e microplásticos, com maior intensidade de degradação desses resíduos.

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  • ANA CAROLINA MEDEIROS DE CAMARGO
  • Análise espacial do potencial impacto de áreas contaminadas sobre cursos d’água, poços e aquíferos na bacia do Alto Tietê

  • Orientador : VITOR VIEIRA VASCONCELOS
  • Data: 02/12/2022

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  • Este trabalho se propôs a identificar e avaliar o grau de risco, vulnerabilidade e contaminação dos cursos d’água, poços e aquíferos localizados na Bacia Alto Tietê, que possui a maior concentração de áreas contaminadas do Brasil. Para isso, foi elaborada uma metodologia de análise de Vulnerabilidade de Aquíferos através do método AVI (Aquifer Vulnerability Index); delimitação de perímetros de segurança e identificação de poços em risco, assim como o acúmulo de contaminação na hidrografia; e elaboração de um Índice Integrado de Risco, unificando informações de vulnerabilidade, ameaça e exposição. Através dos resultados foi possível identificar que o Aquífero São Paulo possui um menor índice de vulnerabilidade comparado ao Pré-Cambriano, principalmente devido à espessura de sua camada não saturada. Utilizando os parâmetros descritos pelas legislações vigentes, foram concluídas a existência de 7.958 poços em risco em toda a extensão da bacia (77,15% do total). Também foi possível notar que os rios com maior acúmulo de contaminação são os Tietê, Tamanduateí e Pinheiros, que estão em áreas com alta concentração de áreas contaminadas e recebem o deságue de outros corpos hídricos que também estão em risco de contaminação. Os municípios mais vulneráveis, tanto socialmente quanto em relação aos aquíferos, estão localizados nas periferias da bacia e necessitam de um monitoramento mais próximo quanto às áreas contaminadas. Já os municípios nas regiões identificadas com maior índice integrado de risco, como Diadema, Guarulhos, Mauá, Osasco, Santo André, São Paulo e Taboão da Serra, coincidiram com os que também necessitam de delimitação de perímetros de segurança em seus poços, que se deve devido à grande concentração de áreas contaminadas na região. Dessa forma, foi possível identificar a vulnerabilidade, exposição, ameaça e índices de risco para a Bacia Alto Tietê, e espera-se que com os resultados alcançados, a pesquisa sirva como base para informar à sociedade e aos órgãos públicos sobre a vulnerabilidade e riscos da região, que podem ser prevenidos e mitigados com ações adequadas.


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  • Este trabalho se propôs a identificar e avaliar o grau de risco, vulnerabilidade e contaminação dos cursos d’água, poços e aquíferos localizados na Bacia Alto Tietê, que possui a maior concentração de áreas contaminadas do Brasil. Para isso, foi elaborada uma metodologia de análise de Vulnerabilidade de Aquíferos através do método AVI (Aquifer Vulnerability Index); delimitação de perímetros de segurança e identificação de poços em risco, assim como o acúmulo de contaminação na hidrografia; e elaboração de um Índice Integrado de Risco, unificando informações de vulnerabilidade, ameaça e exposição. Através dos resultados foi possível identificar que o Aquífero São Paulo possui um menor índice de vulnerabilidade comparado ao Pré-Cambriano, principalmente devido à espessura de sua camada não saturada. Utilizando os parâmetros descritos pelas legislações vigentes, foram concluídas a existência de 7.958 poços em risco em toda a extensão da bacia (77,15% do total). Também foi possível notar que os rios com maior acúmulo de contaminação são os Tietê, Tamanduateí e Pinheiros, que estão em áreas com alta concentração de áreas contaminadas e recebem o deságue de outros corpos hídricos que também estão em risco de contaminação. Os municípios mais vulneráveis, tanto socialmente quanto em relação aos aquíferos, estão localizados nas periferias da bacia e necessitam de um monitoramento mais próximo quanto às áreas contaminadas. Já os municípios nas regiões identificadas com maior índice integrado de risco, como Diadema, Guarulhos, Mauá, Osasco, Santo André, São Paulo e Taboão da Serra, coincidiram com os que também necessitam de delimitação de perímetros de segurança em seus poços, que se deve devido à grande concentração de áreas contaminadas na região. Dessa forma, foi possível identificar a vulnerabilidade, exposição, ameaça e índices de risco para a Bacia Alto Tietê, e espera-se que com os resultados alcançados, a pesquisa sirva como base para informar à sociedade e aos órgãos públicos sobre a vulnerabilidade e riscos da região, que podem ser prevenidos e mitigados com ações adequadas.

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  • AMANDA RODRIGUES DE SOUZA
  • ÍNDICES DE PRECIPITAÇÃO PARA A PREVISIBILIDADE DE VAZÕES EM BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS

  • Orientador : ANDREA DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 07/12/2022

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  • Variabilidades na precipitação podem causar anomalias de vazão, e dependendo da intensidade e persistência, levar a ocorrência de casos extremos, que podem afetar a disponibilidade do recurso hídrico e atividades socioeconômicas. O objetivo do estudo é investigar a influência da precipitação sobre a vazão, em pontos de aproveitamento hidroelétrico, procurando identificar índices de precipitação com potencial preditor de vazão. Foram utilizados dados de precipitação da ANA e dados de vazão do ONS e ANA para o período de 1980 a 2020. Contudo, foram focalizados quatro pontos de vazão: Jurumirim, Porto Primavera, Sobradinho e Tucuruí. As estações de precipitação a montante dos pontos de vazão foram agrupadas pela análise de cluster em regiões de precipitação homogêneas. O ponto de vazão de Jurumirim apresentou uma região com 17 estações. Porto Primavera apresentou oito estações, onde as regiões apresentaram 68, 3, 7, 141, 1, 37 e 240 estações. Sobradinho apresentou cinco regiões, onde as regiões apresentaram 4, 2, 10, 65, 20 estações. Tucuruí apresentou seis regiões, onde as regiões apresentaram 17, 8, 66, 5, 40 e 3 estações. Foram calculados índices precipitação, sendo eles: quantidade de dias com precipitação acima dos limiares quantílicos de 85% e 65% (ND85q+ e ND65q+), abaixo dos limiares quantílicos de 35% e 15% (ND35q- e ND15q-), acumulado de precipitação em dias úmidos (PRCTOT), índices simples de intensidade diária (SDII), sequências médias e máximas de dias com e sem precipitação (CWD – MED, CWD – MAX, CDD – MED e CDD – MAX), contagem de dias sem (ND1mm-) e com precipitação acima de , ,  e  (R1mm, R10mm, R20mm e R30mm) e o valor acumulado de precipitação em um, três, cinco, sete e dez dias seguidos (RX1DAY, RX3DAY, RX5DAY, RX7DAY e RX10DAY). Foi realizada a análise de correlação simples entre as séries de vazão e os índices de precipitação com defasagens anuais de até dois anos e mensais de até doze meses. Foram identificados conjuntos distintos de índices para cada uma das regiões de precipitação, sendo destacado as diferenças no comportamento da influência da precipitação. Os resultados sugeriram a utilização dos índices anuais móveis para o prognóstico da vazão, no qual foram aplicados aos modelos de regressão linear múltipla. Os melhores modelos foram obtidos para a defasagem de um mês, com destaque para Sobradinho, por apresentar o maior valor do coeficiente de determinação. Para a predição em Jurumirim, apenas o modelo de defasagem de um mês apresentou índice de precipitação como preditor, sendo ele o índice PRCTOT. Para Porto Primavera, foram selecionados índices de precipitação das regiões 1PP (PRCTOT), região  3PP (CWD – MED)  e da região 7PP (ND85q+ e ND35q+). Para Sobradinho, foram selecionados índices de precipitação das regiões 2SF (PRCTOT, CWD – MED e ND35q-), região 3SF (ND35q- e ND85q+) e a região 4SF (ND65q). Para Tucuruí, foram selecionados índices de precipitação das regiões 2T (PRCTOT, CDD – MED e ND65q+) e região 6T (ND85q+ e ND35q-). Os resultados indicam que os índices são promissores na previsibilidade da vazão, podendo ser usados de forma complementar a índices climáticos.


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  • Variabilidades na precipitação podem causar anomalias de vazão, e dependendo da intensidade e persistência, levar a ocorrência de casos extremos, que podem afetar a disponibilidade do recurso hídrico e atividades socioeconômicas. O objetivo do estudo é investigar a influência da precipitação sobre a vazão, em pontos de aproveitamento hidroelétrico, procurando identificar índices de precipitação com potencial preditor de vazão. Foram utilizados dados de precipitação da ANA e dados de vazão do ONS e ANA para o período de 1980 a 2020. Contudo, foram focalizados quatro pontos de vazão: Jurumirim, Porto Primavera, Sobradinho e Tucuruí. As estações de precipitação a montante dos pontos de vazão foram agrupadas pela análise de cluster em regiões de precipitação homogêneas. O ponto de vazão de Jurumirim apresentou uma região com 17 estações. Porto Primavera apresentou oito estações, onde as regiões apresentaram 68, 3, 7, 141, 1, 37 e 240 estações. Sobradinho apresentou cinco regiões, onde as regiões apresentaram 4, 2, 10, 65, 20 estações. Tucuruí apresentou seis regiões, onde as regiões apresentaram 17, 8, 66, 5, 40 e 3 estações. Foram calculados índices precipitação, sendo eles: quantidade de dias com precipitação acima dos limiares quantílicos de 85% e 65% (ND85q+ e ND65q+), abaixo dos limiares quantílicos de 35% e 15% (ND35q- e ND15q-), acumulado de precipitação em dias úmidos (PRCTOT), índices simples de intensidade diária (SDII), sequências médias e máximas de dias com e sem precipitação (CWD – MED, CWD – MAX, CDD – MED e CDD – MAX), contagem de dias sem (ND1mm-) e com precipitação acima de , ,  e  (R1mm, R10mm, R20mm e R30mm) e o valor acumulado de precipitação em um, três, cinco, sete e dez dias seguidos (RX1DAY, RX3DAY, RX5DAY, RX7DAY e RX10DAY). Foi realizada a análise de correlação simples entre as séries de vazão e os índices de precipitação com defasagens anuais de até dois anos e mensais de até doze meses. Foram identificados conjuntos distintos de índices para cada uma das regiões de precipitação, sendo destacado as diferenças no comportamento da influência da precipitação. Os resultados sugeriram a utilização dos índices anuais móveis para o prognóstico da vazão, no qual foram aplicados aos modelos de regressão linear múltipla. Os melhores modelos foram obtidos para a defasagem de um mês, com destaque para Sobradinho, por apresentar o maior valor do coeficiente de determinação. Para a predição em Jurumirim, apenas o modelo de defasagem de um mês apresentou índice de precipitação como preditor, sendo ele o índice PRCTOT. Para Porto Primavera, foram selecionados índices de precipitação das regiões 1PP (PRCTOT), região  3PP (CWD – MED)  e da região 7PP (ND85q+ e ND35q+). Para Sobradinho, foram selecionados índices de precipitação das regiões 2SF (PRCTOT, CWD – MED e ND35q-), região 3SF (ND35q- e ND85q+) e a região 4SF (ND65q). Para Tucuruí, foram selecionados índices de precipitação das regiões 2T (PRCTOT, CDD – MED e ND65q+) e região 6T (ND85q+ e ND35q-). Os resultados indicam que os índices são promissores na previsibilidade da vazão, podendo ser usados de forma complementar a índices climáticos.

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  • JÚLIA KERSUL FARIA
  • Sistemas alagados construídos com meio suporte de lodo digerido de estação de tratamento de água aplicado à remoção de nutrientes de esgoto sintético

  • Orientador : RODRIGO DE FREITAS BUENO
  • Data: 08/12/2022

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  • Os Sistemas Alagados Construídos (SAC) são sistemas de tratamento de águas residuárias inspirados em ecossistemas naturais, nos quais a remoção dos nutrientes se baseia especialmente na depuração natural, na remoção biológica, física e química. São sistemas descentralizados, de baixo custo e que podem promover índices adequados de remoção de nitrogênio, fósforo e matéria orgânica. Além disso, podem trabalhar em conjunto com novas tecnologias, a fim de aprimorar o tratamento de efluente. A célula combustível microbiana (CCM) é uma tecnologia que permite a geração de energia durante o tratamento, no qual grupos de bactérias liberam elétrons e prótons durante a conversão dos compostos existentes no efluente. Este sistema pode trabalhar em conjunto com o SAC. Os SAC e os SAC-CCM podem ter diferentes tipos de meio suporte. A especificidade desse material pode auxiliar no tratamento de efluente. Estudos recentes mostram que o lodo proveniente de Estações de Tratamento de Águas (LETA) tem alta capacidade de adsorção de fósforo. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo avaliar a remoção de poluentes em sistemas SAC e SAC-CCM com meio suporte de LETA. Foram analisados 6 sistemas: 3 de brita e 3 de LETA, em TDH de 8, 5, 3 e 1,5 dias para SAC, e 1,5 dias para SAC-CCM. Dois sistemas contaram com microaeração (um de cada meio suporte). As remoções de matéria orgânica (DQO) foram de 88,1% no meio suporte de brita e de 92,3% para o LETA. Para o nitrogênio amoniacal (N-NH3), os sistemas com aeração a 0,8 mgO2.L-1.min-1, produziram um efluente com baixas concentrações, inferiores a 10 mg. L-1. Já para fósforo total (PT) e fosfato (PO43-), os melhores índices de remoção foram nos sistemas com LETA, com concentrações inferiores a 0,1 mg.L-1. No modo SAC-CCM foram realizadas medições de geração de energia, sendo que o máximo de energia gerada foi de 25,12 mW/m2 para o SAC com brita e 26,16mW/m2 para o SAC com LETA. A análise de biologia molecular pelo método de FISH (Fluorescence in situ hybridization) demonstrou que os sistemas com aeração promoveram o crescimento de bactérias oxidadoras de amônia (BOA) e bactérias oxidadoras de nitrito (BON), e demonstrou também que o LETA e a estratégia de inoculação desenvolveram o crescimento de organismos acumuladores de fósforo (OAP), que atuaram na remoção biológica de fósforo.


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  • Os Sistemas Alagados Construídos (SAC) são sistemas de tratamento de águas residuárias inspirados em ecossistemas naturais, nos quais a remoção dos nutrientes se baseia especialmente na depuração natural, na remoção biológica, física e química. São sistemas descentralizados, de baixo custo e que podem promover índices adequados de remoção de nitrogênio, fósforo e matéria orgânica. Além disso, podem trabalhar em conjunto com novas tecnologias, a fim de aprimorar o tratamento de efluente. A célula combustível microbiana (CCM) é uma tecnologia que permite a geração de energia durante o tratamento, no qual grupos de bactérias liberam elétrons e prótons durante a conversão dos compostos existentes no efluente. Este sistema pode trabalhar em conjunto com o SAC. Os SAC e os SAC-CCM podem ter diferentes tipos de meio suporte. A especificidade desse material pode auxiliar no tratamento de efluente. Estudos recentes mostram que o lodo proveniente de Estações de Tratamento de Águas (LETA) tem alta capacidade de adsorção de fósforo. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo avaliar a remoção de poluentes em sistemas SAC e SAC-CCM com meio suporte de LETA. Foram analisados 6 sistemas: 3 de brita e 3 de LETA, em TDH de 8, 5, 3 e 1,5 dias para SAC, e 1,5 dias para SAC-CCM. Dois sistemas contaram com microaeração (um de cada meio suporte). As remoções de matéria orgânica (DQO) foram de 88,1% no meio suporte de brita e de 92,3% para o LETA. Para o nitrogênio amoniacal (N-NH3), os sistemas com aeração a 0,8 mgO2.L-1.min-1, produziram um efluente com baixas concentrações, inferiores a 10 mg. L-1. Já para fósforo total (PT) e fosfato (PO43-), os melhores índices de remoção foram nos sistemas com LETA, com concentrações inferiores a 0,1 mg.L-1. No modo SAC-CCM foram realizadas medições de geração de energia, sendo que o máximo de energia gerada foi de 25,12 mW/m2 para o SAC com brita e 26,16mW/m2 para o SAC com LETA. A análise de biologia molecular pelo método de FISH (Fluorescence in situ hybridization) demonstrou que os sistemas com aeração promoveram o crescimento de bactérias oxidadoras de amônia (BOA) e bactérias oxidadoras de nitrito (BON), e demonstrou também que o LETA e a estratégia de inoculação desenvolveram o crescimento de organismos acumuladores de fósforo (OAP), que atuaram na remoção biológica de fósforo.

2021
Dissertações
1
  • MARIANA BARBOSA JUAREZ
  • AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS REJEITOS DAS CENTRAIS MECANIZADAS DE TRIAGEM DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

  • Orientador : GIULLIANA MONDELLI
  • Data: 11/05/2021

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  • Nos próximos anos, a composição e o comportamento geomecânico dos aterros sanitários devem sofrer mudanças devido à hierarquia de gerenciamento proposta pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a resistência ao cisalhamento de resíduos sólidos urbanos coletados na saída das duas Centrais Mecanizadas de Triagem do município de São Paulo. Assumindo que técnicas de minimização de volume também serão necessárias diante da escassez de áreas adequadas para disposição, o material foi triturado e compactado. Ensaios de Proctor Normal foram previamente conduzidos com quatro amostras, indicando valores de peso específico seco máximo entre 6,6 kN/m³ e 10,0 kN/m³ e teores de umidade ótimo entre 20% e 42%. Os ensaios de cisalhamento direto de pequenas dimensões revelaram curvas tensão-deslocamento crescentes para todos os corpos de prova moldados com dez amostras, logo as envoltórias de Mohr-Coulomb foram traçadas para o deslocamento horizontal equivalente a 15% da largura da célula (60 x 60 mm). A coesão variou de 1,3 kPa a 31,3 kPa e o ângulo de atrito de 3,2° a 42,9°, ambos coerentes com a literatura. Mesmo depois dos processos de triagem mecanizada e manual e de redução do tamanho das partículas, o efeito de reforço produzido por elementos fibrosos ainda pôde ser visto na resistência total e no intercepto coesivo. O atrito aparentou ser influenciado pelos teores de vidro e de plástico – o primeiro aumentando-o e o segundo diminuindo-o –, o peso específico seco e a umidade, requerendo pesquisas mais detalhadas para quantificar tais correlações.


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  • Nos próximos anos, a composição e o comportamento geomecânico dos aterros sanitários devem sofrer mudanças devido à hierarquia de gerenciamento proposta pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a resistência ao cisalhamento de resíduos sólidos urbanos coletados na saída das duas Centrais Mecanizadas de Triagem do município de São Paulo. Assumindo que técnicas de minimização de volume também serão necessárias diante da escassez de áreas adequadas para disposição, o material foi triturado e compactado. Ensaios de Proctor Normal foram previamente conduzidos com quatro amostras, indicando valores de peso específico seco máximo entre 6,6 kN/m³ e 10,0 kN/m³ e teores de umidade ótimo entre 20% e 42%. Os ensaios de cisalhamento direto de pequenas dimensões revelaram curvas tensão-deslocamento crescentes para todos os corpos de prova moldados com dez amostras, logo as envoltórias de Mohr-Coulomb foram traçadas para o deslocamento horizontal equivalente a 15% da largura da célula (60 x 60 mm). A coesão variou de 1,3 kPa a 31,3 kPa e o ângulo de atrito de 3,2° a 42,9°, ambos coerentes com a literatura. Mesmo depois dos processos de triagem mecanizada e manual e de redução do tamanho das partículas, o efeito de reforço produzido por elementos fibrosos ainda pôde ser visto na resistência total e no intercepto coesivo. O atrito aparentou ser influenciado pelos teores de vidro e de plástico – o primeiro aumentando-o e o segundo diminuindo-o –, o peso específico seco e a umidade, requerendo pesquisas mais detalhadas para quantificar tais correlações.

2
  • MARCIO YUKIHIRO KOHATSU
  • Efeitos de nanopartículas biogênicas de óxido de cobre em bioensaios in vitro e in vivo com alface (Lactuca sativa L.)

  • Orientador : TATIANE ARAUJO DE JESUS
  • Data: 07/06/2021

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  • Nanopartículas de óxido cobre (CuO NPs) vêm sendo utilizadas na agricultura como fertilizantes, pesticidas, herbicidas e inseticidas, o que tem contribuído com o aumento da produção agrícola. Entretanto, as NPs podem causar diversos efeitos fitotóxicos, os quais dependem da dose, síntese, tamanho, composição das mesmas e a sensibilidade da semente/ planta. Assim, é de extrema importância avaliar as condições seguras para aplicação das NPs em uso agrícola. Considerando este contexto, o presente estudo visou avaliar e comparar os efeitos da aplicação de diferentes concentrações (0 a 300 mg L-1) de CuO NPs biogênicas sintetizadas com extrato de chá verde (Camellia sinensis) em alface (Lactuca sativa L.) por meio de bioensaios in vitro (placas de Petri), com n = 6 e in vivo (solo cultivável), com n = 4. Para o ensaio in vivo, foi utilizado o CuSO4 para comparação com as NPs e foram testadas duas vias de aplicação (foliar e irrigação no solo). Foram avaliados o alongamento e o estresse oxidativo (atividade antioxidante enzimática e total) nas radículas das sementes de alface nos bioensaios in vitro. Já nos bioensaios in vivo, além da avaliação do estresse oxidativo, foram determinadas as concentrações de macro e microelementos presentes na alface e no solo, os pigmentos (clorofila [a,b] e carotenoides) e metabólitos secundários (compostos fenólicos e flavonoides totais). Os dados foram analisados por meio de Análise de Variância (ANOVA) one-way (bioensaios in vitro) e two-way (bioensaios in vivo), correlação de Pearson (bioensaios in vitro e in vivo) e regressão exponencial (bioensaios in vitro). A aplicação de concentrações ≤ 40 mg L-1 de CuO NPs melhorou a germinação das sementes nos bioensaios in vitro. Além disso, houve menor produção de espécies sinalizadoras de óxido nítrico (nitrito e R-S-nitrosotióis); já em concentrações ≥ 80 mg L-1, o crescimento de radículas foi reduzido entre 35 a 75%. Com o aumento das concentrações de CuO NPs, os níveis de espécies sinalizadoras de óxido nítrico nas radículas aumentaram. Todavia, a atividade antioxidante total, catalase, peroxidase e ascorbato peroxidase (APX) não apresentaram diferença significativa (p < 0,05) e ocorreu a redução da enzima superóxido dismutase (SOD). Em relação aos resultados dos ensaios in vivo, os parâmetros de produtividade (massa seca e o número de folhas) da alface para a exposição foliar de CuO NPs (FNP) aumentaram significativamente. Houve aumento da concentração de diversos nutrientes (K, Na, S, Cu e Zn) e as estimativas de ingestão diária (EID) estão de acordo com o consumo dietético de referência (CDR) para a FNP. Em relação aos elementos potencialmente tóxicos para o ser humano, de acordo com os limites de ingestão diária tolerável provisória (IDTP), esses valores representam no máximo 3,33% do IDTP dos elementos para o grupo FNP. Não foram reduzidos os pigmentos fotossintéticos e reduziu-se a APX. Em comparação com os tratamentos com sal, houve aumento da atividade enzimática da APX, redução de RSNOs, clorofila b e carotenoides. Desse modo, o estudo representa avanços no entendimento dos efeitos da aplicação foliar de CuO NPs na absorção de micronutrientes com grande potencial para aplicações agrícolas.


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  • Nanopartículas de óxido cobre (CuO NPs) vêm sendo utilizadas na agricultura como fertilizantes, pesticidas, herbicidas e inseticidas, o que tem contribuído com o aumento da produção agrícola. Entretanto, as NPs podem causar diversos efeitos fitotóxicos, os quais dependem da dose, síntese, tamanho, composição das mesmas e a sensibilidade da semente/ planta. Assim, é de extrema importância avaliar as condições seguras para aplicação das NPs em uso agrícola. Considerando este contexto, o presente estudo visou avaliar e comparar os efeitos da aplicação de diferentes concentrações (0 a 300 mg L-1) de CuO NPs biogênicas sintetizadas com extrato de chá verde (Camellia sinensis) em alface (Lactuca sativa L.) por meio de bioensaios in vitro (placas de Petri), com n = 6 e in vivo (solo cultivável), com n = 4. Para o ensaio in vivo, foi utilizado o CuSO4 para comparação com as NPs e foram testadas duas vias de aplicação (foliar e irrigação no solo). Foram avaliados o alongamento e o estresse oxidativo (atividade antioxidante enzimática e total) nas radículas das sementes de alface nos bioensaios in vitro. Já nos bioensaios in vivo, além da avaliação do estresse oxidativo, foram determinadas as concentrações de macro e microelementos presentes na alface e no solo, os pigmentos (clorofila [a,b] e carotenoides) e metabólitos secundários (compostos fenólicos e flavonoides totais). Os dados foram analisados por meio de Análise de Variância (ANOVA) one-way (bioensaios in vitro) e two-way (bioensaios in vivo), correlação de Pearson (bioensaios in vitro e in vivo) e regressão exponencial (bioensaios in vitro). A aplicação de concentrações ≤ 40 mg L-1 de CuO NPs melhorou a germinação das sementes nos bioensaios in vitro. Além disso, houve menor produção de espécies sinalizadoras de óxido nítrico (nitrito e R-S-nitrosotióis); já em concentrações ≥ 80 mg L-1, o crescimento de radículas foi reduzido entre 35 a 75%. Com o aumento das concentrações de CuO NPs, os níveis de espécies sinalizadoras de óxido nítrico nas radículas aumentaram. Todavia, a atividade antioxidante total, catalase, peroxidase e ascorbato peroxidase (APX) não apresentaram diferença significativa (p < 0,05) e ocorreu a redução da enzima superóxido dismutase (SOD). Em relação aos resultados dos ensaios in vivo, os parâmetros de produtividade (massa seca e o número de folhas) da alface para a exposição foliar de CuO NPs (FNP) aumentaram significativamente. Houve aumento da concentração de diversos nutrientes (K, Na, S, Cu e Zn) e as estimativas de ingestão diária (EID) estão de acordo com o consumo dietético de referência (CDR) para a FNP. Em relação aos elementos potencialmente tóxicos para o ser humano, de acordo com os limites de ingestão diária tolerável provisória (IDTP), esses valores representam no máximo 3,33% do IDTP dos elementos para o grupo FNP. Não foram reduzidos os pigmentos fotossintéticos e reduziu-se a APX. Em comparação com os tratamentos com sal, houve aumento da atividade enzimática da APX, redução de RSNOs, clorofila b e carotenoides. Desse modo, o estudo representa avanços no entendimento dos efeitos da aplicação foliar de CuO NPs na absorção de micronutrientes com grande potencial para aplicações agrícolas.

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  • RUTE DAL COL
  • AVALIAÇÃO DA MORINGA OLEIFERA NA REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA: ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS, MICROBIOLÓGICOS E ACV

  • Orientador : DERVAL DOS SANTOS ROSA
  • Data: 16/08/2021

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  • A água para consumo humano deve apresentar características microbiológicas, físicas e químicas que atendam aos padrões de potabilidade, ou seja, livre de microrganismos patogênicos e de contaminantes, como a quantidade de matéria orgânica. Para isso, são necessárias várias etapas de tratamento, entre elas: coagulação, floculação, sedimentação, filtração e desinfecção. O sulfato de alumínio é um eficiente coagulante químico utilizado em larga escala para a remoção de matéria orgânica em tratamento de água; contudo ele apresenta algum nível de risco à saúde e ao meio ambiente, uma vez que vários estudos mostraram a associação deste metal com a doença de Alzheimer. Nesse sentido, essa dissertação visa avaliar o efeito de diferentes quantidades de Moringa oleifera (1 e 5 g) na remoção de carbono (C) em água contendo 3 e 10 g L-1 dessa matéria orgânica. Uma água (água bruta) com as diferentes quantidades de C foi utiliza neste estudo dissolvendo turfa previamente seca em água destilada. As propriedades acompanhadas foram cor aparente, turbidez, pH, teores de carbono orgânico dissolvido e carbono no sedimento. Um estudo estatístico e uma Avaliação de Impacto do Ciclo de Vida (AICV) foram realizados para entender, de forma mais profunda, os processos de tratamentos com Moringa oleifera e sulfato de alumínio. A Moringa oleifera conseguiu 85 ± 2 % de remoção da cor (296 UH para 46 UH) e 96,2 ± 0,2 % de remoção da turbidez (170 UT para 6 UT) na dosagem de 400 mg L-1, sem alterar o pH e o carbono orgânico dissolvido, contra 72 ± 3 % de remoção da cor (296 UH para 80 UH) e 86,1 ± 0,8 % de remoção da turbidez (183 UT para 26 UT), sem alteração do carbono orgânico dissolvido, mas com redução do pH da ordem de 36 % para o sulfato de alumínio. A Moringa oleifera também conseguiu reduzir em até 2,4 log (UFC mL-1) (99,6 %) a concentração da bactéria Escherichia coli após 72 horas de repouso, com uma dosagem de 80 mg L-1. Quanto às categorias de impacto ambiental, a Moringa oleifera também obteve vantagens sobre o sulfato de alumínio em ecotoxicidade terrestre (ET), toxicidade não-carcinogênica (humana) (TNCH) e aquecimento global (AG), este último com o valor de -74 % para a alternativa GC4 (sequeiro), comparado aos 8 % do impacto da alternativa sulfato de alumínio; o valor negativo representa o sequestro de carbono até esta fase do ciclo de vida. Assim, foi possível concluir pela viabilidade do uso da Moringa oleifera como alternativa natural ao coagulante químico sulfato de alumínio.


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  • A água para consumo humano deve apresentar características microbiológicas, físicas e químicas que atendam aos padrões de potabilidade, ou seja, livre de microrganismos patogênicos e de contaminantes, como a quantidade de matéria orgânica. Para isso, são necessárias várias etapas de tratamento, entre elas: coagulação, floculação, sedimentação, filtração e desinfecção. O sulfato de alumínio é um eficiente coagulante químico utilizado em larga escala para a remoção de matéria orgânica em tratamento de água; contudo ele apresenta algum nível de risco à saúde e ao meio ambiente, uma vez que vários estudos mostraram a associação deste metal com a doença de Alzheimer. Nesse sentido, essa dissertação visa avaliar o efeito de diferentes quantidades de Moringa oleifera (1 e 5 g) na remoção de carbono (C) em água contendo 3 e 10 g L-1 dessa matéria orgânica. Uma água (água bruta) com as diferentes quantidades de C foi utiliza neste estudo dissolvendo turfa previamente seca em água destilada. As propriedades acompanhadas foram cor aparente, turbidez, pH, teores de carbono orgânico dissolvido e carbono no sedimento. Um estudo estatístico e uma Avaliação de Impacto do Ciclo de Vida (AICV) foram realizados para entender, de forma mais profunda, os processos de tratamentos com Moringa oleifera e sulfato de alumínio. A Moringa oleifera conseguiu 85 ± 2 % de remoção da cor (296 UH para 46 UH) e 96,2 ± 0,2 % de remoção da turbidez (170 UT para 6 UT) na dosagem de 400 mg L-1, sem alterar o pH e o carbono orgânico dissolvido, contra 72 ± 3 % de remoção da cor (296 UH para 80 UH) e 86,1 ± 0,8 % de remoção da turbidez (183 UT para 26 UT), sem alteração do carbono orgânico dissolvido, mas com redução do pH da ordem de 36 % para o sulfato de alumínio. A Moringa oleifera também conseguiu reduzir em até 2,4 log (UFC mL-1) (99,6 %) a concentração da bactéria Escherichia coli após 72 horas de repouso, com uma dosagem de 80 mg L-1. Quanto às categorias de impacto ambiental, a Moringa oleifera também obteve vantagens sobre o sulfato de alumínio em ecotoxicidade terrestre (ET), toxicidade não-carcinogênica (humana) (TNCH) e aquecimento global (AG), este último com o valor de -74 % para a alternativa GC4 (sequeiro), comparado aos 8 % do impacto da alternativa sulfato de alumínio; o valor negativo representa o sequestro de carbono até esta fase do ciclo de vida. Assim, foi possível concluir pela viabilidade do uso da Moringa oleifera como alternativa natural ao coagulante químico sulfato de alumínio.

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  • MARCUS VINÍCIUS FRANÇA
  • AVALIAÇÃO DE ATRIBUTOS CLIMÁTICOS, ESTRUTURAIS E BIOLÓGICOS DE RIACHOS DE CABECEIRA IMPACTADOS PELO CULTIVO DE CANA-DE-AÇÚCAR

  • Orientador : RICARDO HIDEO TANIWAKI
  • Data: 19/08/2021

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  • Os riachos tropicais são ecossistemas com grande biodiversidade no mundo. Embora sejam importantes para conservação da biodiversidade, as atividades antrópicas estão alterando esses ecossistemas, acarretando efeitos negativos na estrutura, funcionamento, na comunidade aquática e até contribuição climática local. Esses ambientes de água doce chamam atenção pela pouca área de ocorrência comparando com outros ambientes, mas, possuem relevância no desenvolvimento e permanência do crescimento humano. Os riachos de cabeceira constituem grande parte dos corpos d’água em uma bacia hidrográfica, reforçando que, a conservação, monitoramento e manejo para manter o equilíbrio e manutenção da rede de drenagem de água doce. Inúmeros riachos de cabeceira estão inseridos próximo de áreas agrícolas, padecendo com efeitos da agricultura intensiva. Nessa perspectiva, esta dissertação foi elaborada para entender quais as alterações e efeitos da monocultura de cana-de-açúcar vem acarretando em riachos tropicais localmente em municípios do Estado de São Paulo. Primeiramente foi realizada uma revisão bibliográfica descrevendo brevemente sobre a monocultura de cana-de-açúcar no Brasil, seguido da estrutura, funcionamento e dinâmica de riachos de primeira ordem e sua importância e na última parte é abordado a respeito da comunidade de macroinvertebrados bentônicos e suas funções realizadas. O primeiro capítulo colabora no entendimento das possíveis mudanças climáticas nas microbacias, após a substituição de vegetação nativa para canavial, principalmente nas variáveis de temperatura e umidade do solo advindos dessa alteração na paisagem. O segundo capítulo avalia a distinção estrutural para cada uso do solo e a influência sazonal, também verifica quais parâmetros estruturais são mais relevantes e afetados nos riachos próximos da monocultura de cana-de-açúcar. O terceiro capítulo explora quanto a comunidade de macroinvertebrados bentônicos e se existe distinção taxonômica e funcional nos usos do solo e sazonal nas áreas de estudo. Os resultados apresentaram existência de temas que precisam de maior compreensão, sobretudo climáticos das variáveis analisadas nesse estudo (temperatura do ar e umidade do solo) inferindo mais a fundo esses fatores nos usos de solo desse estudo com maiores réplicas, visto que, a diferença entre os fatores na simulação climática foi baixa. Em referência ao ambiente físico e estrutural dos riachos, constatou-se que a degradação da vegetação ripária em monoculturas de cana-de-açúcar afeta parâmetros importantes na estruturação dos riachos de primeira ordem. A presença da vegetação nativa apontou ser primordial na estrutura, dinâmica e funcionamento dos riachos. Além de, oferecer diversos microhabitats para a comunidade aquática, o que influência na riqueza e abundância de organismos nos usos do solo distintos (canavial e vegetação nativa). Assim sendo, a parte final do trabalho teve foco na comunidade de macroinvertebrados bentônicos. Eles apontaram que o uso do solo afeta mais taxonomicamente e funcionalmente a comunidade, mas não a qualidade da água, (BMWP) nos riachos ocupados por monocultura de cana-de-açúcar em comparação aos com vegetação nativa. Todavia, na análise sazonal (chuvoso e seco) não demonstrou grande diferença em diversidade, riqueza entre a comunidade de macroinvertebrados, onde somente os índices EPT obteve maior diferença época chuvosa, evidenciando baixa influência sazonal nos riachos de cana-de-açúcar.


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  • Os riachos tropicais são ecossistemas com grande biodiversidade no mundo. Embora sejam importantes para conservação da biodiversidade, as atividades antrópicas estão alterando esses ecossistemas, acarretando efeitos negativos na estrutura, funcionamento, na comunidade aquática e até contribuição climática local. Esses ambientes de água doce chamam atenção pela pouca área de ocorrência comparando com outros ambientes, mas, possuem relevância no desenvolvimento e permanência do crescimento humano. Os riachos de cabeceira constituem grande parte dos corpos d’água em uma bacia hidrográfica, reforçando que, a conservação, monitoramento e manejo para manter o equilíbrio e manutenção da rede de drenagem de água doce. Inúmeros riachos de cabeceira estão inseridos próximo de áreas agrícolas, padecendo com efeitos da agricultura intensiva. Nessa perspectiva, esta dissertação foi elaborada para entender quais as alterações e efeitos da monocultura de cana-de-açúcar vem acarretando em riachos tropicais localmente em municípios do Estado de São Paulo. Primeiramente foi realizada uma revisão bibliográfica descrevendo brevemente sobre a monocultura de cana-de-açúcar no Brasil, seguido da estrutura, funcionamento e dinâmica de riachos de primeira ordem e sua importância e na última parte é abordado a respeito da comunidade de macroinvertebrados bentônicos e suas funções realizadas. O primeiro capítulo colabora no entendimento das possíveis mudanças climáticas nas microbacias, após a substituição de vegetação nativa para canavial, principalmente nas variáveis de temperatura e umidade do solo advindos dessa alteração na paisagem. O segundo capítulo avalia a distinção estrutural para cada uso do solo e a influência sazonal, também verifica quais parâmetros estruturais são mais relevantes e afetados nos riachos próximos da monocultura de cana-de-açúcar. O terceiro capítulo explora quanto a comunidade de macroinvertebrados bentônicos e se existe distinção taxonômica e funcional nos usos do solo e sazonal nas áreas de estudo. Os resultados apresentaram existência de temas que precisam de maior compreensão, sobretudo climáticos das variáveis analisadas nesse estudo (temperatura do ar e umidade do solo) inferindo mais a fundo esses fatores nos usos de solo desse estudo com maiores réplicas, visto que, a diferença entre os fatores na simulação climática foi baixa. Em referência ao ambiente físico e estrutural dos riachos, constatou-se que a degradação da vegetação ripária em monoculturas de cana-de-açúcar afeta parâmetros importantes na estruturação dos riachos de primeira ordem. A presença da vegetação nativa apontou ser primordial na estrutura, dinâmica e funcionamento dos riachos. Além de, oferecer diversos microhabitats para a comunidade aquática, o que influência na riqueza e abundância de organismos nos usos do solo distintos (canavial e vegetação nativa). Assim sendo, a parte final do trabalho teve foco na comunidade de macroinvertebrados bentônicos. Eles apontaram que o uso do solo afeta mais taxonomicamente e funcionalmente a comunidade, mas não a qualidade da água, (BMWP) nos riachos ocupados por monocultura de cana-de-açúcar em comparação aos com vegetação nativa. Todavia, na análise sazonal (chuvoso e seco) não demonstrou grande diferença em diversidade, riqueza entre a comunidade de macroinvertebrados, onde somente os índices EPT obteve maior diferença época chuvosa, evidenciando baixa influência sazonal nos riachos de cana-de-açúcar.

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  • ANDRES CASEIRO GUILHEM
  • MODELAGEM DE CENÁRIOS FUTUROS PARA O MOSAICO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO JURÉIA-ITATINS

  • Orientador : ANGELA TERUMI FUSHITA
  • Data: 20/12/2021

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  • As Unidades de Conservação (UC) são fundamentais para promover a qualidade de vida e evitar a perda da diversidade biológica, através do desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis regional. O litoral sul do Estado de São Paulo possui um dos remanescentes de Mata atlântica mais preservado do Estado, contemplado no Mosaico de Unidades de Conservação Juréia-Itatins (MUCJI) que além de conservar a riqueza de paisagens e da biodiversidade, visa manter a sustentabilidade das comunidades tradicionais. Esse trabalho visa analisou as mudanças territoriais ocorridas entre 1989 (anterior à criação da unidade de conservação) e 2020 (atual), quantificando e especializando a dinâmica territorial; as consequências ambientais, políticas e sociais decorrentes dessas modificações e os fatores determinantes que induziram essas modificações de uso da terra, utilizando as ferramentas de geoprocessamento e sensoriamento remoto. Com base, na trajetória de uso e cobertura da terra, cenários futuros serão projetados em um intervalo de 30 anos, subsidiando o debate sobre o zoneamento do MUCJI, ao simulará a implementação (ou não) de políticas públicas definidas por zonas. Os resultados e produtos deste projeto contribuirão para compreender a relação entre os usos e cobertura da terra no MUCJI, ampliando a historiografia geográfica, elencando as modificações acontecidas na dinâmica territorial das unidades de conservação e inferindo o estoque de carbono anual do MUCJI. Além disso, os resultados deste projeto auxiliarão os gestores quanto a explicitar a dinâmica de uso e cobertura da terra da paisagem do MUCJI.


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  • As Unidades de Conservação (UC) são fundamentais para promover a qualidade de vida e evitar a perda da diversidade biológica, através do desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis regional. O litoral sul do Estado de São Paulo possui um dos remanescentes de Mata atlântica mais preservado do Estado, contemplado no Mosaico de Unidades de Conservação Juréia-Itatins (MUCJI) que além de conservar a riqueza de paisagens e da biodiversidade, visa manter a sustentabilidade das comunidades tradicionais. Esse trabalho visa analisou as mudanças territoriais ocorridas entre 1989 (anterior à criação da unidade de conservação) e 2020 (atual), quantificando e especializando a dinâmica territorial; as consequências ambientais, políticas e sociais decorrentes dessas modificações e os fatores determinantes que induziram essas modificações de uso da terra, utilizando as ferramentas de geoprocessamento e sensoriamento remoto. Com base, na trajetória de uso e cobertura da terra, cenários futuros serão projetados em um intervalo de 30 anos, subsidiando o debate sobre o zoneamento do MUCJI, ao simulará a implementação (ou não) de políticas públicas definidas por zonas. Os resultados e produtos deste projeto contribuirão para compreender a relação entre os usos e cobertura da terra no MUCJI, ampliando a historiografia geográfica, elencando as modificações acontecidas na dinâmica territorial das unidades de conservação e inferindo o estoque de carbono anual do MUCJI. Além disso, os resultados deste projeto auxiliarão os gestores quanto a explicitar a dinâmica de uso e cobertura da terra da paisagem do MUCJI.

2020
Dissertações
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  • EDNEI RODRIGUES SILVA
  • AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE REDUÇÃO DE MASSA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO AGRUPAMENTO SUDESTE DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO POR MEIO DE ANÁLISE MULTICRITÉRIO

  • Orientador : GIULLIANA MONDELLI
  • Data: 07/04/2020

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  • A preocupação ambiental com o tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos gerados nas cidades tem aumentado em todo o mundo. Em São Paulo, a maior cidade da América Latina, a utilização de aterros sanitários é preponderante e iniciativas que incorporam tecnologias de tratamento, com o objetivo de recuperação de materiais recicláveis, compostagem e geração de energia, são incipientes. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho é avaliar as tecnologias de tratamento atualmente utilizadas em outros países e propor a melhor composição destas tecnologias, que incorpore a segregação da fração recuperável para que esta retorne como matéria-prima para indústria ou para que seja utilizada em processos térmicos com recuperação de energia, para a cidade São Paulo. Foram utilizados, através de fontes secundárias, os levantamentos gravimétricos realizados nos anos de 2017 e 2018 do agrupamento sudeste do município de São Paulo. Os dados foram utilizados para simular um modelo de segregação mecanizada e o resultado desta separação contribuiu para a modelagem de quatro cenários e estes comparados ao atual (1) onde 2% seguem para cooperativas e 98% para aterro sanitário: (2) Cenário Atual mais duas unidades de tratamento mecânico biológico (TMB); (3) Aumento 150% da coleta seletiva atual, agregando apenas 2 plantas de tratamento térmico; (4) Considera o volume atual de coleta seletiva, as 2 plantas de TMB do cenário “2” e 2 plantas de tratamento térmico; e o (5) que considera a hipótese do cenário “4” não encontrar destinação do material orgânico tratado, acarretando sua disposição em aterro. Diante do levantamento de fatores ambientais, financeiros e técnicos de cada cenário foi utilizado o método TOPSIS, que ordena a preferência por similaridade da solução próxima do ideal. Como resultado foi obtido o cenário (4) onde a coleta seletiva foi mantida nos níveis atuais de 2% em relação a geração, o tratamento mecânico apresentou uma recuperação de 25,12 %, entre CDR e recicláveis, o que somado ao tratamento térmico houve o alcance de uma redução estimada de 80,24% de disposição no aterro sanitário.


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  • A preocupação ambiental com o tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos gerados nas cidades tem aumentado em todo o mundo. Em São Paulo, a maior cidade da América Latina, a utilização de aterros sanitários é preponderante e iniciativas que incorporam tecnologias de tratamento, com o objetivo de recuperação de materiais recicláveis, compostagem e geração de energia, são incipientes. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho é avaliar as tecnologias de tratamento atualmente utilizadas em outros países e propor a melhor composição destas tecnologias, que incorpore a segregação da fração recuperável para que esta retorne como matéria-prima para indústria ou para que seja utilizada em processos térmicos com recuperação de energia, para a cidade São Paulo. Foram utilizados, através de fontes secundárias, os levantamentos gravimétricos realizados nos anos de 2017 e 2018 do agrupamento sudeste do município de São Paulo. Os dados foram utilizados para simular um modelo de segregação mecanizada e o resultado desta separação contribuiu para a modelagem de quatro cenários e estes comparados ao atual (1) onde 2% seguem para cooperativas e 98% para aterro sanitário: (2) Cenário Atual mais duas unidades de tratamento mecânico biológico (TMB); (3) Aumento 150% da coleta seletiva atual, agregando apenas 2 plantas de tratamento térmico; (4) Considera o volume atual de coleta seletiva, as 2 plantas de TMB do cenário “2” e 2 plantas de tratamento térmico; e o (5) que considera a hipótese do cenário “4” não encontrar destinação do material orgânico tratado, acarretando sua disposição em aterro. Diante do levantamento de fatores ambientais, financeiros e técnicos de cada cenário foi utilizado o método TOPSIS, que ordena a preferência por similaridade da solução próxima do ideal. Como resultado foi obtido o cenário (4) onde a coleta seletiva foi mantida nos níveis atuais de 2% em relação a geração, o tratamento mecânico apresentou uma recuperação de 25,12 %, entre CDR e recicláveis, o que somado ao tratamento térmico houve o alcance de uma redução estimada de 80,24% de disposição no aterro sanitário.

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  • ANANDA DE OLIVEIRA GONCALVES ANTENOR
  • Efeito da arborização viária e das áreas verdes sobre a temperatura da região metropolitana de São Paulo

  • Orientador : LEANDRO REVERBERI TAMBOSI
  • Data: 24/08/2020

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  • Áreas urbanas tendem a apresentar temperaturas mais elevadas e uma diminuição na umidade relativa. Atualmente, existem poucos estudos que relacionam os benefícios de áreas verdes urbanas em função de sua densidade, distribuição espacial e o quanto isso influi no efeito da alteração térmica do entorno. Neste cenário, é essencial compreender melhor a relação entre a presença da arborização urbana, áreas verdes e edificações na cidade a fim de subsidiar o planejamento de políticas públicas que maximizem os benefícios para a população no que diz respeito à mitigação das ilhas de calor. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da arborização viária, da presença de áreas verdes e da densidade de construções sobre a temperatura da região metropolitana de São Paulo. Foram analisados dados de temperatura diária de 2012 a 2017 considerando todo o período, e separadamente as estações frias e quentes, e foi adotada uma abordagem de seleção de modelos lineares mistos generalizados nos quais a temperatura média diária e a variância da temperatura diária foram variáveis respostas. Como covariáveis foram usadas medidas que refletiam a quantidade e arranjo espacial da arborização viária, das áreas verdes e das construções. Os efeitos das variáveis são diferentes entre os períodos quentes e frios. Na época fria a vegetação e a densidade de construções não apresentaram efeito significativo sobre a temperatura. Na época quente a presença de áreas verdes apresentou efeito significativo, porém a arborização viária e a densidade de construções não influenciaram a temperatura. Na época quente a quantidade de áreas verdes apresenta efeito negativo sobre a temperatura, sendo que este efeito é melhor detectado em um raio de 500 m. O poder público deve priorizar a criação de parques e praças de maneira bem distribuída pela RMSP, evitando grandes extensões sem áreas verdes, para mitigar possíveis efeitos de onda de calor e proporcionar temperaturas mais baixas nas estações quentes.


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  • Áreas urbanas tendem a apresentar temperaturas mais elevadas e uma diminuição na umidade relativa. Atualmente, existem poucos estudos que relacionam os benefícios de áreas verdes urbanas em função de sua densidade, distribuição espacial e o quanto isso influi no efeito da alteração térmica do entorno. Neste cenário, é essencial compreender melhor a relação entre a presença da arborização urbana, áreas verdes e edificações na cidade a fim de subsidiar o planejamento de políticas públicas que maximizem os benefícios para a população no que diz respeito à mitigação das ilhas de calor. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da arborização viária, da presença de áreas verdes e da densidade de construções sobre a temperatura da região metropolitana de São Paulo. Foram analisados dados de temperatura diária de 2012 a 2017 considerando todo o período, e separadamente as estações frias e quentes, e foi adotada uma abordagem de seleção de modelos lineares mistos generalizados nos quais a temperatura média diária e a variância da temperatura diária foram variáveis respostas. Como covariáveis foram usadas medidas que refletiam a quantidade e arranjo espacial da arborização viária, das áreas verdes e das construções. Os efeitos das variáveis são diferentes entre os períodos quentes e frios. Na época fria a vegetação e a densidade de construções não apresentaram efeito significativo sobre a temperatura. Na época quente a presença de áreas verdes apresentou efeito significativo, porém a arborização viária e a densidade de construções não influenciaram a temperatura. Na época quente a quantidade de áreas verdes apresenta efeito negativo sobre a temperatura, sendo que este efeito é melhor detectado em um raio de 500 m. O poder público deve priorizar a criação de parques e praças de maneira bem distribuída pela RMSP, evitando grandes extensões sem áreas verdes, para mitigar possíveis efeitos de onda de calor e proporcionar temperaturas mais baixas nas estações quentes.

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  • BRIANE CARLA COPPI FERREIRA
  • VULNERABILIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO RIBEIRA DE IGUAPE - SP ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

  • Orientador : MARIA CLEOFE VALVERDE BRAMBILA
  • Data: 25/08/2020

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  • As alterações do clima e mudança do regime das chuvas podem tornar os recursos hídricos de uma bacia hidrográfica vulneráveis à escassez de água. Além disso, fatores como o crescimento populacional, a urbanização sem o planejamento correto, a poluição das águas e o desmatamento podem contribuir para fragilizar os recursos hídricos. Este trabalho tem como objetivo quantificar a vulnerabilidade atual e futura dos recursos hídricos da bacia do rio Ribeira de Iguape frente às mudanças climáticas, considerando os fatores socioambientais que podem torná-la ainda mais sucetível à falta de água. A bacia do rio Ribeira de Iguape  localiza-se entre os estados de São Paulo e Curitiba e é dividida em 6 sub-bacias: Alto Juquiá, Rio Ribeira de Iguape, Vertente Marítima Sul, Vertertente Marítima Norte, Baixo Ribeira e  Rio Itariri. A vulnerabilidade foi identificada apenas para os recursos hídricos que pertencem às sub-bacias mais importantes. O método utilizado para quantificar a vulnerabilidade basear-se-á em índices de vulnerabilidade através da associação de indicadores sociais, ambientais e hidroclimáticos. O Índice de Vulnerabilidade Geral (IVG) de cada sub-bacia foi formado pelos Índices de Vulnerabilidade Social (IVS), Ambiental (IVA) e Hidroclimático (IVH). O IVS foi composto pelos indicadores população, urbanização, socioeconômico e saneamento. O IVA teve os indicadores uso do solo, mineração, solo contaminado e contaminação da água. E o IVH apresentou os indicadores precipitação e disponibilidade hídrica. O IVG futuro foi calculado em função do IVH futuro, onde os indicadores foi resultado de projeções futuras de dois modelos climáticos Eta-HadGem2-ES e o Eta-Miroc5. Os resultados mostraram que as sub-bacias mais importantes são Alto Juquiá, Baixo Ribeira e Rio Ribeira de Iguape, pois apresentaram o maior número de parâmetros atendidos pelo rio principal: conselho gestor; uso da água para consumo; uso da água para gerar energia elétrica e água que tem a qualidade monitorada. Estudos referentes aos recursos hídricos da bacia do Rio Ribeira de Iguape são importantes para o gerenciamento da bacia hidrográfica, bem como para compreensão das dinâmicas que envolvem a disponibilidade de água frente às mudanças climáticas e conflitos com o abastecimento de água de bacias vizinhas, considerando cenários de possível escassez hídrica.


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  • As alterações do clima e mudança do regime das chuvas podem tornar os recursos hídricos de uma bacia hidrográfica vulneráveis à escassez de água. Além disso, fatores como o crescimento populacional, a urbanização sem o planejamento correto, a poluição das águas e o desmatamento podem contribuir para fragilizar os recursos hídricos. Este trabalho tem como objetivo quantificar a vulnerabilidade atual e futura dos recursos hídricos da bacia do rio Ribeira de Iguape frente às mudanças climáticas, considerando os fatores socioambientais que podem torná-la ainda mais sucetível à falta de água. A bacia do rio Ribeira de Iguape  localiza-se entre os estados de São Paulo e Curitiba e é dividida em 6 sub-bacias: Alto Juquiá, Rio Ribeira de Iguape, Vertente Marítima Sul, Vertertente Marítima Norte, Baixo Ribeira e  Rio Itariri. A vulnerabilidade foi identificada apenas para os recursos hídricos que pertencem às sub-bacias mais importantes. O método utilizado para quantificar a vulnerabilidade basear-se-á em índices de vulnerabilidade através da associação de indicadores sociais, ambientais e hidroclimáticos. O Índice de Vulnerabilidade Geral (IVG) de cada sub-bacia foi formado pelos Índices de Vulnerabilidade Social (IVS), Ambiental (IVA) e Hidroclimático (IVH). O IVS foi composto pelos indicadores população, urbanização, socioeconômico e saneamento. O IVA teve os indicadores uso do solo, mineração, solo contaminado e contaminação da água. E o IVH apresentou os indicadores precipitação e disponibilidade hídrica. O IVG futuro foi calculado em função do IVH futuro, onde os indicadores foi resultado de projeções futuras de dois modelos climáticos Eta-HadGem2-ES e o Eta-Miroc5. Os resultados mostraram que as sub-bacias mais importantes são Alto Juquiá, Baixo Ribeira e Rio Ribeira de Iguape, pois apresentaram o maior número de parâmetros atendidos pelo rio principal: conselho gestor; uso da água para consumo; uso da água para gerar energia elétrica e água que tem a qualidade monitorada. Estudos referentes aos recursos hídricos da bacia do Rio Ribeira de Iguape são importantes para o gerenciamento da bacia hidrográfica, bem como para compreensão das dinâmicas que envolvem a disponibilidade de água frente às mudanças climáticas e conflitos com o abastecimento de água de bacias vizinhas, considerando cenários de possível escassez hídrica.

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  • MARIANA EIKO MENDES
  • A IMPORTÂNCIA DAS PAISAGENS REFÚGIO NA PREVENÇÃO DE EXTINÇÕES DE ESPÉCIES ENDÊMICAS

  • Orientador : LEANDRO REVERBERI TAMBOSI
  • Data: 01/09/2020

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  • A Mata Atlântica é um dos principais centros de biodiversidade do mundo, com grandes números de espécies endêmicas, e também um dos mais ameaçados pela perda de habitat. Estudos recentes identificaram, para a Mata Atlântica, um limiar de 33% de cobertura florestal, abaixo do qual ocorre perda considerável de espécies de aves dependentes de habitat florestal. Apesar do histórico de perda de habitat, poucas extinções foram confirmadas no bioma. O presente trabalho analisou a disponibilidade de habitat florestal nas áreas de distribuição potencial atual de 131 espécies de aves endêmicas da Mata Atlântica dependentes de floresta. Para isso foi realizada a modelagem de distribuição potencial dessas espécies e, a partir desses modelos, as coberturas florestais para os anos de 1987, 1997, 2007 e 2017 foram calculadas. A disponibilidade de habitat florestal numa área de 800m de raio no entorno de cada pixel do modelo, considerando o limiar de extinção para aves, foi calculada para esse período e, considerando-se a série histórica, foi possível avaliar a evolução dessas áreas, chamadas aqui de Paisagens Refúgio. Ainda, foi considerada a classificação do risco de extinção (IUCN) dessas espécies. O bioma Mata Atlântica apresenta 28% de paisagens refúgio e todas as espécies apresentam ao menos parte de suas distribuições cobertas por essas áreas. Quando analisados os valores de floresta dentro das áreas de distribuição potencial, percebe-se que valores brutos de cobertura florestal são superestimados, se considerarmos todas as florestas como habitat, sendo que as espécies que apresentam menos florestas dentro das paisagens refúgio são as mais superestimadas. Não há diferenças significativas na cobertura por paisagens refúgio entre as espécies mais ameaçadas e as menos ameaçadas de extinção. O balanço entre desmatamento e regeneração ao longo do bioma demonstra uma maior perda de florestas dentro de paisagens refúgio e a troca de florestas antigas por florestas novas pode representar uma ameaça às espécies, além da perda líquida de refúgios em si. Os resultados indicam regiões de refúgio para espécies de aves endêmicas de Mata Atlântica e também ressaltam a importância de incorporar características da paisagem em medidas de conservação, independente do grau de ameaça das espécies, a fim de reduzir os impactos da perda de habitat na biodiversidade do bioma.


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  • A Mata Atlântica é um dos principais centros de biodiversidade do mundo, com grandes números de espécies endêmicas, e também um dos mais ameaçados pela perda de habitat. Estudos recentes identificaram, para a Mata Atlântica, um limiar de 33% de cobertura florestal, abaixo do qual ocorre perda considerável de espécies de aves dependentes de habitat florestal. Apesar do histórico de perda de habitat, poucas extinções foram confirmadas no bioma. O presente trabalho analisou a disponibilidade de habitat florestal nas áreas de distribuição potencial atual de 131 espécies de aves endêmicas da Mata Atlântica dependentes de floresta. Para isso foi realizada a modelagem de distribuição potencial dessas espécies e, a partir desses modelos, as coberturas florestais para os anos de 1987, 1997, 2007 e 2017 foram calculadas. A disponibilidade de habitat florestal numa área de 800m de raio no entorno de cada pixel do modelo, considerando o limiar de extinção para aves, foi calculada para esse período e, considerando-se a série histórica, foi possível avaliar a evolução dessas áreas, chamadas aqui de Paisagens Refúgio. Ainda, foi considerada a classificação do risco de extinção (IUCN) dessas espécies. O bioma Mata Atlântica apresenta 28% de paisagens refúgio e todas as espécies apresentam ao menos parte de suas distribuições cobertas por essas áreas. Quando analisados os valores de floresta dentro das áreas de distribuição potencial, percebe-se que valores brutos de cobertura florestal são superestimados, se considerarmos todas as florestas como habitat, sendo que as espécies que apresentam menos florestas dentro das paisagens refúgio são as mais superestimadas. Não há diferenças significativas na cobertura por paisagens refúgio entre as espécies mais ameaçadas e as menos ameaçadas de extinção. O balanço entre desmatamento e regeneração ao longo do bioma demonstra uma maior perda de florestas dentro de paisagens refúgio e a troca de florestas antigas por florestas novas pode representar uma ameaça às espécies, além da perda líquida de refúgios em si. Os resultados indicam regiões de refúgio para espécies de aves endêmicas de Mata Atlântica e também ressaltam a importância de incorporar características da paisagem em medidas de conservação, independente do grau de ameaça das espécies, a fim de reduzir os impactos da perda de habitat na biodiversidade do bioma.

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  • HEDLLA MENDONÇA ANDRADE
  • Modelagem espacial da expansão urbana no Município de Ilha Comprida – SP: contribuição à gestão territorial de uma unidade de conservação

  • Orientador : VITOR VIEIRA VASCONCELOS
  • Data: 03/09/2020

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  • O presente trabalho analisa a expansão urbana no municio de Ilha Comprida (litoral Sul do Estado de São Paulo), através da modelagem de uso em ocupação do solo com o objetivo de avaliar como e quais as variáveis, incluindo as delimitações/zoneamentos na Área de Proteção Ambiental Ilha Comprida estipulados no Decreto Estadual nº 30.817, de 1989, influenciaram o uso e ocupação do meio físico. Uma simulação de cenários futuros permitiu avaliar como a legislação trouxe e ainda poderá trazer impactos diretos nos padrões de uso e ocupação do solo, sob a hipótese de que apesar dos conflitos, o zoneamento tem importante papel na conservação. Para a modelagem foi aplicado o método bayesiano de pesos de evidências através do software Dinamica EGO, com a avaliação das variáveis envolvidas na transição de uso do solo não urbano para o uso urbano. Foram utilizadas as variáveis categóricas de vegetação, solo e zoneamento urbano, e as variáveis contínuas de Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI)  e distâncias à borda da ilha, à  linha de costa, ao sistema viário, às linhas de drenagem, aos  pontos de interesse fotográfico e às linhas de erosão costeira que foram utilizadas para gerar o mapa de probabilidade de mudança para as transições estudadas. O processo de modelagem envolveu os gestores da APAIC nas etapas de calibração e inclusão da nova proposta de zoneamento que está em discussão para elaboração dos diferentes cenários envolvendo análises com a presença e ausência dos zoneamentos. Através da modelagem foi possível constatar que apesar das pressões de expansão urbana sobre áreas protegidas e de interesses para conservação evidenciadas nos mapas de probabilidade, os zoneamentos aparecem como variáveis fundamentais para controle das ocupações e preservação ambiental.


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  • O presente trabalho analisa a expansão urbana no municio de Ilha Comprida (litoral Sul do Estado de São Paulo), através da modelagem de uso em ocupação do solo com o objetivo de avaliar como e quais as variáveis, incluindo as delimitações/zoneamentos na Área de Proteção Ambiental Ilha Comprida estipulados no Decreto Estadual nº 30.817, de 1989, influenciaram o uso e ocupação do meio físico. Uma simulação de cenários futuros permitiu avaliar como a legislação trouxe e ainda poderá trazer impactos diretos nos padrões de uso e ocupação do solo, sob a hipótese de que apesar dos conflitos, o zoneamento tem importante papel na conservação. Para a modelagem foi aplicado o método bayesiano de pesos de evidências através do software Dinamica EGO, com a avaliação das variáveis envolvidas na transição de uso do solo não urbano para o uso urbano. Foram utilizadas as variáveis categóricas de vegetação, solo e zoneamento urbano, e as variáveis contínuas de Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI)  e distâncias à borda da ilha, à  linha de costa, ao sistema viário, às linhas de drenagem, aos  pontos de interesse fotográfico e às linhas de erosão costeira que foram utilizadas para gerar o mapa de probabilidade de mudança para as transições estudadas. O processo de modelagem envolveu os gestores da APAIC nas etapas de calibração e inclusão da nova proposta de zoneamento que está em discussão para elaboração dos diferentes cenários envolvendo análises com a presença e ausência dos zoneamentos. Através da modelagem foi possível constatar que apesar das pressões de expansão urbana sobre áreas protegidas e de interesses para conservação evidenciadas nos mapas de probabilidade, os zoneamentos aparecem como variáveis fundamentais para controle das ocupações e preservação ambiental.

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  • DANILO OLIVEIRA DA COSTA
  • METHANE EMISSIONS IN A HIGHLY URBANIZED TROPICAL RESERVOIR AND THE INFLUENCES OF WATER AND SEDIMENT CHARACTERISTICS

  • Orientador : ROSELI FREDERIGI BENASSI
  • Data: 03/11/2020

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  • Dados do Relatório Especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) de outubro de 2018 apontam para um aquecimento global médio de 1,5° C. Os principais gases de efeito estufa (dióxido de carbono e o metano) correspondem a 92% (76% CO2 e 16% CH4) do total dos gases emitidos relacionados ao aquecimento global. Ainda que o CH4 não seja o gás de efeito estufa (GEE) mais abundante na atmosfera terrestre, seu potencial de aquecimento global é muito maior do que de CO2. Estima–se que o potencial de aquecimento do metano em um horizonte de 100 anos será 28 vezes maior que o dióxido de carbono, aumentando, portanto, sua contribuição para o aquecimento global. As áreas alagadas cumprem importantes funções ecológicas, entre elas, no ciclo do carbono, e são consideradas como as maiores fontes naturais de metano do planeta. O reservatório Guarapiranga está inserido no território da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, localizado na parte sudeste da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Este reservatório urbano possui áreas alagadas com regiões inseridas próximas a grandes concentrações populacionais e frequentemente submetido a grande carga de poluentes, que podem influenciar nas emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera. Os períodos de maior incidência de precipitações e períodos de estiagem alteraram a dinâmica e composição dos reservatórios, sendo, portanto, de extrema importância investigar se existe influência da sazonalidade e quais são os fatores que governam as emissões de GEE ao longo dos períodos hidrológicos.


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  • Dados do Relatório Especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) de outubro de 2018 apontam para um aquecimento global médio de 1,5° C. Os principais gases de efeito estufa (dióxido de carbono e o metano) correspondem a 92% (76% CO2 e 16% CH4) do total dos gases emitidos relacionados ao aquecimento global. Ainda que o CH4 não seja o gás de efeito estufa (GEE) mais abundante na atmosfera terrestre, seu potencial de aquecimento global é muito maior do que de CO2. Estima–se que o potencial de aquecimento do metano em um horizonte de 100 anos será 28 vezes maior que o dióxido de carbono, aumentando, portanto, sua contribuição para o aquecimento global. As áreas alagadas cumprem importantes funções ecológicas, entre elas, no ciclo do carbono, e são consideradas como as maiores fontes naturais de metano do planeta. O reservatório Guarapiranga está inserido no território da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, localizado na parte sudeste da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Este reservatório urbano possui áreas alagadas com regiões inseridas próximas a grandes concentrações populacionais e frequentemente submetido a grande carga de poluentes, que podem influenciar nas emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera. Os períodos de maior incidência de precipitações e períodos de estiagem alteraram a dinâmica e composição dos reservatórios, sendo, portanto, de extrema importância investigar se existe influência da sazonalidade e quais são os fatores que governam as emissões de GEE ao longo dos períodos hidrológicos.

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  • THAIS DE ARAUJO GOYA PEDUTO
  • BIOENSAIOS COM SEMENTES: APRIMORAMENTO  E APLICAÇÃO NA AVALIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA FITOTOXICIDADE DAS ÁGUAS DO RESERVATÓRIO RIO GRANDE

  • Orientador : TATIANE ARAUJO DE JESUS
  • Data: 26/11/2020

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  • A poluição de ecossistemas aquáticos pode acarretar prejuízos à vida aquática e em problemas de saúde pública. Assim, o monitoramento ambiental é uma etapa importante para a prevenção destes problemas. Entretanto, devido ao elevado número de substâncias que podem ser encontradas, a sua identificação individualizada é dificultada. Desse modo, a Ecotoxicologia surge como ferramenta de avaliação das interações das substâncias com o meio nos quais os organismos vivem e diversos ensaios já vêm sendo utilizados por agências regulamentadoras, porém com custos elevados e trabalhosos. Assim, os bioensaios in vitro com sementes podem contribuir com essa lacuna, visto que são de simples execução e baixo custo. Este estudo teve como objetivos: (1) avaliar a sensibilidade e o desempenho de seis espécies de sementes: Allium cepa, Cucumis sativus, Lactuca sativa, Lepidium sativum, Sinapis alba e Eruca sativa em bioensaios in vitro; (2) gerar uma escala de classificação da fitotoxicidade associada à poluição por nutrientes; (3) aplicar os bioensaios para a avaliação da fitotoxicidade de águas do Reservatório Rio Grande e a sua relação com as variáveis limnológicas, com o intuito de auxiliar no processo decisório das políticas públicas. Os bioensaios consistiram em incubar as sementes com alíquotas das amostras em placas de Petri. O tempo de incubação foi específico para cada tipo de semente. Foi calculado o índice de germinação (IG) para classificação quanto à fitotoxicidade. Para a determinação da escala foram avaliadas soluções de NO3- e PO43- isoladas e combinadas. Foram realizadas 5 coletas de amostras de águas subsuperficiais e profundas do Reservatório Rio Grande em 3 estações amostrais ao longo de um ano: E1 (captação), E2 (corpo central) e E3 (Ribeirão Pires). Foram mensuradas algumas variáveis limnológicas. Os resultados indicaram que a S. alba apresentou elevada sensibilidade frente aos compostos estimulante e inibidor. As concentrações isoladas de NO3- e PO43- estimularam a germinação das sementes. Enquanto combinadas e em elevadas concentrações apresentaram fitotoxicidade moderada. As águas do Reservatório Rio Grande estimularam a germinação das sementes, com elevados valores de IG. As variáveis ambientais, nas águas subsuperficiais, apresentaram correlação entre a espécie S. alba, oxigênio dissolvido e pH. Enquanto nas águas de fundo, a correlação foi mais significativa entre a espécie L. sativum e os parâmetros condutividade elétrica, nitrogênio e fósforo totais. Conclui-se que as espécies L. sativum e S. alba são excelentes bioindicadores vegetais, com potencial para serem adotadas como parâmetro de qualidade de águas em reservatórios.


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  • A poluição de ecossistemas aquáticos pode acarretar prejuízos à vida aquática e em problemas de saúde pública. Assim, o monitoramento ambiental é uma etapa importante para a prevenção destes problemas. Entretanto, devido ao elevado número de substâncias que podem ser encontradas, a sua identificação individualizada é dificultada. Desse modo, a Ecotoxicologia surge como ferramenta de avaliação das interações das substâncias com o meio nos quais os organismos vivem e diversos ensaios já vêm sendo utilizados por agências regulamentadoras, porém com custos elevados e trabalhosos. Assim, os bioensaios in vitro com sementes podem contribuir com essa lacuna, visto que são de simples execução e baixo custo. Este estudo teve como objetivos: (1) avaliar a sensibilidade e o desempenho de seis espécies de sementes: Allium cepa, Cucumis sativus, Lactuca sativa, Lepidium sativum, Sinapis alba e Eruca sativa em bioensaios in vitro; (2) gerar uma escala de classificação da fitotoxicidade associada à poluição por nutrientes; (3) aplicar os bioensaios para a avaliação da fitotoxicidade de águas do Reservatório Rio Grande e a sua relação com as variáveis limnológicas, com o intuito de auxiliar no processo decisório das políticas públicas. Os bioensaios consistiram em incubar as sementes com alíquotas das amostras em placas de Petri. O tempo de incubação foi específico para cada tipo de semente. Foi calculado o índice de germinação (IG) para classificação quanto à fitotoxicidade. Para a determinação da escala foram avaliadas soluções de NO3- e PO43- isoladas e combinadas. Foram realizadas 5 coletas de amostras de águas subsuperficiais e profundas do Reservatório Rio Grande em 3 estações amostrais ao longo de um ano: E1 (captação), E2 (corpo central) e E3 (Ribeirão Pires). Foram mensuradas algumas variáveis limnológicas. Os resultados indicaram que a S. alba apresentou elevada sensibilidade frente aos compostos estimulante e inibidor. As concentrações isoladas de NO3- e PO43- estimularam a germinação das sementes. Enquanto combinadas e em elevadas concentrações apresentaram fitotoxicidade moderada. As águas do Reservatório Rio Grande estimularam a germinação das sementes, com elevados valores de IG. As variáveis ambientais, nas águas subsuperficiais, apresentaram correlação entre a espécie S. alba, oxigênio dissolvido e pH. Enquanto nas águas de fundo, a correlação foi mais significativa entre a espécie L. sativum e os parâmetros condutividade elétrica, nitrogênio e fósforo totais. Conclui-se que as espécies L. sativum e S. alba são excelentes bioindicadores vegetais, com potencial para serem adotadas como parâmetro de qualidade de águas em reservatórios.

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  • ANA CAROLINA SANTANA CONCEIÇÃO
  • COTREATMENT AND COAGULANTS ADDITION EFFECTS ON MBR MIXED LIQUOR ULTRAFILTRATION: FILTERABILITY, REMOVAL EFFICIENCY AND FOULING

  • Orientador : EDUARDO LUCAS SUBTIL
  • Data: 09/12/2020

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  • Cotreatment of domestic wastewater and landfill leachate (LL) on membrane systems may be a great option for urban centers for water recovery and save resources, but it still needs studies, especially to assess its effectiveness and effects on membranes filterability and fouling. So, the main goal of this research was to analyze the effects of synthetic wastewater (sWW) and landfill leachate cotreatment and the addition of an inorganic (aluminum polychloride - PACl) and an organic (Tanfloc SG) coagulant on MBR mixed liquor (ML). Ultrafiltration experiments were conducted in four conditions: ML feed only with sWW, with sWW and landfill leachate (20% v/v) and this with PACl and with Tanfloc SG addition, both at 30mg L-1. Cotreatment reduced in 11% the Flux Recovery Rate (FRR), improved the participation of cake layer (in 18%) but also and more importantly the internal inorganic and irrecoverable ones (120%) on fouling resistance. Hermia models application also showed a lower linear square fitting and not a clear predominance of any fouling mechanism on cotreatment condition. Almost all pollutants removal efficiencies were harmed by LL addition, with the more significant impacts on COD, DOC and Abs 254nm (77%, 30% and 33% reduction, respectively). Both PACl and Tanfloc SG improved FRR (9% and 16%) and cake layer resistance (21% and 6%) and reduced the residual fouling (36% and 64%, respectively). The lower reduction of residual fouling with PACl addition is probably due to the more inorganic fouling characteristic and the complete pore blocking mechanism predominance identified by Hermia models application. Hermia models fitting in the first filtration hour were harmed with Tanfloc SG addition. Most of the pollutant removal efficiencies were improved with the addition of both coagulants, especially chemical oxygen demand (83% and 106%) and real color (57% and 68%, respectively). Dissolved nitrogen was almost zero on only cotreatment condition and achieved 27% and 32% with PACl and Tanfloc SG addition, respectively. So, cotreatment presented a harmed effect on filterability and on pollutants removal efficiencies and also increased the fouling rates. But Tanfloc SG addition improved filterability and pollutants removal efficiencies, even more than PACl addition, although it harmed the understanding of the fouling mechanisms involved during the first filtration hour. So, cotreatment with Tanfloc SG addition may be a viable option for urban centers.


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  • Cotreatment of domestic wastewater and landfill leachate (LL) on membrane systems may be a great option for urban centers for water recovery and save resources, but it still needs studies, especially to assess its effectiveness and effects on membranes filterability and fouling. So, the main goal of this research was to analyze the effects of synthetic wastewater (sWW) and landfill leachate cotreatment and the addition of an inorganic (aluminum polychloride - PACl) and an organic (Tanfloc SG) coagulant on MBR mixed liquor (ML). Ultrafiltration experiments were conducted in four conditions: ML feed only with sWW, with sWW and landfill leachate (20% v/v) and this with PACl and with Tanfloc SG addition, both at 30mg L-1. Cotreatment reduced in 11% the Flux Recovery Rate (FRR), improved the participation of cake layer (in 18%) but also and more importantly the internal inorganic and irrecoverable ones (120%) on fouling resistance. Hermia models application also showed a lower linear square fitting and not a clear predominance of any fouling mechanism on cotreatment condition. Almost all pollutants removal efficiencies were harmed by LL addition, with the more significant impacts on COD, DOC and Abs 254nm (77%, 30% and 33% reduction, respectively). Both PACl and Tanfloc SG improved FRR (9% and 16%) and cake layer resistance (21% and 6%) and reduced the residual fouling (36% and 64%, respectively). The lower reduction of residual fouling with PACl addition is probably due to the more inorganic fouling characteristic and the complete pore blocking mechanism predominance identified by Hermia models application. Hermia models fitting in the first filtration hour were harmed with Tanfloc SG addition. Most of the pollutant removal efficiencies were improved with the addition of both coagulants, especially chemical oxygen demand (83% and 106%) and real color (57% and 68%, respectively). Dissolved nitrogen was almost zero on only cotreatment condition and achieved 27% and 32% with PACl and Tanfloc SG addition, respectively. So, cotreatment presented a harmed effect on filterability and on pollutants removal efficiencies and also increased the fouling rates. But Tanfloc SG addition improved filterability and pollutants removal efficiencies, even more than PACl addition, although it harmed the understanding of the fouling mechanisms involved during the first filtration hour. So, cotreatment with Tanfloc SG addition may be a viable option for urban centers.

2019
Dissertações
1
  • BRUNO HERNANDEZ INCAU
  • A atuação municipal na governança dos recursos hídricos: um estudo de caso sobre Santo André

  • Orientador : HERLANDER DA MATA FERNANDES LIMA
  • Data: 04/01/2019

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2
  • ANNA CLÁUDIA MORASHASHI
  • Formação de biofilme sobre filme polimérico biodegradável: contribuição para o desenvolvimento de tecnologia mitigadora do processo de eutrofização

  • Orientador : TATIANE ARAUJO DE JESUS
  • Data: 21/05/2019

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3
  • LILIAN CRISTINA SOARES SILVA
  • O EFEITO DO USO DE COMPÓSITOS BIODEGRADÁVEIS EM SOLOS CONTAMINADOS COM GASOLINA

  • Orientador : DERVAL DOS SANTOS ROSA
  • Data: 28/05/2019

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4
  • MILLA PECHTA
  • GEOESTATÍSTICA APLICADA A INDICADORES PARA USO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO BRASIL

  • Orientador : VITOR VIEIRA VASCONCELOS
  • Data: 05/06/2019

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5
  • FERNANDO CERRI COSTA
  • Sistema de alerta de risco para chuvas intensas na bacia do córrego Guarará, Santo André, SP

  • Orientador : KATIA CANIL
  • Data: 13/06/2019

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6
  • ALDREW ALENCAR BALDOVI
  • Influência do tempo de detenção hidráulica na remoção de nitrogênio e fósforo em sistema de alagados construídos cultivados com Eichhornia crassipes

  • Orientador : ROSELI FREDERIGI BENASSI
  • Data: 01/07/2019

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  • O acesso aos serviços de esgotamento sanitário no Brasil é limitado para grande parte da população, sendo esse um dos fatores responsáveis pela contaminação dos corpos d’água. A eutrofização é um dos principais problemas ambientais da atualidade associados à falta ou deficiência no tratamento de efluentes. Apesar do excesso de nutrientes contribuir para a eutrofização, estes são essenciais à vida, pois constituem diversas moléculas importantes para o metabolismo dos seres vivos. Assim, é necessário que sejam desenvolvidas tecnologias de tratamento de esgoto acessíveis e que promovam a recuperação deste recurso. As wetlands construídas (WCs) são sistemas de tratamento descentralizados considerados de baixo custo; com potencialidade de remover poluentes de maneira eficaz e de reciclar nutrientes com a compostagem das plantas. Neste contexto, o presente estudo teve por objetivo principal avaliar a remoção de fósforo e nitrogênio por meio de WC de fluxo horizontal superficial (WCFHS) povoadas com macrófitas aquáticas flutuantes (Eichhornia crassipes) em escala piloto com diferentes tempos de detenção hidráulica (TDH = 3, 7 e 10 dias). A WCFHS foi implantada nas dependências da Fundação Parque Zoológico de São Paulo como tratamento complementar à ETE de nível secundário. O sistema foi composto por tanques com e sem plantas e monitorado semanalmente durante dez meses com o intuito de avaliar: a influência do TDH e da temperatura do ar na remoção de poluentes; o desempenho das macrófitas na remoção de nutrientes; e a atenuação da fitotoxicidade do efluente pelo sistema piloto. A remoção média de fósforo total (PT) foi entre 88 % e 94 %; e ortofosfato (P-PO43-) entre 69 % e 76 %. Além disso, ao desconsiderar os efeitos de sedimentação pelos tanques sem plantas, o tanque com menor TDH (3 dias), foi o que apresentou maior participação das plantas na remoção média de DBO5,20 (43 %), PT (25 %)e P-PO43- (60 %). Ainda, a porcentagem média de PT e NT na biomassa seca da macrófita foi maior nos tanques com TDH de 3 dias. A temperatura do ar se relacionou positivamente com a remoção de poluentes, demonstrando que em temperaturas mais altas há maior taxa de crescimento e incorporação de poluentes pelas macrófitas. Com relação à fitotoxicidade, a entrada e a saída do sistema piloto foram classificadas como “não fitotóxicas” pelo bioensaio com a semente Sinapis alba e observou-se potencialização de germinação das sementes em todos os tanques. Desse modo, a WCFHS se mostrou eficaz e robusta na remoção de poluentes de maneira a ser considerada uma alternativa para a universalização do atendimento a serviços de esgotamento sanitário.


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  • O acesso aos serviços de esgotamento sanitário no Brasil é limitado para grande parte da população, sendo esse um dos fatores responsáveis pela contaminação dos corpos d’água. A eutrofização é um dos principais problemas ambientais da atualidade associados à falta ou deficiência no tratamento de efluentes. Apesar do excesso de nutrientes contribuir para a eutrofização, estes são essenciais à vida, pois constituem diversas moléculas importantes para o metabolismo dos seres vivos. Assim, é necessário que sejam desenvolvidas tecnologias de tratamento de esgoto acessíveis e que promovam a recuperação deste recurso. As wetlands construídas (WCs) são sistemas de tratamento descentralizados considerados de baixo custo; com potencialidade de remover poluentes de maneira eficaz e de reciclar nutrientes com a compostagem das plantas. Neste contexto, o presente estudo teve por objetivo principal avaliar a remoção de fósforo e nitrogênio por meio de WC de fluxo horizontal superficial (WCFHS) povoadas com macrófitas aquáticas flutuantes (Eichhornia crassipes) em escala piloto com diferentes tempos de detenção hidráulica (TDH = 3, 7 e 10 dias). A WCFHS foi implantada nas dependências da Fundação Parque Zoológico de São Paulo como tratamento complementar à ETE de nível secundário. O sistema foi composto por tanques com e sem plantas e monitorado semanalmente durante dez meses com o intuito de avaliar: a influência do TDH e da temperatura do ar na remoção de poluentes; o desempenho das macrófitas na remoção de nutrientes; e a atenuação da fitotoxicidade do efluente pelo sistema piloto. A remoção média de fósforo total (PT) foi entre 88 % e 94 %; e ortofosfato (P-PO43-) entre 69 % e 76 %. Além disso, ao desconsiderar os efeitos de sedimentação pelos tanques sem plantas, o tanque com menor TDH (3 dias), foi o que apresentou maior participação das plantas na remoção média de DBO5,20 (43 %), PT (25 %)e P-PO43- (60 %). Ainda, a porcentagem média de PT e NT na biomassa seca da macrófita foi maior nos tanques com TDH de 3 dias. A temperatura do ar se relacionou positivamente com a remoção de poluentes, demonstrando que em temperaturas mais altas há maior taxa de crescimento e incorporação de poluentes pelas macrófitas. Com relação à fitotoxicidade, a entrada e a saída do sistema piloto foram classificadas como “não fitotóxicas” pelo bioensaio com a semente Sinapis alba e observou-se potencialização de germinação das sementes em todos os tanques. Desse modo, a WCFHS se mostrou eficaz e robusta na remoção de poluentes de maneira a ser considerada uma alternativa para a universalização do atendimento a serviços de esgotamento sanitário.

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  • JAMILE GONÇALVES
  • DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE MEMBRANAS POLIMÉRICAS ELETRO-CONDUTIVAS COM POLIANILINA (PANI) E ÓXIDO DE GRAFENO REDUZIDO (OGr) PARA MITIGAÇÃO DE FOULING

  • Orientador : EDUARDO LUCAS SUBTIL
  • Data: 03/07/2019

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  • BRUNA CHYOSHI
  • REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA E DE CONTAMINANTES DE INTERESSE EMERGENTE DE EFLUENTE SINTÉTICO EM BIORREATOR ANAERÓBIO DE LEITO FLUIDIZADO COM MEMBRANAS

     

  • Orientador : EDUARDO LUCAS SUBTIL
  • Data: 11/07/2019

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9
  • Aloá Dandára Oliveira Damasceno
  • Caracterização de fatores climáticos e intrínsecos aos solos relacionados às ocorrências de deslizamentos no município de Mauá-SP

  • Orientador : ANDREA DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 22/07/2019

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  • Diante do aumento do registro de das ocorrências de processos geodinâmicos no país, torna-se importante compreender cada vez mais os fatores condicionantes e deflagradores. Investigações de relações entre movimentos de massa e chuva podem auxiliar significativamente as ações de prevenção e redução de desastres. A cidade de Mauá - SP apresenta uma frequência elevada de registros de deslizamentos, principalmente nos períodos chuvosos, sendo adicionada ao grupo de municípios prioritários para a implantação de medidas de prevenção e redução de desastres naturais previstos Política Nacional de Proteção e Defesa Civil-PNPDEC (Lei nº 12.608 de 2012) por causa dos fortes impactos socioeconômicos e ambientais causados na região em decorrência das chuvas extremas. O presente trabalho visa analisar a influência da precipitação na deflagração dos processos de deslizamentos no município de Mauá, considerando os fatores condicionantes (como condições geológicas e topográficas, características geotécnicas e regime de chuvas, entre outros fatores ambientais da área) e a ação de fatores deflagradores (além da pluviosidade, erosão pela água ou vento, ações antrópicas, oscilação do lençol freático, entre outros), destacando o desencadeamento imediato deste processo em casos de chuva intensa, erosão e ação antrópica. A partir das investigações realizadas neste trabalho foi possível elaborar curvas de ajuste entre precipitação (em diferentes períodos diários) e deslizamento para a região, através do uso de limiares críticos de precipitação determinados de acordo com as características locais da relação chuva – deslizamento. Também foram avaliadas as propriedades do solo através da descrição e caracterização geotécnica.


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  • Diante do aumento do registro de das ocorrências de processos geodinâmicos no país, torna-se importante compreender cada vez mais os fatores condicionantes e deflagradores. Investigações de relações entre movimentos de massa e chuva podem auxiliar significativamente as ações de prevenção e redução de desastres. A cidade de Mauá - SP apresenta uma frequência elevada de registros de deslizamentos, principalmente nos períodos chuvosos, sendo adicionada ao grupo de municípios prioritários para a implantação de medidas de prevenção e redução de desastres naturais previstos Política Nacional de Proteção e Defesa Civil-PNPDEC (Lei nº 12.608 de 2012) por causa dos fortes impactos socioeconômicos e ambientais causados na região em decorrência das chuvas extremas. O presente trabalho visa analisar a influência da precipitação na deflagração dos processos de deslizamentos no município de Mauá, considerando os fatores condicionantes (como condições geológicas e topográficas, características geotécnicas e regime de chuvas, entre outros fatores ambientais da área) e a ação de fatores deflagradores (além da pluviosidade, erosão pela água ou vento, ações antrópicas, oscilação do lençol freático, entre outros), destacando o desencadeamento imediato deste processo em casos de chuva intensa, erosão e ação antrópica. A partir das investigações realizadas neste trabalho foi possível elaborar curvas de ajuste entre precipitação (em diferentes períodos diários) e deslizamento para a região, através do uso de limiares críticos de precipitação determinados de acordo com as características locais da relação chuva – deslizamento. Também foram avaliadas as propriedades do solo através da descrição e caracterização geotécnica.

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  • CHRISTIANE JACINTO
  • Caracterização dos recicláveis secos e rejeitos gerados pela coleta seletiva e triagem mecanizada da região sul do município de São Paulo - SP

  • Orientador : GIULLIANA MONDELLI
  • Data: 26/07/2019

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  • Visto que na cidade de São Paulo existe uma carência em relação às estratégias levadas em consideração de forma eficiente para diminuir a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU), a caracterização desses - sejam eles passíveis de tratamento ou reaproveitamento - e seus rejeitos é primordial para a execução da gestão integrada de resíduos sólidos de forma precisa e também de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Visto que a população do agrupamento sudeste em 2012 representava cerca de 60% de toda população da cidade, os RSU gerados por este agrupamento são de uma parcela muito significativa no contexto total do município. O objetivo principal é analisar a composição considerada rejeito que chega ao aterro sanitário da Central de Tratamento Leste (CTL), através da caracterização gravimétrica e granulometrica dos RSU secos pré e pós-triagem processados pela Central Mecanizada de Triagem do agrupamento sudeste do município de São Paulo-SP, gerenciado pela Ecourbis Ambiental, mas que atualmente recebem resíduos apenas de algumas subprefeituras região sul do município. A coleta das amostras aconteceu uma vez a cada dois meses, em dias e horários diferentes da semana, durante um ano, considerando-se apenas caminhões da Coleta Seletiva que chegavam a CMT, no período de maio de 2017 a maio de 2018. Foram coletados dois sacos referentes a entrada dos resíduos secos (antes da triagem) e um saco referente a saída de rejeitos (após triagem). Após a coleta, foram realizadas análises laboratoriais, incluindo a caracterização granulométrica e gravimétrica destes resíduos. Verificou-se um padrão de comportamento semelhante tanto entre as amostras de entrada quanto entre as amostras de saída do processo de triagem. As amostras de saída apresentaram uma quantidade maior de rejeitos, mostrando que, uma vez que a triagem visa encaminhar o material de qualidade para reciclar e considerar os demais como rejeito, a mesma tem sido efetiva. Devido às diferenças apresentadas entre as amostras de entrada e de saída, nota-se ainda que a triagem mecanizada apresenta um efeito significativo positivo quanto à composição granulométrica dos RSU, visto que o material considerado rejeito pela CMT e analisado nas coletas de saída tendem a ser menores do que o material que chega na CMT analisado nas coletas de entrada.


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  • Visto que na cidade de São Paulo existe uma carência em relação às estratégias levadas em consideração de forma eficiente para diminuir a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU), a caracterização desses - sejam eles passíveis de tratamento ou reaproveitamento - e seus rejeitos é primordial para a execução da gestão integrada de resíduos sólidos de forma precisa e também de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Visto que a população do agrupamento sudeste em 2012 representava cerca de 60% de toda população da cidade, os RSU gerados por este agrupamento são de uma parcela muito significativa no contexto total do município. O objetivo principal é analisar a composição considerada rejeito que chega ao aterro sanitário da Central de Tratamento Leste (CTL), através da caracterização gravimétrica e granulometrica dos RSU secos pré e pós-triagem processados pela Central Mecanizada de Triagem do agrupamento sudeste do município de São Paulo-SP, gerenciado pela Ecourbis Ambiental, mas que atualmente recebem resíduos apenas de algumas subprefeituras região sul do município. A coleta das amostras aconteceu uma vez a cada dois meses, em dias e horários diferentes da semana, durante um ano, considerando-se apenas caminhões da Coleta Seletiva que chegavam a CMT, no período de maio de 2017 a maio de 2018. Foram coletados dois sacos referentes a entrada dos resíduos secos (antes da triagem) e um saco referente a saída de rejeitos (após triagem). Após a coleta, foram realizadas análises laboratoriais, incluindo a caracterização granulométrica e gravimétrica destes resíduos. Verificou-se um padrão de comportamento semelhante tanto entre as amostras de entrada quanto entre as amostras de saída do processo de triagem. As amostras de saída apresentaram uma quantidade maior de rejeitos, mostrando que, uma vez que a triagem visa encaminhar o material de qualidade para reciclar e considerar os demais como rejeito, a mesma tem sido efetiva. Devido às diferenças apresentadas entre as amostras de entrada e de saída, nota-se ainda que a triagem mecanizada apresenta um efeito significativo positivo quanto à composição granulométrica dos RSU, visto que o material considerado rejeito pela CMT e analisado nas coletas de saída tendem a ser menores do que o material que chega na CMT analisado nas coletas de entrada.

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  • LEONARDO ZANATA
  • DEGRADAÇÃO DO FÁRMACO DICLOFENACO EM ÁGUAS URBANAS SERVIDAS POR PROCESSOS OXIDATIVOS AVANÇADOS COMBINADOS

  • Orientador : LUCIA HELENA GOMES COELHO
  • Data: 19/08/2019

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  • O fármaco diclofenaco, por ser um medicamento de ampla utilização bem como por sua presença em águas urbanas servidas, foi considerado um poluente de interesse emergente, sendo incluído à lista de vigilância da União Europeia em 2015. Mesmo em baixas concentrações, esse composto e seus subprodutos de degradação podem trazer riscos aos ecossistemas aquáticos por suas características de ecotoxicidade. Por possuir propriedades químicas que o tornam recalcitrante no meio ambiente e pouco biodegradável, processos de tratamento convencionais de águas urbanas servidas são pouco eficazes na remoção desse tipo de poluente. Como alternativa para sua remoção, pode ser aplicada a eletro oxidação associada a eletro coagulação (EO/EC) como etapa de pré ou pós-tratamento, associada ou não a outros processos oxidativos avançados (POAs) já estudados, como o reativo de Fenton. A presente pesquisa busca avaliar a remoção do fármaco diclofenaco presente em águas urbanas servidas e em suspenção em água, através de técnica eletroquímica de baixo consumo de corrente, associado ou não a POAs químicos, utilizando-se eletrodos de alumínio, com vistas a aplicação em água servida urbana tratada proveniente da estação de tratamento de esgotos Jesus Netto da SABESP. Como principais resultados encontrados, destacam-se a remoção matéria orgânica na forma de carbono orgânico dissolvido (DOC) de 44,9% e 85,2% de remoção e diclofenaco em amostra de água servida tratada (AST) fortificada com 2 mg L-1 do fármaco, após 120 minutos de aplicação de 5V de potencial elétrico associado ao reativo de Fenton (RF). Ensaios de degradação utilizando-se o reativo de Fenton antes da aplicação de potencial elétrico (EO/EC) demonstraram que o principal responsável pela degradação do diclofenaco é a aplicação dos agentes químicos utilizados no RF, ficando o processo de EO/EC responsável pela remoção  DOC restante. Destaca-se ainda a ação conjunta do processo de eletro Fenton (EF), que foi mais eficaz na remoção de diclofenaco e carbono orgânico dissolvido do que a aplicação conjunta de EO/EC e peróxido de hidrogênio. Concluiu-se ainda que embora a corrente consumida sofra influência da presença de eletrólitos na solução, esse fator esse fator não se mostrou limitante aos processos de tratamento propostos.


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  • O fármaco diclofenaco, por ser um medicamento de ampla utilização bem como por sua presença em águas urbanas servidas, foi considerado um poluente de interesse emergente, sendo incluído à lista de vigilância da União Europeia em 2015. Mesmo em baixas concentrações, esse composto e seus subprodutos de degradação podem trazer riscos aos ecossistemas aquáticos por suas características de ecotoxicidade. Por possuir propriedades químicas que o tornam recalcitrante no meio ambiente e pouco biodegradável, processos de tratamento convencionais de águas urbanas servidas são pouco eficazes na remoção desse tipo de poluente. Como alternativa para sua remoção, pode ser aplicada a eletro oxidação associada a eletro coagulação (EO/EC) como etapa de pré ou pós-tratamento, associada ou não a outros processos oxidativos avançados (POAs) já estudados, como o reativo de Fenton. A presente pesquisa busca avaliar a remoção do fármaco diclofenaco presente em águas urbanas servidas e em suspenção em água, através de técnica eletroquímica de baixo consumo de corrente, associado ou não a POAs químicos, utilizando-se eletrodos de alumínio, com vistas a aplicação em água servida urbana tratada proveniente da estação de tratamento de esgotos Jesus Netto da SABESP. Como principais resultados encontrados, destacam-se a remoção matéria orgânica na forma de carbono orgânico dissolvido (DOC) de 44,9% e 85,2% de remoção e diclofenaco em amostra de água servida tratada (AST) fortificada com 2 mg L-1 do fármaco, após 120 minutos de aplicação de 5V de potencial elétrico associado ao reativo de Fenton (RF). Ensaios de degradação utilizando-se o reativo de Fenton antes da aplicação de potencial elétrico (EO/EC) demonstraram que o principal responsável pela degradação do diclofenaco é a aplicação dos agentes químicos utilizados no RF, ficando o processo de EO/EC responsável pela remoção  DOC restante. Destaca-se ainda a ação conjunta do processo de eletro Fenton (EF), que foi mais eficaz na remoção de diclofenaco e carbono orgânico dissolvido do que a aplicação conjunta de EO/EC e peróxido de hidrogênio. Concluiu-se ainda que embora a corrente consumida sofra influência da presença de eletrólitos na solução, esse fator esse fator não se mostrou limitante aos processos de tratamento propostos.

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  • PAULA CRISTINA MARTINELLI
  • AVALIAÇÃO DA POLUIÇÃO AMBIENTAL NO ENTORNO DO POLO PETROQUÍMICO DE CAPUAVA E PARANAPIACABA, REGIÃO DO GRANDE ABC, SOB DIFERENTES ABORDAGENS: BIOMONITORAMENTO, ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E MICROBIOLÓGICAS

     

  • Orientador : CLAUDIA BOIAN
  • Data: 28/08/2019

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  • As indústrias petroquímicas e o refino de petróleo são algumas das atividades industriais responsáveis pela emissão de poluentes na atmosfera, como por exemplo, os metais pesados. Os metais pesados quando emitidos de forma inadequada podem contaminar o solo, o ar e a água, trazendo riscos ecológicos e efeitos adversos na saúde dos moradores que vivem no entorno das indústrias petroquímicas. Na divisa dos municípios de Mauá e Santo André, na Região do Grande ABC, encontra-se o Polo Petroquímico de Capuava (PPC), que apresenta uma peculiaridade em relação aos demais distribuídos pelo Brasil, é o único localizado em meio a uma área residencial densamente ocupada e que de acordo com estudos anteriores vem causando impactos negativos à saúde da população do entorno.  Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar a poluição ambiental (ar, deposição total e solo) no entorno do PPC e também em Paranapiacaba (Distrito de Santo André), considerada uma área não fonte de poluição por possuir os remanescentes da Mata Atlântica preservada e pouca influência antrópica, porém sob a influência do transporte de poluentes provenientes do Polo Industrial de Cubatão, onde se localiza a Refinaria de petróleo Presidente Bernardes. Para isto, foram realizadas análises das concentrações de chumbo (Pb) e cádmio (Cd) no biomonitoramento do ar e deposição total (água de chuva e material particulado) e para o solo foram realizadas as seguintes análises: estimativa das densidades de fungos e bactérias pela técnica de “pour plate”, pH e matéria orgânica. Os resultados mostraram um acúmulo, principalmente de Pb, em ambos os locais de estudo. Em Capuava houve um maior acúmulo e também uma sazonalidade mais nítida em função do regime de precipitação. Com relação às análises de solo, em Paranapiacaba houve uma homogeneidade dos parâmetros (microbiológicos, pH e matéria orgânica), caracterizando um solo ácido, com boa disponibilidade de matéria orgânica. Em Capuava o mesmo não foi observado, a heterogeneidade das amostras fornece um indicativo de ocorrência de solo de reposição (proveniente de locais diferentes). A amostra com menor densidade de fungos foi coletada em um terreno aberto com pouca cobertura vegetal, próximo a área do PPC. De acordo com a literatura uma baixa disponibilidade de fungos no solo pode ser um indicativo de poluição. 



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  • As indústrias petroquímicas e o refino de petróleo são algumas das atividades industriais responsáveis pela emissão de poluentes na atmosfera, como por exemplo, os metais pesados. Os metais pesados quando emitidos de forma inadequada podem contaminar o solo, o ar e a água, trazendo riscos ecológicos e efeitos adversos na saúde dos moradores que vivem no entorno das indústrias petroquímicas. Na divisa dos municípios de Mauá e Santo André, na Região do Grande ABC, encontra-se o Polo Petroquímico de Capuava (PPC), que apresenta uma peculiaridade em relação aos demais distribuídos pelo Brasil, é o único localizado em meio a uma área residencial densamente ocupada e que de acordo com estudos anteriores vem causando impactos negativos à saúde da população do entorno.  Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar a poluição ambiental (ar, deposição total e solo) no entorno do PPC e também em Paranapiacaba (Distrito de Santo André), considerada uma área não fonte de poluição por possuir os remanescentes da Mata Atlântica preservada e pouca influência antrópica, porém sob a influência do transporte de poluentes provenientes do Polo Industrial de Cubatão, onde se localiza a Refinaria de petróleo Presidente Bernardes. Para isto, foram realizadas análises das concentrações de chumbo (Pb) e cádmio (Cd) no biomonitoramento do ar e deposição total (água de chuva e material particulado) e para o solo foram realizadas as seguintes análises: estimativa das densidades de fungos e bactérias pela técnica de “pour plate”, pH e matéria orgânica. Os resultados mostraram um acúmulo, principalmente de Pb, em ambos os locais de estudo. Em Capuava houve um maior acúmulo e também uma sazonalidade mais nítida em função do regime de precipitação. Com relação às análises de solo, em Paranapiacaba houve uma homogeneidade dos parâmetros (microbiológicos, pH e matéria orgânica), caracterizando um solo ácido, com boa disponibilidade de matéria orgânica. Em Capuava o mesmo não foi observado, a heterogeneidade das amostras fornece um indicativo de ocorrência de solo de reposição (proveniente de locais diferentes). A amostra com menor densidade de fungos foi coletada em um terreno aberto com pouca cobertura vegetal, próximo a área do PPC. De acordo com a literatura uma baixa disponibilidade de fungos no solo pode ser um indicativo de poluição. 


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  • MÁRCIO ADILSON DE OLIVEIRA
  • Proposta de amostragem e caracterização dos RSU secos da Central Mecanizada de Triagem Ponte Pequena, São Paulo-SP

  • Orientador : GIULLIANA MONDELLI
  • Data: 26/09/2019

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  • Em diversas cidades pelo mundo, normalmente as de grande porte localizadas nos países em desenvolvimento, a gestão inadequada dos resíduos sólidos urbanos (RSU) tem causado impactos adversos ao meio ambiente e à saúde pública. Na cidade de São Paulo, a execução dos serviços de coleta e destinação dos RSU é concedida pela Prefeitura a empresas privadas, onde a utilização de 2 Centrais Mecanizadas de Triagem (CMT) possui papel importante neste processo. Como os RSU possuem características tipicamente heterogêneas quanto à ausência de uniformidade, diversidade de composição, forma, dimensão, origem, dentre outras, ainda inexiste no Brasil uma metodologia padrão para sua coleta e caracterização que tenha consenso científico. Assim, o objetivo principal da pesquisa foi avaliar a fração seca dos RSU gerados pelo agrupamento noroeste da cidade de São Paulo, através de um plano de amostragem e caracterização granulométrica e gravimétrica antes e após a triagem na CMT Ponte Pequena. As amostras foram coletadas entre maio de 2017 a maio de 2018 em dias e horários alternados da semana, considerando somente os caminhões da coleta seletiva da concessionária Logística Ambiental de São Paulo (LOGA). Com a análise gravimétrica realizada na etapa pré-triagem (entrada), identificou-se que 8,9 % dos materiais recebidos são rejeitos, indicando a boa qualidade da separação realizada pelos munícipes. Já ao se avaliar as amostras pós-triagem (saída), constatou-se serem necessárias ações para melhorar o desempenho desta CMT, ou mesmo avaliar a qualidade do que entra de recicláveis, uma vez que saem apenas 28,7 % de rejeitos. Quanto a análise granulométrica, devido às diferenças apresentadas entre as amostras de entrada e de saída, nota-se que a triagem mecanizada associada à seleção manual realizada por Cooperativa, apresentou um efeito significativo positivo, visto que o material considerado rejeito pela CMT e analisado nas coletas de saída tendem a ser menores do que o material recebido. Com base nos indicadores de desempenho, a Taxa de Rejeitos (TR) de 80,2 % da CMT Ponte Pequena é superior à TR de 63,5 % obtida na outra CMT em operação na cidade de São Paulo, demonstrando margem para melhorias no processo mecanizado, uma vez que estudos realizados em Cooperativas não mecanizadas demonstram menores percentuais de TR. Outros indicadores foram também obtidos, como Índice de Recuperação de Materiais Recicláveis (IRMR) e Taxa de Recuperação de Materiais Recicláveis (TRMR), demonstrando que o programa de coleta seletiva e reciclagem de RSU na cidade de São Paulo é ainda incipiente, sendo necessária sua ampliação de forma participativa por todos os envolvidos.


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  • Em diversas cidades pelo mundo, normalmente as de grande porte localizadas nos países em desenvolvimento, a gestão inadequada dos resíduos sólidos urbanos (RSU) tem causado impactos adversos ao meio ambiente e à saúde pública. Na cidade de São Paulo, a execução dos serviços de coleta e destinação dos RSU é concedida pela Prefeitura a empresas privadas, onde a utilização de 2 Centrais Mecanizadas de Triagem (CMT) possui papel importante neste processo. Como os RSU possuem características tipicamente heterogêneas quanto à ausência de uniformidade, diversidade de composição, forma, dimensão, origem, dentre outras, ainda inexiste no Brasil uma metodologia padrão para sua coleta e caracterização que tenha consenso científico. Assim, o objetivo principal da pesquisa foi avaliar a fração seca dos RSU gerados pelo agrupamento noroeste da cidade de São Paulo, através de um plano de amostragem e caracterização granulométrica e gravimétrica antes e após a triagem na CMT Ponte Pequena. As amostras foram coletadas entre maio de 2017 a maio de 2018 em dias e horários alternados da semana, considerando somente os caminhões da coleta seletiva da concessionária Logística Ambiental de São Paulo (LOGA). Com a análise gravimétrica realizada na etapa pré-triagem (entrada), identificou-se que 8,9 % dos materiais recebidos são rejeitos, indicando a boa qualidade da separação realizada pelos munícipes. Já ao se avaliar as amostras pós-triagem (saída), constatou-se serem necessárias ações para melhorar o desempenho desta CMT, ou mesmo avaliar a qualidade do que entra de recicláveis, uma vez que saem apenas 28,7 % de rejeitos. Quanto a análise granulométrica, devido às diferenças apresentadas entre as amostras de entrada e de saída, nota-se que a triagem mecanizada associada à seleção manual realizada por Cooperativa, apresentou um efeito significativo positivo, visto que o material considerado rejeito pela CMT e analisado nas coletas de saída tendem a ser menores do que o material recebido. Com base nos indicadores de desempenho, a Taxa de Rejeitos (TR) de 80,2 % da CMT Ponte Pequena é superior à TR de 63,5 % obtida na outra CMT em operação na cidade de São Paulo, demonstrando margem para melhorias no processo mecanizado, uma vez que estudos realizados em Cooperativas não mecanizadas demonstram menores percentuais de TR. Outros indicadores foram também obtidos, como Índice de Recuperação de Materiais Recicláveis (IRMR) e Taxa de Recuperação de Materiais Recicláveis (TRMR), demonstrando que o programa de coleta seletiva e reciclagem de RSU na cidade de São Paulo é ainda incipiente, sendo necessária sua ampliação de forma participativa por todos os envolvidos.

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  • CLÁUDIA ANDRADE NASCIMENTO
  • DIMENSÕES SOCIAIS NA CERTIFICAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE NO SETOR IMOBILIÁRIO

  • Orientador : NEUSA SERRA
  • Data: 03/10/2019

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  • RODOLFO REIS CRISTO
  • ANÁLISE DOS FATORES AMBIENTAIS QUE DETERMINAM O PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA DE ESPÉCIES ARBÓREAS ENDÊMICAS E AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO NA MATA ATLÂNTICA

  • Orientador : DIANA SARITA HAMBURGER
  • Data: 11/12/2019

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  • Estudos, pesquisas e projetos em conservação da biodiversidade têm sido fundamentais no âmbito global devido à intensa degradação dos ecossistemas. Como estratégia para definir ações de conservação cita-se, dentre outras, a identificação e localização de espécies ameaçadas através de Listas Vermelhas segundo critérios da IUCN (International Union for Conservation of Nature). A meta do presente estudo foi avaliar a relação entre as variáveis ambientais e a distribuição da riqueza de espécies de árvores endêmicas e ameaçadas da Mata Atlântica incluídas na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. A Mata Atlântica foi foco do presente estudo, por ser um dos hotspots mais significativos em termos endêmicos e por possuir a melhor amostragem de dados de espécies ameaçadas da flora. Foram consideradas variáveis ambientais acerca da heterogeneidade ambiental, clima, solo, uso do solo, cobertura vegetal e seu nível de proteção para avaliar sua influência na distribuição da riqueza de espécies. Para tal foram utilizados o banco de dados interativo (NeoTropTree) e a coleção de dados Mapbiomas. Com esses dados, foram realizadas análises de correlação espacial e modelos de regressão foram selecionados pelo critério de informação Akaike (AIC) a fim de obter as variáveis ambientais mais preditoras de riqueza de espécies. Os resultados sugerem uma maior relevância da riqueza de espécies em extensas áreas de floresta natural e de proteção integral, considerando a influência do clima na determinação dos padrões de riqueza de espécies arbóreas endêmicas ameaçadas. Outros fatores relacionados a heterogeneidade ambiental também contribuíram para predição da riqueza de espécies.


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  • Estudos, pesquisas e projetos em conservação da biodiversidade têm sido fundamentais no âmbito global devido à intensa degradação dos ecossistemas. Como estratégia para definir ações de conservação cita-se, dentre outras, a identificação e localização de espécies ameaçadas através de Listas Vermelhas segundo critérios da IUCN (International Union for Conservation of Nature). A meta do presente estudo foi avaliar a relação entre as variáveis ambientais e a distribuição da riqueza de espécies de árvores endêmicas e ameaçadas da Mata Atlântica incluídas na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. A Mata Atlântica foi foco do presente estudo, por ser um dos hotspots mais significativos em termos endêmicos e por possuir a melhor amostragem de dados de espécies ameaçadas da flora. Foram consideradas variáveis ambientais acerca da heterogeneidade ambiental, clima, solo, uso do solo, cobertura vegetal e seu nível de proteção para avaliar sua influência na distribuição da riqueza de espécies. Para tal foram utilizados o banco de dados interativo (NeoTropTree) e a coleção de dados Mapbiomas. Com esses dados, foram realizadas análises de correlação espacial e modelos de regressão foram selecionados pelo critério de informação Akaike (AIC) a fim de obter as variáveis ambientais mais preditoras de riqueza de espécies. Os resultados sugerem uma maior relevância da riqueza de espécies em extensas áreas de floresta natural e de proteção integral, considerando a influência do clima na determinação dos padrões de riqueza de espécies arbóreas endêmicas ameaçadas. Outros fatores relacionados a heterogeneidade ambiental também contribuíram para predição da riqueza de espécies.

2018
Dissertações
1
  • JULIANA GUEIROS FUSATO RODRIGUES
  • ANÁLISE DOS FATORES MORFOMÉTRICOS E HIDROCLIMATOLÓGICOS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO TAMANDUATEÍ QUE INFLUENCIAM NA OCORRÊNCIA DE INUNDAÇÕES NO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ-SP
  • Orientador : MARIA CLEOFE VALVERDE BRAMBILA
  • Data: 24/01/2018

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2
  • MONIQUE SILVA COELHO
  • HIDROCARBONETOS (C6-C11): FONTES, REATIVIDADE E CONCENTRAÇÕES ATMOSFÉRICAS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO POLO PETROQUÍMICO DE CAPUAVA, REGIÃO DO GRANDE ABC
  • Orientador : CLAUDIA BOIAN
  • Data: 31/01/2018

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3
  • VICTOR HUGO ARGENTINO DE MORAIS VIEIRA
  • Impactos ambientais do ciclo de vida da fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos e o caso da Região Metropolitana de São Paulo
  • Orientador : DACIO ROBERTO MATHEUS
  • Data: 05/02/2018

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4
  • RICARDO BRAMBILA BOSCO
  • Vulnerabilidade socioambiental na sub-região 2 da Região Metropolitana do Vale do Paraíba Paulista: consideração de indicadores precipitação-deslizamento
  • Orientador : ANDREA DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 09/03/2018

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5
  • CALUAN RODRIGUES CAPOZZOLI
  • Influência da Vegetação de Margem no Comportamento Hidrológico da Bacia do Rio Paraíba do Sul
  • Orientador : ANDREA DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 12/03/2018

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6
  • JULIANA MARIN PEDRO
  • Caracterização Ambiental de densidades urbanas em cidades médias do Estado de São Paulo
  • Orientador : DIANA SARITA HAMBURGER
  • Data: 21/03/2018

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7
  • JULIANA MARTINS STOPA
  • Avaliação de diferentes tempos de detenção hidráulica na remoção de nutrientes em sistema alagado construído

  • Orientador : LUCIA HELENA GOMES COELHO
  • Data: 12/04/2018

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8
  • MILENA EMY MATSUBARA
  • Remoção do antibiótico amoxicilina por biorreator com membrana operado em regime de pré-desnitrificação: avaliação do desempenho, identificação de subprodutos e análises ecotoxicológicas
  • Orientador : LUCIA HELENA GOMES COELHO
  • Data: 20/04/2018

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9
  • PAULO HENRIQUE REIS PIRES
  • Estudo do potencial de recuperação de cobre e paládio de placas de circuito impresso através da lixiviação em água régia e biolixiviação fúngica

  • Orientador : LUISA HELENA DOS SANTOS OLIVEIRA
  • Data: 23/04/2018

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10
  • ROGÉRIO VISQUETTI DE SANTANA
  • Incertezas da amostragem e da análise no controle de qualidade do monitoramento de Recursos Hídricos
  • Orientador : ROSELI FREDERIGI BENASSI
  • Data: 02/05/2018

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11
  • CAROLINE VAITKEVICIUS DE SIQUEIRA
  • Sistematização e mapeamento de áreas com contaminação difusa no Eixo Tamanduateí, Santo André, região do Grande ABC Paulista
  • Orientador : GIULLIANA MONDELLI
  • Data: 10/05/2018

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12
  • ROBERLENE GONZALES DE OLIVEIRA
  • Áreas Contaminadas na Região do Projeto Urbano Eixo Tamanduatehy e sua Abordagem no Planejamento Urbano do Município de Santo André - SP
  • Orientador : DACIO ROBERTO MATHEUS
  • Data: 11/05/2018

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13
  • ALINE FAVERANI DE CARVALHO
  • Análise das relações entre a variação climática e os casos de dengue em municípios do Estado de São Paulo
  • Orientador : DIANA SARITA HAMBURGER
  • Data: 04/06/2018

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14
  • ALVARO JAVIER MOYANO SALCEDO
  • REMOÇÃO DE NITROGÊNIO E MATERIAL ORGÂNICO VIA NITRIFICAÇÃO E DESNITRIFICAÇÃO SIMULTÂNEA (NDS) EM BIORREATOR DE MEMBRANAS SUBMERSAS COM BIOFILME (BRMS-BF) PARA O TRATAMENTO DE ÁGUAS URBANAS SERVIDAS
  • Orientador : EDUARDO LUCAS SUBTIL
  • Data: 13/06/2018

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15
  • BRUNA CAROLINA BARTMEYER
  • Remoção de Cádmio e Chumbo utilizando macrófitas aquáticas (Eichhornia sp. e Typha sp.) por biossorção e fitorremediação
  • Orientador : LUISA HELENA DOS SANTOS OLIVEIRA
  • Data: 13/06/2018

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16
17
  • CELIANE DE OLIVEIRA COSTA
  • Análise espacial da agricultura tradicional caiçara no Parque Estadual do Prelado, SP: 1962-2011
  • Orientador : HELENA FRANCA
  • Data: 14/06/2018

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18
  • FABÍOLA SACCHIELLE PAGLIARANI
  • Gestão ambiental nos trechos oeste, sul e norte do Rodoanel Mário Covas, SP

  • Orientador : KATIA CANIL
  • Data: 14/06/2018

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2017
Dissertações
1
  • JÉSSIKA SOUZA DE CARVALHO
  • DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES POLIMÉRICOS BIODEGRADÁVEIS PARA APLICAÇÃO EM SACOLAS DESCARTÁVEIS E SUA ANÁLISE DE ECOEFICIÊNCIA

  • Orientador : DERVAL DOS SANTOS ROSA
  • Data: 26/01/2017

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2
  • PAULA LOPES DE ARAÚJO
  • A RELAÇÃO ENTRE O USO DO SOLO E A QUALIDADE DA ÁGUA EM MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS NO RESERVATÓRIO BILLINGS, NA GRANDE SÃO PAULO - SP
  • Orientador : DIANA SARITA HAMBURGER
  • Data: 30/01/2017

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3
  • WELINGTON MATIAS DOS SANTOS SILVA
  • GEOPROCESSAMENTO NA GESTÃO SUSTENTÁVEL DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE APARELHOS DE TELEFONIA MÓVEL
  • Orientador : DIANA SARITA HAMBURGER
  • Data: 01/02/2017

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4
  • GABRIEL MESSIAS MOURA DE FARIA
  • Interação de Contaminantes com o Subsolo de um Aterro de Resíduos Sólidos Urbanos em Bauru-SP
  • Orientador : GIULLIANA MONDELLI
  • Data: 10/02/2017

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5
  • ALINE ALVES SANCHEZ
  • DESEMPENHO DE SISTEMA PILOTO DE ALAGADOS CONSTRUÍDOS DE FLUXO SUBSUPERFICIAL HORIZONTAL NO TRATAMENTO SECUNDÁRIO DE EFLUENTE SANITÁRIO
  • Orientador : ROSELI FREDERIGI BENASSI
  • Data: 10/03/2017

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6
  • VIVIANE DO NASCIMENTO BIANCHI
  • Desenvolvimento e aplicação de polímeros de impressão molecular em extração em fase sólida para determinação de fluoxetina em efluente
  • Orientador : ELIZABETE CAMPOS DE LIMA
  • Data: 03/05/2017

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7
  • PATRICIA GOMES DA SILVA
  • Degradação de hormônios estrógenos por fungos em efluentes
  • Orientador : ELIZABETE CAMPOS DE LIMA
  • Data: 05/05/2017

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8
  • NATASHA MURGU VALDAMBRINI
  • Simulação da qualidade do ar para ozônio na Região do Grande ABC considerando as fontes móveis e fixas
  • Orientador : CLAUDIA BOIAN
  • Data: 26/05/2017

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9
  • SAIURI ANZEI ANDRADE
  • Caracterização Gravimétrica de Resíduos da Coleta Seletiva: Estudo de Caso em Cooperativa da Região Central do Município de São Paulo
  • Orientador : GIULLIANA MONDELLI
  • Data: 23/06/2017

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10
  • AMANDA CAVALHERO
  • Remoção de matéria orgânica de efluentes de indústria de sabonetes por reator de leito móvel: efeito da taxa e aplicação de carga orgânica volumétrica

  • Orientador : EDUARDO LUCAS SUBTIL
  • Data: 25/09/2017

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11
  • CAMILA GALINDO DANTAS
  • PROCESSOS HIDRODINÂMICOS E VULNERABILIDADE NA BACIA DO RIO ARICANDUVA - SP
  • Orientador : KATIA CANIL
  • Data: 29/09/2017

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12
  • LEONARDO BELTRÃO BARSZCZ
  • AVALIAÇÃO ECOTOXICOLÓGICA DE EFLUENTE DOMÉSTICO TRATADO POR ALAGADOS CONSTRUÍDOS
  • Orientador : DACIO ROBERTO MATHEUS
  • Data: 29/09/2017

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2016
Dissertações
1
  • LANA CAROLINA CORREA DANNA
  • ANÁLISE DA VULNERABILIDADE AMBIENTAL EM ÁREAS PROTEGIDAS: SISTEMA SOCIOECOLÓGICO, ESTUDO MULTIFATORIAL E RESILIÊNCIA
  • Orientador : DIANA SARITA HAMBURGER
  • Data: 15/02/2016

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2
  • EVANDRO PEREIRA LUIZ
  • Avaliação dos métodos de fitorremediação e biossorção na remoção de chumbo, cobre e zinco
  • Orientador : LUISA HELENA DOS SANTOS OLIVEIRA
  • Data: 24/02/2016

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3
  • MARYÁ CRISTINA RABELO
  • Distribuição espaço-temporal das chuvas e sua influência na produção dos principais cultivos na agricultura familiar no Ceará
  • Orientador : MARIA CLEOFE VALVERDE BRAMBILA
  • Data: 03/03/2016

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4
  • MARIA GABRIELA LOUZADA MALFATTI
  • Estudo e Desenvolvimento de Modelagem para previsão de vazão de rios na Bacia do Paraná
  • Orientador : ANDREA DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 07/03/2016

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5
  • BRUNA VIEIRA
  • Adsorção de fósforo em substrato natural visando o desenvolvimento de tecnologia verde para o tratamento terciário de efluentes
  • Orientador : LUCIA HELENA GOMES COELHO
  • Data: 14/03/2016

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6
  • DANIELE MARIA BENTO
  • Estrutura da comunidade fitoplanctônica do braço Alvarenga da Represa Billings em escala espacial e temporal
  • Orientador : ELIZABETE CAMPOS DE LIMA
  • Data: 16/05/2016

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7
  • TATIANE DO NASCIMENTO LOPES
  • Influência da carga poluidora afluente sobre a emissão de CH4 e CO2 em uma zona úmida localizada na região fluvial da Represa Billings (RMSP-SP)
  • Orientador : ROSELI FREDERIGI BENASSI
  • Data: 23/05/2016

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8
  • MAIRA CRISTINA DE OLIVEIRA SILVA
  • Cenário futuro da disponibilidade hídrica na Bacia do Alto Tietê: subsídio à gestão dos recursos hídricos
  • Orientador : MARIA CLEOFE VALVERDE BRAMBILA
  • Data: 22/06/2016

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9
  • BARBARA ALONSO VIEIRA LUIZ
  • Avaliação da extração em ponto nuvem do herbicida Paraquat em amostras de águas naturais como técnica ambientalmente amigável
  • Orientador : LUCIA HELENA GOMES COELHO
  • Data: 23/06/2016

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10
  • FERNANDA DE MENDONÇA
  • Avaliação do uso da razão carbono/nitrogênio e a caracterização espaço-temporal da qualidade da água do reservatório Billings (Alto Tietê - SP)
  • Orientador : LUCIA HELENA GOMES COELHO
  • Data: 01/07/2016

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11
  • MARINA VICTORETTI SILVA
  • Remoção de nitrogênio via nitrificação e desnitrificação simultânea (NDS) em biorreatores com membranas submersas (BRMS)
  • Orientador : EDUARDO LUCAS SUBTIL
  • Data: 20/10/2016

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12
  • VIVIANE PEREIRA ALVES
  • Alternativas para Requalificação de Áreas de Mineração e Lagos de Cava de Mineração de Areia: Estudo de Caso - Lago Guaraciaba (Santo André, SP)
  • Orientador : ROSELI FREDERIGI BENASSI
  • Data: 21/10/2016

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13
  • FABIANA RAMOS SAVANI
  • AVALIAÇÃO DE FEIJÃO-DE-PORCO (CANAVALIA ENSIFORMIS) COMO FITORREMEDIADOR DE Pb, Cu e Zn EM SOLOS
  • Orientador : LUISA HELENA DOS SANTOS OLIVEIRA
  • Data: 08/12/2016

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