Fuga à paternidade em Angola: um estudo à luz das políticas públicas voltadas ao
exercício da paternidade
O presente trabalho visa compreender a fuga à paternidade em Angola à luz das
políticas públicas voltadas ao exercício da paternidade. As políticas públicas carregam um
impacto positivo no exercício da paternidade ativa e responsável. O tripé família, sociedade e
Estado são confluentes no cuidado, proteção e garantia dos direitos das crianças, conforme
orienta a constituição angolana. Pois, nota-se que, a fuga à paternidade é a violência contra
criança que mais cresce em Angola, criando vários problemas na instituição familiar. A família
é o núcleo fundamental de uma sociedade, e o Estado deve zelar pela sua proteção, combatendo
tudo que é nocivo a ela, tanto por via de políticas públicas e sociais, quanto por conscientização
e promoção da responsabilidade paterna e familiar por meio de políticas educativas. Quanto à
metodologia, o trabalho vale-se da abordagem qualitativa: pesquisa documental para coletas
de informações, pesquisa bibliográfica na qual resultou de consultas em artigos, dissertações,
teses e livros que abordam a temática. Usou-se também o método QCA para fazer um estudo
comparativo sobre o fenômeno, a forma como os dois Estados intervêm. Como técnica
metodológica pretende-se usar na segunda parte do trabalho entrevista semiestruturada. O
objetivo destas entrevistas é obter o máximo de informações que ajudem a responder a
problemáticas a partir de atores diretamente ligados ao fenômeno em estudo. Portanto,
pretende-se, por meio desta pesquisa, contribuir teórica e empiricamente, para futuros
pesquisadores deste tema. Desta maneira, para pensar a família na sua relação com a sociedade
e o Estado. É fundamental refletir como a implementação das políticas públicas voltadas ao
exercício da paternidade pode ser um caminho para mitigar a desigualdade social. Pois, esta
desigualdade afeta grandemente a sociedade angolana, e como isso fragiliza o exercício de
uma paternidade responsável para as famílias mais vulneráveis.