O conhecimento pedagógico do Ensino de Ciências por Investigação de professores unidocentes: concepções e práticas
Este trabalho aborda um estudo que explorou o conhecimento pedagógico de professoras unidocentes sobre o ensino de ciências por investigação, destacando lacunas formativas em sua compreensão dessa abordagem e a importância da metacognição no processo de avaliação.
O trabalho investigou como as professoras aplicavam atividades experimentais protocolares, que restringem a liberdade de ação dos alunos, em vez de promover a aprendizagem autônoma e colaborativa. Foi observado que essas práticas limitam o desenvolvimento de habilidades científicas e criativas, pois os alunos são orientados a seguir passos pré-determinados sem a oportunidade de explorar e fazer conexões criativas.
As lacunas formativas identificadas foram particularmente evidentes em relação ao ensino de ciências por investigação nos anos iniciais do ensino fundamental. As professoras frequentemente usavam critérios de avaliação flutuantes, focados em comportamento e participação, em vez de medidas claras de aprendizado e compreensão. Isso reflete a falta de formação em avaliação dentro da formação docente, levando a práticas que fugiam de aspectos formativos dos alunos.
A metacognição, a capacidade de refletir sobre o próprio pensamento e processos de aprendizagem, foi uma área onde as professoras pareciam ter um conhecimento mais robusto. Elas reconheceram a importância de avaliar suas próprias práticas de ensino para melhorar futuramente, mas enfrentaram desafios em aplicar essa reflexão praticamente, especialmente em termos de ajustar seus métodos de avaliação.
O estudo concluiu que a formação docente em avaliação é crucial para melhorar a prática pedagógica e o desempenho dos alunos. As lacunas formativas indicam a necessidade de uma formação mais profunda e teórica em avaliação, bem como a importância de integrar a metacognição no dia a dia das práticas docentes. A pesquisa sugere que, sem uma formação adequada, os professores podem adotar práticas avaliativas que não são benéficas para o desenvolvimento dos alunos, e que essas práticas podem ter impactos duradouros em suas carreiras acadêmicas e profissionais.