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Banca de DEFESA: ALLYSON RAFAEL DE ALMEIDA GOIS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALLYSON RAFAEL DE ALMEIDA GOIS
DATA : 02/12/2021
HORA: 14:30
LOCAL: São Bernardo do Campo (por videoconferência)
TÍTULO:

DE VOLTA AO ‘FRONT’

O debate sobre o novo consenso macroeconômico no pós-crise


PÁGINAS: 74
RESUMO:

Os anos 1970 foram marcados por uma profunda cisão na pesquisa macroeconômica. A pax firmada em torno da síntese neoclássica deu lugar a uma intensa disputa substantiva e metodológica, opondo os keynesianos tradicionais e os novos clássicos. Robert Lucas foi um dos principais arquitetos do novo padrão de pesquisa, adotando uma estratégia de microfundamentação de inspiração walrasiana. Nos anos 1980, incorporado à pesquisa dos ciclos reais de negócios, o padrão metodológico de Lucas alcançou o seu ápice. Nessa mesma década, o keynesianismo tradicional reencarnaria num corpo de musculatura microfundamentada, reclamando a presença de premissas como a rigidez de preços nos modelos macroeconômicos. Quando, nos idos de 1990, a pesquisa se voltou a enxertaras premissas keynesianas nos trabalhos desenvolvidos pelos teóricos dos ciclos reais de negócios, a macroeconomia convergiu, mais uma vez, para uma agenda comum. Proclamado o novo consenso, ambos os lados puderam cantar vitória. Na virada do milênio, a macroeconomia moderna colhia os louros da Grande Moderação e jactava-se de moldar a política econômica. Mas não tardou para que os flancos abertos do novo consenso fossem expostos. Tendo surpreendido boa parte economistas, a crise financeira de 2008 abalou a reputação da ciência econômica e deu azo ao surgimento de um intenso debate sobre aquele consenso. O presente trabalho busca reconstruir os termos desse debate, propondo uma avaliação do estado da macroeconomia à luz do colapso financeiro de 2008. No centro das críticas à macroeconomia moderna, destaca-se a simplicidade com que os seus modelos – os chamados DSGE – tratam o mercado de crédito e as conexões das finanças com a economia real, algo que mesmo os próceres do novo consenso não relutam em reconhecer. Algumas críticas miram a reconstrução da disciplina desde os seus alicerces. Outras buscam uma contemporização: reconhecendo a importância dos modelos DSGE, reclamam uma mudança nos incentivos da profissão dos macroeconomistas, alegadamente desfavoráveis ao desenvolvimento de modelos alternativos para a compreensão do fenômeno econômico. Na outra ponta de debate, evoca-se a pesquisa de fronteira para mostrar que, nos anos mais recentes, as críticas encontraram acolhida, resultando no surgimento de modelos com agentes heterogêneos e fricções financeiras, sem descartar o uso da roupagem DSGE. Advoga-se ainda o papel importante que modelos DSGE tiveram no enfrentamento da crise, em contraposição ao argumento de que os macroeconomistas não encontraram respostas para lidar com os desdobramentos de 2008.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 1147580 - DANILO FREITAS RAMALHO DA SILVA
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 344365 - RAMON VICENTE GARCIA FERNANDEZ
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - ALEXANDRE FLÁVIO SILVA ANDRADA - UNB
Membro Suplente - Examinador(a) Interno ao Programa - 2187282 - MANUEL RAMON SOUZA LUZ
Membro Suplente - Examinador(a) Externo à Instituição - JOSÉ FELIPE ARAUJO DE ALMEIDA - UFPR
Notícia cadastrada em: 11/11/2021 17:50
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