NATUREZA E SOCIEDADE:Educação para um metabolismo ecossocial estratégico
Dada a aceleração do colapso em curso do metabolismo ecossocial, urge a necessidade irrevogável de ressignificar as relações entre humanos e natureza e, com isso, a mudança do modo alienado de produção e reprodução da vida. Elegemos como estratégia uma alternativa civilizatória radical, o Ecossocialismo, para superar o desequilíbrio metabólico entre natureza e sociedade. Para tanto, trouxemos a seguinte questão: o Ecossocialismo e a Educação Ambiental (EA-crítica) podem subsidiar os educadores do Ensino Fundamental para contribuir com a urgente transição societária por meio da Educação Crítica Transformadora? Como ambos convergem à luta de classes, podem impulsionar a mudança dos paradigmas desta civilização para uma ordem societária democrática, ecológica e socialista não-produtivista. Assim, neste estudo, adotamos como caminho a luta de classes com foco na Educação para intervir no atual modelo dominante da racionalidade instrumental. Modelo este que constitui a subjetividade dos indivíduos a serviço da dominação ideológica vigente reprodutivista aplicada nas instituições de ensino, para o modelo do pensamento crítico para uma educação além do capital. No entanto, assumidos os pontos convergentes, encontramos pontos na teoria da EA-crítica que divergem da teoria marxista que fundamenta o Ecossocialismo. Seguimos com os pontos convergentes da EA-crítica e adotamos a Pedagogia Histórico-Crítica como referência da teoria marxista sem divergências com o Ecossocialismo. Assim, propomos a práxis educativa contra-hegemônica para o Ensino Fundamental com princípios também da Educação Politécnica da pedagogia socialista pós-revolução Russa, como ensino da Educação Crítica Transformadora. Essa Educação compreende a emancipação da prática docente como agentes sociais para mudar a subjetividade dos indivíduos e, com a práxis ecossocial, radicalizar a transformação da sociedade vigente.