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Dissertações |
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ANDRIUS DOMINIQUINI DE CAMARGO
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Reconstrução de Estados e Dinâmicas Quânticas Assistidos por Aprendizado de Máquina
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Orientador : ROBERTO MENEZES SERRA
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Data: 02/03/2020
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Os últimos avanços experimentais na área de Informação Quântica vem apresentando sistemas manipuláveis com números de qubits cada vez maiores, trazendo consigo o debate sobre como verificar os estados produzidos e processos dinâmicos presentes nestas novas plataformas de maneira eficiente. A tomografia (completa) de estados quânticos é uma tarefa custosa com complexidade para n-qubits dada por Ω(4n/(1-F))(onde F é a fidelidade com relação ao estado ideal). A reconstrução de dinâmicas quânticas envolve muitas repetições desse último processo e possui complexidade ainda maior, por exemplo, o protocolo usual de tomografia de processos requer4n tomografias de estado. Considerando tal cenário, estudamos técnicas de reconstrução de estados e de processos dinâmicos em sistemas quânticos abertos assistidas por aprendizado de máquina, sendo especificamente investigadas as arquiteturas de máquinas restritas de Boltzmann e redes neurais recorrentes do tipo Long Short Term Memory e Gated Recurrent Units. Foram realizadas simulações de medidas experimentais para testar tais protocolos. Foram desenvolvidas ferramentas para ser empregadas em futuros experimentos nas plataformas experimentais para tecnologia quantica disponíveis na UFABC.
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Os últimos avanços experimentais na área de Informação Quântica vem apresentando sistemas manipuláveis com números de qubits cada vez maiores, trazendo consigo o debate sobre como verificar os estados produzidos e processos dinâmicos presentes nestas novas plataformas de maneira eficiente. A tomografia (completa) de estados quânticos é uma tarefa custosa com complexidade para n-qubits dada por Ω(4n/(1-F))(onde F é a fidelidade com relação ao estado ideal). A reconstrução de dinâmicas quânticas envolve muitas repetições desse último processo e possui complexidade ainda maior, por exemplo, o protocolo usual de tomografia de processos requer4n tomografias de estado. Considerando tal cenário, estudamos técnicas de reconstrução de estados e de processos dinâmicos em sistemas quânticos abertos assistidas por aprendizado de máquina, sendo especificamente investigadas as arquiteturas de máquinas restritas de Boltzmann e redes neurais recorrentes do tipo Long Short Term Memory e Gated Recurrent Units. Foram realizadas simulações de medidas experimentais para testar tais protocolos. Foram desenvolvidas ferramentas para ser empregadas em futuros experimentos nas plataformas experimentais para tecnologia quantica disponíveis na UFABC.
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HELDER MOREIRA BRAGA
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SÍNTESE, PROPRIEDADES ÓPTICAS E FUNCIONALIZAÇÃO DE QUANTUM DOTS DE PEROVSKITA DE HALETOS CsPbX3
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Orientador : JOSE ANTONIO SOUZA
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Data: 30/04/2020
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Sistemas semicondutores micro e nanoestruturados de óxidos de metais de transição e perovskitas de haletos têm despertado grande interesse devido às suas importantes propriedades físicas e potenciais aplicações. Esses materiais quando obtidos na forma de Quantum Dots (QDs) atraem grande atenção, devido às suas propriedades ópticas peculiares, que os tornam muito interessantes em aplicações de nanotecnologia, como diodo emissor de luz, células solares e fotocatálise. Neste trabalho, foram sintetizados microfolhas, microfios e microtubos de óxidos de metais de transição com superfície nanoestruturada, como ZnO, Fe2O3, TiO2 e NiO, através do processo de oxidação térmica. Por outro lado, também foram sintetizadas perovskitas de haletos da família CsPbX3, onde X = (Cl, Br, I) em forma de QDs. A solução coloidal de QDs foi obtida pelo método de injeção a quente e pela técnica de recristalização supersaturada à temperatura ambiente. As medidas de fotoluminescência (FL) indicaram um pico de emissão pronunciado e estreito em 405 nm, 505 nm e 684 nm, resultando em uma energia da banda proibida de 2,99 eV, 2,43 eV e 1,73 eV para os QDs de CsPbCl3, CsPbBr3 e CsPbI3, respectivamente. Os resultados da espectroscopia de absorção UV-Vis corroboram com os resultados de emissão dos QDs. Medidas de FL resolvida no tempo revelaram tempos de vida distintos para os QDs com grande influência de estados relacionados à defeitos. Imagens de microscopia eletrônica de transmissão indicaram nanocristais de CsPbBr3 na forma de paralelepípedo com lados de ~ 19,0 ± 0,7 nm e de ~ 9,0 ± 0,6 nm. Imagens de MEV revelaram abrupta coalescência levando a formação de microbastões para a amostra de CsPbI3. Posteriormente, os QDs foram depositados na superfície de microtubos magnéticos de Fe2O3/Fe3O4. Caracterizações estruturais e morfológicas confirmaram a aderência de nanocristais de perovskita na superfície do óxido magnético nanoestruturado. Medidas de resistividade elétricas nos microtubos magnéticos revelaram forte interação com os nanocristais decorados formando nanoheteroestruturas locais. É sugerido que essa forte interação se revela através do aumento da condutividade elétrica do microtubo devido a transferência de cargas oriundas dos nanocristais. Medidas de fotoluminescência resolvida no tempo nas microestruturas de Fe2O3/Fe3O4 decoradas com QDs de CsPbBr3 indicaram diferença na dinâmica de recombinação dos portadores livres e éxcitons, além dos estados relacionados à defeitos. Esses resultados corroboram com a formação de nanoheteroestruturas locais quimicamente interagentes com transferência de cargas elétricas o que confere extra funcionalidade ao microtubo fotoluminescente e magnético.
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Sistemas semicondutores micro e nanoestruturados de óxidos de metais de transição e perovskitas de haletos têm despertado grande interesse devido às suas importantes propriedades físicas e potenciais aplicações. Esses materiais quando obtidos na forma de Quantum Dots (QDs) atraem grande atenção, devido às suas propriedades ópticas peculiares, que os tornam muito interessantes em aplicações de nanotecnologia, como diodo emissor de luz, células solares e fotocatálise. Neste trabalho, foram sintetizados microfolhas, microfios e microtubos de óxidos de metais de transição com superfície nanoestruturada, como ZnO, Fe2O3, TiO2 e NiO, através do processo de oxidação térmica. Por outro lado, também foram sintetizadas perovskitas de haletos da família CsPbX3, onde X = (Cl, Br, I) em forma de QDs. A solução coloidal de QDs foi obtida pelo método de injeção a quente e pela técnica de recristalização supersaturada à temperatura ambiente. As medidas de fotoluminescência (FL) indicaram um pico de emissão pronunciado e estreito em 405 nm, 505 nm e 684 nm, resultando em uma energia da banda proibida de 2,99 eV, 2,43 eV e 1,73 eV para os QDs de CsPbCl3, CsPbBr3 e CsPbI3, respectivamente. Os resultados da espectroscopia de absorção UV-Vis corroboram com os resultados de emissão dos QDs. Medidas de FL resolvida no tempo revelaram tempos de vida distintos para os QDs com grande influência de estados relacionados à defeitos. Imagens de microscopia eletrônica de transmissão indicaram nanocristais de CsPbBr3 na forma de paralelepípedo com lados de ~ 19,0 ± 0,7 nm e de ~ 9,0 ± 0,6 nm. Imagens de MEV revelaram abrupta coalescência levando a formação de microbastões para a amostra de CsPbI3. Posteriormente, os QDs foram depositados na superfície de microtubos magnéticos de Fe2O3/Fe3O4. Caracterizações estruturais e morfológicas confirmaram a aderência de nanocristais de perovskita na superfície do óxido magnético nanoestruturado. Medidas de resistividade elétricas nos microtubos magnéticos revelaram forte interação com os nanocristais decorados formando nanoheteroestruturas locais. É sugerido que essa forte interação se revela através do aumento da condutividade elétrica do microtubo devido a transferência de cargas oriundas dos nanocristais. Medidas de fotoluminescência resolvida no tempo nas microestruturas de Fe2O3/Fe3O4 decoradas com QDs de CsPbBr3 indicaram diferença na dinâmica de recombinação dos portadores livres e éxcitons, além dos estados relacionados à defeitos. Esses resultados corroboram com a formação de nanoheteroestruturas locais quimicamente interagentes com transferência de cargas elétricas o que confere extra funcionalidade ao microtubo fotoluminescente e magnético.
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JÉFERSON RIBEIRO GUIMARÃES
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Implementação experimental de um refrigerador quântico otimizado por correlações não clássicas
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Orientador : ROBERTO MENEZES SERRA
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Data: 14/07/2020
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Recentemente máquinas térmicas operando em regimes quânticos começaram a ser testadas em laboratório, em ambas configurações de motor e de refrigerador. Na configuração de motor, calor é retirado do ambiente quente e parte deste é depositado no ambiente frio, tendo como resultado a extração de trabalho do sistema quântico. Na configuração de refrigerador, o sistema quântico retira calor de um ambiente frio e o deposita em um ambiente quente, sendo necessário para isso a injeção de trabalho no sistema refrigerante. Máquinas térmicas quânticas são caracterizadas pelo fato de a substância de trabalho (ou refrigerante) ser composta por um sistema quântico operando em geral longe do equilíbrio. Além disso, podemos dizer que para utilizar o adjetivo quântico é necessário que as temperaturas e escalas de energia sejam tal que efeitos quânticos como interferência estejam presentes. Esta dissertação é devotada a máquinas que operam segundo o ciclo de Otto quântico para realizar tarefas de refrigeração. Este ciclo é composto por duas operações "adiabáticas" realizadas através de transformações unitárias e duas termalizações. Apresentaremos e discutiremos resultados da implementação experimental de um refrigerador quântico utilizando qubits de spin. Além da inerente natureza quântica do refrigerador iremos explorar efeitos associados a correlações não clássicas iniciais e termalização parcial com o ambiente frio. Mostraremos que é possível obter uma melhora significativa de performance do refrigerador explorando essas correlações quânticas para acelerar a transferência de calor durante o processo de tematização parcial. Dessa forma correlações não clássicas funcionam como um ‘catalizador quântico’ do processo de refrigeração. Experimentos de prova de princípios foram realizados nos laboratórios de tecnologias quânticas da UFABC empregando a técnica de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de estado líquido, na qual spins nucleares em amostra molecular fazem o papel da substância refrigerante. Até onde sabemos, este é o primeiro teste de princípios do emprego de correlações não clássicas para otimizar o processo de refrigeração de um sistema quântico. Os métodos desenvolvidos nesta dissertação podem ser aplicados em diferentes contextos envolvendo tecnologias quântica para obter alta potência de refrigeração. Em conjunto com outros resultados da literatura nossos trabalho corrobora o emprego de correlação não clássicas como um recurso extra em termodinâmica quântica.
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Recentemente máquinas térmicas operando em regimes quânticos começaram a ser testadas em laboratório, em ambas configurações de motor e de refrigerador. Na configuração de motor, calor é retirado do ambiente quente e parte deste é depositado no ambiente frio, tendo como resultado a extração de trabalho do sistema quântico. Na configuração de refrigerador, o sistema quântico retira calor de um ambiente frio e o deposita em um ambiente quente, sendo necessário para isso a injeção de trabalho no sistema refrigerante. Máquinas térmicas quânticas são caracterizadas pelo fato de a substância de trabalho (ou refrigerante) ser composta por um sistema quântico operando em geral longe do equilíbrio. Além disso, podemos dizer que para utilizar o adjetivo quântico é necessário que as temperaturas e escalas de energia sejam tal que efeitos quânticos como interferência estejam presentes. Esta dissertação é devotada a máquinas que operam segundo o ciclo de Otto quântico para realizar tarefas de refrigeração. Este ciclo é composto por duas operações "adiabáticas" realizadas através de transformações unitárias e duas termalizações. Apresentaremos e discutiremos resultados da implementação experimental de um refrigerador quântico utilizando qubits de spin. Além da inerente natureza quântica do refrigerador iremos explorar efeitos associados a correlações não clássicas iniciais e termalização parcial com o ambiente frio. Mostraremos que é possível obter uma melhora significativa de performance do refrigerador explorando essas correlações quânticas para acelerar a transferência de calor durante o processo de tematização parcial. Dessa forma correlações não clássicas funcionam como um ‘catalizador quântico’ do processo de refrigeração. Experimentos de prova de princípios foram realizados nos laboratórios de tecnologias quânticas da UFABC empregando a técnica de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de estado líquido, na qual spins nucleares em amostra molecular fazem o papel da substância refrigerante. Até onde sabemos, este é o primeiro teste de princípios do emprego de correlações não clássicas para otimizar o processo de refrigeração de um sistema quântico. Os métodos desenvolvidos nesta dissertação podem ser aplicados em diferentes contextos envolvendo tecnologias quântica para obter alta potência de refrigeração. Em conjunto com outros resultados da literatura nossos trabalho corrobora o emprego de correlação não clássicas como um recurso extra em termodinâmica quântica.
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LUCAS TONETTO COIMBRA
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Oscilações de estrelas compactas na era das ondas gravitacionais
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Orientador : GERMAN LUGONES
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Data: 30/07/2020
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O objetivo deste projeto é investigar as oscilações não-radiais de estrelas compactas híbridas levando em consideração o papel de conversões de fase rápidas e lentas na interface quark-hadron. Focaremos primeiro nos cálculos dentro da aproximação Cowling, e posteriormente utilizaremos o conjunto completo de equações relativísticas que governam os modos quase-normais de oscilação de estrelas compactas estáticas. Procuraremos identificar aspectos potencialmente observáveis que possam ser associados com a emissão de ondas gravitacionais de estrelas compactas.
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O objetivo deste projeto é investigar as oscilações não-radiais de estrelas compactas híbridas levando em consideração o papel de conversões de fase rápidas e lentas na interface quark-hadron. Focaremos primeiro nos cálculos dentro da aproximação Cowling, e posteriormente utilizaremos o conjunto completo de equações relativísticas que governam os modos quase-normais de oscilação de estrelas compactas estáticas. Procuraremos identificar aspectos potencialmente observáveis que possam ser associados com a emissão de ondas gravitacionais de estrelas compactas.
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TULIO CAVIQUIOLI CARDOSO
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Busca por Produção de Matéria Escura no Experimento CMS no Canal Mono-Fóton
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Orientador : EDUARDO DE MORAES GREGORES
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Data: 05/08/2020
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Após a descoberta do Bóson de Higgs, um dos principais focos dos experimentos do LHC tornou-se a busca por física além do Modelo Padrão. Como o nome sugere, isso inclui uma ampla variedade de cenários físicos como dimensões extras, supersimetria, matéria escura e muitos outros. Observações cosmológicas sugerem que matéria escura (ME) seria um tipo de matéria que não tem carga elétrica e não interage através da força nuclear forte. Nos experimentos do LHC (Large Hadron Collider), localizado no CERN, e mais especificamente no experimento CMS (Compact Muon Solenoid), a busca é realizada usando muitos referenciais teóricos, como a produção de ME em decaimentos de SUSY, modelos simplificados e produção de ME no decaimento de um novo Bóson de Higgs, apenas para mencionar alguns. Como esse tipo de matéria não possui carga elétrica nem forte, o detector não consegue registrar sua produção, mas é possível inferir sua existência por meio da análise de eventos com falta de energia transversal (MET). Modelos simplificados são um bom caminho para uma pesquisa geral pois consiste na produção de ME através de novos mediadores, que acoplam a ME com a matéria usual, necessitando de poucos parâmetros livres (massas da ME e mediadores, spin e acoplamentos). Este trabalho apresenta um estudo de simulação de Monte Carlo da produção no CMS de eventos com um fóton de estado final com grande momento transversal e grande energia transversal faltante. Esta é uma prova sensível da existência de ME, uma vez que esta assinatura tem a vantagem de ser identificável com alta eficiência.
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Após a descoberta do Bóson de Higgs, um dos principais focos dos experimentos do LHC tornou-se a busca por física além do Modelo Padrão. Como o nome sugere, isso inclui uma ampla variedade de cenários físicos como dimensões extras, supersimetria, matéria escura e muitos outros. Observações cosmológicas sugerem que matéria escura (ME) seria um tipo de matéria que não tem carga elétrica e não interage através da força nuclear forte. Nos experimentos do LHC (Large Hadron Collider), localizado no CERN, e mais especificamente no experimento CMS (Compact Muon Solenoid), a busca é realizada usando muitos referenciais teóricos, como a produção de ME em decaimentos de SUSY, modelos simplificados e produção de ME no decaimento de um novo Bóson de Higgs, apenas para mencionar alguns. Como esse tipo de matéria não possui carga elétrica nem forte, o detector não consegue registrar sua produção, mas é possível inferir sua existência por meio da análise de eventos com falta de energia transversal (MET). Modelos simplificados são um bom caminho para uma pesquisa geral pois consiste na produção de ME através de novos mediadores, que acoplam a ME com a matéria usual, necessitando de poucos parâmetros livres (massas da ME e mediadores, spin e acoplamentos). Este trabalho apresenta um estudo de simulação de Monte Carlo da produção no CMS de eventos com um fóton de estado final com grande momento transversal e grande energia transversal faltante. Esta é uma prova sensível da existência de ME, uma vez que esta assinatura tem a vantagem de ser identificável com alta eficiência.
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LUCIMÁRIO CUSTODIO DE SOUSA
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Black Holes: Perturbation Theory and Quasinormal Modes in Binary Systems
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Orientador : MAURICIO RICHARTZ
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Data: 14/09/2020
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Buracos negros são os objetos astrofísicos mais exóticos e fascinantes da natureza. Recentes avanços experimentais tornaram inquestionável a existência de tais objetos no nosso universo. Embora, do ponto de vista teórico, sejam caracterizados por apenas três parâmetros, massa, carga e momento angular, o que levou Subrahmanyan Chandrasekhar a caracterizá-los como "a mais simples e bela consequência da teoria da relatividade de Einstein", os processos físicos que acontecem em torno de tais objetos apresentam um elevado grau de complexidade. Em particular, o estudo do espalhamento de campos em torno de buracos negros constitui um importante problema em estudo atualmente. A geometria curva do espaço-tempo nas proximidades dos buracos negros tornam as equações de evolução dos campos difíceis de serem resolvidas. Em algumas situações idealizadas, no entanto, é possível obter resultados analíticos, cuja validade pode ser testada comparando-se com soluções numéricas. Neste trabalho discutimos o processo de espalhamento de campos escalares em torno de um binário de dois buracos negros, em uma situação idealizada onde é possível separar a equação de onda. O método utilizado para resolver as equações é análogo ao que já foi feito no caso do espalhamento em torno de um buraco negro com rotação, descrito pela métrica de Kerr. De posse dos resultados analíticos, podemos determinar os modos quasinormais, ou seja os modos de relaxamento de um buraco negro após ser perturbado por um campo externo.
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Buracos negros são os objetos astrofísicos mais exóticos e fascinantes da natureza. Recentes avanços experimentais tornaram inquestionável a existência de tais objetos no nosso universo. Embora, do ponto de vista teórico, sejam caracterizados por apenas três parâmetros, massa, carga e momento angular, o que levou Subrahmanyan Chandrasekhar a caracterizá-los como "a mais simples e bela consequência da teoria da relatividade de Einstein", os processos físicos que acontecem em torno de tais objetos apresentam um elevado grau de complexidade. Em particular, o estudo do espalhamento de campos em torno de buracos negros constitui um importante problema em estudo atualmente. A geometria curva do espaço-tempo nas proximidades dos buracos negros tornam as equações de evolução dos campos difíceis de serem resolvidas. Em algumas situações idealizadas, no entanto, é possível obter resultados analíticos, cuja validade pode ser testada comparando-se com soluções numéricas. Neste trabalho discutimos o processo de espalhamento de campos escalares em torno de um binário de dois buracos negros, em uma situação idealizada onde é possível separar a equação de onda. O método utilizado para resolver as equações é análogo ao que já foi feito no caso do espalhamento em torno de um buraco negro com rotação, descrito pela métrica de Kerr. De posse dos resultados analíticos, podemos determinar os modos quasinormais, ou seja os modos de relaxamento de um buraco negro após ser perturbado por um campo externo.
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MATHEUS EIJI OHNO BEZERRA
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Distinguishability theory for the interference of N photons with detection capable of temporal resolution
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Orientador : VALERY SHCHESNOVICH
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Data: 23/10/2020
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Nesse trabalho desenvolvemos a teoria de distinguibilidade de N fótons unicos para interferências com detecção de fótons capaz de reolução precisa de tempo de chegada (detectores mais rapidos do que a duração de fótons). Demonstramos aparecimento de distinguibilidade parcial de N fótons numa experiência de interferencia com tal detecção precisa devido devido estados mistos de fótons, i.e., incertezas em parametros de fótons. Analise detalhada é feita com o modelo de fótons Gaussianos com tempo de chegada distribuido de acrodo com Gaussiano também (que permite resultados exatos). Demostramos que a distribuição de probabilidades na saida de um interferometro espacial tem a mesma forma que é no caso da detecção sem registro do tempo de chegada, aonde uma função de grupo de permutações de N objetos serve como funcção de distinguibilidade de fótons. Recuperamos os resultados previos publicados em trabalhos sobre assunto, aonde fótons eram supostos em estados puros, mas vamos alem do resultados publicados, em particular achamos que distinguibilidade de fótons devido estados mistos deles não pode ser compensada pela detecção mesmo com precisão absoluta.
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Nesse trabalho desenvolvemos a teoria de distinguibilidade de N fótons unicos para interferências com detecção de fótons capaz de reolução precisa de tempo de chegada (detectores mais rapidos do que a duração de fótons). Demonstramos aparecimento de distinguibilidade parcial de N fótons numa experiência de interferencia com tal detecção precisa devido devido estados mistos de fótons, i.e., incertezas em parametros de fótons. Analise detalhada é feita com o modelo de fótons Gaussianos com tempo de chegada distribuido de acrodo com Gaussiano também (que permite resultados exatos). Demostramos que a distribuição de probabilidades na saida de um interferometro espacial tem a mesma forma que é no caso da detecção sem registro do tempo de chegada, aonde uma função de grupo de permutações de N objetos serve como funcção de distinguibilidade de fótons. Recuperamos os resultados previos publicados em trabalhos sobre assunto, aonde fótons eram supostos em estados puros, mas vamos alem do resultados publicados, em particular achamos que distinguibilidade de fótons devido estados mistos deles não pode ser compensada pela detecção mesmo com precisão absoluta.
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THIAGO AMÉRICO DA SILVA CARDOSO
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Radiação Hawking e Superradiância em Modelos Análogos de Gravitação
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Orientador : MAURICIO RICHARTZ
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Data: 11/11/2020
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Relatividade Geral e Mecânica Quântica são ambas teorias muito bem estabelecidas atualmente na Física e que trabalham em regimes opostos: enquanto a primeira descreve a interação entre corpos de escala astronômica, como planetas e estrelas, e até mesmo o próprio Universo como um todo, a segunda procura entender o comportamento, muitas vezes não-intuitivo, de objetos extremamente pequenos, como átomos e partículas elementares. A interseção entre essas duas áreas, que abarca sistemas em que o campo gravitacional é tão intenso que sua variação é significativa mesmo em escalas nanométricas, no entanto, está longe de ser bem compreendida. Com efeito, o principal problema nesse sentido se encontra na falta de dados experimentais para efeitos desse tipo, o que se explica devido à limitação apresentada pela tecnologia atual, que não é capaz de alcançar tamanhas escalas extremas de energia. É possível, contudo, simular alguns aspectos dessa física desconhecida usando sistemas muito mais simples e acessíveis experimentalmente: trata-se da área de gravitação análoga. No presente trabalho, discutimos alguns conceitos e ideias de como essa analogia se manifesta, focando em um sistema de matéria condensada bem conhecido, a saber, o condensado de Bose-Einstein.
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Relatividade Geral e Mecânica Quântica são ambas teorias muito bem estabelecidas atualmente na Física e que trabalham em regimes opostos: enquanto a primeira descreve a interação entre corpos de escala astronômica, como planetas e estrelas, e até mesmo o próprio Universo como um todo, a segunda procura entender o comportamento, muitas vezes não-intuitivo, de objetos extremamente pequenos, como átomos e partículas elementares. A interseção entre essas duas áreas, que abarca sistemas em que o campo gravitacional é tão intenso que sua variação é significativa mesmo em escalas nanométricas, no entanto, está longe de ser bem compreendida. Com efeito, o principal problema nesse sentido se encontra na falta de dados experimentais para efeitos desse tipo, o que se explica devido à limitação apresentada pela tecnologia atual, que não é capaz de alcançar tamanhas escalas extremas de energia. É possível, contudo, simular alguns aspectos dessa física desconhecida usando sistemas muito mais simples e acessíveis experimentalmente: trata-se da área de gravitação análoga. No presente trabalho, discutimos alguns conceitos e ideias de como essa analogia se manifesta, focando em um sistema de matéria condensada bem conhecido, a saber, o condensado de Bose-Einstein.
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LUCAS MAIA RIOS
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Comparação entre detectores dos tipos MWPC e ThickGEM através de simulações completas
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Orientador : MAURO ROGERIO COSENTINO
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Data: 18/11/2020
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No mundo dos detectores à gás a tecnologia Micro-Pattern Gaseous Detector (MPGD), como os detectores Gas Electron Multiplier (GEM), são atualmente a melhor opção para detecção e rastreamento de radiação ionizante e partículas carregadas em termos de resolução espacial e ganho de sinal. Esses detectores são úteis também para lidar com o problema do Ion Back Flow (IBF), que distorce o campo elétrico e diminui a eficiência dos detectores. Assim, podem ser usados em detectores sob o sistema de aquisição contínua de dados em experimentos de colisão. No entanto, MPGDs podem ser consideravelmente caros e exigem equipamento específico para que sua construção seja viável. Portanto, há esforços de usar o mesmo conceito dessa tecnologia mas a um custo menor e, consequentemente, menor resolução. Este trabalho busca simular um desses detectores, o ThickGEM, e compará-lo com o Multi-Wire Proportional Chamber (MWPC), que é a tecnologia anterior e ainda amplamente utilizada. Uma simulação completa é feita para ambos tipos de detectores (ThickGEM e MWPC), primeiro usando o toolkit GEANT4 para as interações iniciais da partícula incidente ou radiação com o material sensível do detector, gerando ionizações iniciais. Então, para os detectores em si, o Garfield++ é utilizado para o transporte microscópico dos elétrons originados das interações primárias, simualação da avalanche e indução do sinal.
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No mundo dos detectores à gás a tecnologia Micro-Pattern Gaseous Detector (MPGD), como os detectores Gas Electron Multiplier (GEM), são atualmente a melhor opção para detecção e rastreamento de radiação ionizante e partículas carregadas em termos de resolução espacial e ganho de sinal. Esses detectores são úteis também para lidar com o problema do Ion Back Flow (IBF), que distorce o campo elétrico e diminui a eficiência dos detectores. Assim, podem ser usados em detectores sob o sistema de aquisição contínua de dados em experimentos de colisão. No entanto, MPGDs podem ser consideravelmente caros e exigem equipamento específico para que sua construção seja viável. Portanto, há esforços de usar o mesmo conceito dessa tecnologia mas a um custo menor e, consequentemente, menor resolução. Este trabalho busca simular um desses detectores, o ThickGEM, e compará-lo com o Multi-Wire Proportional Chamber (MWPC), que é a tecnologia anterior e ainda amplamente utilizada. Uma simulação completa é feita para ambos tipos de detectores (ThickGEM e MWPC), primeiro usando o toolkit GEANT4 para as interações iniciais da partícula incidente ou radiação com o material sensível do detector, gerando ionizações iniciais. Então, para os detectores em si, o Garfield++ é utilizado para o transporte microscópico dos elétrons originados das interações primárias, simualação da avalanche e indução do sinal.
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Teses |
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HORUS IBRAHIM ORLANDI
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Influência da massa eletrônica sobre a instabilidade de Rayleigh-Taylor
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Orientador : FRANCISCO EUGENIO MENDONCA DA SILVEIRA
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Data: 03/03/2020
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Nesta tese apresentamos uma formulação analítica da instabilidade de Rayleigh-Taylor em plasmas magnetizados utilizando uma expressão modificada da lei de Ohm, que inclui um termo dependente da massa do elétron. Para isso, primeiramente, a instabilidade de Rayleigh-Taylor é abordada em um fluido clássico da hidrodinâmica e em um plasma ideal confinado magneticamente. A fim de descrever de forma satisfatória os processos dissipativos a taxas suficientemente altas e, portanto, a lei de Ohm generalizada será será abordada levando em consideração a inércia da massa eletrônica. Em seguinda, com essa abordagem, é desenvolvida uma formulação da instabilidade de Rayleigh-Taylor em uma placa de plasma resistiva-viscosa sob a ação de um campo magnético de cisalhamento e uma densidade de corrente. Na vizinhança da superfície racional, a densidade de força restauradora se aproxima da densidade de força gravitacional. Nessa região, quando os efeitos viscosos são desprezíveis, é mostrado que a camada viscosoresistiva é fornecida pela camada resistiva. Entretanto, quando os efeitos viscosos se tornam importantes, é verificado que a camada limite viscoso-resistiva dada pela média geométrica das camadas limite resistivas e viscosas. Com isso, uma relação de dispersão para a taxa de crescimento dos modos perturbativos é obtida em termos da camada viscosa-resistiva. Por fim, é apresentada e discutida a escala da taxa de crescimento temporal da instabilidade de Rayleigh-Taylor com a resistividade do plasma, com a viscosidade do fluido e com a densidade do número de elétrons.
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Nesta tese apresentamos uma formulação analítica da instabilidade de Rayleigh-Taylor em plasmas magnetizados utilizando uma expressão modificada da lei de Ohm, que inclui um termo dependente da massa do elétron. Para isso, primeiramente, a instabilidade de Rayleigh-Taylor é abordada em um fluido clássico da hidrodinâmica e em um plasma ideal confinado magneticamente. A fim de descrever de forma satisfatória os processos dissipativos a taxas suficientemente altas e, portanto, a lei de Ohm generalizada será será abordada levando em consideração a inércia da massa eletrônica. Em seguinda, com essa abordagem, é desenvolvida uma formulação da instabilidade de Rayleigh-Taylor em uma placa de plasma resistiva-viscosa sob a ação de um campo magnético de cisalhamento e uma densidade de corrente. Na vizinhança da superfície racional, a densidade de força restauradora se aproxima da densidade de força gravitacional. Nessa região, quando os efeitos viscosos são desprezíveis, é mostrado que a camada viscosoresistiva é fornecida pela camada resistiva. Entretanto, quando os efeitos viscosos se tornam importantes, é verificado que a camada limite viscoso-resistiva dada pela média geométrica das camadas limite resistivas e viscosas. Com isso, uma relação de dispersão para a taxa de crescimento dos modos perturbativos é obtida em termos da camada viscosa-resistiva. Por fim, é apresentada e discutida a escala da taxa de crescimento temporal da instabilidade de Rayleigh-Taylor com a resistividade do plasma, com a viscosidade do fluido e com a densidade do número de elétrons.
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BRUNO PIRES SIQUEIRA
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Efeitos inerciais sobre instabilidades com simetria axial em tokamaks cilíndricos
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Orientador : FRANCISCO EUGENIO MENDONCA DA SILVEIRA
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Data: 06/03/2020
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Neste trabalho, consideramos uma generalização da lei de Ohm, nos limites em que o campo elétrico no referencial do plasma ideal é proporcional à taxa de variação temporal da densidade de corrente; a proporção leva em conta os efeitos devido à massa finita do elétron. Mostramos que tais limites são satisfeitos para uma densidade de número ne sucientemente pequena. Mostramos também que νei, a frequência de colisões elétron-íon, é muito menor do que ωci, a frequência ciclotron dos íons. A combinação desta última condição com o critério de Lawson, para a fusão deutério-trítio no ITER, fornece um limite inferior para a média geométrica de τC, o tempo de confinamento, e do intervalo entre colisões, a saber, (τC/νei)1/2 >> 10−5 s. Nesse mesmo contexto, estimamos que ne ∼ 1019 m−3 e comparamos parâmetros típicos do plasma aqui tratado com plasmas em outros cenários. Quando ne varia pouco espacial e temporalmente, generalizamos o teorema de Alfvén, onde o fluxo de um campo magnético efetivo é conservado, o qual depende da profundidade pelicular finita do elétron. Esse resultado nos permite definir um fator de segurança efetivo, de onde obtemos superfícies racionais efetivas, deslocadas em relação às usuais. Considerando perturbações helicoidais de um tokamak cilíndrico em equilíbrio com simetria axial, somos conduzidos à relação de dispersão. Tal relação é aplicada ao modelo peaked, o qual assume que a componente poloidal do campo magnético de equilíbrio possui o perfil de uma derivada logarítmica. Nossa formulação analítica mostra que os efeitos inerciais levam a um pico de instabilidade três vezes maior, além de um aumento de duas ordens de grandeza no raio da coluna cilíndrica estável.
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Neste trabalho, consideramos uma generalização da lei de Ohm, nos limites em que o campo elétrico no referencial do plasma ideal é proporcional à taxa de variação temporal da densidade de corrente; a proporção leva em conta os efeitos devido à massa finita do elétron. Mostramos que tais limites são satisfeitos para uma densidade de número ne sucientemente pequena. Mostramos também que νei, a frequência de colisões elétron-íon, é muito menor do que ωci, a frequência ciclotron dos íons. A combinação desta última condição com o critério de Lawson, para a fusão deutério-trítio no ITER, fornece um limite inferior para a média geométrica de τC, o tempo de confinamento, e do intervalo entre colisões, a saber, (τC/νei)1/2 >> 10−5 s. Nesse mesmo contexto, estimamos que ne ∼ 1019 m−3 e comparamos parâmetros típicos do plasma aqui tratado com plasmas em outros cenários. Quando ne varia pouco espacial e temporalmente, generalizamos o teorema de Alfvén, onde o fluxo de um campo magnético efetivo é conservado, o qual depende da profundidade pelicular finita do elétron. Esse resultado nos permite definir um fator de segurança efetivo, de onde obtemos superfícies racionais efetivas, deslocadas em relação às usuais. Considerando perturbações helicoidais de um tokamak cilíndrico em equilíbrio com simetria axial, somos conduzidos à relação de dispersão. Tal relação é aplicada ao modelo peaked, o qual assume que a componente poloidal do campo magnético de equilíbrio possui o perfil de uma derivada logarítmica. Nossa formulação analítica mostra que os efeitos inerciais levam a um pico de instabilidade três vezes maior, além de um aumento de duas ordens de grandeza no raio da coluna cilíndrica estável.
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ENESSON DOS SANTOS DE OLIVEIRA
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Aspectos clássicos e quânticos das perturbações de buracos negros
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Orientador : VILSON TONIN ZANCHIN
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Data: 15/06/2020
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A presente tese tem por finalidade investigar alguns aspectos clássicos e quânticos das perturbações gravitacionais de buracos negros. Os objetivos principais dessa investigação são extrair o significado físico as perturbações e verificar como tais flutuações gravitacionais modificam a entropia de emaranhamento no contexto da correspondência AdS/CFT. Para essas tarefas, são utilizadas técnicas consagradas de interpretação e visualização da curvatura do espaço-tempo, bem como técnicas de obtenção da entropia de emaranhamento a partir de modelos holográficos aplicadas às perturbações de buracos negros. Entre os principais resultados obtidos, mostrou-se que as perturbações de branas negras (buracos negros plano-simétricos assintoticamente anti-de Sitter) com um vetor de onda zero ao longo das direções paralelas ao horizonte de eventos produzem ondas gravitacionais que se propagam na direção perpendicular à superfície da brana negra. Também foi realizado um estudo sobre a interpretação física das perturbações gravitacionais de buracos negros maximamente simétricos em d dimensões, onde se mostrou que, além de gerar ondas gravitacionais, estas perturbações são capazes de gerar oscilações mensuráveis na parte newtoniana do campo gravitacional. Outro resultado relevante proveniente dessa análise é o estabelecimento de relações entre os potenciais efetivos dos três setores de perturbação, o que pode indicar a existência de alguma simetria `escondida' envolvendo estas perturbações d-dimensionais. Por fim, foi utilizada a fórmula proposta por Ryu e Takayanagi para calcular as correções de primeira ordem na entropia de emaranhamento de um sistema quântico à temperatura finita, a partir das perturbações gravitacionais de branas negras. Com isso, mostrou-se que somente o setor polar das perturbações contribui para as flutuações na entropia de emaranhamento.
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A presente tese tem por finalidade investigar alguns aspectos clássicos e quânticos das perturbações gravitacionais de buracos negros. Os objetivos principais dessa investigação são extrair o significado físico as perturbações e verificar como tais flutuações gravitacionais modificam a entropia de emaranhamento no contexto da correspondência AdS/CFT. Para essas tarefas, são utilizadas técnicas consagradas de interpretação e visualização da curvatura do espaço-tempo, bem como técnicas de obtenção da entropia de emaranhamento a partir de modelos holográficos aplicadas às perturbações de buracos negros. Entre os principais resultados obtidos, mostrou-se que as perturbações de branas negras (buracos negros plano-simétricos assintoticamente anti-de Sitter) com um vetor de onda zero ao longo das direções paralelas ao horizonte de eventos produzem ondas gravitacionais que se propagam na direção perpendicular à superfície da brana negra. Também foi realizado um estudo sobre a interpretação física das perturbações gravitacionais de buracos negros maximamente simétricos em d dimensões, onde se mostrou que, além de gerar ondas gravitacionais, estas perturbações são capazes de gerar oscilações mensuráveis na parte newtoniana do campo gravitacional. Outro resultado relevante proveniente dessa análise é o estabelecimento de relações entre os potenciais efetivos dos três setores de perturbação, o que pode indicar a existência de alguma simetria `escondida' envolvendo estas perturbações d-dimensionais. Por fim, foi utilizada a fórmula proposta por Ryu e Takayanagi para calcular as correções de primeira ordem na entropia de emaranhamento de um sistema quântico à temperatura finita, a partir das perturbações gravitacionais de branas negras. Com isso, mostrou-se que somente o setor polar das perturbações contribui para as flutuações na entropia de emaranhamento.
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WILLIAM DE CARVALHO VIEIRA
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Problema de Hierarquia de Férmions e as Consequências da Quebra de Simetria em um Modelo Mínimo 3-3-1
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Orientador : ALEX GOMES DIAS
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Data: 16/06/2020
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Discutimos o problema de hierarquia dos férmions quanto aos acoplamentos de Yukawa como também suas massas, baseado em um grupo de simetria $SU(3)_{c}\otimes S(3)_{L}\otimes U(1)_{X}$. O modelo 3-3-1 é então desenvolvido de modo que o setor escalar seja o mínimo possível. A quebra de simetria é obtida através de dois tripletos escalares e o espectro escalar contém apenas dois bósons de Higgs neutros, o mais leve definido como o do Modelo Padrão. Por outro lado, é observado que para o modelo 3-3-1 com o conteúdo mínimo de campos, torna-se impossível que todos os férmions adquiram massa, com apenas operadores renormalizáveis, porque uma simetria global quiral é observada. Para quebrar esta simetria quiral, introduzimos operadores de dimensão-5. Além do mais, uma supressão natural é observada para a massa dos léptons é para a massa dos quarks tipo up do Modelo Padrão. Tal supressão é obtida através dos pequenos ângulos de mistura entre a terceira família família dos quarks com os demais. Porém, nos quarks tipo down essa hierarquia não se observa.
Construímos uma segunda versão deste modelo, impondo uma invariância de escala, no qual, apenas constantes de acoplamentos adimensionais são permitidos no modelo. Assim, propomos um modelo mínimo com mais um singleto escalar, e uma família de tripletos leptônicos e quarks como também anti-tripletos de quarks, como vetores, a fim de que gere massa para todas os férmios, com apenas operadores renormalizáveis. Entretanto, a quebra de simetria é gerada dinamicamente via correções radiativas a partir do mecanismo de Coleman-Weinberg. Neste modelo, acrescentamos uma simetria discreta $Z_8$, para restringir as interações entre os escalares e os acoplamentos de Yukawa. Observamos que aparece uma simetria global $U(1)_{N}$. Uma simetria residual aparece quando a simetria formada por $U(1)_{N}$ e $U(1)_{B}$ é quebrada, e implicações fenomenológicas é observada como a estabilização da partícula mais leve na escala TeV.
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Discutimos o problema de hierarquia dos férmions quanto aos acoplamentos de Yukawa como também suas massas, baseado em um grupo de simetria $SU(3)_{c}\otimes S(3)_{L}\otimes U(1)_{X}$. O modelo 3-3-1 é então desenvolvido de modo que o setor escalar seja o mínimo possível. A quebra de simetria é obtida através de dois tripletos escalares e o espectro escalar contém apenas dois bósons de Higgs neutros, o mais leve definido como o do Modelo Padrão. Por outro lado, é observado que para o modelo 3-3-1 com o conteúdo mínimo de campos, torna-se impossível que todos os férmions adquiram massa, com apenas operadores renormalizáveis, porque uma simetria global quiral é observada. Para quebrar esta simetria quiral, introduzimos operadores de dimensão-5. Além do mais, uma supressão natural é observada para a massa dos léptons é para a massa dos quarks tipo up do Modelo Padrão. Tal supressão é obtida através dos pequenos ângulos de mistura entre a terceira família família dos quarks com os demais. Porém, nos quarks tipo down essa hierarquia não se observa.
Construímos uma segunda versão deste modelo, impondo uma invariância de escala, no qual, apenas constantes de acoplamentos adimensionais são permitidos no modelo. Assim, propomos um modelo mínimo com mais um singleto escalar, e uma família de tripletos leptônicos e quarks como também anti-tripletos de quarks, como vetores, a fim de que gere massa para todas os férmios, com apenas operadores renormalizáveis. Entretanto, a quebra de simetria é gerada dinamicamente via correções radiativas a partir do mecanismo de Coleman-Weinberg. Neste modelo, acrescentamos uma simetria discreta $Z_8$, para restringir as interações entre os escalares e os acoplamentos de Yukawa. Observamos que aparece uma simetria global $U(1)_{N}$. Uma simetria residual aparece quando a simetria formada por $U(1)_{N}$ e $U(1)_{B}$ é quebrada, e implicações fenomenológicas é observada como a estabilização da partícula mais leve na escala TeV.
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ARMANDO ARQUÍMEDES PEZO LÓPEZ
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Transporte em materiais topológicos com desordem
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Data: 18/12/2020
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Neste trabalho, tentamos estudar o transporte eletrônico de materiais conhecidos como isolantes topológicos, onde o acoplamento spin-orbita faz possível a interação entre estados das bandas de valência e condução, de maneira que um novo estado anteriormente desconhecido surge com características peculiares, entre elas, a existência de estados de superfície com modos de contra-propagação tendo spins opostos. Como foi discutido, esse novo estado da matéria é protegido por algumas simetrias, como a SRT (Simetria de Reversão Temporal), por exemplo, onde é necessário que, em alguma posição da zona de Brillouin, os estados das bordas mencionados acima cruzem e formem um par de Kramer, essa degeneração protege a abertura de um gap, desde que a perturbação no sistema não rompa muito a simetria subjacente, em termos coloquiais, desde que a simetria permaneça em media não quebrada, mas, o que significa exatamente isso? Para obter resultados quantitativos, usamos juntas duas teorias bem estabelecidas. Primeiramente, para a descrição da estrutura eletrônica desses sistemas, usamos a Teoria Funcional da Densidade (DFT), que é uma ferramenta muito usada para estudar os detalhes e a natureza eletrônica nesses materiais. Por outro lado, quando falamos em desordem, o sistema perde parte da simetria translacional com a inclusão de defeitos estruturais ou outros átomos, ou quando a SRT pode ser quebrada pela inclusão de átomos magnéticos. Não podemos falar de uma rede onde o teorema de Bloch pode ser usado, nesse sentido usamos as funções de Green fora do equilíbrio (NEGF) pra estudar o transporte, dessa forma , as propriedades eletrônicas desses sistemas são estudados realizando cálculos após a obtenção dos dados dos resultados da DFT, permitindo encontrar quantidades, por exemplo, como os comprimentos de coerência de spin, em termos da função de transmissão, que talvez caracterize algum comportamento do filtro de spin em nossas amostras, ou melhor ainda, pode estar relacionado com a busca do efeito Hall anômalo quântico (QAHE).
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Neste trabalho, tentamos estudar o transporte eletrônico de materiais conhecidos como isolantes topológicos, onde o acoplamento spin-orbita faz possível a interação entre estados das bandas de valência e condução, de maneira que um novo estado anteriormente desconhecido surge com características peculiares, entre elas, a existência de estados de superfície com modos de contra-propagação tendo spins opostos. Como foi discutido, esse novo estado da matéria é protegido por algumas simetrias, como a SRT (Simetria de Reversão Temporal), por exemplo, onde é necessário que, em alguma posição da zona de Brillouin, os estados das bordas mencionados acima cruzem e formem um par de Kramer, essa degeneração protege a abertura de um gap, desde que a perturbação no sistema não rompa muito a simetria subjacente, em termos coloquiais, desde que a simetria permaneça em media não quebrada, mas, o que significa exatamente isso? Para obter resultados quantitativos, usamos juntas duas teorias bem estabelecidas. Primeiramente, para a descrição da estrutura eletrônica desses sistemas, usamos a Teoria Funcional da Densidade (DFT), que é uma ferramenta muito usada para estudar os detalhes e a natureza eletrônica nesses materiais. Por outro lado, quando falamos em desordem, o sistema perde parte da simetria translacional com a inclusão de defeitos estruturais ou outros átomos, ou quando a SRT pode ser quebrada pela inclusão de átomos magnéticos. Não podemos falar de uma rede onde o teorema de Bloch pode ser usado, nesse sentido usamos as funções de Green fora do equilíbrio (NEGF) pra estudar o transporte, dessa forma , as propriedades eletrônicas desses sistemas são estudados realizando cálculos após a obtenção dos dados dos resultados da DFT, permitindo encontrar quantidades, por exemplo, como os comprimentos de coerência de spin, em termos da função de transmissão, que talvez caracterize algum comportamento do filtro de spin em nossas amostras, ou melhor ainda, pode estar relacionado com a busca do efeito Hall anômalo quântico (QAHE).
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