Controle e Simulação de um Conversor PFC Sem Ponte Dual Boost com Desacoplamento Ativo de Potência Tipo Buck para Carregadores de Veículos Elétricos
O trabalho aborda o desenvolvimento de carregadores de veículos elétricos (VE), destacando tecnologias, topologias de conversores e desafios associados à eficiência energética e à sustentabilidade. Com o crescimento da adoção de VE, sistemas de carregamento eficientes se tornam essenciais para atender à demanda energética e minimizar impactos na rede elétrica. Os carregadores são classificados em internos (onboard) e externos. Os internos realizam a conversão de corrente alternada (CA) para corrente contínua (CC) dentro do veículo, enquanto os externos, como estações de carregamento rápido, fornecem diretamente CC às baterias. A estrutura do carregador divide-se em duas etapas principais: o conversor CA/CC, responsável pela correção do fator de potência e conversão da energia da rede elétrica, e o conversor CC/CC, que ajusta tensão e corrente para os níveis exigidos pela bateria. Diferentes topologias de conversores são apresentadas, como o Boost PFC, que corrige o fator de potência; os Bridgeless, que reduzem componentes e aumentam a eficiência; Este trabalho apresenta o desenvolvimento, modelagem e simulação de um conversor Bridgeless Boost PFC com a incorporação da técnica de desacoplamento ativo de potência (APD), com o objetivo de reduzir a ondulação da tensão no barramento CC e minimizar o uso de capacitores volumosos. A potência pulsante de segunda ordem, inerente a conversores monofásicos, exige capacitores de alta capacitância para manter a tensão de saída estável. Para mitigar essa exigência, foi implementada uma célula de desacoplamento composta por capacitor e indutor auxiliares, operando sob controle dedicado. As simulações realizadas no ambiente PLECS mostraram que, com o uso do APD, foi possível reduzir o capacitor do barramento de 300 µF para apenas 15 µF, com uma queda significativa na ondulação de tensão, de 26V para apenas 5V pico a pico. Além disso, observou-se melhora no espectro harmônico da corrente de entrada, com redução da distorção harmônica total (THD) e conformidade com a norma IEC 61000-3-2 que embora a norma não defina um limite direto de THD, manter o THD da corrente abaixo de 8% é geralmente necessário para cumprir todos os limites individuais de harmônicas.Os resultados demonstram que a técnica de APD proporciona uma solução eficaz para aplicações que exigem elevada densidade de potência, boa qualidade de energia e redução de volume de componentes passivos.