Desenvolvimento de uma bobina de RF transmissora/receptora para imagens por ressonância magnética do joelho em 7 Teslas.
As bobinas RF são uma das partes principais dos equipamentos de imagem por ressonância magnética. Quando fazemos um exame de ressonância magnética de ombro ou joelho, somos posicionados pelos profissionais de saúde dentro do equipamento e ao redor da região de interesse é colocada a bobina de RF receptora, já que nos equipamentos clínicos existe uma bobina de RF transmissora dedicada que não enxergamos, pois ela se encontra dentro da máquina. As bobinas são como um tipo de lente do sistema, emitem campo eletromagnético oscilante na frequência de Larmor do hidrogênio presente em nosso corpo e também coletam o sinal deles para formar uma imagem. Existem muitas geometrias de bobinas disponíveis, entretanto uma das mais vantajosas em produzir campo oscilante homogêneo em todo o seu interior é a bobina gaiola, mais conhecida como Birdcage coil e é a geometria mais comum utilizada nos equipamentos clínicos modernos. Os equipamentos de campo ultra-alto não possuem uma bobina de RF transmissora dedicada, pois além da energia dissipada sobre o paciente ser muito elevada para esses casos, as fortes interferências dielétricas dos tecidos acabam por atrapalhar na excitação dos spins. Por esse motivo trabalham-se com bobinas de RF locais, sendo elas transmissoras, receptoras ou até transceptoras de sinal. O seguinte trabalho mostra o projeto, desenvolvimento e caracterização de uma bobina de RF tipo gaiola para a aquisição de imagens clínicas do joelho humano em ultra alto campo. Foram realizadas simulações elétricas e eletromagnéticas, além da construção de um protótipo real. Aquisições de imagens com o protótipo foram efetuadas com phantons e em voluntário humano, o que permitiu comparar os resultados das simulações com os dados obtidos com o protótipo. A bobina de RF se mostrou eficiente na produção de campo magnético homogêneo e foi capaz de produzir imagens com poder de diagnóstico clínico do joelho humano. O projeto ainda está em desenvolvimento e as perspectivas futuras abrangem o funcionamento da bobina em quadratura, o que permitirá reduzir a potência utilizada em sua polarização