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Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
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  • JULIANA TONINI
  • Acúmulo de proteína recombinante infliximabe em Chlamydomonas reinhardtii

  • Orientador : LIVIA SENO FERREIRA CAMARGO
  • Data: 1/Mar/2024

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  • Os anticorpos monoclonais são específicos e possuem menor efeito adverso quando comparados com os fármacos convencionais, o que os tornam ferramentas eficazes no desenvolvimento de terapias e diagnósticos. O Infliximabe é um anticorpo monoclonal quimérico que se liga especificamente e bloqueia o TNF-α (Fator de Necrose Tumoral alfa) e é utilizado para o tratamento de doenças autoimunes e inflamações crônicas, como artrite psoriásica e doença de Crohn . É um medicamento biológico que pode ser produzido por organismos como as células de mamíferos que são plataformas tradicionalmente utilizadas, diferente das bactérias que são plataformas bem sucedidas para fragmentos de anticorpos.   Além destas plataformas, as microalgas são atraentes como sistemas alternativos para a expressão de proteínas recombinantes complexas, como os anticorpos monoclonais. Entre as microalgas, Chlamydomonas reinhardtii é a mais estudada atualmente como plataforma de produção de proteínas recombinantes. Este trabalho tem como objetivo transformar geneticamente o núcleo e o cloroplasto de Chlamydomonas reinhardtii para a expressão do Infliximabe. Primeiramente, foram construídos dois vetores de expressão nucleares com marcadores diferentes fusionados ao gene de interesse. O vetor de expressão nuclear com mCherry, proteína fluorescente mCherry como um sistema repórter em vetor contendo peptídeo sinal para a secreção de proteínas, foi utilizado na transformação nuclear com as técnicas de eletroporação e pérolas de vidro. Para seleção das cepas recombinantes, foi realizada a análise de fluorescência da proteína no sobrenadante e em toda a cultura celular utilizando um leitor de microplacas. Os resultados de fluorescência foram superiores em comparação a estudos anteriores, entretanto, não foi possível detectar a proteína recombinante utilizando a técnica de Western Blotting. Também foi construído um segundo vetor de expressão nuclear contendo o marcador FLAG fusionado N-terminal do gene de interesse utilizando técnicas de biologia molecular. A transformação da microalga foi realizada com a técnica de pérolas de vidro que resultou em uma cepa transformada com o gene de Infliximabe. As transformações do cloroplasto foram realizadas com pérolas de vidro e foram bem sucedidas. A confirmação de gene positivo para Infliximabe e a detecção da proteína recombinante foram realizadas, respectivamente, por PCR e Western Blotting. Posteriormente, foi realizada a purificação por Cromatografia de Afinidade em pequena escala que eliminou os agregados, resultando no peso molecular correto de 150 KDa. Este estudo destaca o potencial de C. reinhardtii como uma plataforma de expressão sustentável e de baixo custo para expressão do biofármaco Infliximabe.  


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  • Os anticorpos monoclonais são específicos e possuem menor efeito adverso quando comparados com os fármacos convencionais, o que os tornam ferramentas eficazes no desenvolvimento de terapias e diagnósticos. O Infliximabe é um anticorpo monoclonal quimérico que se liga especificamente e bloqueia o TNF-α (Fator de Necrose Tumoral alfa) e é utilizado para o tratamento de doenças autoimunes e inflamações crônicas, como artrite psoriásica e doença de Crohn . É um medicamento biológico que pode ser produzido por organismos como as células de mamíferos que são plataformas tradicionalmente utilizadas, diferente das bactérias que são plataformas bem sucedidas para fragmentos de anticorpos.   Além destas plataformas, as microalgas são atraentes como sistemas alternativos para a expressão de proteínas recombinantes complexas, como os anticorpos monoclonais. Entre as microalgas, Chlamydomonas reinhardtii é a mais estudada atualmente como plataforma de produção de proteínas recombinantes. Este trabalho tem como objetivo transformar geneticamente o núcleo e o cloroplasto de Chlamydomonas reinhardtii para a expressão do Infliximabe. Primeiramente, foram construídos dois vetores de expressão nucleares com marcadores diferentes fusionados ao gene de interesse. O vetor de expressão nuclear com mCherry, proteína fluorescente mCherry como um sistema repórter em vetor contendo peptídeo sinal para a secreção de proteínas, foi utilizado na transformação nuclear com as técnicas de eletroporação e pérolas de vidro. Para seleção das cepas recombinantes, foi realizada a análise de fluorescência da proteína no sobrenadante e em toda a cultura celular utilizando um leitor de microplacas. Os resultados de fluorescência foram superiores em comparação a estudos anteriores, entretanto, não foi possível detectar a proteína recombinante utilizando a técnica de Western Blotting. Também foi construído um segundo vetor de expressão nuclear contendo o marcador FLAG fusionado N-terminal do gene de interesse utilizando técnicas de biologia molecular. A transformação da microalga foi realizada com a técnica de pérolas de vidro que resultou em uma cepa transformada com o gene de Infliximabe. As transformações do cloroplasto foram realizadas com pérolas de vidro e foram bem sucedidas. A confirmação de gene positivo para Infliximabe e a detecção da proteína recombinante foram realizadas, respectivamente, por PCR e Western Blotting. Posteriormente, foi realizada a purificação por Cromatografia de Afinidade em pequena escala que eliminou os agregados, resultando no peso molecular correto de 150 KDa. Este estudo destaca o potencial de C. reinhardtii como uma plataforma de expressão sustentável e de baixo custo para expressão do biofármaco Infliximabe.  

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  • THAIS SAYURI IGUMA
  • DESENVOLVIMENTO DE MANTAS FIBROSAS DE GELATINA POR AIRBRUSHING VISANDO POTENCIAL APLICAÇÃO BIOTECNOLÓGICA

  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 5/Jun/2024

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  • De forma a amenizar a dependência de transplantes em casos de doenças ou traumas causados por acidentes, surgem as biotecnologias voltadas à medicina regenerativa, como a engenharia de tecidos, que visam o reparo e a manutenção tissular do próprio paciente, ao invés da substituição oriunda de um doador. Seu principal objetivo é a construção de dispositivos que mimetizem a matriz extracelular do tecido lesionado, possibilitando-se sua regeneração. Com isso, neste trabalho, buscou-se o desenvolvimento de mantas fibrosas de gelatina (proteína derivada do colágeno) por meio da técnica airbrushing. Variados parâmetros foram testados: a utilização dos solventes ácido acético e 2,2,2-trifluoroetanol; diferentes concentrações e tipos (A e B) de gelatina; modificações nos parâmetros da técnica airbrushing e mecanismos de reticulação em glutaraldeído. Para que fosse possível verificar os melhores resultados, ensaios de caracterização foram realizados, como microscopia eletrônica de varredura, FTIR, determinação de viscosidade, teste de degradação e citotoxicidade. A partir dessa sequência de análises, verificou-se que o 2,2,2-trifluoroetanol é o solvente mais apto, pois permitiu a formação de fibras. Em geral, deve-se haver um balanço na concentração pois, apesar de maiores concentrações garantirem fibras mais regulares (sem beads) dificultam a extrusão do polímero, ocasionando recorrentes obstruções no bico. A gelatina tipo A foi capaz de produzir maior quantidade de mantas em menor tempo (comparado à tipo B), possivelmente decorrente de seu ponto isoelétrico mais alto, e maior compatibilidade com um solvente de caráter mais ácido. Em relação à reticulação e ao teste de degradação, constatou-se que a exposição ao vapor de glutaraldeído em um sistema fechado por 36 horas foi o suficiente para que as mantas resistissem a cinco dias de degradação em água, e conservassem a estrutura fibrosa das amostras, o que não ocorreu com a reticulação por imersão por 24 horas. Por fim, mediante testes de citoquímica, as amostras não apresentaram citotoxicidade significativa, atestando sua potencial aplicação em tecidos biológicos.  O airbrushing demonstrou ser uma técnica atraente para a produção de mantas de gelatina voltadas à engenharia de tecidos, principalmente quanto à sua praticidade e custo, necessitando-se de maiores estudos para se tornar competitiva quanto às outras técnicas de produção de arcabouços.


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  • De forma a amenizar a dependência de transplantes em casos de doenças ou traumas causados por acidentes, surgem as biotecnologias voltadas à medicina regenerativa, como a engenharia de tecidos, que visam o reparo e a manutenção tissular do próprio paciente, ao invés da substituição oriunda de um doador. Seu principal objetivo é a construção de dispositivos que mimetizem a matriz extracelular do tecido lesionado, possibilitando-se sua regeneração. Com isso, neste trabalho, buscou-se o desenvolvimento de mantas fibrosas de gelatina (proteína derivada do colágeno) por meio da técnica airbrushing. Variados parâmetros foram testados: a utilização dos solventes ácido acético e 2,2,2-trifluoroetanol; diferentes concentrações e tipos (A e B) de gelatina; modificações nos parâmetros da técnica airbrushing e mecanismos de reticulação em glutaraldeído. Para que fosse possível verificar os melhores resultados, ensaios de caracterização foram realizados, como microscopia eletrônica de varredura, FTIR, determinação de viscosidade, teste de degradação e citotoxicidade. A partir dessa sequência de análises, verificou-se que o 2,2,2-trifluoroetanol é o solvente mais apto, pois permitiu a formação de fibras. Em geral, deve-se haver um balanço na concentração pois, apesar de maiores concentrações garantirem fibras mais regulares (sem beads) dificultam a extrusão do polímero, ocasionando recorrentes obstruções no bico. A gelatina tipo A foi capaz de produzir maior quantidade de mantas em menor tempo (comparado à tipo B), possivelmente decorrente de seu ponto isoelétrico mais alto, e maior compatibilidade com um solvente de caráter mais ácido. Em relação à reticulação e ao teste de degradação, constatou-se que a exposição ao vapor de glutaraldeído em um sistema fechado por 36 horas foi o suficiente para que as mantas resistissem a cinco dias de degradação em água, e conservassem a estrutura fibrosa das amostras, o que não ocorreu com a reticulação por imersão por 24 horas. Por fim, mediante testes de citoquímica, as amostras não apresentaram citotoxicidade significativa, atestando sua potencial aplicação em tecidos biológicos.  O airbrushing demonstrou ser uma técnica atraente para a produção de mantas de gelatina voltadas à engenharia de tecidos, principalmente quanto à sua praticidade e custo, necessitando-se de maiores estudos para se tornar competitiva quanto às outras técnicas de produção de arcabouços.

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  • DANIELA CRISTINA SERDAN
  • Desenvolvimento de um dispositivo microfluídico para o preparo de amostras para criomicroscopia eletrônica resolvida no tempo 

     
     
     
  • Data: 21/Jun/2024

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  • A criomicroscopia eletrônica de partículas isoladas (Cryo-EM) visa produzir estruturas de complexos biológicos em resolução atômica utilizando imagens adquiridas no microscópio eletrônico de transmissão. Recentemente, esta metodologia vem permitindo o estudo de reações envolvendo macromoléculas biológicas, na escala de milissegundos. A técnica de criomicroscopia eletrônica resolvida no tempo, como é chamada, é capaz de revelar a estrutura de estados intermediários em reações envolvendo complexos macromoleculares. Este trabalhoconsistiu na montagem de dispositivo microfluídico, no qual duas soluções são injetadas através de canais diferentes, passando por um canal mistura de tamanho definido, o que permite que a reação ocorra por um curto período. Após a reação, a mistura é pulverizada na grade de nanofios “auto secante” usando nitrogênio. A grade contendo a mistura é imediatamente congelada em etano líquido e depois armazenada em nitrogênio líquido. Foram projetadosdispositivos microfluídicosinspirados em sistemas já disponíveis na literatura e outros,introduzindo modificações na geometria do canal de mistura. Os dispositivos de mistura consistem em uma camada de PDMS (polidimetilsiloxano), fixada a uma lâmina de vidro de suporte. Inicialmente foram avaliados parâmetros básicos como tempo de mistura, pressão do gás e condições do gelo.Os resultados mostraram que a mistura ocorre corretamente e há formação de gelo amorfo na grade. Dispositivos de mistura com geometria helicoidal foram implementados visando melhorar a turbulência e sua capacidade de mistura.A distribuição das gotículas na grade e a qualidade do gelo foram validadas através da coleta e processamento dos dados de apoferritina. 

     
     
     
     

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  • A criomicroscopia eletrônica de partículas isoladas (Cryo-EM) visa produzir estruturas de complexos biológicos em resolução atômica utilizando imagens adquiridas no microscópio eletrônico de transmissão. Recentemente, esta metodologia vem permitindo o estudo de reações envolvendo macromoléculas biológicas, na escala de milissegundos. A técnica de criomicroscopia eletrônica resolvida no tempo, como é chamada, é capaz de revelar a estrutura de estados intermediários em reações envolvendo complexos macromoleculares. Este trabalhoconsistiu na montagem de dispositivo microfluídico, no qual duas soluções são injetadas através de canais diferentes, passando por um canal mistura de tamanho definido, o que permite que a reação ocorra por um curto período. Após a reação, a mistura é pulverizada na grade de nanofios “auto secante” usando nitrogênio. A grade contendo a mistura é imediatamente congelada em etano líquido e depois armazenada em nitrogênio líquido. Foram projetadosdispositivos microfluídicosinspirados em sistemas já disponíveis na literatura e outros,introduzindo modificações na geometria do canal de mistura. Os dispositivos de mistura consistem em uma camada de PDMS (polidimetilsiloxano), fixada a uma lâmina de vidro de suporte. Inicialmente foram avaliados parâmetros básicos como tempo de mistura, pressão do gás e condições do gelo.Os resultados mostraram que a mistura ocorre corretamente e há formação de gelo amorfo na grade. Dispositivos de mistura com geometria helicoidal foram implementados visando melhorar a turbulência e sua capacidade de mistura.A distribuição das gotículas na grade e a qualidade do gelo foram validadas através da coleta e processamento dos dados de apoferritina. 

     
     
     
     
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  • WESLEY JUNIOR DO NASCIMENTO
  • EXPOSIÇÃO AGUDA À LAMBDA CIALOTRINA EM ZEBRAFISH (Danio rerio): TOXICIDADE E IMPACTOS REPRODUTIVO, COMPORTAMENTAL E AVALIAÇÕES DE POTENCIAL CITOTÓXICO E ANTIMICROBIANO.

  • Orientador : ELIZABETH TEODOROV
  • Data: 27/Jun/2024

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  • O uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil tem sido uma preocupação crescente, especialmente devido à falta de divulgação eficiente dos malefícios dessas substâncias na saúde humana, animal e ambiental. A lambda cialotrina (LCH), um piretróide de classe II, frequentemente empregada no controle de pragas agrícolas e domésticas, pode resultar em importantes efeitos tóxicos quando utilizada de modo inadequado. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da exposição aguda à LCH em zebrafish no desenvolvimento, comportamento e reprodução, além de potencial citotoxicidade e efeito antimicrobiano. Foram realizados testes com duas formulações: uma recomendada pelo fabricante e outra de uso popular. Os resultados obtidos revelaram que em fêmeas adultas ocorreu aumento da atividade geral, sugerindo possíveis efeitos neurocomportamentais associados à substância. Além disso, observou-se uma redução significativa na performance reprodutiva, bem como alterações na sensibilidade sensorial das larvas de fêmeas expostas à LCH. Adicionalmente, a LCH demonstrou ser citotóxica em células murinas nas concentrações maiores conforme uso popular, resultados semelhantes aos obtidos quanto à atividade antimicrobiana. Esses resultados em conjunto ressaltam a importância de regulamentações mais rígidas e uma melhor divulgação dos riscos associados ao uso inadequado de agrotóxicos, visando proteger a saúde única e promover práticas agrícolas mais sustentáveis. 


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  • O uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil tem sido uma preocupação crescente, especialmente devido à falta de divulgação eficiente dos malefícios dessas substâncias na saúde humana, animal e ambiental. A lambda cialotrina (LCH), um piretróide de classe II, frequentemente empregada no controle de pragas agrícolas e domésticas, pode resultar em importantes efeitos tóxicos quando utilizada de modo inadequado. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da exposição aguda à LCH em zebrafish no desenvolvimento, comportamento e reprodução, além de potencial citotoxicidade e efeito antimicrobiano. Foram realizados testes com duas formulações: uma recomendada pelo fabricante e outra de uso popular. Os resultados obtidos revelaram que em fêmeas adultas ocorreu aumento da atividade geral, sugerindo possíveis efeitos neurocomportamentais associados à substância. Além disso, observou-se uma redução significativa na performance reprodutiva, bem como alterações na sensibilidade sensorial das larvas de fêmeas expostas à LCH. Adicionalmente, a LCH demonstrou ser citotóxica em células murinas nas concentrações maiores conforme uso popular, resultados semelhantes aos obtidos quanto à atividade antimicrobiana. Esses resultados em conjunto ressaltam a importância de regulamentações mais rígidas e uma melhor divulgação dos riscos associados ao uso inadequado de agrotóxicos, visando proteger a saúde única e promover práticas agrícolas mais sustentáveis. 

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  • NICOLAS MARTINS SOARES
  • SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDO DE COBRE E AVALIAÇÃO CITOTÓXICA

  • Orientador : AMEDEA BAROZZI SEABRA
  • Data: 16/Jul/2024

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  • As nanopartículas de óxido de cobre (CuO NP) têm demonstrado propriedades citotóxicas que podem ser exploradas em aplicações biomédicas. A síntese de nanopartículas por rota verde é um método recente que tem como principais atrativos a facilidade e simplicidade de produção, o baixo custo e a possibilidade de conferir ao nanomaterial características que melhorem seu efeito em aplicações biológicas. Neste trabalho, para a síntese das nanopartículas de óxido de cobre, foram selecionadas algumas plantas medicinais como Cymbopogon citratus (DC.) (CuO NP - CL), Camellia sinensis L. (CuO NP - CV), Syzygium aromaticum L. (CuO NP - CR), Pimpinella anisum L. (CuO NP - ED) e Mentha spicata L. (CuO NP - HT). As plantas foram escolhidas devido aos relatos documentados sobre seus efeitos terapêuticos e por possuírem uma composição rica em grupos fenólicos. As CuO NPs produzidas a partir dos extratos das plantas selecionadas apresentaram baixo tamanho, baixa heterogeneidade e três variedades morfológicas (cúbica, esférica e amorfa), além de revestimento de moléculas orgânicas que modulam suas interações. Para os testes citotóxicos, as CuO NPs foram usadas contra células humanas FN1 (fibroblastos) e VMM39 (melanoma). Neste teste, a variação do IC50 para FN1 variou entre 20,54 µg/mL e 67,96 µg/mL, dependendo do tipo de CuO NP aplicada, enquanto para VMM39 a variação foi de 12,21 µg/mL a 120,0 µg/mL. Em resumo, as CuO NPs sintetizadas como materiais híbridos inorgânico-orgânicos apresentaram atividade citotóxica contra células cancerígenas humanas


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  • As nanopartículas de óxido de cobre (CuO NP) têm demonstrado propriedades citotóxicas que podem ser exploradas em aplicações biomédicas. A síntese de nanopartículas por rota verde é um método recente que tem como principais atrativos a facilidade e simplicidade de produção, o baixo custo e a possibilidade de conferir ao nanomaterial características que melhorem seu efeito em aplicações biológicas. Neste trabalho, para a síntese das nanopartículas de óxido de cobre, foram selecionadas algumas plantas medicinais como Cymbopogon citratus (DC.) (CuO NP - CL), Camellia sinensis L. (CuO NP - CV), Syzygium aromaticum L. (CuO NP - CR), Pimpinella anisum L. (CuO NP - ED) e Mentha spicata L. (CuO NP - HT). As plantas foram escolhidas devido aos relatos documentados sobre seus efeitos terapêuticos e por possuírem uma composição rica em grupos fenólicos. As CuO NPs produzidas a partir dos extratos das plantas selecionadas apresentaram baixo tamanho, baixa heterogeneidade e três variedades morfológicas (cúbica, esférica e amorfa), além de revestimento de moléculas orgânicas que modulam suas interações. Para os testes citotóxicos, as CuO NPs foram usadas contra células humanas FN1 (fibroblastos) e VMM39 (melanoma). Neste teste, a variação do IC50 para FN1 variou entre 20,54 µg/mL e 67,96 µg/mL, dependendo do tipo de CuO NP aplicada, enquanto para VMM39 a variação foi de 12,21 µg/mL a 120,0 µg/mL. Em resumo, as CuO NPs sintetizadas como materiais híbridos inorgânico-orgânicos apresentaram atividade citotóxica contra células cancerígenas humanas

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  • MIGUEL ANGEL GRANDEZ MAVILA
  • Alterações no metabolismo das microalgas liquênicas Trebouxia sp. e Coccomyxa simplex submetidas à ciclos de dessecação e reidratação

     
     
     
     
     
  • Orientador : DANILO DA CRUZ CENTENO
  • Data: 25/Jul/2024

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  • As mudanças climáticas trazem consigo diversos fenômenos naturais, como a seca, que causa grandes prejuízos à agricultura. No entanto, existem organismos que desenvolveram mecanismos de tolerância ao déficit hídrico e à dessecação. Entre eles estão os líquenes e alguns de seus fotobiontes. O presente trabalho teve como objetivo determinar o impacto da dessecação na dinâmica de perda e absorção de água em consecutivos ciclos de dessecação e reidratação e associar ao metabolismo respiratório de microalgas tolerantes à dessecação. Os resultados trazem informações relevantes para o entendimento das estratégias utilizadas por organismos tolerantes à condições extremas, e podem trazer novos insights para a exploração dessas estratégias em plantas comercialmente relevantes.

     
     
     
     
     

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  • As mudanças climáticas trazem consigo diversos fenômenos naturais, como a seca, que causa grandes prejuízos à agricultura. No entanto, existem organismos que desenvolveram mecanismos de tolerância ao déficit hídrico e à dessecação. Entre eles estão os líquenes e alguns de seus fotobiontes. O presente trabalho teve como objetivo determinar o impacto da dessecação na dinâmica de perda e absorção de água em consecutivos ciclos de dessecação e reidratação e associar ao metabolismo respiratório de microalgas tolerantes à dessecação. Os resultados trazem informações relevantes para o entendimento das estratégias utilizadas por organismos tolerantes à condições extremas, e podem trazer novos insights para a exploração dessas estratégias em plantas comercialmente relevantes.

     
     
     
     
     
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  • VITOR GABRIEL BUCIERI THEODORO
  • Identificação e caracterização in silico das famílias gênicas ascorbato e glutationa peroxidase com papel na tolerância à seca em Setaria italica e Setaria viridis.

  • Orientador : NATHALIA DE SETTA COSTA
  • Data: 12/Ago/2024

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  • O estresse hídrico é um dos tipos de estresse abiótico que mais influencia a sobrevivência e o rendimento das culturas, impactando diretamente nos parâmetros de rendimento, como por exemplo, biomassa e número de sementes. As respostas ao estresse abiótico dependem de uma série de moléculas sinalizadoras específicas, entre elas, as espécies reativas de oxigênio (ROS). Um dos mecanismos moleculares mais importantes desencadeados pelas ROS é o sistema antioxidante enzimático, realizado por diversas enzimas, como as Ascorbato Peroxidase (APX). As APXs são expressas diferencialmente em diferentes tipos de estresse abiótico, incluindo estresse hídrico. Poaceae é uma família de plantas com várias espécies tolerantes à seca comercialmente importantes, incluindo milho e cana-de-açúcar. O objetivo deste estudo foi caracterizar a família de genes APX para melhor compreender sua diversidade e evolução em duas espécies irmãs modelo de Poaceae: Setaria viridis e Setaria italica. Para tanto, identificamos e caracterizamos suas sequências, estrutura gênica e distribuição genômica nos genomas sequenciados de S. viridis e S. italica disponíveis no banco de dados Phytozome. Além disso, analisamos suas relações filogenéticas usando uma árvore de máxima verossimilhança e sua localização subcelular in silico. Dezenove genes foram identificados usando buscas BLASTp (e-valor e ≤ -20) e sequências de Arabidopsis thaliana e Sorghum bicolor como sondas eletrônicas. A análise filogenética permitiu identificar uma origem comum entre genes de ambas as espécies, com duplicação de um gene em S. italica (siAPX03), explicando o maior número de genes nesta espécie. A localização subcelular estava de acordo com a árvore filogenética e mostra uma especialização de cada grupo filogenético para um direcionamento subcelular diferente, sendo que a maior parte das proteínas é direcionada para o núcleo, seguida para as mitocôndrias e o cloroplasto. Além disso, a semelhança entre os genes de S. italica e S. viridis na análise de motifs, estrutura genética e mapa de ortologia também é confirmada com a relação evolutiva demonstrada pela análise filogenética. Foi realizada também uma análise de expressão in silico com a família de genes APX de ambas as espécies, e identificamos que a maioria dos loci é modulada sob estresse abiótico, e que eles são modulados em redes de coexpressão distintas, indicando suas funções únicas e expressão independente. Nossos resultados sobre a estrutura e diversidade de APX forneceram informações para ampliar o conhecimento sobre essas proteínas responsivas ao estresse abiótico, bem como fornecer insights sobre os processos fisiológicos pelos quais essas plantas passaram ao longo da evolução.


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  • O estresse hídrico é um dos tipos de estresse abiótico que mais influencia a sobrevivência e o rendimento das culturas, impactando diretamente nos parâmetros de rendimento, como por exemplo, biomassa e número de sementes. As respostas ao estresse abiótico dependem de uma série de moléculas sinalizadoras específicas, entre elas, as espécies reativas de oxigênio (ROS). Um dos mecanismos moleculares mais importantes desencadeados pelas ROS é o sistema antioxidante enzimático, realizado por diversas enzimas, como as Ascorbato Peroxidase (APX). As APXs são expressas diferencialmente em diferentes tipos de estresse abiótico, incluindo estresse hídrico. Poaceae é uma família de plantas com várias espécies tolerantes à seca comercialmente importantes, incluindo milho e cana-de-açúcar. O objetivo deste estudo foi caracterizar a família de genes APX para melhor compreender sua diversidade e evolução em duas espécies irmãs modelo de Poaceae: Setaria viridis e Setaria italica. Para tanto, identificamos e caracterizamos suas sequências, estrutura gênica e distribuição genômica nos genomas sequenciados de S. viridis e S. italica disponíveis no banco de dados Phytozome. Além disso, analisamos suas relações filogenéticas usando uma árvore de máxima verossimilhança e sua localização subcelular in silico. Dezenove genes foram identificados usando buscas BLASTp (e-valor e ≤ -20) e sequências de Arabidopsis thaliana e Sorghum bicolor como sondas eletrônicas. A análise filogenética permitiu identificar uma origem comum entre genes de ambas as espécies, com duplicação de um gene em S. italica (siAPX03), explicando o maior número de genes nesta espécie. A localização subcelular estava de acordo com a árvore filogenética e mostra uma especialização de cada grupo filogenético para um direcionamento subcelular diferente, sendo que a maior parte das proteínas é direcionada para o núcleo, seguida para as mitocôndrias e o cloroplasto. Além disso, a semelhança entre os genes de S. italica e S. viridis na análise de motifs, estrutura genética e mapa de ortologia também é confirmada com a relação evolutiva demonstrada pela análise filogenética. Foi realizada também uma análise de expressão in silico com a família de genes APX de ambas as espécies, e identificamos que a maioria dos loci é modulada sob estresse abiótico, e que eles são modulados em redes de coexpressão distintas, indicando suas funções únicas e expressão independente. Nossos resultados sobre a estrutura e diversidade de APX forneceram informações para ampliar o conhecimento sobre essas proteínas responsivas ao estresse abiótico, bem como fornecer insights sobre os processos fisiológicos pelos quais essas plantas passaram ao longo da evolução.

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  • JAIME LUIS VASQUEZ ZAMORA
  • Nanocompósito de nanopartículas de Au funcionalizadas com L-cisteína sobre óxidos de
    Grafeno para aplicações em biossensores

  • Orientador : ANA MELVA CHAMPI FARFAN
  • Data: 20/Ago/2024

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  • Materiais de carbono são potenciais materiais de eletrodo para biossensores  eletroquímicos devido à sua inércia química e baixo custo. Os óxidos de grafeno GO (acrônimo do termo em inglês Graphene Oxide) podem ser obtidos pela oxidação do cristal de grafite através de métodos químicos e de  baixo custo. A presença desses grupos funcionais torna as folhas GO fortemente  hidrofílicas, permitindo a integração de vários tipos de nanopartículas inorgânicas para  melhorar o desempenho dos sensores baseados em GO. Biossensores são importantes  ferramentas para diagnosticar doenças e detectar agentes biológicos no ambiente. Em  particular, os biossensores eletroquímicos são muito atraentes e promissores devido à sua  alta sensibilidade, alta relação sinal-ruído, relativa simplicidade e rápido tempo de  resposta. Um biossensor eletroquímico é um dispositivo analítico que interpreta eventos  bioquímicos como uma reação enzima-substrato, antígeno-anticorpo entre outros, em  sinais elétricos. Neste trabalho, amostras de GO foram sintetizadas usando o Método Hummer modificado. O GO foi liofilizado e caracterizado pelas técnicas DLS, potencial Zeta, XRD, Raman, FTIR, XPS e SEM que foram comparados com as caracterizações da matriz de grafite natural. O GO sintetizado foi utilizado para criar um nanocompósito para o qual foram utilizados outros precursores como: ácido tetracloroáurico, e um aminoácido L-cisteina, que tem sido reportado como um excelente redutor verde tanto para criar Nanopartículas de ouro, como para reduzir o GO, esse nanocompósito foi sintetizado e caracterizado pelas de técnica de UVVIS, espectrofluorimetria, Potencial Zeta DLS, Raman, DRX, FTIR, MEV e TEM. Logo de ser avaliado foi utilizado na plataforma de um biossensor como parte do eletrodo de trabalho, para posteriormente estudar o potencial de detecção em biossensores eletroquímicos para bactéria E. coli. Medições eletroquímicas, como voltametria cíclica e cronoamperometria mostram o potencial desse nanocompósito na fabricação de biossensores.


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  • Materiais de carbono são potenciais materiais de eletrodo para biossensores  eletroquímicos devido à sua inércia química e baixo custo. Os óxidos de grafeno GO (acrônimo do termo em inglês Graphene Oxide) podem ser obtidos pela oxidação do cristal de grafite através de métodos químicos e de  baixo custo. A presença desses grupos funcionais torna as folhas GO fortemente  hidrofílicas, permitindo a integração de vários tipos de nanopartículas inorgânicas para  melhorar o desempenho dos sensores baseados em GO. Biossensores são importantes  ferramentas para diagnosticar doenças e detectar agentes biológicos no ambiente. Em  particular, os biossensores eletroquímicos são muito atraentes e promissores devido à sua  alta sensibilidade, alta relação sinal-ruído, relativa simplicidade e rápido tempo de  resposta. Um biossensor eletroquímico é um dispositivo analítico que interpreta eventos  bioquímicos como uma reação enzima-substrato, antígeno-anticorpo entre outros, em  sinais elétricos. Neste trabalho, amostras de GO foram sintetizadas usando o Método Hummer modificado. O GO foi liofilizado e caracterizado pelas técnicas DLS, potencial Zeta, XRD, Raman, FTIR, XPS e SEM que foram comparados com as caracterizações da matriz de grafite natural. O GO sintetizado foi utilizado para criar um nanocompósito para o qual foram utilizados outros precursores como: ácido tetracloroáurico, e um aminoácido L-cisteina, que tem sido reportado como um excelente redutor verde tanto para criar Nanopartículas de ouro, como para reduzir o GO, esse nanocompósito foi sintetizado e caracterizado pelas de técnica de UVVIS, espectrofluorimetria, Potencial Zeta DLS, Raman, DRX, FTIR, MEV e TEM. Logo de ser avaliado foi utilizado na plataforma de um biossensor como parte do eletrodo de trabalho, para posteriormente estudar o potencial de detecção em biossensores eletroquímicos para bactéria E. coli. Medições eletroquímicas, como voltametria cíclica e cronoamperometria mostram o potencial desse nanocompósito na fabricação de biossensores.

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  • CARLOS GILBERTO CASTRO COBOS
  • Development of chitosan-dsRNA nanoparticles for targeted fumarase gene silencing in Setaria viridis

     
     
  • Orientador : DANILO DA CRUZ CENTENO
  • Data: 29/Ago/2024

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  • O desenvolvimento de técnicas eficazes de silenciamento gênico é crucial para o avanço do nosso entendimento da biologia vegetal e para a implementação de estratégias inovadoras para o melhoramento de culturas e o manejo de plantas daninhas. Neste estudo, exploramos o uso de nanopartículas à base de quitosana como um sistema de entrega para RNA de dupla fita (dsRNA) direcionado ao gene da fumarase na espécie modelo de gramínea Setaria viridis. A fumarase é uma enzima-chave no ciclo do ácido tricarboxílico (TCA), e sua regulação negativa pode levar a alterações nas taxas fotossintéticas, no metabolismo respiratório e no crescimento geral da planta, tornando-a um alvo atraente para aplicações de silenciamento gênico. As nanopartículas de quitosana foram sintetizadas pelo método de gelificação iônica e carregadas com dsRNA específico para o gene da fumarase (nanopartículas de quitosana-dsRNA). As nanopartículas de quitosana-dsRNA foram caracterizadas (tamanho de partícula e potencial zeta) e sua captação e distribuição dentro das plantas de S. viridis foram avaliadas usando técnicas de microscopia. A distribuição de tamanho ficou em torno de 120 nm e 137 nm, respectivamente, para o dsRNA, de acordo com a técnica de espalhamento dinâmico de luz, com alto potencial zeta de 15,3-17,3 mV. A análise de RT-qPCR revelou uma tendência promissora, porém inconclusiva, de regulação negativa do gene da fumarase em plantas de S. viridis tratadas com as nanopartículas de quitosana-dsRNA, em comparação com as plantas controle. Embora a redução observada na expressão não tenha sido estatisticamente significativa, ela se alinha com os achados de estudos anteriores usando métodos alternativos de silenciamento gênico nesta espécie. Esses resultados contribuem para o corpo crescente de evidências que suportam a utilidade do srilenciamento gênico mediado por nanopartículas em plantas. A consistência das tendências observadas reforça o potencial da fumarase como um alvo robusto para o silenciamento gênico em S. viridis e destaca o valor de explorar formulações, dosagens e métodos de aplicação alternativos de nanopartículas para atingir um silenciamento gênico mais eficaz.

     
     

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  • O desenvolvimento de técnicas eficazes de silenciamento gênico é crucial para o avanço do nosso entendimento da biologia vegetal e para a implementação de estratégias inovadoras para o melhoramento de culturas e o manejo de plantas daninhas. Neste estudo, exploramos o uso de nanopartículas à base de quitosana como um sistema de entrega para RNA de dupla fita (dsRNA) direcionado ao gene da fumarase na espécie modelo de gramínea Setaria viridis. A fumarase é uma enzima-chave no ciclo do ácido tricarboxílico (TCA), e sua regulação negativa pode levar a alterações nas taxas fotossintéticas, no metabolismo respiratório e no crescimento geral da planta, tornando-a um alvo atraente para aplicações de silenciamento gênico. As nanopartículas de quitosana foram sintetizadas pelo método de gelificação iônica e carregadas com dsRNA específico para o gene da fumarase (nanopartículas de quitosana-dsRNA). As nanopartículas de quitosana-dsRNA foram caracterizadas (tamanho de partícula e potencial zeta) e sua captação e distribuição dentro das plantas de S. viridis foram avaliadas usando técnicas de microscopia. A distribuição de tamanho ficou em torno de 120 nm e 137 nm, respectivamente, para o dsRNA, de acordo com a técnica de espalhamento dinâmico de luz, com alto potencial zeta de 15,3-17,3 mV. A análise de RT-qPCR revelou uma tendência promissora, porém inconclusiva, de regulação negativa do gene da fumarase em plantas de S. viridis tratadas com as nanopartículas de quitosana-dsRNA, em comparação com as plantas controle. Embora a redução observada na expressão não tenha sido estatisticamente significativa, ela se alinha com os achados de estudos anteriores usando métodos alternativos de silenciamento gênico nesta espécie. Esses resultados contribuem para o corpo crescente de evidências que suportam a utilidade do srilenciamento gênico mediado por nanopartículas em plantas. A consistência das tendências observadas reforça o potencial da fumarase como um alvo robusto para o silenciamento gênico em S. viridis e destaca o valor de explorar formulações, dosagens e métodos de aplicação alternativos de nanopartículas para atingir um silenciamento gênico mais eficaz.

     
     
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  • PAULA ALESSANDRA GALVEZ ZAGACETA
  • Extrato da microalga de Trebouxia sp. como bioestimulante para a germinação de sementes de Setaria viridis

     
     
  • Orientador : DANILO DA CRUZ CENTENO
  • Data: 17/Out/2024

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  • A nível global, verifica-se uma grande degradação das terras agrícolas, uma diminuição da fertilidade natural dos solos e a sua contaminação devido ao uso de pesticidas e fertilizantes químicos, revelando assim os grandes impactos das más práticas agrícolas que têm gerado no país. Nos últimos anos, a procura de soluções eficazes para a melhoria dos solos e a resiliência à poluição ambiental tem aumentado. Por isso, os sistemas vivos naturais, incluindo nesse grupo as microalgas, podem ser fontes promissoras de soluções promovendo o desenvolvimento e o aumento de produtividade das plantas. O objetivo deste trabalho, portanto, é avaliar o extrato de microalgas de Trebouxia sp. como bioestimulante para o crescimento da gramínea modelo Setaria viridis. Foram encontrados resultados positivos no estímulo à germinação e ao desenvolvimento das partes aéreas e radiculares das plantas. Da mesma forma, quando submetidas ao estresse osmótico, foi observado o desenvolvimento de plântulas maiores que as testemunhas. Isso pode ser explicado na caracterização dos extratos onde foram encontrados diversos açúcares e polióis, moléculas que auxiliam na osmorregulação e são fontes essenciais para estimular o desenvolvimento das plantas. Porém, o sucesso da aplicação depende das variações no modo de aplicação e concentrações usadas. De toda maneira, os resultados revelam o potencial biotecnológico de Trebouxia sp. como potencial bioestimulante na produção agrícola.

     
     

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  • A nível global, verifica-se uma grande degradação das terras agrícolas, uma diminuição da fertilidade natural dos solos e a sua contaminação devido ao uso de pesticidas e fertilizantes químicos, revelando assim os grandes impactos das más práticas agrícolas que têm gerado no país. Nos últimos anos, a procura de soluções eficazes para a melhoria dos solos e a resiliência à poluição ambiental tem aumentado. Por isso, os sistemas vivos naturais, incluindo nesse grupo as microalgas, podem ser fontes promissoras de soluções promovendo o desenvolvimento e o aumento de produtividade das plantas. O objetivo deste trabalho, portanto, é avaliar o extrato de microalgas de Trebouxia sp. como bioestimulante para o crescimento da gramínea modelo Setaria viridis. Foram encontrados resultados positivos no estímulo à germinação e ao desenvolvimento das partes aéreas e radiculares das plantas. Da mesma forma, quando submetidas ao estresse osmótico, foi observado o desenvolvimento de plântulas maiores que as testemunhas. Isso pode ser explicado na caracterização dos extratos onde foram encontrados diversos açúcares e polióis, moléculas que auxiliam na osmorregulação e são fontes essenciais para estimular o desenvolvimento das plantas. Porém, o sucesso da aplicação depende das variações no modo de aplicação e concentrações usadas. De toda maneira, os resultados revelam o potencial biotecnológico de Trebouxia sp. como potencial bioestimulante na produção agrícola.

     
     
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  • ANY TAISA RAMOS DE ANDRADE
  • Desenvolvimento e caracterização de microfibras poliméricas e nanopartículas de quitosana contendo ácido ascórbico para plataforma híbrida de reparo tecidual

  • Orientador : JEAN JACQUES BONVENT
  • Data: 21/Out/2024

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  • Nos últimos anos, uma ampla variedade de biomateriais tem sido aplicada e desenvolvida como curativos para lesões. Estudos comprovam que, quando constituídas por biopolímeros, essas estruturas apresentam características favoráveis, tais como biocompatibilidade, não-toxicidade e biodegrabilidade, para adesão e proliferação de componentes da matriz extra-celular, bem como a incorporação de agentes bioativos. A atividade antibacteriana é uma propriedade determinante para a eficácia dos curativos ou similares, pois, a infecção da ferida pode adiar significativamente o processo cicatricial. Com isso, o objetivo deste trabalho é o desenvolvimento e caracterização de sistemas hibridas de entrega de bioativos, baseados em microfibras poliméricas obtidos a partir de blendas de poli (álcool vinílico) (PVA) e quitosana e nanopartículas de quitosana para liberação de ácido ascórbico e própolis, visando aplicações em reparo tecidual. Poli (álcool vinílico) (PVA) e quitosana são polímeros que possuem propriedades, como biodegradabilidade, biocompatibilidade e bioatividade. Visando as propriedades reparadoras do ácido ascórbico e da própolis, estes bioativos são grandes aliados no processo de cicatrização dos tecidos, atuando com atividades antimicrobianas, antioxidantes e anti-inflamatórias. Para a obtenção das microfibras, foi utilizada a técnica de rotofiação. As nanopartículas de quitosana foram sintetizadas pelo método da gelificação iônica e, em seguida, dispersas nas mantas fibrosas poliméricas. As propriedades morfológicas dos sistemas nanoestruturados desenvolvidos foram caracterizados por microscopia eletrônica de varredura (MEV), espalhamento de luz dinâmico (DLS), por potencial zeta e difração de raio-x (DRX). A eficiência de incorporação dos bioativos foi também analisada por espectroscopia de Infravermelho (FTIR) e espectroscopia uv-vis. Os resultados mostram que os sistemas híbridos desenvolvidos apresentam uma distribuição larga dos diâmetros das microfibras, com a absorção das nanopartículas de quitosana na superfície das mantas fibrosas. Os bioativos, o ácido ascórbico e a própolis, foram incorporados com sucesso nas microfibras e nas nanopartículas, respectivamente. Esses resultados indicam que essa plataforma hídrica de entrega de fármaco poderia ser aplicada para o repara tecidual.


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  • Nos últimos anos, uma ampla variedade de biomateriais tem sido aplicada e desenvolvida como curativos para lesões. Estudos comprovam que, quando constituídas por biopolímeros, essas estruturas apresentam características favoráveis, tais como biocompatibilidade, não-toxicidade e biodegrabilidade, para adesão e proliferação de componentes da matriz extra-celular, bem como a incorporação de agentes bioativos. A atividade antibacteriana é uma propriedade determinante para a eficácia dos curativos ou similares, pois, a infecção da ferida pode adiar significativamente o processo cicatricial. Com isso, o objetivo deste trabalho é o desenvolvimento e caracterização de sistemas hibridas de entrega de bioativos, baseados em microfibras poliméricas obtidos a partir de blendas de poli (álcool vinílico) (PVA) e quitosana e nanopartículas de quitosana para liberação de ácido ascórbico e própolis, visando aplicações em reparo tecidual. Poli (álcool vinílico) (PVA) e quitosana são polímeros que possuem propriedades, como biodegradabilidade, biocompatibilidade e bioatividade. Visando as propriedades reparadoras do ácido ascórbico e da própolis, estes bioativos são grandes aliados no processo de cicatrização dos tecidos, atuando com atividades antimicrobianas, antioxidantes e anti-inflamatórias. Para a obtenção das microfibras, foi utilizada a técnica de rotofiação. As nanopartículas de quitosana foram sintetizadas pelo método da gelificação iônica e, em seguida, dispersas nas mantas fibrosas poliméricas. As propriedades morfológicas dos sistemas nanoestruturados desenvolvidos foram caracterizados por microscopia eletrônica de varredura (MEV), espalhamento de luz dinâmico (DLS), por potencial zeta e difração de raio-x (DRX). A eficiência de incorporação dos bioativos foi também analisada por espectroscopia de Infravermelho (FTIR) e espectroscopia uv-vis. Os resultados mostram que os sistemas híbridos desenvolvidos apresentam uma distribuição larga dos diâmetros das microfibras, com a absorção das nanopartículas de quitosana na superfície das mantas fibrosas. Os bioativos, o ácido ascórbico e a própolis, foram incorporados com sucesso nas microfibras e nas nanopartículas, respectivamente. Esses resultados indicam que essa plataforma hídrica de entrega de fármaco poderia ser aplicada para o repara tecidual.

Teses
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  • ANDERSON MARQUES DE OLIVEIRA
  • Evolução e diversidade das malato desidrogenases em Poaceae: uma abordagem bioinformática

  • Orientador : NATHALIA DE SETTA COSTA
  • Data: 15/Mai/2024

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  • Nesta tese, ferramentas de bioinformática foram empregadas para identificar genes MDH em espécies da família Poaceae, visando caracterizar suas estruturas e funções. A MDH é expressa em diversas isoformas nas plantas, cada uma com função específica e localização subcelular distinta. A escolha da família Poaceae como objeto de estudo se deve à sua vasta diversidade e relevância econômica. A hipótese central é que essa família gênica é diversificada nas Poaceae, contendo genes ainda não caracterizados e com características únicas em comparação com espécies modelo como Arabidopsis thaliana e Solanum lycopersicum. O objetivo geral é caracterizar a estrutura, diversidade e evolução da família gênica MDH nessas espécies, utilizando abordagens bioinformáticas para identificação de sequências, reconstrução filogenética, predição da localização subcelular, análise de motifs proteicos conservados e elementos regulatórios dos promotores. Os genes MDH foram examinados em 12 espécies de Poaceae, utilizando como iscas eletrônicas os genes de A. thaliana e S. lycopersicum. A ferramenta BLASTN do Phytozome foi utilizada para busca nos genomas, e a árvore filogenética foi construída no programa MEGA-X. Motifs proteicos conservados foram identificados com a ferramenta MEME, e a estrutura gênica foi esquematizada com o programa GSDS. A predição da localização subcelular foi realizada por diversos preditores in silico, considerando o padrão de agrupamento filogenético. Os elementos de transposição foram anotados pelo programa Censor em três contextos gênicos: 5’ upstream, corpo do gene e 3’ downstream. Os resultados revelaram 122 loci com transcritos anotados, com oito a 15 loci para cada espécie. A análise filogenética identificou seis grandes clados na família MDH, com destaque para 10 genes em um clado específico de monocotiledôneas C4. A baixa uniformidade no número de íntrons e éxons e nos motifs proteicos sugere complexidade estrutural significativa dos genes de MDH em Poaceae. Pudemos ainda identificar nos promotores das MDHs prováveis sítios de ligação a 149 famílias de fatores de transcrição, indicando uma rede complexa de regulação genética. A análise de elementos de transposição mostrou variação entre as espécies, com prevalência dos retrotransposons com LTR no milho, indicando adaptações genômicas específicas. Este estudo abre caminho para investigações futuras, como a validação experimental e a comparação das características genômicas entre espécies, visando expandir o entendimento sobre a diversidade e função dos genes de MDH na adaptação das plantas ao ambiente.


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  • Nesta tese, ferramentas de bioinformática foram empregadas para identificar genes MDH em espécies da família Poaceae, visando caracterizar suas estruturas e funções. A MDH é expressa em diversas isoformas nas plantas, cada uma com função específica e localização subcelular distinta. A escolha da família Poaceae como objeto de estudo se deve à sua vasta diversidade e relevância econômica. A hipótese central é que essa família gênica é diversificada nas Poaceae, contendo genes ainda não caracterizados e com características únicas em comparação com espécies modelo como Arabidopsis thaliana e Solanum lycopersicum. O objetivo geral é caracterizar a estrutura, diversidade e evolução da família gênica MDH nessas espécies, utilizando abordagens bioinformáticas para identificação de sequências, reconstrução filogenética, predição da localização subcelular, análise de motifs proteicos conservados e elementos regulatórios dos promotores. Os genes MDH foram examinados em 12 espécies de Poaceae, utilizando como iscas eletrônicas os genes de A. thaliana e S. lycopersicum. A ferramenta BLASTN do Phytozome foi utilizada para busca nos genomas, e a árvore filogenética foi construída no programa MEGA-X. Motifs proteicos conservados foram identificados com a ferramenta MEME, e a estrutura gênica foi esquematizada com o programa GSDS. A predição da localização subcelular foi realizada por diversos preditores in silico, considerando o padrão de agrupamento filogenético. Os elementos de transposição foram anotados pelo programa Censor em três contextos gênicos: 5’ upstream, corpo do gene e 3’ downstream. Os resultados revelaram 122 loci com transcritos anotados, com oito a 15 loci para cada espécie. A análise filogenética identificou seis grandes clados na família MDH, com destaque para 10 genes em um clado específico de monocotiledôneas C4. A baixa uniformidade no número de íntrons e éxons e nos motifs proteicos sugere complexidade estrutural significativa dos genes de MDH em Poaceae. Pudemos ainda identificar nos promotores das MDHs prováveis sítios de ligação a 149 famílias de fatores de transcrição, indicando uma rede complexa de regulação genética. A análise de elementos de transposição mostrou variação entre as espécies, com prevalência dos retrotransposons com LTR no milho, indicando adaptações genômicas específicas. Este estudo abre caminho para investigações futuras, como a validação experimental e a comparação das características genômicas entre espécies, visando expandir o entendimento sobre a diversidade e função dos genes de MDH na adaptação das plantas ao ambiente.

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  • ISABELLA MARTINS LOURENÇO
  • NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDO DE ZINCO CONTENDO DOADOR DE ÓXIDO NÍTRICO EM APLICAÇÕES AGRÍCOLAS: CULTIVO DE Oryza sativa E AÇÃO PESTICIDA CONTRA Pieris brassicae

  • Orientador : AMEDEA BAROZZI SEABRA
  • Data: 26/Jun/2024

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  • A nanotecnologia, por ser um campo da ciência extremamente multidisciplinar, tem recebido grande enfoque por beneficiar várias áreas do conhecimento. A nanotecnologia tem uma expressiva posição na transformação de práticas convencionais já existentes. Na agricultura, as nanopartículas de óxido de zinco (ZnO NPs) demonstram significativa perspectiva de aplicação, especialmente como nanofertilizantes promovendo o crescimento e aumentando a produtividade de plantas, até possíveis características herbicidas e pesticidas. Não menos importante, o óxido nítrico (NO) é um radical livre bem reconhecido por atuar nas células vegetais como importante fator de proteção, comunicação e sinalização de processos metabólicos que medeiam o crescimento e mitigação de estresses bióticos e abióticos. No entanto, o NO apresenta uma meia-vida muito curta, o que torna menos viável a sua aplicação. Portanto, para viabilizar o efeito terapêutico do NO, utiliza-se S-nitrosotióis (RSNOs) como a S-nitrosoglutationa (GSNO) como molécula doadora de NO. O potencial agregado aos nanomateriais desperta o interesse da agricultura em aplicações que se tornem mais específicas, sustentáveis e eficientes portanto, o presente estudo proporcionou a síntese e caracterização de ZnO NPs, assim como da GSNO e sua combinação às nanopartículas, avaliando seus possíveis potenciais em aplicações agrícolas. As ZnO NPs foram sintetizadas pela síntese hidrotermal em tempos de 5 e 10 h e apresentaram respectivamente tamanhos de 108 ± 51 nm e 118 ± 43 nm no estado sólido. A GSNO combinada às ZnO NPs apresentou liberação sustentada por um período de 12 h, além de ter demonstrado uma dissolução de íons Zn2+ de menos de 1% neste mesmo período. Em plantas de arroz (Oryza sativa) observou-se que a pulverização foliar de ZnO NPs, GSNO e GSNO-ZnO NPs evidenciou apenas uma pequena perturbação do sistema antioxidante, não afetando diretamente os processos vitais, rendimento e crescimento dos vegetais. A junção dos materiais GSNO e ZnO NPs (GSNO-ZnO NPs) auxiliaram no aumento em mais de 100% da taxa de pigmentos fotossintéticos como a clorofila A, clorofila B e carotenoides em relação aos seus grupos controles. Em seguida, para avaliar o potencial efeito pesticida das ZnO NPs frente a larvas de Pieris brassicae, aplicou-se concentrações de 12,5, 25, 50, 100, 200 e 400 mg L-1 em sua superfície corporal, avaliando a variação de peso e taxa de mortalidade destes indivíduos em 24, 48 e 72 h de experimento. Os resultados do estudo de ZnO NPs e larvas de P. brassicae sugeriram o maior percentual de mortalidade na concentração de 200 mg L-1 em 72 h do experimento. Devido aos resultados obtidos no presente trabalho, sugere-se que há grande possibilidade das ZnO NPs assim como GSNO-ZnO NPs encontrarem sucesso em aplicações agrícolas, bem como um material com potencial atividade pesticida.


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  • A nanotecnologia, por ser um campo da ciência extremamente multidisciplinar, tem recebido grande enfoque por beneficiar várias áreas do conhecimento. A nanotecnologia tem uma expressiva posição na transformação de práticas convencionais já existentes. Na agricultura, as nanopartículas de óxido de zinco (ZnO NPs) demonstram significativa perspectiva de aplicação, especialmente como nanofertilizantes promovendo o crescimento e aumentando a produtividade de plantas, até possíveis características herbicidas e pesticidas. Não menos importante, o óxido nítrico (NO) é um radical livre bem reconhecido por atuar nas células vegetais como importante fator de proteção, comunicação e sinalização de processos metabólicos que medeiam o crescimento e mitigação de estresses bióticos e abióticos. No entanto, o NO apresenta uma meia-vida muito curta, o que torna menos viável a sua aplicação. Portanto, para viabilizar o efeito terapêutico do NO, utiliza-se S-nitrosotióis (RSNOs) como a S-nitrosoglutationa (GSNO) como molécula doadora de NO. O potencial agregado aos nanomateriais desperta o interesse da agricultura em aplicações que se tornem mais específicas, sustentáveis e eficientes portanto, o presente estudo proporcionou a síntese e caracterização de ZnO NPs, assim como da GSNO e sua combinação às nanopartículas, avaliando seus possíveis potenciais em aplicações agrícolas. As ZnO NPs foram sintetizadas pela síntese hidrotermal em tempos de 5 e 10 h e apresentaram respectivamente tamanhos de 108 ± 51 nm e 118 ± 43 nm no estado sólido. A GSNO combinada às ZnO NPs apresentou liberação sustentada por um período de 12 h, além de ter demonstrado uma dissolução de íons Zn2+ de menos de 1% neste mesmo período. Em plantas de arroz (Oryza sativa) observou-se que a pulverização foliar de ZnO NPs, GSNO e GSNO-ZnO NPs evidenciou apenas uma pequena perturbação do sistema antioxidante, não afetando diretamente os processos vitais, rendimento e crescimento dos vegetais. A junção dos materiais GSNO e ZnO NPs (GSNO-ZnO NPs) auxiliaram no aumento em mais de 100% da taxa de pigmentos fotossintéticos como a clorofila A, clorofila B e carotenoides em relação aos seus grupos controles. Em seguida, para avaliar o potencial efeito pesticida das ZnO NPs frente a larvas de Pieris brassicae, aplicou-se concentrações de 12,5, 25, 50, 100, 200 e 400 mg L-1 em sua superfície corporal, avaliando a variação de peso e taxa de mortalidade destes indivíduos em 24, 48 e 72 h de experimento. Os resultados do estudo de ZnO NPs e larvas de P. brassicae sugeriram o maior percentual de mortalidade na concentração de 200 mg L-1 em 72 h do experimento. Devido aos resultados obtidos no presente trabalho, sugere-se que há grande possibilidade das ZnO NPs assim como GSNO-ZnO NPs encontrarem sucesso em aplicações agrícolas, bem como um material com potencial atividade pesticida.

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  • JULIANA PIRAJA
  • OBTENÇÃO DE MEMBRANAS DE POLIAMIDA-6 RESPONSIVAS À LUZ POR ELETROFIAÇÃO PARA POTENCIAL APLICAÇÃO EM TERAPIA FOTODINÂMICA

  • Orientador : WENDEL ANDRADE ALVES
  • Data: 18/Out/2024

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  • A eletrofiação tem sido objeto de intensos estudos e aprimoramentos nas últimas décadas, sendo amplamente utilizada para a síntese de nanofibras poliméricas devido à sua simplicidade, versatilidade e baixo custo. A poliamida 6 (PA-6) é um polímero frequentemente empregado em aplicações clínicas, tais como fibras, fios de sutura ou dispositivos implantáveis não reabsorvíveis. A adição de moléculas fotossensíveis às matrizes de eletrofiação apresenta-se como uma opção promissora, potencialmente útil na terapia fotodinâmica (TFD) de diversas patologias. Neste trabalho, fibras de PA-6 carregadas com o fotossensibilizador azul de metileno (AM) foram obtidas pela técnica de eletrofiação. As fibras foram caracterizadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV), com o diâmetro médio das fibras sendo determinado no software Image J a partir das micrografias. A produção de oxigênio singlete através da degradação do DPBF (1,3-difenilbenzofurano) foi avaliada por análises dos espectros de absorção na região do UV-Vis. Nos ensaios biológicos in vitro, foram utilizadas células tumorais de cólon da linhagem SW480 e células não tumorais de rim da linhagem HEK293. Um planejamento fatorial fracionário 25-1 foi empregado para avaliar a influência de cinco fatores: porcentagem de PA-6 em solução (m/v), distância de trabalho (cm), tensão (kV), vazão (mg/min) e concentração de FS (mM) na produção de espécies reativas de oxigênio pelas nanofibras. As variáveis que exerceram maior efeito sobre a produção dessas espécies foram a concentração de FS e a porcentagem de PA-6 em solução, com o ponto máximo observado na região de 28 mM e 18% (m/v), respectivamente. Nos ensaios in vitro, verificou-se que a atividade fotodinâmica foi mais intensa na linhagem celular tumoral SW480, para fibras com concentração de 30% (m/v) carregadas com FS na proporção de 10 mM. O controle dos parâmetros de solução e de processo contribuiu para a obtenção de fibras com diâmetros entre 312 e 477 nm, favorecendo a aplicação destas em TFD.


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  • A eletrofiação tem sido objeto de intensos estudos e aprimoramentos nas últimas décadas, sendo amplamente utilizada para a síntese de nanofibras poliméricas devido à sua simplicidade, versatilidade e baixo custo. A poliamida 6 (PA-6) é um polímero frequentemente empregado em aplicações clínicas, tais como fibras, fios de sutura ou dispositivos implantáveis não reabsorvíveis. A adição de moléculas fotossensíveis às matrizes de eletrofiação apresenta-se como uma opção promissora, potencialmente útil na terapia fotodinâmica (TFD) de diversas patologias. Neste trabalho, fibras de PA-6 carregadas com o fotossensibilizador azul de metileno (AM) foram obtidas pela técnica de eletrofiação. As fibras foram caracterizadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV), com o diâmetro médio das fibras sendo determinado no software Image J a partir das micrografias. A produção de oxigênio singlete através da degradação do DPBF (1,3-difenilbenzofurano) foi avaliada por análises dos espectros de absorção na região do UV-Vis. Nos ensaios biológicos in vitro, foram utilizadas células tumorais de cólon da linhagem SW480 e células não tumorais de rim da linhagem HEK293. Um planejamento fatorial fracionário 25-1 foi empregado para avaliar a influência de cinco fatores: porcentagem de PA-6 em solução (m/v), distância de trabalho (cm), tensão (kV), vazão (mg/min) e concentração de FS (mM) na produção de espécies reativas de oxigênio pelas nanofibras. As variáveis que exerceram maior efeito sobre a produção dessas espécies foram a concentração de FS e a porcentagem de PA-6 em solução, com o ponto máximo observado na região de 28 mM e 18% (m/v), respectivamente. Nos ensaios in vitro, verificou-se que a atividade fotodinâmica foi mais intensa na linhagem celular tumoral SW480, para fibras com concentração de 30% (m/v) carregadas com FS na proporção de 10 mM. O controle dos parâmetros de solução e de processo contribuiu para a obtenção de fibras com diâmetros entre 312 e 477 nm, favorecendo a aplicação destas em TFD.

2023
Dissertações
1
  • HALYNE QUEIROZ PANTALEÃO SANTOS
  •  EFEITO PROTETOR DA FRAÇÃO DE BAIXA MASSA MOLECULAR DO VENENO DA SERPENTE B. jararaca CONTRA O ESTRESSE OXIDATIVO EM CÉLULAS NEURONAIS DO TIPO PC12.

  • Orientador : CARLOS ALBERTO DA SILVA
  • Data: 17/Mar/2023

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  • A fração peptídica de baixo peso molecular (FBP) do veneno da serpente Bothrops jararaca foi descrita na literatura por propiciar a sobrevivência das células do hipocampo em cultura contra a apoptose induzida por H2O2, mas não em células neuronais da linhagem SH-SY5Y. No presente estudo, outro tipo celular foi adotado para analisar a atividade neuroprotetora da FBP frente aos danos celulares ocasionados pela condição de estresse celular induzido por H2O2 em um modelo dopaminérgico - células neuronais da linhagem PC12 que expressam as catecolaminas, dopamina e norepinefrina. Células foram pré-tratadas por 4 h com FBP (25 a 0,04 µg.mL-1)a 37°C, seguido da adição de H2O2 (0,5 mM) por 20 h e os efeitos neuroprotetores analisados por integridade celular, metabolismo mitocondrial; produção de espécies reativas de oxigênio (EROs); síntese de óxido nítrico (NO) -  dosagem indireto por nitritos; e, dosagem de ureia como marcador indireto da atividade arginase. O envolvimento do metabolismo da L-arginina no mecanismo de neuroproteção foi verificado utilizando-se inibidores específicos da oxido nítrico sintetase (NOS) e argininosucinato sintetase (AsS) – L-Name e MDLA, respectivamente. A FBP a 0,78 µg.mL-1 aumentou a integridade celular (113,6 ± 6,3%) e metabolismo (96,3 ± 10,3%) contra a neurotoxicidade induzida por H2O2 (75,6 ± 5,8 %; 66,5 ± 3,3%, respectivamente), reduzindo significativamente a produção de EROs. Contudo, na presença de MDLA, a FBP não demostrou atividade neuroprotetora e nem reduziu EROs o que pode sugerir que a atividade neuroprotetora da FBP é dependente da disponibilidade de L-arginina. Ainda, a FBP restaurou os níveis de nitritos em relação ao estresse oxidativo. Curiosamente, o L-Name inibiu o efeito neuroprotetor da FBP em PC12, indicando que a produção de NO pode também estar envolvida no mecanismo neuroprotetor da FBP. Verificou-se ainda que a ureia produzida pelas células PC12 foi excretada para o meio extracelular e que a FBP aumentou os níveis de ureia em relação ao grupo exposto ao H2O2, sugerindo que os níveis de ornitina também aumentaram. No geral, este é o primeiro estudo a mostrar que o mecanismo neuroprotetor da FBP frente aos efeitos neurotóxicos ocasionados pelo estresse oxidativo em células neuronais do tipo PC12, possivelmente pode ser explicado pelo aumento na biodisponibilidade da L-arginina, causada pelo aumento da atividade AsS, e a geração de seus metabólitos com propriedade neuroprotetora. Sabe-se que a ornitina pode formar putrescina que serve como precursor imediato para a síntese das outras duas poliaminas, espermidina e espermina. Isso poderia ser um indicativo de que a síntese de poliaminas pode ser um mecanismo pelo qual a FBP desempenha a sua atividade neuroprotetor.


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  • A fração peptídica de baixo peso molecular (FBP) do veneno da serpente Bothrops jararaca foi descrita na literatura por propiciar a sobrevivência das células do hipocampo em cultura contra a apoptose induzida por H2O2, mas não em células neuronais da linhagem SH-SY5Y. No presente estudo, outro tipo celular foi adotado para analisar a atividade neuroprotetora da FBP frente aos danos celulares ocasionados pela condição de estresse celular induzido por H2O2 em um modelo dopaminérgico - células neuronais da linhagem PC12 que expressam as catecolaminas, dopamina e norepinefrina. Células foram pré-tratadas por 4 h com FBP (25 a 0,04 µg.mL-1)a 37°C, seguido da adição de H2O2 (0,5 mM) por 20 h e os efeitos neuroprotetores analisados por integridade celular, metabolismo mitocondrial; produção de espécies reativas de oxigênio (EROs); síntese de óxido nítrico (NO) -  dosagem indireto por nitritos; e, dosagem de ureia como marcador indireto da atividade arginase. O envolvimento do metabolismo da L-arginina no mecanismo de neuroproteção foi verificado utilizando-se inibidores específicos da oxido nítrico sintetase (NOS) e argininosucinato sintetase (AsS) – L-Name e MDLA, respectivamente. A FBP a 0,78 µg.mL-1 aumentou a integridade celular (113,6 ± 6,3%) e metabolismo (96,3 ± 10,3%) contra a neurotoxicidade induzida por H2O2 (75,6 ± 5,8 %; 66,5 ± 3,3%, respectivamente), reduzindo significativamente a produção de EROs. Contudo, na presença de MDLA, a FBP não demostrou atividade neuroprotetora e nem reduziu EROs o que pode sugerir que a atividade neuroprotetora da FBP é dependente da disponibilidade de L-arginina. Ainda, a FBP restaurou os níveis de nitritos em relação ao estresse oxidativo. Curiosamente, o L-Name inibiu o efeito neuroprotetor da FBP em PC12, indicando que a produção de NO pode também estar envolvida no mecanismo neuroprotetor da FBP. Verificou-se ainda que a ureia produzida pelas células PC12 foi excretada para o meio extracelular e que a FBP aumentou os níveis de ureia em relação ao grupo exposto ao H2O2, sugerindo que os níveis de ornitina também aumentaram. No geral, este é o primeiro estudo a mostrar que o mecanismo neuroprotetor da FBP frente aos efeitos neurotóxicos ocasionados pelo estresse oxidativo em células neuronais do tipo PC12, possivelmente pode ser explicado pelo aumento na biodisponibilidade da L-arginina, causada pelo aumento da atividade AsS, e a geração de seus metabólitos com propriedade neuroprotetora. Sabe-se que a ornitina pode formar putrescina que serve como precursor imediato para a síntese das outras duas poliaminas, espermidina e espermina. Isso poderia ser um indicativo de que a síntese de poliaminas pode ser um mecanismo pelo qual a FBP desempenha a sua atividade neuroprotetor.

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  • WELLINGTON RAIMUNDO DE FRANÇA
  • Análise bioquímica do meio de cultura condicionado por células Vero cultivadas em arcabouços de Poli (e-caprolactona) (PCL) e Poli (Hidroxibutirato-co-hidroxivalerato) (PHBV) nas formas densa, porosa e fibrosa

  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 14/Abr/2023

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  • A engenharia tecidual tem como propósito elaborar e aperfeiçoar novas terapêuticas buscando aperfeiçoar novos biomateriais para recompor ou recuperem a função tecidual comprometida. A análise bioquímica do meio de cultura condicionado por células é uma forma de entendermos a resposta celular através da identificação de componentes presentes nas amostras. Células Vero foram inoculadas sobre as blendas de PHBV/PCL (75:25) e seus polímeros puros. Após 120 horas de incubação os meios de cultivo foram coletados, as amostras foram fixadas e coradas com cristal violeta. Foram realizados os testes de MTT para avaliar a viabilidade e atividade nos materiais. Notou-se que os polímeros se mostraram atóxicos e a adesão ocorreu de forma lenta. Os Polímeros com e sem células utilizados nas análises foram submetidas ao ensaio com o FTIR para sua caracterização. Notou-se algumas alterações nos modos vibracionais de Amidas I e II e regiões subsequentes no PHBV denso, PCL e Blenda fibrosos. Também foi possível detectar modos vibracionais de estiramento compatíveis com proteínas. Desta forma, entendemos que o FTIR pode ser usado para detecção da atividade funcional das células sobre biomateriais. Nos meios de cultura condicionados submetidos aos ensaios bioquímicos, observou-se uma redução nos níveis de glicose em todas as amostras com o tempo de cultivo, mostrando maior demanda energética celular. Os dados avaliados não indicaram alteração significativa nos níveis de proteínas totais, albumina, creatinina e ureia, já fosfatase alcalina apresentou uma menor atividade com 120h de cultivo dos polímeros estudados, o que pode estar relacionado de alguma forma com a atividade celular. O perfil das enzimas ALT e AST nas células cultivadas sobre os biomateriais também se mostrou diferenciado e pode estar em uma condição de estresse nas blendas densa e porosa. Analisados em conjunto conclui-se que o metabolismo energético celular está acelerado sobre os polímeros. Quanto a interação dos polímeros, de forma geral, os dados indicam que não houve interferência no metabolismo significantes em comparação ao controle.


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  • A engenharia tecidual tem como propósito elaborar e aperfeiçoar novas terapêuticas buscando aperfeiçoar novos biomateriais para recompor ou recuperem a função tecidual comprometida. A análise bioquímica do meio de cultura condicionado por células é uma forma de entendermos a resposta celular através da identificação de componentes presentes nas amostras. Células Vero foram inoculadas sobre as blendas de PHBV/PCL (75:25) e seus polímeros puros. Após 120 horas de incubação os meios de cultivo foram coletados, as amostras foram fixadas e coradas com cristal violeta. Foram realizados os testes de MTT para avaliar a viabilidade e atividade nos materiais. Notou-se que os polímeros se mostraram atóxicos e a adesão ocorreu de forma lenta. Os Polímeros com e sem células utilizados nas análises foram submetidas ao ensaio com o FTIR para sua caracterização. Notou-se algumas alterações nos modos vibracionais de Amidas I e II e regiões subsequentes no PHBV denso, PCL e Blenda fibrosos. Também foi possível detectar modos vibracionais de estiramento compatíveis com proteínas. Desta forma, entendemos que o FTIR pode ser usado para detecção da atividade funcional das células sobre biomateriais. Nos meios de cultura condicionados submetidos aos ensaios bioquímicos, observou-se uma redução nos níveis de glicose em todas as amostras com o tempo de cultivo, mostrando maior demanda energética celular. Os dados avaliados não indicaram alteração significativa nos níveis de proteínas totais, albumina, creatinina e ureia, já fosfatase alcalina apresentou uma menor atividade com 120h de cultivo dos polímeros estudados, o que pode estar relacionado de alguma forma com a atividade celular. O perfil das enzimas ALT e AST nas células cultivadas sobre os biomateriais também se mostrou diferenciado e pode estar em uma condição de estresse nas blendas densa e porosa. Analisados em conjunto conclui-se que o metabolismo energético celular está acelerado sobre os polímeros. Quanto a interação dos polímeros, de forma geral, os dados indicam que não houve interferência no metabolismo significantes em comparação ao controle.

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  • GIOVANA MARCHINI ARMENTANO
  • MODELOS IN VITRO DE SÍNDROME CARDIORRENAL: IMPACTO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA EM MODELO INFECCIOSO E NÃO INFECCIOSO

  • Orientador : MARCELA SORELLI CARNEIRO RAMOS
  • Data: 18/Jul/2023

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  • A Síndrome Cardiorrenal do tipo 3 (SCR 3) é caracterizada pela lesão renal aguda que desencadeia dano subsequente no tecido cardíaco. Já está bem estabelecido na literatura que o sistema imunológico e o estresse oxidativo desempenham um papel importante ativamente nos processos moleculares presentes na SCR. Além disso, as alterações cardiovasculares associadas ao SARS-CoV-2 têm sido alvo de inúmeros estudos uma vez que pacientes acometidos pelo novo coronavírus apresentam um importante quadro inflamatório sistêmico, responsável pelos danos em diversos tecidos, especialmente coração, rins e vasos, convergindo para o estudo da SCR. Contudo, os mecanismos celulares e moleculares envolvidos no desenvolvimento da SCR 3 ainda não são completamente conhecidos. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo mimetizar a SCR 3 in vitro e investigar a contribuição de moléculas inflamatórias em 2 modelos de lesão renal: i) induzida por hipóxia e ii) induzida por proteínas acessórias do genoma do SARS-CoV-2. Assim, células renais (HEK293) foram submetidas a protocolos de normóxia (NX) ou hipóxia por 16h seguidas de 3h de reoxigenação (HX), tratadas ou não com um inibidor da síntese de NO (L-NAME). O sobrenadante dessas células foi transferido para células cardíacas (H9c2) por 24h. Células renais e cardíacas também foram transfectadas por 48h com as proteínas acessórias do SARS-CoV-2 ORF3a e ORF8 (HEK293-T e H9c2-T) e, para avaliar se ocorria sinalização de SCR3, o sobrenadante das células HEK293-T foi transferido para células cardíacas não transfectadas (H9c2-MC) por 12h. A análise da expressão dos genes de interesse foi avaliada por RT-qPCR, O conteúdo de NO foi avaliado no meio intra e extracelular por amperimetria. A viabilidade celular foi avaliada por MTT. A hipóxia em células renais aumentou a expressão gênica do marcador de hipóxia CA9, mas não de Hif1α. Além disso, houve uma diminuição significativa na viabilidade celular em células renais submetidas à hipóxia e o L-NAME foi capaz de prevenir essa redução. O tratamento com L-NAME e a hipóxia reduziu a expressão gênica dos marcadores inflamatórios IL6 e IL1β. A hipóxia aumentou a expressão gênica de TNFα e a razão Bax/Bcl2, indicando sinalização pró apoptótica. Em relação ao conteúdo de NO, observou-se uma grande quantidade de NO extracelular e baixo conteúdo intracelular, o que corrobora os baixos níveis das 3 isoformas das NOS em hipóxia nas células renais. Nas células cardíacas, observou-se uma diminuição significativa na viabilidade celular em células cardíacas tratadas por 30 min com meio condicionado pelas células renais em hipóxia. As células cardíacas expostas ao meio condicionado do grupo Hx/LNAME tiveram redução da expressão gênica de IL1β e aumento da expressão de αActina. Além disso, o tratamento com L-NAME foi capaz de diminuir o conteúdo total de NO em células cardíacas que receberam o meio condicionado de células renais em normóxia mas aumentou as somatórias das frações de NO em hipóxia, apesar da isoforma nNOS apresentar expressão diminuida em situação de hipóxia. Em relação ao segundo protocolo experimental, a transfecção por 48h com as proteínas acessórias do SARS-CoV-2 foi capaz de reduzir a viabilidade de células cardíacas e renais. Contudo, não houve redução na viabilidade de células cardíacas tratadas com sobrenadante de células renais transfectadas. Além disso, a transfecção com as ORF3a e ORF8 aumentou a expressão gênica de ACE2 e IL1β em HEK293-T e H9C2-T mas não em H9c2-MC. Em conclusão, i) o bloqueio do NO exerce papel importante na viabilidade celular bem como no ajuste dos níveis de NO em situações de estresse, como o modelo de hipóxia, ii) o efeito da redução na viabilidade celular e o aumento de citocinas pró inflamatórias parece ser direto pela transfecção direta das proteínas acessórias e não relacionado ao meio condicionado.


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  • A Síndrome Cardiorrenal do tipo 3 (SCR 3) é caracterizada pela lesão renal aguda que desencadeia dano subsequente no tecido cardíaco. Já está bem estabelecido na literatura que o sistema imunológico e o estresse oxidativo desempenham um papel importante ativamente nos processos moleculares presentes na SCR. Além disso, as alterações cardiovasculares associadas ao SARS-CoV-2 têm sido alvo de inúmeros estudos uma vez que pacientes acometidos pelo novo coronavírus apresentam um importante quadro inflamatório sistêmico, responsável pelos danos em diversos tecidos, especialmente coração, rins e vasos, convergindo para o estudo da SCR. Contudo, os mecanismos celulares e moleculares envolvidos no desenvolvimento da SCR 3 ainda não são completamente conhecidos. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo mimetizar a SCR 3 in vitro e investigar a contribuição de moléculas inflamatórias em 2 modelos de lesão renal: i) induzida por hipóxia e ii) induzida por proteínas acessórias do genoma do SARS-CoV-2. Assim, células renais (HEK293) foram submetidas a protocolos de normóxia (NX) ou hipóxia por 16h seguidas de 3h de reoxigenação (HX), tratadas ou não com um inibidor da síntese de NO (L-NAME). O sobrenadante dessas células foi transferido para células cardíacas (H9c2) por 24h. Células renais e cardíacas também foram transfectadas por 48h com as proteínas acessórias do SARS-CoV-2 ORF3a e ORF8 (HEK293-T e H9c2-T) e, para avaliar se ocorria sinalização de SCR3, o sobrenadante das células HEK293-T foi transferido para células cardíacas não transfectadas (H9c2-MC) por 12h. A análise da expressão dos genes de interesse foi avaliada por RT-qPCR, O conteúdo de NO foi avaliado no meio intra e extracelular por amperimetria. A viabilidade celular foi avaliada por MTT. A hipóxia em células renais aumentou a expressão gênica do marcador de hipóxia CA9, mas não de Hif1α. Além disso, houve uma diminuição significativa na viabilidade celular em células renais submetidas à hipóxia e o L-NAME foi capaz de prevenir essa redução. O tratamento com L-NAME e a hipóxia reduziu a expressão gênica dos marcadores inflamatórios IL6 e IL1β. A hipóxia aumentou a expressão gênica de TNFα e a razão Bax/Bcl2, indicando sinalização pró apoptótica. Em relação ao conteúdo de NO, observou-se uma grande quantidade de NO extracelular e baixo conteúdo intracelular, o que corrobora os baixos níveis das 3 isoformas das NOS em hipóxia nas células renais. Nas células cardíacas, observou-se uma diminuição significativa na viabilidade celular em células cardíacas tratadas por 30 min com meio condicionado pelas células renais em hipóxia. As células cardíacas expostas ao meio condicionado do grupo Hx/LNAME tiveram redução da expressão gênica de IL1β e aumento da expressão de αActina. Além disso, o tratamento com L-NAME foi capaz de diminuir o conteúdo total de NO em células cardíacas que receberam o meio condicionado de células renais em normóxia mas aumentou as somatórias das frações de NO em hipóxia, apesar da isoforma nNOS apresentar expressão diminuida em situação de hipóxia. Em relação ao segundo protocolo experimental, a transfecção por 48h com as proteínas acessórias do SARS-CoV-2 foi capaz de reduzir a viabilidade de células cardíacas e renais. Contudo, não houve redução na viabilidade de células cardíacas tratadas com sobrenadante de células renais transfectadas. Além disso, a transfecção com as ORF3a e ORF8 aumentou a expressão gênica de ACE2 e IL1β em HEK293-T e H9C2-T mas não em H9c2-MC. Em conclusão, i) o bloqueio do NO exerce papel importante na viabilidade celular bem como no ajuste dos níveis de NO em situações de estresse, como o modelo de hipóxia, ii) o efeito da redução na viabilidade celular e o aumento de citocinas pró inflamatórias parece ser direto pela transfecção direta das proteínas acessórias e não relacionado ao meio condicionado.

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  • ANDERSON SCHMEING
  •  Desenvolvimento de microfibras de PCL/PLA dopadas com nanopartículas de óxido de zinco (ZnO) e de magnetita para estudo de aplicabilidade no monitoramento de metais pesados em água 

  • Orientador : JEAN JACQUES BONVENT
  • Data: 11/Ago/2023

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  • O aumento da poluição de ecossistemas aquáticos por metais pesados é cada vez mais preocupante. O incremento desses elementos em corpos d'água continentais ocorre decorrente de atividades antropogênicas, tais como:  mineração, agropecuária, residenciais e industriais. Tais atividades geram efluentes muitas vezes com cargas altamente tóxicas, atingindo a biota e toda a cadeia alimentar nela estruturada em caráter inclusive de bioacumulação. Por outro lado, muitas são as técnicas e processos de remoção de metais pesados de água doce praticados inclusive com amparo comercial. No entanto, no que se refere ao monitoramento de remoção desses contaminantes, principalmente atrelado ao tratamento de águas residuárias para consumo humano, parece existir uma deficiência que poderia ser suprida com a existência de um sistema de monitoramento efetivo, barato e capaz de gerar dados de forma dinâmica das etapas de remoção. Esse trabalho se constituiu na síntese de um elemento adsorvente de chumbo (Pb) e o cobre (Cu), com potencial de produto modelo para futuro desenvolvimento e aplicabilidade como elemento sensor para dispositivos de baixo custo para monitoramento da presença de metais pesados, bem como  outros contaminantes emergentes dissolvidos em água. Trata-se de um produto estruturado como compósito à base de blendas de fibras biopoliméricas constituídas de poli (ε-caprolactona) (PCL) e poli (ácido láctico) (PLA) rotofiadas e funcionalizadas com nanopartículas (NP) de magnetita (Fe3O4) e de óxido de zinco (ZnO). Para caracterização morfológica de superfícies foram utilizadas a microscopia eletrônica de varredura (MEV) e microscopia de força atômica (AFM). Para análise de adsorção foram exploradas as características vibracionais do compósito produzido utilizando espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FT-IR) e espectrometria de fotoelétrons excitados por raios-x (XPS). Os potenciais de interação das nanopartículas, bem como demais características morfológicas foram analisados por curva magnética, potencial zeta e técnicas de espalhamento dinâmico e estático de luz (DLS/SLS). Os resultados mostraram testes positivos de adsorção por parte do compósito.


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  • O aumento da poluição de ecossistemas aquáticos por metais pesados é cada vez mais preocupante. O incremento desses elementos em corpos d'água continentais ocorre decorrente de atividades antropogênicas, tais como:  mineração, agropecuária, residenciais e industriais. Tais atividades geram efluentes muitas vezes com cargas altamente tóxicas, atingindo a biota e toda a cadeia alimentar nela estruturada em caráter inclusive de bioacumulação. Por outro lado, muitas são as técnicas e processos de remoção de metais pesados de água doce praticados inclusive com amparo comercial. No entanto, no que se refere ao monitoramento de remoção desses contaminantes, principalmente atrelado ao tratamento de águas residuárias para consumo humano, parece existir uma deficiência que poderia ser suprida com a existência de um sistema de monitoramento efetivo, barato e capaz de gerar dados de forma dinâmica das etapas de remoção. Esse trabalho se constituiu na síntese de um elemento adsorvente de chumbo (Pb) e o cobre (Cu), com potencial de produto modelo para futuro desenvolvimento e aplicabilidade como elemento sensor para dispositivos de baixo custo para monitoramento da presença de metais pesados, bem como  outros contaminantes emergentes dissolvidos em água. Trata-se de um produto estruturado como compósito à base de blendas de fibras biopoliméricas constituídas de poli (ε-caprolactona) (PCL) e poli (ácido láctico) (PLA) rotofiadas e funcionalizadas com nanopartículas (NP) de magnetita (Fe3O4) e de óxido de zinco (ZnO). Para caracterização morfológica de superfícies foram utilizadas a microscopia eletrônica de varredura (MEV) e microscopia de força atômica (AFM). Para análise de adsorção foram exploradas as características vibracionais do compósito produzido utilizando espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FT-IR) e espectrometria de fotoelétrons excitados por raios-x (XPS). Os potenciais de interação das nanopartículas, bem como demais características morfológicas foram analisados por curva magnética, potencial zeta e técnicas de espalhamento dinâmico e estático de luz (DLS/SLS). Os resultados mostraram testes positivos de adsorção por parte do compósito.

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  • MARA VIANA SILVA
  • IL-10 E TNF NA COMPETÊNCIA E CRITOLERÂNCIA DE EMBRIÕES BOVINOS PRODUZIDOS IN VITRO

  • Orientador : MATEUS JOSE SUDANO
  • Data: 4/Out/2023

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  • A mortalidade embrionária é uma das principais causas de perda econômica em sistemas de produção e pode estar associada a fatores envolvidos na atividade inflamatória e apoptose. Estudos indicam que a interleucina-10 (IL-10) ao se ligar ao seu receptor especifico induz a inibição da atividade do NF-κB reduzindo expressão de genes responsáveis pela produção de citocinas pró-inflamatórias, como por exemplo o fator de necrose tumoral (TNF-α). A IL-10 é uma citocina pleiotrópica que controla os processos inflamatórios suprimindo a produção de citocinas pró-inflamatórias que são transcricionalmente controladas pelo NF-κB. Em seu estado inativo o NF-κB está presente no citoplasma como um heterodímero p50-p65, ligado à sua proteína inibidora IkB. Citocinas pró-inflamatórias, como o TNF-α, ativam o NF-κB, estimulando a atividade de quinases IkB (IKKs) permitindo assim a liberação do NF-κB para o núcleo. O homodímero de IL-10 possui um receptor tetraédrico do tipo II, composto por duas subunidades α e β. A subunidade α é expressa em células hematopoiéticas (como células T, B, NK, mastócitos e dendríticas) enquanto a subunidade β é expressa de um modo geral. Quando se liga ao seu receptor IL-10R-α e -ß, ativa a via de sinalização Jak1-Stat3. A ativação de Jak1, induz a ativação de Stat3. Ao ser ativado a Stat3 entra no núcleo inibindo a atividade de ligação ao DNA de NF-κB, e bloqueando a da atividade de IkB. A presente dissertação teve como objetivo a investigação do efeito da IL-10 e do TNF-α sobre a competência e criotolerância de embriões bovinos produzidos in vitro. Para tanto, o efeito da IL-10 foi investigado sobre o desenvolvimento e qualidade embrionária in vitro e sobre atenuação dos efeitos pró-inflamatórios induzidos pelo TNF-α. Adicionalmente, foi avaliada a criotolerância de embriões suplementados com IL-10, antes e após a criopreservação, e os blastocistos obtidos foram interrogados quanto a viabilidade celular (apoptose celular e número de células totais). Para análise estatística, modelos univariados de dados foram  utilizados, assumindo o nível de significância de 5%. Como resultados foi observado indícios dos efeitos tanto da IL-10 como do TNF-α sobre a competência do desenvolvimento embrionário, o TNF-α tem um efeito prejudicial na competência do desenvolvimento embrionário e na criosobrevivência por retardar a morfocinética e eventos relacionados à apoptose, enquanto a IL-10, quando combinada com o TNF-α, parece atenuar os efeitos prejudiciais do TNF-α.


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  • A mortalidade embrionária é uma das principais causas de perda econômica em sistemas de produção e pode estar associada a fatores envolvidos na atividade inflamatória e apoptose. Estudos indicam que a interleucina-10 (IL-10) ao se ligar ao seu receptor especifico induz a inibição da atividade do NF-κB reduzindo expressão de genes responsáveis pela produção de citocinas pró-inflamatórias, como por exemplo o fator de necrose tumoral (TNF-α). A IL-10 é uma citocina pleiotrópica que controla os processos inflamatórios suprimindo a produção de citocinas pró-inflamatórias que são transcricionalmente controladas pelo NF-κB. Em seu estado inativo o NF-κB está presente no citoplasma como um heterodímero p50-p65, ligado à sua proteína inibidora IkB. Citocinas pró-inflamatórias, como o TNF-α, ativam o NF-κB, estimulando a atividade de quinases IkB (IKKs) permitindo assim a liberação do NF-κB para o núcleo. O homodímero de IL-10 possui um receptor tetraédrico do tipo II, composto por duas subunidades α e β. A subunidade α é expressa em células hematopoiéticas (como células T, B, NK, mastócitos e dendríticas) enquanto a subunidade β é expressa de um modo geral. Quando se liga ao seu receptor IL-10R-α e -ß, ativa a via de sinalização Jak1-Stat3. A ativação de Jak1, induz a ativação de Stat3. Ao ser ativado a Stat3 entra no núcleo inibindo a atividade de ligação ao DNA de NF-κB, e bloqueando a da atividade de IkB. A presente dissertação teve como objetivo a investigação do efeito da IL-10 e do TNF-α sobre a competência e criotolerância de embriões bovinos produzidos in vitro. Para tanto, o efeito da IL-10 foi investigado sobre o desenvolvimento e qualidade embrionária in vitro e sobre atenuação dos efeitos pró-inflamatórios induzidos pelo TNF-α. Adicionalmente, foi avaliada a criotolerância de embriões suplementados com IL-10, antes e após a criopreservação, e os blastocistos obtidos foram interrogados quanto a viabilidade celular (apoptose celular e número de células totais). Para análise estatística, modelos univariados de dados foram  utilizados, assumindo o nível de significância de 5%. Como resultados foi observado indícios dos efeitos tanto da IL-10 como do TNF-α sobre a competência do desenvolvimento embrionário, o TNF-α tem um efeito prejudicial na competência do desenvolvimento embrionário e na criosobrevivência por retardar a morfocinética e eventos relacionados à apoptose, enquanto a IL-10, quando combinada com o TNF-α, parece atenuar os efeitos prejudiciais do TNF-α.

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  • MAIARA GONÇALVES RODRIGUES
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE POTENCIAL DE NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDO DE ZINCO.

  • Orientador : ELIZABETH TEODOROV
  • Data: 5/Out/2023

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  • As nanopartículas de óxido de zinco (ZnO NPs) possuem propriedades antimicrobianas e regenerativas e são “no geral reconhecidas como seguras” -generally recognized as safe - GRA pela Food and Drug Administration - FDA. No entanto, a avaliação da toxicidade das nanopartículas sob parâmetros de segurança rigorosos é necessária antes de extrapolar seu uso, tendo em vista todas as suas aplicações e os possíveis impactos a componentes celulares e a ecossistemas e seus organismos biológicos. O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade potencial de diferentes concentrações de nanopartículas de óxido de zinco sendo origens distintas: duas comerciais ZnO NP-1 (50 nm) e ZnO NP-2 (100 nm) e uma sintetizada pelo método hidrotermal, ZnO NP-3 (118 nm) em cistos e náuplios de Artemia franciscana, em fibroblastos humanos e em microrganismos de importância médica. Os resultados foram subdivididos em capítulos sendo: (i) Caracterização das nanopartículas em suspensão, cujos resultados dos tamanhos hidrodinâmicos de cada amostra apresentaram variação do tamanho inicial em estado sólido; (ii) Ensaios de Ecotoxicidade, nos quais os resultados revelam que as ZnO NPs 1, 2 e 3 afetam a taxa de eclosão e mortalidade de A. franciscana e reforçam o uso desta espécie como um modelo viável para investigar efeitos tóxicos de nanopartículas; e de (iii) Citotoxicidade evidenciando diminuição da viabilidade celular de fibroblastos em 30% a partir de 100 mg/L para ZnO NP-2 e em 200 mg/L para ZnO NP-1 e 3; e ação antimicrobiana em que para Serratia marcescens as três ZnO NPs e suas respectivas concentrações (2 mg/L a 400 mg/L) foram capazes de inibir o crescimento em proporção inferior a 90%. Já para Candida tropicalis, houve inibição de crescimento a partir de 100 mg/L para as três ZnO NPs. As análises comparativas entre citotoxicidade e ação antimicrobiana evidenciaram baixa toxicidade contra linhagens de células humanas (fibroblastos FN1), mas ao mesmo tempo eficientes no combate de diferentes microrganismos de importância médica. Nesse sentido, as ZnO NPs se constituem uma abordagem promissora para combater infecções bacterianas cada vez mais resistentes, mantendo sua biocompatibilidade. Os dados analisados em conjunto confirmam que as propriedades físico-químicas, bem como biológicas das ZnO NPs são dependentes de sua composição, tamanho e forma, do meio e dos organismos com os quais interagem indicando assim que a toxicidade destas é afetada por diversos fatores que se inter-relacionam.


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  • As nanopartículas de óxido de zinco (ZnO NPs) possuem propriedades antimicrobianas e regenerativas e são “no geral reconhecidas como seguras” -generally recognized as safe - GRA pela Food and Drug Administration - FDA. No entanto, a avaliação da toxicidade das nanopartículas sob parâmetros de segurança rigorosos é necessária antes de extrapolar seu uso, tendo em vista todas as suas aplicações e os possíveis impactos a componentes celulares e a ecossistemas e seus organismos biológicos. O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade potencial de diferentes concentrações de nanopartículas de óxido de zinco sendo origens distintas: duas comerciais ZnO NP-1 (50 nm) e ZnO NP-2 (100 nm) e uma sintetizada pelo método hidrotermal, ZnO NP-3 (118 nm) em cistos e náuplios de Artemia franciscana, em fibroblastos humanos e em microrganismos de importância médica. Os resultados foram subdivididos em capítulos sendo: (i) Caracterização das nanopartículas em suspensão, cujos resultados dos tamanhos hidrodinâmicos de cada amostra apresentaram variação do tamanho inicial em estado sólido; (ii) Ensaios de Ecotoxicidade, nos quais os resultados revelam que as ZnO NPs 1, 2 e 3 afetam a taxa de eclosão e mortalidade de A. franciscana e reforçam o uso desta espécie como um modelo viável para investigar efeitos tóxicos de nanopartículas; e de (iii) Citotoxicidade evidenciando diminuição da viabilidade celular de fibroblastos em 30% a partir de 100 mg/L para ZnO NP-2 e em 200 mg/L para ZnO NP-1 e 3; e ação antimicrobiana em que para Serratia marcescens as três ZnO NPs e suas respectivas concentrações (2 mg/L a 400 mg/L) foram capazes de inibir o crescimento em proporção inferior a 90%. Já para Candida tropicalis, houve inibição de crescimento a partir de 100 mg/L para as três ZnO NPs. As análises comparativas entre citotoxicidade e ação antimicrobiana evidenciaram baixa toxicidade contra linhagens de células humanas (fibroblastos FN1), mas ao mesmo tempo eficientes no combate de diferentes microrganismos de importância médica. Nesse sentido, as ZnO NPs se constituem uma abordagem promissora para combater infecções bacterianas cada vez mais resistentes, mantendo sua biocompatibilidade. Os dados analisados em conjunto confirmam que as propriedades físico-químicas, bem como biológicas das ZnO NPs são dependentes de sua composição, tamanho e forma, do meio e dos organismos com os quais interagem indicando assim que a toxicidade destas é afetada por diversos fatores que se inter-relacionam.

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  • FABIO DANILO FERREIRA
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    Inteligência competitiva e tecnológica: análise de práticas e modelo para o desenvolvimento de inovações

    em empresas de biotecnologia


  • Orientador : ANAPATRICIA DE OLIVEIRA MORALES VILHA
  • Data: 6/Out/2023

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  • O desenvolvimento de inovações tecnológicas criadas a partir do avanço científico das diferentes áreas da biotecnologia apresentam potencial para resolver muitos dos problemas da sociedade moderna, como maior produtividade em agricultura e produção de biocombustíveis. As empresas buscam estratégias para alcançar diferenciações capazes de produzir produtos e serviços para o mercado que gerem vantagens competitivas sustentáveis em relação a seus competidores. Diante do cenário promissor e simultaneamente competitivo em que se encontram as empresas de biotecnologia, métodos que busquem gerenciar o desenvolvimento de inovações e proporcionar insumos tecnológicos, competitivos e de mercado tornam-se importantes ferramentas para o desenvolvimento dos negócios das empresas do setor. Neste contexto, as ferramentas de inteligência competitiva e tecnológica constituem importantes elementos para captar, tratar e analisar informações para subsidiar o processo de tomada de decisão no presente em favor de inovações tecnológicas de impacto futuro. Considera-se ainda a racionalidade dos negócios em biotecnologia, que apresenta características próprias do setor, como o alto investimento no estágio inicial das empresas, forte presença de redes de colaboração e complexo e demorado processo de pesquisa e desenvolvimento para que os produtos tenham sucesso e cheguem ao mercado. Diante disso, o presente estudo pretende investigar como as rotinas de inteligência competitiva e tecnológica podem orientar o desenvolvimento de inovações tecnológicas para as empresas em biotecnologia. Em um segundo momento, pretende-se também construir um modelo analítico para a aplicação de ferramentas de inteligência competitiva e tecnológica para as empresas biotecnológicas, em condições normais de ambiente.


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  • O desenvolvimento de inovações tecnológicas criadas a partir do avanço científico das diferentes áreas da biotecnologia apresentam potencial para resolver muitos dos problemas da sociedade moderna, como maior produtividade em agricultura e produção de biocombustíveis. As empresas buscam estratégias para alcançar diferenciações capazes de produzir produtos e serviços para o mercado que gerem vantagens competitivas sustentáveis em relação a seus competidores. Diante do cenário promissor e simultaneamente competitivo em que se encontram as empresas de biotecnologia, métodos que busquem gerenciar o desenvolvimento de inovações e proporcionar insumos tecnológicos, competitivos e de mercado tornam-se importantes ferramentas para o desenvolvimento dos negócios das empresas do setor. Neste contexto, as ferramentas de inteligência competitiva e tecnológica constituem importantes elementos para captar, tratar e analisar informações para subsidiar o processo de tomada de decisão no presente em favor de inovações tecnológicas de impacto futuro. Considera-se ainda a racionalidade dos negócios em biotecnologia, que apresenta características próprias do setor, como o alto investimento no estágio inicial das empresas, forte presença de redes de colaboração e complexo e demorado processo de pesquisa e desenvolvimento para que os produtos tenham sucesso e cheguem ao mercado. Diante disso, o presente estudo pretende investigar como as rotinas de inteligência competitiva e tecnológica podem orientar o desenvolvimento de inovações tecnológicas para as empresas em biotecnologia. Em um segundo momento, pretende-se também construir um modelo analítico para a aplicação de ferramentas de inteligência competitiva e tecnológica para as empresas biotecnológicas, em condições normais de ambiente.

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  • JULIO CEZAR ARAUJO DA SILVA
  • CITOPROTEÇÃO MEDIADA POR COMPONENTES DE VENENOS DAS SERPENTES Bothrops jararaca E Bitis nasicornis EM ASTRÓCITOS TIPO C6 E NEURÔNIOS TIPO PC12 FRENTE AO ESTRESSE OXIDATIVO

  • Orientador : CARLOS ALBERTO DA SILVA
  • Data: 16/Out/2023

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  • A integridade bioquímica do cérebro é essencial para o funcionamento normal do sistema nervoso, um dos fatores que contribui para o dano bioquímico é o estresse oxidativo que se encontra envolvido em doenças neurodegenerativas assim como distúrbios neuropsiquiátricos. Poucos estudos foram realizados sobre a atividade dos peptídeos potencializadores da Bradicinina (BPPs) frente ao estresse oxidativo. Os BPPs são classificados estruturalmente como oligopeptídeos, com alto conteúdo de prolina, presentes no veneno de Bothrops jararaca e Bitis nasicornis, ambas membras da família Viperidae. Estes peptídeos potencializam síntese de L-arginina, um aminoácido que desempenha um papel crucial em muitas vias metabólicas como a formação de poliaminas e agmatina, ambas com propriedades neuroprotetoras. O objetivo deste estudo foi avaliar a citoproteção mediada pelos componentes peptídicos de venenos das serpentes Bothrops jararaca e Bitis narcicornis em células da glia do tipo astrócitos e neurônios contra o estresse oxidativo por H2O2. No presente estudo, foi explorado o uso de meio condicionado de células C6 submetidas ao estresse oxidativo para células PC12. As células C6 foram plaqueadas nas densidades 5 x 103 e 1 x 104 com diferentes concentrações de SFB 10, 1 e 0% submetidas ao estresse oxidativo por H2O2 nas concentrações de 2, 1, 0,5, e 0,3 mM por 24 h, para que posteriormente o meio fosse transferido para células PC12 5 x 103 e mantido por 24 h. O uso deste protocolo foi considerado inadequado para a realização de testes de citoproteção com os peptídeos testados, pois a integridade de células C6 foi reduzida, porém com o condicionamento de meio de cultura houve um aumento na integridade de células PC12 devido a presença de secretomas celulares das células C6. Nos ensaios de avaliação de efeitos citotóxicos da FBP (10, 1 e 0,01 μg.mL-1) e BPPs 7a e 10c (10, 1 e 0,01 μM) de Bothrops jararaca em células C6 por 24h, foi verificado que a FBP nas concentrações 10, 1 e 0,01 μg.mL-1 aumentou a integridade celular, enquanto que o BPP-7a não apresentou efeitos significativos. O BPP-10c apresentou aumento na integridade celular de maneira dose dependente, com as menores concentrações sendo mais eficazes. A avaliação de citotoxicidade dos BPPs 1, 2 e 8 (10, 1 e 0,01 μM) de Bitis nasicornis em células C6 e PC12 por 24 h, demonstrou que o que o BPP1 foi o único capaz de reduzir a integridade celular na concentração de 10 μM. Em células PC12, verificou-se que os BPPs 2 e 8 promoveram o aumento a integridade celular nas concentrações mais baixas (0,01 μM). Nos ensaios citoproteção as células C6 (5 x 103) foram pré-tratadas com diferentes concentrações da FBP (25 a 0,04 μg.mL-1) e BPPs 7a ou 10c (25 a 0,04 μM) por 4 h, seguindo pela adição do H2O2 (0,4 mM) na presença das mesmas concentrações de peptídeos, sendo mantidas a 37oC por mais 20 h. A FBP e BPPs 7a e 10c não forneceram citoproteção às células C6 contra o estresse oxidativo, mas foram capazes de potencializar os efeitos citotóxicos do H2O2 em baixas concentrações. Nos ensaios de citoproteção em células PC12 (5 x 103), foi realizado o pré-tratamento BPPs 1, 2 e 8 (25 a 0,04 μM) por 4 h e depois submetidas ao estresse oxidativo com do H2O2 (0,5 mM) com as mesmas concentrações de peptídeos. O BPP1 não demonstrou efeito citoprotetor em células PC12, porém os BPPs 2 e 8 demonstraram eficazes em fornecer citoproteção. Os resultados demonstraram que a sequência de aminoácidos pode ser um fator importante para citoproteção. O BPP2 (<ENWPRPKIPPMK) mostra um efeito abrangente, é possível que isso se deva a presença do dipeptídeo MK composto de metionina e lisina em sua estrutura, potencialize os efeitos citoprotetores contra H2O2 em células PC12.


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  • A integridade bioquímica do cérebro é essencial para o funcionamento normal do sistema nervoso, um dos fatores que contribui para o dano bioquímico é o estresse oxidativo que se encontra envolvido em doenças neurodegenerativas assim como distúrbios neuropsiquiátricos. Poucos estudos foram realizados sobre a atividade dos peptídeos potencializadores da Bradicinina (BPPs) frente ao estresse oxidativo. Os BPPs são classificados estruturalmente como oligopeptídeos, com alto conteúdo de prolina, presentes no veneno de Bothrops jararaca e Bitis nasicornis, ambas membras da família Viperidae. Estes peptídeos potencializam síntese de L-arginina, um aminoácido que desempenha um papel crucial em muitas vias metabólicas como a formação de poliaminas e agmatina, ambas com propriedades neuroprotetoras. O objetivo deste estudo foi avaliar a citoproteção mediada pelos componentes peptídicos de venenos das serpentes Bothrops jararaca e Bitis narcicornis em células da glia do tipo astrócitos e neurônios contra o estresse oxidativo por H2O2. No presente estudo, foi explorado o uso de meio condicionado de células C6 submetidas ao estresse oxidativo para células PC12. As células C6 foram plaqueadas nas densidades 5 x 103 e 1 x 104 com diferentes concentrações de SFB 10, 1 e 0% submetidas ao estresse oxidativo por H2O2 nas concentrações de 2, 1, 0,5, e 0,3 mM por 24 h, para que posteriormente o meio fosse transferido para células PC12 5 x 103 e mantido por 24 h. O uso deste protocolo foi considerado inadequado para a realização de testes de citoproteção com os peptídeos testados, pois a integridade de células C6 foi reduzida, porém com o condicionamento de meio de cultura houve um aumento na integridade de células PC12 devido a presença de secretomas celulares das células C6. Nos ensaios de avaliação de efeitos citotóxicos da FBP (10, 1 e 0,01 μg.mL-1) e BPPs 7a e 10c (10, 1 e 0,01 μM) de Bothrops jararaca em células C6 por 24h, foi verificado que a FBP nas concentrações 10, 1 e 0,01 μg.mL-1 aumentou a integridade celular, enquanto que o BPP-7a não apresentou efeitos significativos. O BPP-10c apresentou aumento na integridade celular de maneira dose dependente, com as menores concentrações sendo mais eficazes. A avaliação de citotoxicidade dos BPPs 1, 2 e 8 (10, 1 e 0,01 μM) de Bitis nasicornis em células C6 e PC12 por 24 h, demonstrou que o que o BPP1 foi o único capaz de reduzir a integridade celular na concentração de 10 μM. Em células PC12, verificou-se que os BPPs 2 e 8 promoveram o aumento a integridade celular nas concentrações mais baixas (0,01 μM). Nos ensaios citoproteção as células C6 (5 x 103) foram pré-tratadas com diferentes concentrações da FBP (25 a 0,04 μg.mL-1) e BPPs 7a ou 10c (25 a 0,04 μM) por 4 h, seguindo pela adição do H2O2 (0,4 mM) na presença das mesmas concentrações de peptídeos, sendo mantidas a 37oC por mais 20 h. A FBP e BPPs 7a e 10c não forneceram citoproteção às células C6 contra o estresse oxidativo, mas foram capazes de potencializar os efeitos citotóxicos do H2O2 em baixas concentrações. Nos ensaios de citoproteção em células PC12 (5 x 103), foi realizado o pré-tratamento BPPs 1, 2 e 8 (25 a 0,04 μM) por 4 h e depois submetidas ao estresse oxidativo com do H2O2 (0,5 mM) com as mesmas concentrações de peptídeos. O BPP1 não demonstrou efeito citoprotetor em células PC12, porém os BPPs 2 e 8 demonstraram eficazes em fornecer citoproteção. Os resultados demonstraram que a sequência de aminoácidos pode ser um fator importante para citoproteção. O BPP2 (<ENWPRPKIPPMK) mostra um efeito abrangente, é possível que isso se deva a presença do dipeptídeo MK composto de metionina e lisina em sua estrutura, potencialize os efeitos citoprotetores contra H2O2 em células PC12.

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  • VITOR FROST MARCHESAN
  • CONSTRUÇÃO DE FOTOBIORREATOR DE BANCADA AUTOMATIZADO

  • Orientador : LIVIA SENO FERREIRA CAMARGO
  • Data: 18/Out/2023

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  • As microalgas vêm ganhando visibilidade pela sua capacidade de produzir biocombustíveis, biofármacos, suplemento para consumo humano e animal e tratamento de águas residuais. Porém, os fotobiorreatores que permitem o seu cultivo, podem ser caros e inacessíveis para escolas e universidades. Assim, este trabalho visou desenvolver um fotobiorreator de bancada de código aberto e de baixo custo, capaz de monitorar e controlar em tempo real parâmetros essenciais como temperatura, pH, quantidade de luz incidida e controle de nutrientes. Assim, possibilita-se um melhor desempenho e viabiliza o uso nestas instituições. A fim de avaliar a possibilidade de uso do equipamento para cultivo de microalgas, foram realizados cultivos com o organismo modelo Chlamydomonas reinhardtii, tanto a cepa selvagem CC1690, como uma recombinante expressando a proteína fluorescente mCherry. O reator foi construído com materiais de baixo custo, como vidrarias de laboratório e impressão 3D. Para controle do bioprocesso, utilizou-se do computador Raspberry Pi com interface web. Para identificação da fase de crescimento, utilizou-se a leitura de cor do meio como indicação indireta da curva de crescimento. Confirmou-se a correlação entre a leitura da cor verde no fotobiorreator, e as leituras em OD750. Os resultados de crescimento celular do fotobiorreator foram similares aos resultados obtidos para os cultivos realizados em frascos de Erlenmeyer em agitador orbital. Mostrou-se assim um equipamento capaz de mimetizar ambientes de maneira controlada em pequena escala, com acompanhamento em tempo real, mas ainda necessitando de aprimoramentos.


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  • As microalgas vêm ganhando visibilidade pela sua capacidade de produzir biocombustíveis, biofármacos, suplemento para consumo humano e animal e tratamento de águas residuais. Porém, os fotobiorreatores que permitem o seu cultivo, podem ser caros e inacessíveis para escolas e universidades. Assim, este trabalho visou desenvolver um fotobiorreator de bancada de código aberto e de baixo custo, capaz de monitorar e controlar em tempo real parâmetros essenciais como temperatura, pH, quantidade de luz incidida e controle de nutrientes. Assim, possibilita-se um melhor desempenho e viabiliza o uso nestas instituições. A fim de avaliar a possibilidade de uso do equipamento para cultivo de microalgas, foram realizados cultivos com o organismo modelo Chlamydomonas reinhardtii, tanto a cepa selvagem CC1690, como uma recombinante expressando a proteína fluorescente mCherry. O reator foi construído com materiais de baixo custo, como vidrarias de laboratório e impressão 3D. Para controle do bioprocesso, utilizou-se do computador Raspberry Pi com interface web. Para identificação da fase de crescimento, utilizou-se a leitura de cor do meio como indicação indireta da curva de crescimento. Confirmou-se a correlação entre a leitura da cor verde no fotobiorreator, e as leituras em OD750. Os resultados de crescimento celular do fotobiorreator foram similares aos resultados obtidos para os cultivos realizados em frascos de Erlenmeyer em agitador orbital. Mostrou-se assim um equipamento capaz de mimetizar ambientes de maneira controlada em pequena escala, com acompanhamento em tempo real, mas ainda necessitando de aprimoramentos.

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  • SILVANA DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DE TOXICIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL DE Pelargonium graveolens: ESTUDOS MORFOLÓGICOS E COMPORTAMENTAIS EM Artemia franciscana E POTENCIAL ANTIMICROBIANO.


  • Orientador : ELIZABETH TEODOROV
  • Data: 19/Out/2023

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  • Óleos essenciais (OEs) são misturas complexas de substâncias voláteis, lipossolúveis e odor característico e muito utilizadas no tratamento de transtornos mentais. Estudos que avaliam concentrações ativas, mas que não causem efeitos colaterais graves ainda são escassos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial tóxico de dois OEs (G1 e G2) de Pelargonium graveolens. Para tanto, cistos e náuplios de Artemia franciscana foram expostos a ambos OEs e submetidos a ensaios de toxicidade, comportamental e bioquímico, bem como ambos OEs foram analisados quanto ao potencial antimicrobiano. Os dados de toxicidade revelaram redução na taxa de eclosão de cistos em ambos OEs nas maiores concentrações, bem como aumento na taxa de mortalidade nas mesmas concentrações, bem como ocorreu redução da atividade locomotora de náuplios nas maiores concentrações do OE G2. A avaliação qualitativa da produção de espécies reativas de oxigênio foi maior nos grupos de ambos OEs em 5% e 1%, e a avalição qualitativa morfológica evidenciou malformações principalmente nos grupos de ambos OEs a 5%. Finalmente, a avaliação microbiológica revelou que as maiores concentrações de ambos OEs G1 e G2 foram capazes de inibir o crescimento microbiano. Esses dados em conjunto permitiram concluir que concentrações maiores de OEs de P. graveolens podem ser tóxicas e, mesmo apresentando atividade antimicrobiana, demonstram que o uso indiscriminado dessas substâncias pode acarretar severos prejuízos à saúde dos usuários.


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  • Óleos essenciais (OEs) são misturas complexas de substâncias voláteis, lipossolúveis e odor característico e muito utilizadas no tratamento de transtornos mentais. Estudos que avaliam concentrações ativas, mas que não causem efeitos colaterais graves ainda são escassos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial tóxico de dois OEs (G1 e G2) de Pelargonium graveolens. Para tanto, cistos e náuplios de Artemia franciscana foram expostos a ambos OEs e submetidos a ensaios de toxicidade, comportamental e bioquímico, bem como ambos OEs foram analisados quanto ao potencial antimicrobiano. Os dados de toxicidade revelaram redução na taxa de eclosão de cistos em ambos OEs nas maiores concentrações, bem como aumento na taxa de mortalidade nas mesmas concentrações, bem como ocorreu redução da atividade locomotora de náuplios nas maiores concentrações do OE G2. A avaliação qualitativa da produção de espécies reativas de oxigênio foi maior nos grupos de ambos OEs em 5% e 1%, e a avalição qualitativa morfológica evidenciou malformações principalmente nos grupos de ambos OEs a 5%. Finalmente, a avaliação microbiológica revelou que as maiores concentrações de ambos OEs G1 e G2 foram capazes de inibir o crescimento microbiano. Esses dados em conjunto permitiram concluir que concentrações maiores de OEs de P. graveolens podem ser tóxicas e, mesmo apresentando atividade antimicrobiana, demonstram que o uso indiscriminado dessas substâncias pode acarretar severos prejuízos à saúde dos usuários.

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  • LAIS CASTRO DE CARVALHO
  • Predição Genômica Aliada a Ferramentas de Caracterização Química para Identificação de Metabólitos Secundários Bioativos no Controle de Patógenos Agrícolas

  • Orientador : CELIO FERNANDO FIGUEIREDO ANGOLINI
  • Data: 11/Dez/2023

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  • O uso indiscriminado de agentes químicos na agricultura representa um dos principais problemas socioambientais enfrentados pela humanidade. Neste sentido, pesquisas têm proposto soluções sustentáveis para o controle de patógenos nas plantações mediante intervenção de ferramentas como o controle biológico. O controle biológico baseado na aplicação de microrganismos benéficos ao solo e seus respectivos metabólitos secundários consiste em uma das formas mais efetivas de combate a pagras e doenças da agricultura; todavia, a caracterização desses metabólitos e a compreensão da maquinaria biossintética empregada por estes microrganismos ainda são obstáculos na descoberta de produtos naturais. Considerando este cenário, o presente trabalho buscou dar início a identificação de potenciais biomoléculas com atividade antifúngica, produzidas pelas espécies Streptomyces albidoflavus e Streptomyces misionensis. Mediante ensaios biológicos in vitro de antagonismo, caracterizações de metabólitos secundários obtidos por análises de Espectrometria de Massas acoplada a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (LC-MS), aliadas a predições genômicas (Genome Mining), e ensaios in vivo realizados pela parceira Agrivalle, este trabalho fornece dados que instigam a compreensão das interações entre bactérias benéficas, plantas e patógenos. Os resultados revelaram que as espécies Streptomyces albidoflavus e Streptomyces misionensis são potenciais agentes antagonistas contra os fungos patogênicos Sclerotinia sclerotiorum, Fusarium oxysporum, Corynespora cassiicola e Colletotrichum truncatum, além de evidenciar a estreita relação existente entre as fontes nutricionais dos meios de cultura e a composição do metabolismo secundário das bactérias investigadas.


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  • O uso indiscriminado de agentes químicos na agricultura representa um dos principais problemas socioambientais enfrentados pela humanidade. Neste sentido, pesquisas têm proposto soluções sustentáveis para o controle de patógenos nas plantações mediante intervenção de ferramentas como o controle biológico. O controle biológico baseado na aplicação de microrganismos benéficos ao solo e seus respectivos metabólitos secundários consiste em uma das formas mais efetivas de combate a pagras e doenças da agricultura; todavia, a caracterização desses metabólitos e a compreensão da maquinaria biossintética empregada por estes microrganismos ainda são obstáculos na descoberta de produtos naturais. Considerando este cenário, o presente trabalho buscou dar início a identificação de potenciais biomoléculas com atividade antifúngica, produzidas pelas espécies Streptomyces albidoflavus e Streptomyces misionensis. Mediante ensaios biológicos in vitro de antagonismo, caracterizações de metabólitos secundários obtidos por análises de Espectrometria de Massas acoplada a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (LC-MS), aliadas a predições genômicas (Genome Mining), e ensaios in vivo realizados pela parceira Agrivalle, este trabalho fornece dados que instigam a compreensão das interações entre bactérias benéficas, plantas e patógenos. Os resultados revelaram que as espécies Streptomyces albidoflavus e Streptomyces misionensis são potenciais agentes antagonistas contra os fungos patogênicos Sclerotinia sclerotiorum, Fusarium oxysporum, Corynespora cassiicola e Colletotrichum truncatum, além de evidenciar a estreita relação existente entre as fontes nutricionais dos meios de cultura e a composição do metabolismo secundário das bactérias investigadas.

Teses
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  • CAROLINE RAMOS DA CRUZ
  • CAPTURA E AVALIAÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA DE COMPOSTOS NATURAIS SELETIVOS FRENTE A ATIVIDADE ENZIMÁTICA E FARMACOLÓGICA DE UMA NOVA SERINO PROTEASE (CDTSP-2) DE CROTALUS DURISSUS TERRIFICUS.

  • Data: 31/Mar/2023

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  • As serino proteases de venenos são toxinas enzimática e pertencem à classe de proteases que agem sobre diferentes fatores da cascata de coagulação. Sendo assim, essas enzimas são referidas como toxinas trombina símile exibindo capacidade coagulante in vitro por intermédio da degradação das cadeias α e/ou β do fibrinogênio e mesmo sendo uma proteína extremamente importante, estas estão presentes em concentrações ao redor de 2 a 5% do veneno seco de serpentes. A Cdtsp2 é uma enzima com uma plataforma alfa beta esterásica com a tríade catalítica Ser, His e Asp e a interação molecular desta tríade com substratos proteicos seja o fibrinogênio, fatores de coagulação ou com receptores PAR (Protease Activated Receptor), importantes para a ação de serino proteases de venenos de serpentes, pois são proteínas transmembranares que, quando ativadas por proteases, desencadeiam uma série de respostas biológicas, como a agregação plaquetária, a inflamação e a sensibilização nociceptiva, além disso, os receptores PARs também estão presentes em células hepáticas. Objetivos: Assim este trabalho de tese mostrou duas linhas de ações: avaliação de flavonoides glicosilados e a investigação de inibidores de tripsina/ qumiotripsina de semente de plantas para inibição da atividade enzimática da Cdtsp2 e a outra linha de investigação foi avaliar a capacidade desta toxina enzimática como agente hepatotóxica importante a ser considerado no envenenamento crotálico.Métodos: Neste trabalho foram realizados procedimentos para obtenção da Cdtsp2 pelo fracionamento do veneno total seco de Crotalus durissus terrificus usando métodos bioquímicos e, além disso, usamos uma técnica “clonagem de proteínas recombinantes em células livres” usando kits comerciais contrapondo com os métodos convencionais de clonagem.  Para avaliar a capacidade dos compostos naturais em inibir a atividade enzimática da Cdtsp2 usamos os softwares livre como https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/; http://www.swisstargetprediction.ch/; https://www.ebi.ac.uk/chembl/. Assim Tivemos uma visão global dos compostos e o uso de ferramenta de molecular docking sendo selecionados dois flavonoides flavonóides glicosilados (quercetin-3-O-arabinosídeo (Qa) e quercetin-3-O-ramnosídeo (Qn)) isolados de Laguncularia Racemosa e entre os inibidores de tripsina de sementes foram testados os inibidores do tipo Kunitz.  Para os ensaios de hepatoxicidade foram realizados experimentos usando camundongos como modelo de estudo. Conclusões: As proteínas clonadas funcionam, mas sem glicosilações encontradas na proteína nativa e seu rendimento foi satisfatório, mas o custo operacional é extremamente caro e inviável, a proteína Cdtsp2 mostrou uma grande atividade hepatotóxica e esta atividade, bem como sua atividade edematogênica, miotóxica também foram fortemente inibidos pela prévia incubação com o inibidor EcTI, o qual é um inibidor do tipo Kunitz, já os flavonoides inibiram parcialmente as atividades enzimática e farmacológicas de edema e miotóxica da Cdtsp


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  • As serino proteases de venenos são toxinas enzimática e pertencem à classe de proteases que agem sobre diferentes fatores da cascata de coagulação. Sendo assim, essas enzimas são referidas como toxinas trombina símile exibindo capacidade coagulante in vitro por intermédio da degradação das cadeias α e/ou β do fibrinogênio e mesmo sendo uma proteína extremamente importante, estas estão presentes em concentrações ao redor de 2 a 5% do veneno seco de serpentes. A Cdtsp2 é uma enzima com uma plataforma alfa beta esterásica com a tríade catalítica Ser, His e Asp e a interação molecular desta tríade com substratos proteicos seja o fibrinogênio, fatores de coagulação ou com receptores PAR (Protease Activated Receptor), importantes para a ação de serino proteases de venenos de serpentes, pois são proteínas transmembranares que, quando ativadas por proteases, desencadeiam uma série de respostas biológicas, como a agregação plaquetária, a inflamação e a sensibilização nociceptiva, além disso, os receptores PARs também estão presentes em células hepáticas. Objetivos: Assim este trabalho de tese mostrou duas linhas de ações: avaliação de flavonoides glicosilados e a investigação de inibidores de tripsina/ qumiotripsina de semente de plantas para inibição da atividade enzimática da Cdtsp2 e a outra linha de investigação foi avaliar a capacidade desta toxina enzimática como agente hepatotóxica importante a ser considerado no envenenamento crotálico.Métodos: Neste trabalho foram realizados procedimentos para obtenção da Cdtsp2 pelo fracionamento do veneno total seco de Crotalus durissus terrificus usando métodos bioquímicos e, além disso, usamos uma técnica “clonagem de proteínas recombinantes em células livres” usando kits comerciais contrapondo com os métodos convencionais de clonagem.  Para avaliar a capacidade dos compostos naturais em inibir a atividade enzimática da Cdtsp2 usamos os softwares livre como https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/; http://www.swisstargetprediction.ch/; https://www.ebi.ac.uk/chembl/. Assim Tivemos uma visão global dos compostos e o uso de ferramenta de molecular docking sendo selecionados dois flavonoides flavonóides glicosilados (quercetin-3-O-arabinosídeo (Qa) e quercetin-3-O-ramnosídeo (Qn)) isolados de Laguncularia Racemosa e entre os inibidores de tripsina de sementes foram testados os inibidores do tipo Kunitz.  Para os ensaios de hepatoxicidade foram realizados experimentos usando camundongos como modelo de estudo. Conclusões: As proteínas clonadas funcionam, mas sem glicosilações encontradas na proteína nativa e seu rendimento foi satisfatório, mas o custo operacional é extremamente caro e inviável, a proteína Cdtsp2 mostrou uma grande atividade hepatotóxica e esta atividade, bem como sua atividade edematogênica, miotóxica também foram fortemente inibidos pela prévia incubação com o inibidor EcTI, o qual é um inibidor do tipo Kunitz, já os flavonoides inibiram parcialmente as atividades enzimática e farmacológicas de edema e miotóxica da Cdtsp

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  • MARIANA NOVO BELCHOR
  • Caracterização das propriedades bioquímicas, estruturais, edematogênicas e pró-oxidantes de sPLA2 clonadas e expressas em comparação com sPLA2 nativas purificadas do veneno de Crotalus durissus terrificus.

  • Data: 10/Abr/2023

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  • As fosfolipases A2 secretórias enzimas presentes no veneno de várias espécies de serpentes. Essas enzimas têm a capacidade de hidrolisar a ligação éster do ácido fosfatídico presente nas membranas celulares, liberando ácido araquidônico e lisofosfolipídeos. Além disso, algumas fosfolipases A2 secretórias podem apresentar atividade neurotóxica, cardiotóxica e miotóxica, por exemplo. A clonagem das enzimas de Cascavel permitiria vários estudos de mudanças pontuais da proteína para examinarmos aspectos importantes desta enzima e elucidando perguntas essenciais. A primeira seria em relação ao mecanismo de catalise destas enzimas e como seria a forma de processamento do fosfolipídio de membrana, pois mesmo com o uso de inibidores da atividade enzimática, a atividade farmacológica pode não ser inibida. Entretanto, a clonagem e expressão realizada neste trabalho não foi suficiente para atingirmos grandes quantidades da proteína. Deste modo, foram realizados estudos in silico que foram cruciais para determinar que existe uma mecânica de processamento do fosfolipidio. Mostramos que os resíduos de Lys na porção C terminal das sPLA2 tanto de Cascavel quanto de Bothrops jararacussu são o primeiro ponto de ancoragem na membrana. Posteriormente, alguns fosfolipidios acessam a porção do sítio ativo e em todos os cenários, os resíduos de asp49 his 48 são cruciais para a catalise. Nosso trabalho  também sugere dois pontos de saída dos produtos  que são o lisofosfolipidios e o ácido graxo livre poliinsaturado. O segundo ponto importante foi mostrar que a catalise não é importante para a atividade farmacológica e que no caso das PLA2 catalticamente não ativas ou Lys49 estas toxinas se ligam e interagem com a membrana e que o fosfolipídio ocupa de forma adequada o sitio enzimático, mas se ser processado e fortemente estabilizado na cavidade do sítio ativo.


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  • As fosfolipases A2 secretórias enzimas presentes no veneno de várias espécies de serpentes. Essas enzimas têm a capacidade de hidrolisar a ligação éster do ácido fosfatídico presente nas membranas celulares, liberando ácido araquidônico e lisofosfolipídeos. Além disso, algumas fosfolipases A2 secretórias podem apresentar atividade neurotóxica, cardiotóxica e miotóxica, por exemplo. A clonagem das enzimas de Cascavel permitiria vários estudos de mudanças pontuais da proteína para examinarmos aspectos importantes desta enzima e elucidando perguntas essenciais. A primeira seria em relação ao mecanismo de catalise destas enzimas e como seria a forma de processamento do fosfolipídio de membrana, pois mesmo com o uso de inibidores da atividade enzimática, a atividade farmacológica pode não ser inibida. Entretanto, a clonagem e expressão realizada neste trabalho não foi suficiente para atingirmos grandes quantidades da proteína. Deste modo, foram realizados estudos in silico que foram cruciais para determinar que existe uma mecânica de processamento do fosfolipidio. Mostramos que os resíduos de Lys na porção C terminal das sPLA2 tanto de Cascavel quanto de Bothrops jararacussu são o primeiro ponto de ancoragem na membrana. Posteriormente, alguns fosfolipidios acessam a porção do sítio ativo e em todos os cenários, os resíduos de asp49 his 48 são cruciais para a catalise. Nosso trabalho  também sugere dois pontos de saída dos produtos  que são o lisofosfolipidios e o ácido graxo livre poliinsaturado. O segundo ponto importante foi mostrar que a catalise não é importante para a atividade farmacológica e que no caso das PLA2 catalticamente não ativas ou Lys49 estas toxinas se ligam e interagem com a membrana e que o fosfolipídio ocupa de forma adequada o sitio enzimático, mas se ser processado e fortemente estabilizado na cavidade do sítio ativo.

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  • THAIS MASSANET
  • ANÁLISE GENÔMICA DE METACASPASES EM POACEAE

  • Orientador : NATHALIA DE SETTA COSTA
  • Data: 15/Jun/2023

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  • O papel das monocotiledôneas no contexto nacional é de suma importância para a economia do setor agrícola, já que compreendem a maioria das culturas essenciais em termos de biomassa produzida no país. Metacaspases são proteases dependentes de cisteína presentes em plantas, fungos, protozoários, algas e bactérias que apresentam elementos estruturais que se assemelham às caspases animais, apesar da existência de variações na especificidade do substrato, topologia estrutural e mecanismos de ativação. Estudos tem demonstrado que as metacaspases podem estar envolvidas no processo de morte celular programada em plantas e associadas a atividades semelhantes às caspases, embora a compreensão dos mecanismos envolvidos nesse processo ainda não esteja totalmente esclarecida. Considerando isso, adotamos uma abordagem genômica comparativa para identificar os genes que codificam as metacaspases em monocotiledôneas com o objetivo de estudar a diversidade da família gênica e ampliar os conhecimentos sobre sua estrutura e processos de diversificação. Nesse contexto, 170 genes codificadores para metacaspases foram identificados em 13 espécies de monocotiledôneas com genoma sequenciado disponíveis em um banco de dados de genoma público e para Arabidopsis thaliana utilizando de duas estratégias: busca por palavra-chave e BLAST. As análises filogenéticas e de motivos conservados indicaram que metacaspases podem ser classificadas em dois grupos (tipo I e II), com base na sua estrutura proteica, o que sugere a possibilidade de diversificação funcional. A partir da topologia apresentada na reconstrução filogenética, as metacaspases puderam ser classificadas em nove agrupamentos, com distância genética variando de 0,095 a 0,781 entre os grupos. A análise dos padrões de evolução dos códons mostrou um significativo relaxamento da seleção purificadora para os nove grupos, sendo que em cinco grupos foi detectada ação da seleção positiva. Finalmente, a análise da localização subcelular in silico demonstrou que as metacaspases são direcionadas para múltiplos compartimentos subcelulares, tendo uma maior prevalência no cloroplasto (27%) e no núcleo (25%). Em termos gerais esses resultados fornecem uma base para futuros estudos genômicos desta família gênica em monocotiledôneas.


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  • O papel das monocotiledôneas no contexto nacional é de suma importância para a economia do setor agrícola, já que compreendem a maioria das culturas essenciais em termos de biomassa produzida no país. Metacaspases são proteases dependentes de cisteína presentes em plantas, fungos, protozoários, algas e bactérias que apresentam elementos estruturais que se assemelham às caspases animais, apesar da existência de variações na especificidade do substrato, topologia estrutural e mecanismos de ativação. Estudos tem demonstrado que as metacaspases podem estar envolvidas no processo de morte celular programada em plantas e associadas a atividades semelhantes às caspases, embora a compreensão dos mecanismos envolvidos nesse processo ainda não esteja totalmente esclarecida. Considerando isso, adotamos uma abordagem genômica comparativa para identificar os genes que codificam as metacaspases em monocotiledôneas com o objetivo de estudar a diversidade da família gênica e ampliar os conhecimentos sobre sua estrutura e processos de diversificação. Nesse contexto, 170 genes codificadores para metacaspases foram identificados em 13 espécies de monocotiledôneas com genoma sequenciado disponíveis em um banco de dados de genoma público e para Arabidopsis thaliana utilizando de duas estratégias: busca por palavra-chave e BLAST. As análises filogenéticas e de motivos conservados indicaram que metacaspases podem ser classificadas em dois grupos (tipo I e II), com base na sua estrutura proteica, o que sugere a possibilidade de diversificação funcional. A partir da topologia apresentada na reconstrução filogenética, as metacaspases puderam ser classificadas em nove agrupamentos, com distância genética variando de 0,095 a 0,781 entre os grupos. A análise dos padrões de evolução dos códons mostrou um significativo relaxamento da seleção purificadora para os nove grupos, sendo que em cinco grupos foi detectada ação da seleção positiva. Finalmente, a análise da localização subcelular in silico demonstrou que as metacaspases são direcionadas para múltiplos compartimentos subcelulares, tendo uma maior prevalência no cloroplasto (27%) e no núcleo (25%). Em termos gerais esses resultados fornecem uma base para futuros estudos genômicos desta família gênica em monocotiledôneas.

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  • FELIPE NOGUEIRA AMBROSIO
  • Potencial antimicrobiano e citotóxico de extratos de Casearia sylvestris e Hyptis lacustris.

  • Orientador : FERNANDA DIAS DA SILVA
  • Data: 30/Jun/2023

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  • Os conhecimentos contidos na medicina popular têm sido uma importante fonte para a descoberta de novos compostos de interesse médico em diferentes espécies vegetais. Considerando-se a biodiversidade brasileira e a importância de se estudá-la, investigamos o potencial medicinal de duas plantas nativas, Casearia sylvestris e Hyptis lacustres. Para isso, foram colhidas folhas de ambas as espécies para o preparo de extratos aquoso e alcoólicos (etanólico e metanólico), preparados por meio de decocção e maceração, respectivamente. A citotoxicidade foi avaliada por ensaio de MTT aplicando-se os extratos (concentrações; 1000, 100, 50 e 25 μg/mL) em cultura de células Vero. Com a mesma linhagem celular, foi avaliado o efeito do extrato aquoso de C. sylvestris na cicatrização, através de um ensaio de migração celular. A atividade antimicrobiana dos extratos (concentrações: 500, 250, 100, 50 e 25 μg/mL) foi investigada realizando-se ensaio líquido de inibição de crescimento (microrganismos: Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Candida tropicalis e Candida kruzei) e de formação de biofilme (bactérias: P. aeruginosa e S. aureus). Quanto à sua composição, os extratos foram analisados através das técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR). Dentre os resultados obtidos, nenhum dos extratos foi citotóxico para células Vero e o extrato aquoso de C. sylvestris não interferiu na migração celular. Os extratos de C. sylvestris não inibiram o crescimento dos microrganismos testados, porém, seu extrato aquoso reduziu a formação e manutenção de biofilme da bactéria Gram-negativa P. aeruginosa. O extrato aquoso de H. lacustris inibiu parcialmente o crescimento da bactéria Gram-negativa E. coli e totalmente o das bactérias Gram-positivas S. aureus e S. epidermidis, além disso, mostrou-se bactericida para S. aureus. Curiosamente, o extrato aquoso não inibiu a formação e manutenção do biofilme de S. aureus, porém foi efetivo contra biofilmes de P. aeruginosa. Já os extratos alcoólicos de H. lacustris apenas inibiram parcialmente o crescimento da levedura C. krusei. As análises por RMN e FTIR identificaram possíveis compostos aromáticos fenólicos, além de compostos alifáticos e polissacarídeos. Conclui-se que os extratos estudados podem ser seguros para futuras aplicações uma vez que não são citotóxicos e o extrato aquoso de C. sylvestris pode não interferir na cicatrização tecidual, uma vez que não afetou a migração celular o que é desejável para aplicações tópicas. Ademais, o extrato aquoso de H. lacustris é uma potencial fonte de antibacterianos e as propriedades antibiofilme dos extratos aquosos de ambas as espécies os tornam interessantes para aplicações em ambientes hospitalares ou na indústria alimentícia como forma de prevenção de contaminações persistentes.


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  • Os conhecimentos contidos na medicina popular têm sido uma importante fonte para a descoberta de novos compostos de interesse médico em diferentes espécies vegetais. Considerando-se a biodiversidade brasileira e a importância de se estudá-la, investigamos o potencial medicinal de duas plantas nativas, Casearia sylvestris e Hyptis lacustres. Para isso, foram colhidas folhas de ambas as espécies para o preparo de extratos aquoso e alcoólicos (etanólico e metanólico), preparados por meio de decocção e maceração, respectivamente. A citotoxicidade foi avaliada por ensaio de MTT aplicando-se os extratos (concentrações; 1000, 100, 50 e 25 μg/mL) em cultura de células Vero. Com a mesma linhagem celular, foi avaliado o efeito do extrato aquoso de C. sylvestris na cicatrização, através de um ensaio de migração celular. A atividade antimicrobiana dos extratos (concentrações: 500, 250, 100, 50 e 25 μg/mL) foi investigada realizando-se ensaio líquido de inibição de crescimento (microrganismos: Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Candida tropicalis e Candida kruzei) e de formação de biofilme (bactérias: P. aeruginosa e S. aureus). Quanto à sua composição, os extratos foram analisados através das técnicas de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR). Dentre os resultados obtidos, nenhum dos extratos foi citotóxico para células Vero e o extrato aquoso de C. sylvestris não interferiu na migração celular. Os extratos de C. sylvestris não inibiram o crescimento dos microrganismos testados, porém, seu extrato aquoso reduziu a formação e manutenção de biofilme da bactéria Gram-negativa P. aeruginosa. O extrato aquoso de H. lacustris inibiu parcialmente o crescimento da bactéria Gram-negativa E. coli e totalmente o das bactérias Gram-positivas S. aureus e S. epidermidis, além disso, mostrou-se bactericida para S. aureus. Curiosamente, o extrato aquoso não inibiu a formação e manutenção do biofilme de S. aureus, porém foi efetivo contra biofilmes de P. aeruginosa. Já os extratos alcoólicos de H. lacustris apenas inibiram parcialmente o crescimento da levedura C. krusei. As análises por RMN e FTIR identificaram possíveis compostos aromáticos fenólicos, além de compostos alifáticos e polissacarídeos. Conclui-se que os extratos estudados podem ser seguros para futuras aplicações uma vez que não são citotóxicos e o extrato aquoso de C. sylvestris pode não interferir na cicatrização tecidual, uma vez que não afetou a migração celular o que é desejável para aplicações tópicas. Ademais, o extrato aquoso de H. lacustris é uma potencial fonte de antibacterianos e as propriedades antibiofilme dos extratos aquosos de ambas as espécies os tornam interessantes para aplicações em ambientes hospitalares ou na indústria alimentícia como forma de prevenção de contaminações persistentes.

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  • RONIELE SANTANA VALENTE
  • Papel da via inflamatória NF-kB sobre a competência e criotolerância embrionária  


  • Orientador : MATEUS JOSE SUDANO
  • Data: 9/Out/2023

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  • O Fator Nuclear kappa B (NF-κB) é um complexo de proteínas que desempenha um papel importante na regulação de processos inflamatórios, respostas imunes e mecanismos de proliferação e sobrevivência celular. Devido ao seu papel central em processos biológicos vitais e em várias patologias, o estudo do NF-κB é de grande interesse na área científica, porém as informações acerca de seu envolvimento no desenvolvimento embrionário inicial são limitadas. A interleucina-13 (IL-13) é uma citocina anti-inflamatória capaz de suprimir a ativação induzida de NF-κB em tipos celulares específicos, modulando a expressão de seus membros, inibindo a apoptose e promovendo a sobrevivência celular. Portanto, com o objetivo de investigar se a IL-13 confere algum efeito protetor às células embrionárias e se esse efeito se deve à regulação negativa do NF-κB, três experimentos foram delineados: No experimento 1, durante o estágio final de cultivo, embriões bovinos produzidos in vitro receberam a suplementação isolada de agentes moduladores da via NF-κB: TNFα (ativador), IL-13 (inibidor) ou a associação de ambos (IL-13 + TNFα) e foram posteriormente comparados a um grupo controle. Identificou-se que os tratamentos não influenciaram a qualidade embrionária. Nenhuma alteração quanto ao padrão de expressão de proteínas e genes relacionados à via NF-κB foi observada. No experimento 2, foi investigada a capacidade da IL-13 de modular a ativação da via NF-κB em embriões submetidos à redução de temperatura e presença de H2O2 durante o período de final de cultivo. Embriões tratados com H2O2 apresentaram menor número total de células, maior percentual apoptótico e aumento na quantidade da proteína RelA, entretanto, todos esses efeitos foram atenuados em embriões que receberam IL-13 em adição ao tratamento com H2O2. IL-13 também foi capaz de reduzir a expressão relativa de genes relacionados às vias canônica e não canônica de ativação do NF-κB. No terceiro experimento, foi avaliada a criotolerância de embriões tratados com IL-13 previamente à vitrificação e durante o período total de recultivo. Os resultados demonstraram  que a IL-13 não interferiu nas taxas de re-expansão e eclosão embrionárias, bem como não influenciou a contagem total de células e percentual apoptótico. Os dados obtidos nesta tese permitiram determinar que a IL-13 exerce um efeito modulador potente sobre a via do NF-κB em embriões bovinos quando essa via é induzida, reduzindo a expressão e a ativação de seus membros, promovendo a sobrevivência celular embrionária.


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  • O Fator Nuclear kappa B (NF-κB) é um complexo de proteínas que desempenha um papel importante na regulação de processos inflamatórios, respostas imunes e mecanismos de proliferação e sobrevivência celular. Devido ao seu papel central em processos biológicos vitais e em várias patologias, o estudo do NF-κB é de grande interesse na área científica, porém as informações acerca de seu envolvimento no desenvolvimento embrionário inicial são limitadas. A interleucina-13 (IL-13) é uma citocina anti-inflamatória capaz de suprimir a ativação induzida de NF-κB em tipos celulares específicos, modulando a expressão de seus membros, inibindo a apoptose e promovendo a sobrevivência celular. Portanto, com o objetivo de investigar se a IL-13 confere algum efeito protetor às células embrionárias e se esse efeito se deve à regulação negativa do NF-κB, três experimentos foram delineados: No experimento 1, durante o estágio final de cultivo, embriões bovinos produzidos in vitro receberam a suplementação isolada de agentes moduladores da via NF-κB: TNFα (ativador), IL-13 (inibidor) ou a associação de ambos (IL-13 + TNFα) e foram posteriormente comparados a um grupo controle. Identificou-se que os tratamentos não influenciaram a qualidade embrionária. Nenhuma alteração quanto ao padrão de expressão de proteínas e genes relacionados à via NF-κB foi observada. No experimento 2, foi investigada a capacidade da IL-13 de modular a ativação da via NF-κB em embriões submetidos à redução de temperatura e presença de H2O2 durante o período de final de cultivo. Embriões tratados com H2O2 apresentaram menor número total de células, maior percentual apoptótico e aumento na quantidade da proteína RelA, entretanto, todos esses efeitos foram atenuados em embriões que receberam IL-13 em adição ao tratamento com H2O2. IL-13 também foi capaz de reduzir a expressão relativa de genes relacionados às vias canônica e não canônica de ativação do NF-κB. No terceiro experimento, foi avaliada a criotolerância de embriões tratados com IL-13 previamente à vitrificação e durante o período total de recultivo. Os resultados demonstraram  que a IL-13 não interferiu nas taxas de re-expansão e eclosão embrionárias, bem como não influenciou a contagem total de células e percentual apoptótico. Os dados obtidos nesta tese permitiram determinar que a IL-13 exerce um efeito modulador potente sobre a via do NF-κB em embriões bovinos quando essa via é induzida, reduzindo a expressão e a ativação de seus membros, promovendo a sobrevivência celular embrionária.

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  • THAMIRIS VIEIRA MARSICO
  • Caracterização do perfil lipídico e metabólico da massa celular interna e trofectoderma embrionário e sua influência na determinação do destino celular

  • Orientador : MATEUS JOSE SUDANO
  • Data: 25/Out/2023

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  • O propósito desta tese consistiu na elaboração de uma metodologia para isolar a massa celular interna (MCI) e o trofoectoderma (TE) de embriões bovinos, bem como analisar seus perfis lipídicos e metabólicos diferenciais. Para atingir esse objetivo, complexos cumulus-oócitos (CCO) foram submetidos a processos de maturação in vitro (MIV), fertilização in vitro (FIV) e cultivo in vitro (CIV) para produção de embriões. Experimento I: Blastocistos expandidos (N=45/grupo) foram divididos em três grupos: (1) Blastocistos não biopsados (controle); (2) Blastocistos com cortes transversais; (3) Blastocistos cortados verticalmente. Após a microcirurgia, os demi-embriões foram mantidos em cultura por 12 horas para análises moleculares posteriores. Para avaliar a viabilidade, embriões re-expandidos de todos os grupos (N=15/grupo) foram submetidos ao ensaio de TUNEL e ao ensaio de imunolocalização das proteínas NANOG e CDX2 (N=15/grupo) para examinar o impacto das biopsias (MCI e TE, e somente TE) no desenvolvimento, apoptose e diferenciação das diferentes linhagens celulares. Experimento II: Blastocistos expandidos (controle) e as biopsias enriquecidas da MCI e TE (N=15/grupo) foram utilizados para identificar um biomarcador de TE, investigando a proteína CDX2, validando assim a técnica de microcirurgia e/ou imunocirurgia. Experimento III: As biopsias da MCI e TE enriquecidas foram agrupadas em pools de 15 biópsias por réplica (N=4 réplicas/grupo) e submetidas à análise de espectrometria de massas do perfil lipídico e metabólico através do monitoramento de reações múltiplas (perfil-MRM). Os resultados obtidos indicam que a técnica de obtenção de biopsias de MCI e TE foi bem sucedida, com praticamente ausência de marcação de CDX2 nas amostras que continham apenas MCI. Na análise de viabilidade, embora pequenas alterações morfológicas tenham ocorrido nos embriões submetidos à microcirurgia, não foram observadas diferenças significativas nas taxas de re-expansão, demonstrando a capacidade regenerativa dos embriões (p<0,05). Em relação à apoptose, o grupo de incisão transversal não apresentou alterações significativas em comparação com o grupo de controle, enquanto o grupo de incisão vertical mostrou um aumento na apoptose. Surpreendentemente, na análise de imunolocalização, o grupo de incisão vertical exibiu uma maior expressão de NANOG, indicando uma tentativa de manutenção da pluripotência. Em relação à proporção de ICM/TE nos embriões biopsados, ambos os grupos mantiveram uma proporção próxima de 1:1, destacando a plasticidade embrionária mesmo em condições adversas. No que diz respeito ao perfil metabolômico, a MCI demonstrou um claro comprometimento com a biossíntese do próprio organismo em desenvolvimento, utilizando aminoácidos abundantes e expressando classes lipídicas associadas ao metabolismo energético. Em contraste, as células do TE estiveram principalmente envolvidas na preparação para a implantação, no reconhecimento materno e no apoio à MCI durante o desenvolvimento. Em resumo, este estudo contribui significativamente para o entendimento do comportamento embrionário e das respostas às manipulações, como a microcirurgia. Além disso, os resultados fornecem informações valiosas sobre as assinaturas lipídicas e metabólicas e vias que definem essas células embrionárias iniciais, avançando nossa compreensão dos processos intricados subjacentes ao desenvolvimento embrionário inicial.


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  • O propósito desta tese consistiu na elaboração de uma metodologia para isolar a massa celular interna (MCI) e o trofoectoderma (TE) de embriões bovinos, bem como analisar seus perfis lipídicos e metabólicos diferenciais. Para atingir esse objetivo, complexos cumulus-oócitos (CCO) foram submetidos a processos de maturação in vitro (MIV), fertilização in vitro (FIV) e cultivo in vitro (CIV) para produção de embriões. Experimento I: Blastocistos expandidos (N=45/grupo) foram divididos em três grupos: (1) Blastocistos não biopsados (controle); (2) Blastocistos com cortes transversais; (3) Blastocistos cortados verticalmente. Após a microcirurgia, os demi-embriões foram mantidos em cultura por 12 horas para análises moleculares posteriores. Para avaliar a viabilidade, embriões re-expandidos de todos os grupos (N=15/grupo) foram submetidos ao ensaio de TUNEL e ao ensaio de imunolocalização das proteínas NANOG e CDX2 (N=15/grupo) para examinar o impacto das biopsias (MCI e TE, e somente TE) no desenvolvimento, apoptose e diferenciação das diferentes linhagens celulares. Experimento II: Blastocistos expandidos (controle) e as biopsias enriquecidas da MCI e TE (N=15/grupo) foram utilizados para identificar um biomarcador de TE, investigando a proteína CDX2, validando assim a técnica de microcirurgia e/ou imunocirurgia. Experimento III: As biopsias da MCI e TE enriquecidas foram agrupadas em pools de 15 biópsias por réplica (N=4 réplicas/grupo) e submetidas à análise de espectrometria de massas do perfil lipídico e metabólico através do monitoramento de reações múltiplas (perfil-MRM). Os resultados obtidos indicam que a técnica de obtenção de biopsias de MCI e TE foi bem sucedida, com praticamente ausência de marcação de CDX2 nas amostras que continham apenas MCI. Na análise de viabilidade, embora pequenas alterações morfológicas tenham ocorrido nos embriões submetidos à microcirurgia, não foram observadas diferenças significativas nas taxas de re-expansão, demonstrando a capacidade regenerativa dos embriões (p<0,05). Em relação à apoptose, o grupo de incisão transversal não apresentou alterações significativas em comparação com o grupo de controle, enquanto o grupo de incisão vertical mostrou um aumento na apoptose. Surpreendentemente, na análise de imunolocalização, o grupo de incisão vertical exibiu uma maior expressão de NANOG, indicando uma tentativa de manutenção da pluripotência. Em relação à proporção de ICM/TE nos embriões biopsados, ambos os grupos mantiveram uma proporção próxima de 1:1, destacando a plasticidade embrionária mesmo em condições adversas. No que diz respeito ao perfil metabolômico, a MCI demonstrou um claro comprometimento com a biossíntese do próprio organismo em desenvolvimento, utilizando aminoácidos abundantes e expressando classes lipídicas associadas ao metabolismo energético. Em contraste, as células do TE estiveram principalmente envolvidas na preparação para a implantação, no reconhecimento materno e no apoio à MCI durante o desenvolvimento. Em resumo, este estudo contribui significativamente para o entendimento do comportamento embrionário e das respostas às manipulações, como a microcirurgia. Além disso, os resultados fornecem informações valiosas sobre as assinaturas lipídicas e metabólicas e vias que definem essas células embrionárias iniciais, avançando nossa compreensão dos processos intricados subjacentes ao desenvolvimento embrionário inicial.

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  • CAROLINE ARANA DA SILVA RIBEIRO
  • SÍNTESE EM ETAPA ÚNICA DE NANOPARTÍCULAS METÁLICAS ESTABILIZADAS POR POLIELETRÓLITOS: ASPECTOS FUNDAMENTAIS E POTENCIAIS APLICAÇÕES

  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 6/Dez/2023

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  • Esta Tese de Doutorado se insere na grande área de “coloides e interfaces” e teve como objetivo a produção de nanopartículas metálicas reduzidas e estabilizadas por polímeros aminados, bem como a avaliação de potenciais aplicações tecnológicas e biotecnológicas.  Neste sentido, utilizou-se um conjunto de oito polímeros diferente baseados na cadeia de polietilenimina linear ou ramificados, e substituídas com grupos alquila e/ou lactose. O projeto envolveu a caracterização detalhada no que diz respeito à formação de diferentes nanopartículas metálicas, principalmente nanopartículas de ouro (AuNPs), mas também nanopartículas de prata (AgNPs) e paládio (PdNPs). Utilizando-se diferentes polímeros aminados e variando-se as condições de síntese, foi possível variar o tamanho, carga, natureza química superficial e morfologia final dos sistemas nanométricos. Investigamos a influência destes parâmetros estruturais com relação à citotoxicidade, atividade hemolítica e internalização celular dos nanocoloides de ouro manufaturados. Demonstrou-se que características superficiais são notadamente relevantes no que diz respeito a interações nanopartícula-célula e assim, influenciam de maneira substancial os eventos biológicos investigados, principalmente a cinética de internalização celular dos nanomateriais. Na etapa final de desenvolvimento do projeto, após as investigações iniciais focadas na síntese direta de nanopartículas de ouro, demonstramos que a mesma abordagem pode ser utilizada para fabricar diferentes tipos de nanopartículas de metais de transição, notadamente nanopartículas de prata e paládio. O processo resultou, por exemplo, em nanopartículas de paládio em forma de ouriço, cheia de defeitos, e com grande área superficial, conferindo desempenho catalítico excepcional em comparação com nanopartículas de ouro ou prata. As nanopartículas de prata produzidas por este método demonstraram ser potencialmente biocidas contra uma variedade de microrganismos, embora as nanopartículas de ouro e paládio não apresentarem tal propriedade, pelo menos na faixa de concentração investigada. Essas descobertas podem representar avanços significativos em direção à manufatura prática e fácil de nanopartículas metálicas para utilização em diferentes contextos.


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  • Esta Tese de Doutorado se insere na grande área de “coloides e interfaces” e teve como objetivo a produção de nanopartículas metálicas reduzidas e estabilizadas por polímeros aminados, bem como a avaliação de potenciais aplicações tecnológicas e biotecnológicas.  Neste sentido, utilizou-se um conjunto de oito polímeros diferente baseados na cadeia de polietilenimina linear ou ramificados, e substituídas com grupos alquila e/ou lactose. O projeto envolveu a caracterização detalhada no que diz respeito à formação de diferentes nanopartículas metálicas, principalmente nanopartículas de ouro (AuNPs), mas também nanopartículas de prata (AgNPs) e paládio (PdNPs). Utilizando-se diferentes polímeros aminados e variando-se as condições de síntese, foi possível variar o tamanho, carga, natureza química superficial e morfologia final dos sistemas nanométricos. Investigamos a influência destes parâmetros estruturais com relação à citotoxicidade, atividade hemolítica e internalização celular dos nanocoloides de ouro manufaturados. Demonstrou-se que características superficiais são notadamente relevantes no que diz respeito a interações nanopartícula-célula e assim, influenciam de maneira substancial os eventos biológicos investigados, principalmente a cinética de internalização celular dos nanomateriais. Na etapa final de desenvolvimento do projeto, após as investigações iniciais focadas na síntese direta de nanopartículas de ouro, demonstramos que a mesma abordagem pode ser utilizada para fabricar diferentes tipos de nanopartículas de metais de transição, notadamente nanopartículas de prata e paládio. O processo resultou, por exemplo, em nanopartículas de paládio em forma de ouriço, cheia de defeitos, e com grande área superficial, conferindo desempenho catalítico excepcional em comparação com nanopartículas de ouro ou prata. As nanopartículas de prata produzidas por este método demonstraram ser potencialmente biocidas contra uma variedade de microrganismos, embora as nanopartículas de ouro e paládio não apresentarem tal propriedade, pelo menos na faixa de concentração investigada. Essas descobertas podem representar avanços significativos em direção à manufatura prática e fácil de nanopartículas metálicas para utilização em diferentes contextos.

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  • CATARINA DE OLIVEIRA CANO
  • ANÁLISE DO PAPEL DAS PATENTES NAS APLICAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA, NEGÓCIOS E APOIO À PESQUISA DA ÁREA DE BIOTECNOLOGIA NO BRASIL: ESTUDOS DE MÚLTIPLOS CASOS

  • Orientador : ANAPATRICIA DE OLIVEIRA MORALES VILHA
  • Data: 14/Dez/2023

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  • O processo de institucionalização da Biotecnologia no Brasil vem sendo destacado por meio de descobertas no campo biológico e industrial, acompanhando a lógica econômica, ambiental e social, mediante a isso, a proteção destes estudos e inovação passam por uma lacuna de conhecimentos e apoio de Instituições que compreendam os desafios de processos regulatórios para uma expansão estruturada e direcionada. O presente estudo aborda a interseção entre a biotecnologia, transferência de tecnologia, negócios e pesquisa no contexto brasileiro. A partir de uma pesquisa interna com profissionais de Instituições públicas e privadas, e levantamento do nível de conhecimento técnico e práticas realizadas por pesquisadores e empresas, propõem-se a elaboração de um framework que possibilite a análise de viabilidade de proteção de inovações, com foco na avalição das esferas de impacto sociais e econômico-financeiras. A pesquisa utiliza uma abordagem de múltiplos casos para examinar exemplos concretos e verificar como as patentes desempenham um papel fundamental na promoção da inovação, na transferência de conhecimento cientifico para aplicações comerciais e no suporte a pesquisa na área de biotecnologia. Ao analisar esses casos, busca-se identificar padrões, desafios e oportunidades relacionados a análise de patentes em suas aplicações, evidenciando questões que envolvam propriedade intelectual e colaboração entre diferentes atores (academia, empresas, governo) e os impactos socioeconômicos das inovações biotecnológicas. A contribuição desta pesquisa ocorre na compreensão mais profunda de como as patentes estão contribuindo, potencializando e influenciando formuladores de políticas, pesquisas, empresas e demais interessados na promoção da inovação e do avanço cientifico deste setor.


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  • O processo de institucionalização da Biotecnologia no Brasil vem sendo destacado por meio de descobertas no campo biológico e industrial, acompanhando a lógica econômica, ambiental e social, mediante a isso, a proteção destes estudos e inovação passam por uma lacuna de conhecimentos e apoio de Instituições que compreendam os desafios de processos regulatórios para uma expansão estruturada e direcionada. O presente estudo aborda a interseção entre a biotecnologia, transferência de tecnologia, negócios e pesquisa no contexto brasileiro. A partir de uma pesquisa interna com profissionais de Instituições públicas e privadas, e levantamento do nível de conhecimento técnico e práticas realizadas por pesquisadores e empresas, propõem-se a elaboração de um framework que possibilite a análise de viabilidade de proteção de inovações, com foco na avalição das esferas de impacto sociais e econômico-financeiras. A pesquisa utiliza uma abordagem de múltiplos casos para examinar exemplos concretos e verificar como as patentes desempenham um papel fundamental na promoção da inovação, na transferência de conhecimento cientifico para aplicações comerciais e no suporte a pesquisa na área de biotecnologia. Ao analisar esses casos, busca-se identificar padrões, desafios e oportunidades relacionados a análise de patentes em suas aplicações, evidenciando questões que envolvam propriedade intelectual e colaboração entre diferentes atores (academia, empresas, governo) e os impactos socioeconômicos das inovações biotecnológicas. A contribuição desta pesquisa ocorre na compreensão mais profunda de como as patentes estão contribuindo, potencializando e influenciando formuladores de políticas, pesquisas, empresas e demais interessados na promoção da inovação e do avanço cientifico deste setor.

2022
Dissertações
1
  • GRAZIELLA SARPE CAPO
  • Síntese verde e caracterização de nanopartículas de cloreto de prata assistidas por lectinas vegetais e suas propriedades hemaglutinantes

  • Orientador : WANIUS JOSE GARCIA DA SILVA
  • Data: 28/Abr/2022

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  • Lectinas são proteínas que possuem sítios específicos para reconhecimento de carboidratos e estão presentes em plantas, animais e microrganismos. Dois exemplos de lectinas vegetais são a Concanavalina A (ConA), extraída do “jack bean” ou feijão de porco (Canavalia ensiformis) e a DVL, obtida a partir de sementes de Dioclea violacea. Nesta dissertação de Mestrado, relatou-se a síntese e caracterização de nanopartículas (NPs) de cloreto de prata (AgCl) (denominadas aqui como AgCl-NPs) assistidas pelas lectinas ConA e DVL. As AgCl-NPs foram fotossintetizadas utilizando-se um processo simples, rápido e compatível com a Química verde. A morfologia das AgCl-NPs, observadas nas análises de microscopia eletrônica, foi heterogênea, com predominância de estruturas esféricas com diâmetros variando de 50 a 100 nm, resultado compatível com o valor médio estimado pela técnica de espalhamento dinâmico de luz (ConA 76 nm e DVL 74 nm). Os resultados de potencial zeta indicaram que as AgCl-NPs formaram soluções coloidais estáveis, e análises de difração de raios X mostram elevada cristalinidade e a presença de pequeno conteúdo de prata metálica. Além disso, as AgCl-NPs assistidas pelas lectinas ConA e DVL apresentaram notável atividade antifúngica contra o fungo Cryptococcus neoformans (MIC80 ≥ 1,18 μg.mL-1 para a ConA e MIC80 ≥ 0,69 μg.mL-1 para a DVL). Os resultados também mostraram que ambas as lectinas mantêm a atividade hemaglutinante quando associadas às nanopartículas. As AgCl-NPs assistidas por lectinas vegetais demonstradas neste estudo apresentam síntese fácil, rápida e com grande potencial para aplicações biotecnológicas. 


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  • Lectinas são proteínas que possuem sítios específicos para reconhecimento de carboidratos e estão presentes em plantas, animais e microrganismos. Dois exemplos de lectinas vegetais são a Concanavalina A (ConA), extraída do “jack bean” ou feijão de porco (Canavalia ensiformis) e a DVL, obtida a partir de sementes de Dioclea violacea. Nesta dissertação de Mestrado, relatou-se a síntese e caracterização de nanopartículas (NPs) de cloreto de prata (AgCl) (denominadas aqui como AgCl-NPs) assistidas pelas lectinas ConA e DVL. As AgCl-NPs foram fotossintetizadas utilizando-se um processo simples, rápido e compatível com a Química verde. A morfologia das AgCl-NPs, observadas nas análises de microscopia eletrônica, foi heterogênea, com predominância de estruturas esféricas com diâmetros variando de 50 a 100 nm, resultado compatível com o valor médio estimado pela técnica de espalhamento dinâmico de luz (ConA 76 nm e DVL 74 nm). Os resultados de potencial zeta indicaram que as AgCl-NPs formaram soluções coloidais estáveis, e análises de difração de raios X mostram elevada cristalinidade e a presença de pequeno conteúdo de prata metálica. Além disso, as AgCl-NPs assistidas pelas lectinas ConA e DVL apresentaram notável atividade antifúngica contra o fungo Cryptococcus neoformans (MIC80 ≥ 1,18 μg.mL-1 para a ConA e MIC80 ≥ 0,69 μg.mL-1 para a DVL). Os resultados também mostraram que ambas as lectinas mantêm a atividade hemaglutinante quando associadas às nanopartículas. As AgCl-NPs assistidas por lectinas vegetais demonstradas neste estudo apresentam síntese fácil, rápida e com grande potencial para aplicações biotecnológicas. 

2
  • DANIELA ALMEIDA DA SILVA
  • Estudo da ação de antioxidantes em cultura de hipocampo HippoE2 em condição neurodegenerativa induzida pelo oligômero Aβ 1-42

     

  • Orientador : GISELLE CERCHIARO
  • Data: 25/Ago/2022

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  • A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa associada a
    demência tardia, chegando a ser cerca de 80% dos casos de demência em
    idosos. Ela acomete principalmente pessoas acima de 65 anos e tem como
    característica a perda de memória recente e outros agravantes conforme o
    avanço nos estágios da doença. Para seu diagnóstico neurológico é necessário
    que sejam encontradas duas características: as placas formadas pela proteína
    β-amiloide (Aβ) e os emaranhados neurofibrilares contendo a proteína tau
    fosforilada. A presença desses fatores desencadeia o aumento do estresse
    oxidativo. Quanto maior a presença desses fatores, teoricamente maior o
    estresse oxidativo, assim como o aumento do estresse oxidativo pode estar
    envolvido na formação das placas de β-amiloide. O estresse oxidativo ocorre
    quando a concentração das espécies reativas de oxigênio, nitrogênio ou outros
    radicais livres é maior que a concentração dos agentes antioxidantes. As
    espécies reativas de oxigênio e nitrogênio são capazes de reagir com
    proteínas, lipídios e DNA, causando danos que podem levar à morte celular.
    Para evitar esta ação danosa, o organismo dispõe de agentes antioxidantes
    como a enzima superóxido dismutase 1 (Cu,Zn-SOD ou SOD1). Desta forma, o
    estudo de como se desencadeia o estresse oxidativo e quais os fatores que
    afetam a DA com o desbalanço oxidante/antioxidante é um ponto importante
    para se entender a doença. Nesta dissertação, analisou-se como antioxidantes
    exógenos podem atuar no estresse oxidativo em um modelo celular in vitro.
    Para isso, foram usadas células de hipocampo (HippoE2) induzidas à condição
    de excesso de proteínas beta-amiloide através da adição do oligômero β-
    amiloide 1-42 . Como tratamento contra o estresse oxidativo foram escolhidos os
    antioxidantes oleuropeína, hidroxitirosol e resveratrol, que são conhecidos em
    literatura por seus potenciais antioxidantes e capacidade de diminuir as placas
    de β-amiloide. Para tal avaliação até o momento verificou-se a viabilidade
    celular e a localização da superóxido dismutase 1 por imunofluorescência. No
    ensaio de viabilidade celular por MTT foi verificado que os antioxidantes

    oleuropeína, hidroxitirosol e resveratrol na concentração de 50 µmol.L -1 ,
    apresentaram aumento da viabilidade celular em comparação ao controle,
    demonstrando serem capazes de estimular a proliferação celular da cultura
    celular HippoE2. Também com o ensaio de viabilidade celular, foi verificado
    que ao adicionar os antioxidantes oleuropeína na concentração de 15 µmol.L -1 ,
    o hidroxitirosol e o resveratrol nas concentrações de 15 e 50 µmol.L -1 , nas
    células em condição neurodegenerativa com a adição do oligômero Aβ 1-42, a
    viabilidade celular aumentou em comparação com a células expostas apenas
    ao oligômero Aβ 1-42 , mostrando uma ação protetora dos antioxidantes contra a
    presença do oligômero. Com a análise de microscopia de fluorescência foi
    possível observar que a superóxido dismutase 1 não alterou sua localização,
    nem com as células em condição de adição de oligômero de Aβ e nem com os
    tratamentos dos antioxidantes estudados, ao compararmos com as células
    HippoE2 sem adição de tratamento.


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  • A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa associada a
    demência tardia, chegando a ser cerca de 80% dos casos de demência em
    idosos. Ela acomete principalmente pessoas acima de 65 anos e tem como
    característica a perda de memória recente e outros agravantes conforme o
    avanço nos estágios da doença. Para seu diagnóstico neurológico é necessário
    que sejam encontradas duas características: as placas formadas pela proteína
    β-amiloide (Aβ) e os emaranhados neurofibrilares contendo a proteína tau
    fosforilada. A presença desses fatores desencadeia o aumento do estresse
    oxidativo. Quanto maior a presença desses fatores, teoricamente maior o
    estresse oxidativo, assim como o aumento do estresse oxidativo pode estar
    envolvido na formação das placas de β-amiloide. O estresse oxidativo ocorre
    quando a concentração das espécies reativas de oxigênio, nitrogênio ou outros
    radicais livres é maior que a concentração dos agentes antioxidantes. As
    espécies reativas de oxigênio e nitrogênio são capazes de reagir com
    proteínas, lipídios e DNA, causando danos que podem levar à morte celular.
    Para evitar esta ação danosa, o organismo dispõe de agentes antioxidantes
    como a enzima superóxido dismutase 1 (Cu,Zn-SOD ou SOD1). Desta forma, o
    estudo de como se desencadeia o estresse oxidativo e quais os fatores que
    afetam a DA com o desbalanço oxidante/antioxidante é um ponto importante
    para se entender a doença. Nesta dissertação, analisou-se como antioxidantes
    exógenos podem atuar no estresse oxidativo em um modelo celular in vitro.
    Para isso, foram usadas células de hipocampo (HippoE2) induzidas à condição
    de excesso de proteínas beta-amiloide através da adição do oligômero β-
    amiloide 1-42 . Como tratamento contra o estresse oxidativo foram escolhidos os
    antioxidantes oleuropeína, hidroxitirosol e resveratrol, que são conhecidos em
    literatura por seus potenciais antioxidantes e capacidade de diminuir as placas
    de β-amiloide. Para tal avaliação até o momento verificou-se a viabilidade
    celular e a localização da superóxido dismutase 1 por imunofluorescência. No
    ensaio de viabilidade celular por MTT foi verificado que os antioxidantes

    oleuropeína, hidroxitirosol e resveratrol na concentração de 50 µmol.L -1 ,
    apresentaram aumento da viabilidade celular em comparação ao controle,
    demonstrando serem capazes de estimular a proliferação celular da cultura
    celular HippoE2. Também com o ensaio de viabilidade celular, foi verificado
    que ao adicionar os antioxidantes oleuropeína na concentração de 15 µmol.L -1 ,
    o hidroxitirosol e o resveratrol nas concentrações de 15 e 50 µmol.L -1 , nas
    células em condição neurodegenerativa com a adição do oligômero Aβ 1-42, a
    viabilidade celular aumentou em comparação com a células expostas apenas
    ao oligômero Aβ 1-42 , mostrando uma ação protetora dos antioxidantes contra a
    presença do oligômero. Com a análise de microscopia de fluorescência foi
    possível observar que a superóxido dismutase 1 não alterou sua localização,
    nem com as células em condição de adição de oligômero de Aβ e nem com os
    tratamentos dos antioxidantes estudados, ao compararmos com as células
    HippoE2 sem adição de tratamento.

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  • LARISSA PEREIRA MODOLO
  • Análise morfológica e citoquímica de células Vero cultivadas em arcabouços densos, porosos e fibrosos de PCL, PHBV e sua blenda 75/25

  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 10/Nov/2022

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  • A engenharia de tecidos proporciona uma alternativa clínica para pacientes com lesões no tecido ósseo, para isso utiliza-se de uma fonte de celular juntamente com um biomaterial compatível. Neste contexto, o presente trabalho pretende estudar a biocompatibilidade in vitro de células Vero, uma linhagem de célula fibroblásticas, sobre materiais poliméricos puros de poli(e-caprolactona) (PCL), poli(hidroxibutirato-co-hidroxivalerato) (PHBV) e sua blenda na proporção 75/25, nas formas densa, porosa e fibrosa. Os biomateriais foram caracterizados morfologicamente através de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Foram realizados ensaios com o MTT para análise de possível toxicidade por contato. As células Vero foram inoculadas sobre os biomateriais e cultivadas por 120 horas. Após esse tempo de cultivo, as células foram fixadas e submetidas a análise por microscopia eletrônica de varredura (MEV), além de análise morfológica e citoquímica. Os corantes usados foram Cristal Violeta (morfologia), Azul de Toluidina em pH 4,0 (para ácidos nucleicos e glicosaminoglicanos) e 2,5 (para glicosaminoglicanos apenas), reação do Ácido Periódico e Reativo de Schiff (PAS, para açúcares neutros), Xylidine Ponceau em pH 2,5 (para proteínas totais) e Picro-sirius/Hematoxilina (para análise seletiva de colágeno). Os biomateriais estudados não foram consideradas citotóxicas. As células foram capazes de se aderir, embora lentamente, e proliferar sobre os substratos. Os dados citoquímicos indicam que as células apresentam uma grande atividade funcional sobre os arcabouços, mas não acumulam açúcares ácidos ou neutros. Não evidenciamos a produção de fibras colágenas. Concluímos que os polímeros testados são bons para engenharia de tecidos.


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  • A engenharia de tecidos proporciona uma alternativa clínica para pacientes com lesões no tecido ósseo, para isso utiliza-se de uma fonte de celular juntamente com um biomaterial compatível. Neste contexto, o presente trabalho pretende estudar a biocompatibilidade in vitro de células Vero, uma linhagem de célula fibroblásticas, sobre materiais poliméricos puros de poli(e-caprolactona) (PCL), poli(hidroxibutirato-co-hidroxivalerato) (PHBV) e sua blenda na proporção 75/25, nas formas densa, porosa e fibrosa. Os biomateriais foram caracterizados morfologicamente através de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Foram realizados ensaios com o MTT para análise de possível toxicidade por contato. As células Vero foram inoculadas sobre os biomateriais e cultivadas por 120 horas. Após esse tempo de cultivo, as células foram fixadas e submetidas a análise por microscopia eletrônica de varredura (MEV), além de análise morfológica e citoquímica. Os corantes usados foram Cristal Violeta (morfologia), Azul de Toluidina em pH 4,0 (para ácidos nucleicos e glicosaminoglicanos) e 2,5 (para glicosaminoglicanos apenas), reação do Ácido Periódico e Reativo de Schiff (PAS, para açúcares neutros), Xylidine Ponceau em pH 2,5 (para proteínas totais) e Picro-sirius/Hematoxilina (para análise seletiva de colágeno). Os biomateriais estudados não foram consideradas citotóxicas. As células foram capazes de se aderir, embora lentamente, e proliferar sobre os substratos. Os dados citoquímicos indicam que as células apresentam uma grande atividade funcional sobre os arcabouços, mas não acumulam açúcares ácidos ou neutros. Não evidenciamos a produção de fibras colágenas. Concluímos que os polímeros testados são bons para engenharia de tecidos.

Teses
1
  • GISELLE DA SILVA PEDROSA
  • COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS DE ESPÉCIES VEGETAIS PRESENTES NOS REMANESCENTES FLORESTAIS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO 

  • Data: 24/Mar/2022

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  • As florestas urbanas emitem compostos orgânicos voláteis biogênicos (COVB) para atmosfera, essa emissão pode ser induzida por vários fatores bióticos e abióticos levando a um aumento na taxa de emissão desses compostos. Nesse contexto, o presente estudo visa caracterizar a emissão dos voláteis de dez espécies vegetais mais abundantes em duas florestas urbanas, apresentar as características florísticas de cada local de estudo; investigar o perfil sazonal dos COVB presentes na atmosfera dos remanescentes florestais e verificar se são dependentes das condições meteorológicas e/ou dos poluentes, e.g. ozônio. A Reserva Florestal Morro Grande (RFMG) e o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI) foram os locais selecionados para o estudo. As amostragens foram realizadas no período úmido e seco, entre 2018 e 2019. Os COVB amostrados foram analisados por cromatografia gasosa (CGMS), identificados e separados por classes químicas: Voláteis das Folhas Verdes (VFV), Oxigenados (OXs), Monoterpenos (MTs) e Sesquiterpenos (STs). Os resultados da emissão foliar mostraram que as maiores proporções dos COVB emitidos pelas famílias na RFMG ultrapassaram 50% para os STs, para os OXs a contribuição foi entre 50-20% e para os MTs inferior a 15%. No PEFI os OXs foram majoritários para a maioria das famílias com mais de 95%. Alguns constituintes pertencentes às classes dos OXs, MTs e STs foram marcadores para o agrupamento das famílias dos locais como 3-hexenal, 1-octen, 3-ol, decanal, αgurjuneno, geranil isovalerato, cariofileno e β-ocimeno. A sazonalidade influenciou na emissão dos COVB entre os locais, apresentando uma maior contribuição dos STs na RFMG e OXs, bem como MTs no PEFI, com composição química distinta e concentrações variadas entre os períodos estudados. No período úmido, destacaram os constituintes α-gurjuneno na RFMG e 3-hexen 1-ol e D-limoneno no PEFI, enquanto no período seco foram proeminentes o β-cubebeno no PEFI e β-ocimeno na RFMG. Os resultados da atmosfera mostraram que a classes dos STs apresentaram maiores níveis médios no período úmido (0,98±0,47 ppbv) na RFMG. Os MTs tiveram níveis médios semelhantes nos dois períodos; seco (0,57±0,12 ppbv) e úmido (0,59±0,17 ppbv) na RFMG, enquanto no PEFI os níveis médios foram maiores no período úmido (0,83±0,35 ppbv). Os VFV apresentaram maiores níveis no período úmido para ambos os locais, RFMG (0,28±0,24 ppbv) e PEFI (0,28±0,29 ppbv). Já os OXs tiveram níveis maiores no seco em ambos os locais, RFMG (0,31±0,20 ppbv) e PEFI (0,28±0,17 ppbv). A variação temporal dos COVB foi bastante semelhante ao logo de 2018 e 2019, no entanto picos de concentrações foram observados entre os níveis mensais das classes no período seco e úmido. A temperatura e a umidade influenciaram nos níveis horários dos COVB nos locais, maiores níveis foram encontrados entre os horários das 9-11h no período seco na RFMG e no período úmido os maiores níveis foram entre os horários das 11-13h para as classes dos VFV e MTs. No PEFI, as máximas da temperatura e as mínimas da umidade ocorreram no horário das 11-13h em ambos os períodos, essas variações promoveram maiores níveis dos COVB no período seco e menores no úmido nesse mesmo horário. Os nossos resultados mostraram que a composição dos COVB emitidos pelas espécies vegetais presentes nas duas florestas urbanas é distinta e dependente de fatores ambientais. Ainda, os níveis das classes de COVB observados na atmosfera pode ter contribuição direta da vegetação local, bem como de outras fontes primárias ou outros processos atmosféricos


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  • As florestas urbanas emitem compostos orgânicos voláteis biogênicos (COVB) para atmosfera, essa emissão pode ser induzida por vários fatores bióticos e abióticos levando a um aumento na taxa de emissão desses compostos. Nesse contexto, o presente estudo visa caracterizar a emissão dos voláteis de dez espécies vegetais mais abundantes em duas florestas urbanas, apresentar as características florísticas de cada local de estudo; investigar o perfil sazonal dos COVB presentes na atmosfera dos remanescentes florestais e verificar se são dependentes das condições meteorológicas e/ou dos poluentes, e.g. ozônio. A Reserva Florestal Morro Grande (RFMG) e o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI) foram os locais selecionados para o estudo. As amostragens foram realizadas no período úmido e seco, entre 2018 e 2019. Os COVB amostrados foram analisados por cromatografia gasosa (CGMS), identificados e separados por classes químicas: Voláteis das Folhas Verdes (VFV), Oxigenados (OXs), Monoterpenos (MTs) e Sesquiterpenos (STs). Os resultados da emissão foliar mostraram que as maiores proporções dos COVB emitidos pelas famílias na RFMG ultrapassaram 50% para os STs, para os OXs a contribuição foi entre 50-20% e para os MTs inferior a 15%. No PEFI os OXs foram majoritários para a maioria das famílias com mais de 95%. Alguns constituintes pertencentes às classes dos OXs, MTs e STs foram marcadores para o agrupamento das famílias dos locais como 3-hexenal, 1-octen, 3-ol, decanal, αgurjuneno, geranil isovalerato, cariofileno e β-ocimeno. A sazonalidade influenciou na emissão dos COVB entre os locais, apresentando uma maior contribuição dos STs na RFMG e OXs, bem como MTs no PEFI, com composição química distinta e concentrações variadas entre os períodos estudados. No período úmido, destacaram os constituintes α-gurjuneno na RFMG e 3-hexen 1-ol e D-limoneno no PEFI, enquanto no período seco foram proeminentes o β-cubebeno no PEFI e β-ocimeno na RFMG. Os resultados da atmosfera mostraram que a classes dos STs apresentaram maiores níveis médios no período úmido (0,98±0,47 ppbv) na RFMG. Os MTs tiveram níveis médios semelhantes nos dois períodos; seco (0,57±0,12 ppbv) e úmido (0,59±0,17 ppbv) na RFMG, enquanto no PEFI os níveis médios foram maiores no período úmido (0,83±0,35 ppbv). Os VFV apresentaram maiores níveis no período úmido para ambos os locais, RFMG (0,28±0,24 ppbv) e PEFI (0,28±0,29 ppbv). Já os OXs tiveram níveis maiores no seco em ambos os locais, RFMG (0,31±0,20 ppbv) e PEFI (0,28±0,17 ppbv). A variação temporal dos COVB foi bastante semelhante ao logo de 2018 e 2019, no entanto picos de concentrações foram observados entre os níveis mensais das classes no período seco e úmido. A temperatura e a umidade influenciaram nos níveis horários dos COVB nos locais, maiores níveis foram encontrados entre os horários das 9-11h no período seco na RFMG e no período úmido os maiores níveis foram entre os horários das 11-13h para as classes dos VFV e MTs. No PEFI, as máximas da temperatura e as mínimas da umidade ocorreram no horário das 11-13h em ambos os períodos, essas variações promoveram maiores níveis dos COVB no período seco e menores no úmido nesse mesmo horário. Os nossos resultados mostraram que a composição dos COVB emitidos pelas espécies vegetais presentes nas duas florestas urbanas é distinta e dependente de fatores ambientais. Ainda, os níveis das classes de COVB observados na atmosfera pode ter contribuição direta da vegetação local, bem como de outras fontes primárias ou outros processos atmosféricos

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  • IRIS DE ARAUJO
  • EFEITO IMUNOMODULADOR DO PEPTÍDEO MICROPLUSINA EM MACRÓFAGOS MURINOS.

  • Orientador : FERNANDA DIAS DA SILVA
  • Data: 29/Abr/2022

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  • Os Peptídeos de Defesa do Hospedeiro (PDHs) são moléculas capazes de modular uma resposta imune sem agir diretamente sobre o patógeno, o que torna seu estudo de grande importância devido ao surgimento de patógenos resistentes aos fármacos convencionais. A microplusina é um peptídeo antimicrobiano (PAM), quelante de Cu2+ e Fe2+, isolado do carrapato Rhipicephalus microplus. Tem atividade contra bactérias Gram-positivas e fungos, e sua atividade quelante ao cobre pode estar envolvida com sua atividade antimicrobiana. Semelhante ao que acontece com outros PAMs, a microplusina também pode atuar como um PDH. Em estudo utilizando macrófagos derivados de medula óssea de camundongos C57BL/6 (MDMO/C57), a microplusina demonstrou ser capaz de induzir a produção de TNF-α e IL-6, além de potencializar a atividade dos macrófagos estimulados com IFN-γ, aumentando a síntese de NO e TNF-α. Já outro estudo, utilizando macrófagos de linhagem contínua J774, demonstrou que a microplusina foi capaz de induzir a síntese de arginase I, porém não houve síntese de NO mesmo quando acrescido IFN-γ, como ocorreu com MDMO/C57 no estudo anterior. Essa divergência entre os dois estudos pode indicar que a atividade imunomoduladora da microplusina pode depender do tipo de linhagem celular. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo investigar o efeito imunomodulador da microplusina em ativar macrófagos murinos, utilizando duas linhagens diferentes de macrófagos: cultura contínua de J774 e MDMO/ C57. Os seguintes marcadores moleculares foram utilizados para avaliar as respostas pró e anti-inflamatória de macrófagos na presença de microplusina: óxido nítrico (NO) pelo método de reação de Griess; TNF-α e IL-6 por ELISA; e a detecção de iNOS, TNF-α, arginase I e IL-10 por RT-PCR. Os ensaios imunomoduladores demonstraram que a microplusina sozinha é capaz de induzir a expressão dos genes marcadores para a enzima arginase I e para a citocina TNF-α em MDMO/C57, e a síntese de TNF-α em macrófagos J774. Já com a adição de IFN-γ, a microplusina demonstrou ser capaz de induzir a síntese de TNF-α, IL-6 e óxido nítrico (em ambas as linhagens), assim como induziu a expressão dos genes marcadores para TNF-α, IL-10, arginase I e iNOS, em MDMO/C57. Os resultados sugerem um pronunciado sinergismo entre a microplusina e o IFN-γ, com respostas muito similares entre as duas linhagens celulares. Portanto, pode-se concluir que a microplusina apresentou potencial como imunomodulador, com atividade pró e anti-inflamatória.


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  • Os Peptídeos de Defesa do Hospedeiro (PDHs) são moléculas capazes de modular uma resposta imune sem agir diretamente sobre o patógeno, o que torna seu estudo de grande importância devido ao surgimento de patógenos resistentes aos fármacos convencionais. A microplusina é um peptídeo antimicrobiano (PAM), quelante de Cu2+ e Fe2+, isolado do carrapato Rhipicephalus microplus. Tem atividade contra bactérias Gram-positivas e fungos, e sua atividade quelante ao cobre pode estar envolvida com sua atividade antimicrobiana. Semelhante ao que acontece com outros PAMs, a microplusina também pode atuar como um PDH. Em estudo utilizando macrófagos derivados de medula óssea de camundongos C57BL/6 (MDMO/C57), a microplusina demonstrou ser capaz de induzir a produção de TNF-α e IL-6, além de potencializar a atividade dos macrófagos estimulados com IFN-γ, aumentando a síntese de NO e TNF-α. Já outro estudo, utilizando macrófagos de linhagem contínua J774, demonstrou que a microplusina foi capaz de induzir a síntese de arginase I, porém não houve síntese de NO mesmo quando acrescido IFN-γ, como ocorreu com MDMO/C57 no estudo anterior. Essa divergência entre os dois estudos pode indicar que a atividade imunomoduladora da microplusina pode depender do tipo de linhagem celular. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo investigar o efeito imunomodulador da microplusina em ativar macrófagos murinos, utilizando duas linhagens diferentes de macrófagos: cultura contínua de J774 e MDMO/ C57. Os seguintes marcadores moleculares foram utilizados para avaliar as respostas pró e anti-inflamatória de macrófagos na presença de microplusina: óxido nítrico (NO) pelo método de reação de Griess; TNF-α e IL-6 por ELISA; e a detecção de iNOS, TNF-α, arginase I e IL-10 por RT-PCR. Os ensaios imunomoduladores demonstraram que a microplusina sozinha é capaz de induzir a expressão dos genes marcadores para a enzima arginase I e para a citocina TNF-α em MDMO/C57, e a síntese de TNF-α em macrófagos J774. Já com a adição de IFN-γ, a microplusina demonstrou ser capaz de induzir a síntese de TNF-α, IL-6 e óxido nítrico (em ambas as linhagens), assim como induziu a expressão dos genes marcadores para TNF-α, IL-10, arginase I e iNOS, em MDMO/C57. Os resultados sugerem um pronunciado sinergismo entre a microplusina e o IFN-γ, com respostas muito similares entre as duas linhagens celulares. Portanto, pode-se concluir que a microplusina apresentou potencial como imunomodulador, com atividade pró e anti-inflamatória.

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  • THAIS VIEIRA DE SOUZA
  • SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DE TERMOGEL A BASE DE QUITOSANA/ÁCIDO HIALURÔNICO PARA PRODUÇÃO DE BIOTINTA E BIOIMPRESSÃO 3D APLICADA À ENGENHARIA DE TECIDO CARTILAGINOSO

  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 2/Mai/2022

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  • A bioimpressão é uma técnica que vem sendo aplicada nas áreas da medicina regenerativa e da engenharia de tecidos. Hidrogéis à base de polímeros naturais são conhecidos devido as suas propriedades favoráveis biocompatíveis, além de serem biomateriais atraentes para o encapsulamento celular, além de mimetizarem o ambiente natural da matriz extracelular (MEC). O tecido cartilaginoso é um tipo especializado de tecido conjuntivo. Por ser um avascular e possuir capacidade de proliferação limitada, as lesões na cartilagem são tipicamente seguidas de necrose. A quitosana (QUI) e o ácido hialurônico (AH) têm sido amplamente pesquisados para aplicações biomédicas. Nesse trabalho, nos propomos o desenvolvimento de uma biotinta a base de um hidrogel de quitosana, visando a engenharia do tecido cartilaginoso. O material desenvolvido foi caracterizado quanto à morfologia, citotoxicidade e viabilidade celular. O hidrogel obtido no Brasil passou por algumas adaptações no protocolo no instituto parceiro. O teste de citotoxicidade por extrato demonstrou ausência de citotoxicidade. O MEV mostrou diferenças na arquitetura entre os hidrogeis obtidos por liofilização e os bioimpressos. O processo de bioimpressão submete as células à muito estresse devido às condições de pressão pneumática, a espessura do nozzle, por as células estarem encapsuladas dentro do gel, o que limita as trocas gasosas e de líquidos, além do processo de cross-link. O teste de viabilidade celular identifica e quantifica a eficiência de processamento para as biotintas bioimpressas. Este teste mostrou que cerca de 50% das células se mantiveram viáveis após processo de bioimpressão. O hidrogel apresenta potencial tanto para as aplicações propostas quanto para outras aplicações que estão sendo estudadas. Gelifica em temperatura biológica ou com um agente de reticulação. Notou- se que não há diferença no intumescimento das diferentes formulações estudadas. Existem diferenças estruturais significantes entre os hidrogéis liofilizados e os hidrogéis bioimpressos. Na forma de biotinta, observamos a transição sol-gel de QUI e QUI-AH ocorre em temperaturas diferentes. Ambos apresentem comportamento viscoso semelhante, porém a presença de AH tende a aumentar as interações poliméricas em alta temperatura. Observamos que, na ausência de bioimpressoras, podemos utilizar o TPP como agente de reticulação. A mesma não demonstrou citotoxicidade significativa, porém as células ainda mostraram dificuldades de crescem no interior da biotinta. Após testar diferentes composições, verificamos que as formulações mais indicadas para uma biotinta é a QUI-HA, seguida da QUI.


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  • A bioimpressão é uma técnica que vem sendo aplicada nas áreas da medicina regenerativa e da engenharia de tecidos. Hidrogéis à base de polímeros naturais são conhecidos devido as suas propriedades favoráveis biocompatíveis, além de serem biomateriais atraentes para o encapsulamento celular, além de mimetizarem o ambiente natural da matriz extracelular (MEC). O tecido cartilaginoso é um tipo especializado de tecido conjuntivo. Por ser um avascular e possuir capacidade de proliferação limitada, as lesões na cartilagem são tipicamente seguidas de necrose. A quitosana (QUI) e o ácido hialurônico (AH) têm sido amplamente pesquisados para aplicações biomédicas. Nesse trabalho, nos propomos o desenvolvimento de uma biotinta a base de um hidrogel de quitosana, visando a engenharia do tecido cartilaginoso. O material desenvolvido foi caracterizado quanto à morfologia, citotoxicidade e viabilidade celular. O hidrogel obtido no Brasil passou por algumas adaptações no protocolo no instituto parceiro. O teste de citotoxicidade por extrato demonstrou ausência de citotoxicidade. O MEV mostrou diferenças na arquitetura entre os hidrogeis obtidos por liofilização e os bioimpressos. O processo de bioimpressão submete as células à muito estresse devido às condições de pressão pneumática, a espessura do nozzle, por as células estarem encapsuladas dentro do gel, o que limita as trocas gasosas e de líquidos, além do processo de cross-link. O teste de viabilidade celular identifica e quantifica a eficiência de processamento para as biotintas bioimpressas. Este teste mostrou que cerca de 50% das células se mantiveram viáveis após processo de bioimpressão. O hidrogel apresenta potencial tanto para as aplicações propostas quanto para outras aplicações que estão sendo estudadas. Gelifica em temperatura biológica ou com um agente de reticulação. Notou- se que não há diferença no intumescimento das diferentes formulações estudadas. Existem diferenças estruturais significantes entre os hidrogéis liofilizados e os hidrogéis bioimpressos. Na forma de biotinta, observamos a transição sol-gel de QUI e QUI-AH ocorre em temperaturas diferentes. Ambos apresentem comportamento viscoso semelhante, porém a presença de AH tende a aumentar as interações poliméricas em alta temperatura. Observamos que, na ausência de bioimpressoras, podemos utilizar o TPP como agente de reticulação. A mesma não demonstrou citotoxicidade significativa, porém as células ainda mostraram dificuldades de crescem no interior da biotinta. Após testar diferentes composições, verificamos que as formulações mais indicadas para uma biotinta é a QUI-HA, seguida da QUI.

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  • JULIA APARECIDA DA SILVA LIMA
  • INVESTIGAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURA E ATIVIDADE DE OITO VARIANTES DO PEPTÍDEO MICROPLUSINA.

  • Orientador : FERNANDA DIAS DA SILVA
  • Data: 5/Mai/2022

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  • O aumento na incidência de microrganismos resistentes ao tratamento com antibióticos disponíveis nos últimos anos tem apontado para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos como urgência imprescindível ao tratamento de infecções. Os peptídeos antimicrobianos (PAMs) são conhecidos por seu mecanismo natural de ação em diversos seres vivos, uma vez que atuam como barreira inicial na resposta imune contra agentes infecciosos, o que tem estimulado o estudo sobre suas propriedades para o desenvolvimento de novos fármacos antimicrobianos. A microplusina, identificada no carrapato bovino Rhipicephalus microplus, é um peptídeo antimicrobiano com estrutura globular, arranjada em cinco α-hélices, rico em resíduos de cisteína e histidina, onde as histidinas His-2 e His-74 estão entre os possíveis aminoácidos envolvidos na formação de um sítio de ligação ao cobre (Cu2+). Apresenta um espectro de atividade contra bactérias Gram-positivas e fungos e estudos com Micrococcus luteus e Cryptococcus neoformans mostraram que a adição de cobre ao meio anula o seu efeito bacteriostático e fungistático, respectivamente, o que pode ser um indicativo de associação entre suas atividades quelante de cobre e antimicrobiana. Considerando-se a importância em aprofundar os conhecimentos sobre o mecanismo de ação antimicrobiana da microplusina, assim como as relações entre sua estrutura e atividade, o objetivo deste trabalho foi expressar oito variantes recombinantes da microplusina com alterações envolvendo as regiões amino e/ou carboxi-terminal, e alterações pontuais nos resíduos de histidina, substituindo-os por alaninas. As oito variantes foram expressas em Escherichia coli BL-21, purificadas e sua atividade antimicrobiana foi avaliada. Os dados indicam que as variantes cujos resíduos de histidina amino-terminais 1 e 2 foram substituídos por alaninas (variantes MPmH1A e MPmH2A, respectivamente) apresentaram atividade antimicrobiana contra a levedura C. neoformans similar à da microplusina, porém com redução em cerca de oito vezes no valor de mínima concentração inibitória (MCI = 1,56 mM para MPmH1A e MPmH2A e 0,09 mM  para a microplusina). Interessantemente, sua atividade quelante de cobre parece não ter sido afetada sem uma destas histidinas, uma vez que a adição de cobre ao meio reverteu o efeito antimicrobiano destas variantes, com retomada do crescimento das leveduras. Por outro lado, as variantes com alterações na região carboxi-terminal e histidina 74 não apresentaram atividade antimicrobiana.


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  • O aumento na incidência de microrganismos resistentes ao tratamento com antibióticos disponíveis nos últimos anos tem apontado para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos como urgência imprescindível ao tratamento de infecções. Os peptídeos antimicrobianos (PAMs) são conhecidos por seu mecanismo natural de ação em diversos seres vivos, uma vez que atuam como barreira inicial na resposta imune contra agentes infecciosos, o que tem estimulado o estudo sobre suas propriedades para o desenvolvimento de novos fármacos antimicrobianos. A microplusina, identificada no carrapato bovino Rhipicephalus microplus, é um peptídeo antimicrobiano com estrutura globular, arranjada em cinco α-hélices, rico em resíduos de cisteína e histidina, onde as histidinas His-2 e His-74 estão entre os possíveis aminoácidos envolvidos na formação de um sítio de ligação ao cobre (Cu2+). Apresenta um espectro de atividade contra bactérias Gram-positivas e fungos e estudos com Micrococcus luteus e Cryptococcus neoformans mostraram que a adição de cobre ao meio anula o seu efeito bacteriostático e fungistático, respectivamente, o que pode ser um indicativo de associação entre suas atividades quelante de cobre e antimicrobiana. Considerando-se a importância em aprofundar os conhecimentos sobre o mecanismo de ação antimicrobiana da microplusina, assim como as relações entre sua estrutura e atividade, o objetivo deste trabalho foi expressar oito variantes recombinantes da microplusina com alterações envolvendo as regiões amino e/ou carboxi-terminal, e alterações pontuais nos resíduos de histidina, substituindo-os por alaninas. As oito variantes foram expressas em Escherichia coli BL-21, purificadas e sua atividade antimicrobiana foi avaliada. Os dados indicam que as variantes cujos resíduos de histidina amino-terminais 1 e 2 foram substituídos por alaninas (variantes MPmH1A e MPmH2A, respectivamente) apresentaram atividade antimicrobiana contra a levedura C. neoformans similar à da microplusina, porém com redução em cerca de oito vezes no valor de mínima concentração inibitória (MCI = 1,56 mM para MPmH1A e MPmH2A e 0,09 mM  para a microplusina). Interessantemente, sua atividade quelante de cobre parece não ter sido afetada sem uma destas histidinas, uma vez que a adição de cobre ao meio reverteu o efeito antimicrobiano destas variantes, com retomada do crescimento das leveduras. Por outro lado, as variantes com alterações na região carboxi-terminal e histidina 74 não apresentaram atividade antimicrobiana.

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  • CAROLINA VICTÓRIA DA CRUZ JUNHO
  • Klotho como nova estratégia terapêutica na síndrome cardiorrenal do tipo 3

  • Orientador : MARCELA SORELLI CARNEIRO RAMOS
  • Data: 18/Jul/2022

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  • A isquemia e reperfusão (IR) é a principal causa de lesão renal aguda (LRA). Durante a síndrome cardiorrenal (SCR), a LRA induz o desenvolvimento de hipertrofia cardíaca e disfunção contrátil, oriundas do manuseio incorreto de Ca2+ em cardiomiócitos, por meio de principalmente da inflamação sistêmica após 8 dias de IR renal. Recentemente, o composto Klotho foi descrito como um potente componente anti-inflamatório, sendo capaz de prevenir ou atenuar a inflamação. Assim, o tratamento com Klotho, poderia prevenir as alterações cardíacas da SCR. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi investigar o papel terapêutico do Klotho na SCR, após IR renal unilateral. Para tanto, utilizamos camundongos machos C57BL/6, de 6 a 8 semanas, que sofreram lesão renal por IR unilateral, por oclusão do pedículo esquerdo por 60' e reperfusão por 8 dias. Os seguintes parâmetros foram avaliados: a estrutura e função do tecido renal usando histologia, biomarcadores bioquímicos e moleculares; a dinâmica de Ca2+ intracelular em cardiomiócitos ventriculares adultos; e os níveis séricos de citocinas inflamatórias. Os animais foram tratados com proteína recombinante Klotho desde o dia da cirurgia, diariamente por 8 dias. Como resultados, pode-se observar que após o tratamento com Klotho por 8 dias, os animais tiveram sua função renal restaurada, porém, o tratamento com Klotho não foi capaz de prevenir o dano estrutural renal. Ao observar o tecido cardíaco, o tratamento com Klotho foi capaz de prevenir a hipertrofia cardíaca induzida pela IR, assim como a diminuição da contração celular, a diminuição dos transientes sistólicos de Ca2+ e da atividade da Ca2+-ATPase do retículo sarco/endoplasmático (SERCA) (medida como decaimento dos transientes de Ca2+), o aumento da liberação espontânea de cálcio e da incidência de eventos pró-arrítmicos. Adicionalmente, o Klotho evitou o aumento dos níveis séricos de IL-6, IL-1b e TNF-a. Dessa maneira, o tratamento com Klotho se mostrou ser bem promissor, desempenhando um papel importante na fisiopatologia da SCR 3. Não foi possível observar um papel renoprotetor do composto no modelo, por outro lado, foi demonstrado um papel cardioprotetor do Klotho através da normalização do ciclo de Ca2+ dos cardiomiócitos e prevenção da hipertrofia cardíaca. Por fim, propomos que a inflamação é um dos principais mecanismos de atuação do Klotho, no modelo de SCR 3 induzida por IR unilateral.


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  • A isquemia e reperfusão (IR) é a principal causa de lesão renal aguda (LRA). Durante a síndrome cardiorrenal (SCR), a LRA induz o desenvolvimento de hipertrofia cardíaca e disfunção contrátil, oriundas do manuseio incorreto de Ca2+ em cardiomiócitos, por meio de principalmente da inflamação sistêmica após 8 dias de IR renal. Recentemente, o composto Klotho foi descrito como um potente componente anti-inflamatório, sendo capaz de prevenir ou atenuar a inflamação. Assim, o tratamento com Klotho, poderia prevenir as alterações cardíacas da SCR. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi investigar o papel terapêutico do Klotho na SCR, após IR renal unilateral. Para tanto, utilizamos camundongos machos C57BL/6, de 6 a 8 semanas, que sofreram lesão renal por IR unilateral, por oclusão do pedículo esquerdo por 60' e reperfusão por 8 dias. Os seguintes parâmetros foram avaliados: a estrutura e função do tecido renal usando histologia, biomarcadores bioquímicos e moleculares; a dinâmica de Ca2+ intracelular em cardiomiócitos ventriculares adultos; e os níveis séricos de citocinas inflamatórias. Os animais foram tratados com proteína recombinante Klotho desde o dia da cirurgia, diariamente por 8 dias. Como resultados, pode-se observar que após o tratamento com Klotho por 8 dias, os animais tiveram sua função renal restaurada, porém, o tratamento com Klotho não foi capaz de prevenir o dano estrutural renal. Ao observar o tecido cardíaco, o tratamento com Klotho foi capaz de prevenir a hipertrofia cardíaca induzida pela IR, assim como a diminuição da contração celular, a diminuição dos transientes sistólicos de Ca2+ e da atividade da Ca2+-ATPase do retículo sarco/endoplasmático (SERCA) (medida como decaimento dos transientes de Ca2+), o aumento da liberação espontânea de cálcio e da incidência de eventos pró-arrítmicos. Adicionalmente, o Klotho evitou o aumento dos níveis séricos de IL-6, IL-1b e TNF-a. Dessa maneira, o tratamento com Klotho se mostrou ser bem promissor, desempenhando um papel importante na fisiopatologia da SCR 3. Não foi possível observar um papel renoprotetor do composto no modelo, por outro lado, foi demonstrado um papel cardioprotetor do Klotho através da normalização do ciclo de Ca2+ dos cardiomiócitos e prevenção da hipertrofia cardíaca. Por fim, propomos que a inflamação é um dos principais mecanismos de atuação do Klotho, no modelo de SCR 3 induzida por IR unilateral.

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  • CARIN CRISTINA DA SILVA BATISTA
  • Coroas Biomoleculares sobre Nanopartículas de Prata Estabilizadas por Polímeros: Análise Estrutural e Consequências Biológicas

  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 30/Ago/2022

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  • O presente trabalho teve como objetivo a síntese de nanopartículas de prata (AgNPs) estabilizadas por diferentes polímeros, investigações relacionadas a formação de coroas proteicas sobre a superfície dos nanocoloides, e a avaliação da citotoxidade e potencial biotecnológico na presença e ausência das coberturas biomoleculares. Quando AgNPs encontram-se em ambientes biológicos, inevitavelmente elas são recobertas por proteínas, formando a denominada coroa proteica. Uma vez que esse fenômeno muda a identidade das nanopartículas, é importante entender como o processo ocorre e sua relevância em que pese às aplicações dos nanomateriais produzidos. Neste contexto, fabricou-se AgNPs estabilizadas por polímeros de diferente natureza química (PEI, PVP e PEO-b-P2VP). Foram produzidas nanopartículas esféricas de diferentes tamanhos dependo do método de manufatura (método manual ou por meio de microfluídica). A carga superficial dos nanocoloides se demonstrou dependente da natureza química do agente estabilizante. Avaliou-se na sequência a influência das características superficiais em que pese as interações com proteínas modelo (BSA, IgG e Lisozima). Os resultados experimentais mostraram evidentes interações de BSA com AgNPs@PEI. Por outro lado, AgNPs@PVP e AgNPs@PEO-b-P2VP apresentam características de repulsão proteica na região de concentração investigada. Não obstante, em ambiente contendo soro fetal bovino (FBS), os resultados experimentais sugerem a presença e coroas biomoleculares, independentemente das características superficiais. A identificação das proteínas formadoras das coroas mostrou predominantemente a presença de BSA e proteínas do sistema complemento. A quantidade de proteína adsorvida depende das características químicas do polímero estabilizante. Analisou-se por fim o impacto das coroas proteicas na citotoxicidade e efeito antimicrobiano, e demonstrou-se que a presença das camadas biomoleculares reduz a citotoxicidade, mas não tem influência marcante na atividade antimicrobiana dos nanomateriais.


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  • O presente trabalho teve como objetivo a síntese de nanopartículas de prata (AgNPs) estabilizadas por diferentes polímeros, investigações relacionadas a formação de coroas proteicas sobre a superfície dos nanocoloides, e a avaliação da citotoxidade e potencial biotecnológico na presença e ausência das coberturas biomoleculares. Quando AgNPs encontram-se em ambientes biológicos, inevitavelmente elas são recobertas por proteínas, formando a denominada coroa proteica. Uma vez que esse fenômeno muda a identidade das nanopartículas, é importante entender como o processo ocorre e sua relevância em que pese às aplicações dos nanomateriais produzidos. Neste contexto, fabricou-se AgNPs estabilizadas por polímeros de diferente natureza química (PEI, PVP e PEO-b-P2VP). Foram produzidas nanopartículas esféricas de diferentes tamanhos dependo do método de manufatura (método manual ou por meio de microfluídica). A carga superficial dos nanocoloides se demonstrou dependente da natureza química do agente estabilizante. Avaliou-se na sequência a influência das características superficiais em que pese as interações com proteínas modelo (BSA, IgG e Lisozima). Os resultados experimentais mostraram evidentes interações de BSA com AgNPs@PEI. Por outro lado, AgNPs@PVP e AgNPs@PEO-b-P2VP apresentam características de repulsão proteica na região de concentração investigada. Não obstante, em ambiente contendo soro fetal bovino (FBS), os resultados experimentais sugerem a presença e coroas biomoleculares, independentemente das características superficiais. A identificação das proteínas formadoras das coroas mostrou predominantemente a presença de BSA e proteínas do sistema complemento. A quantidade de proteína adsorvida depende das características químicas do polímero estabilizante. Analisou-se por fim o impacto das coroas proteicas na citotoxicidade e efeito antimicrobiano, e demonstrou-se que a presença das camadas biomoleculares reduz a citotoxicidade, mas não tem influência marcante na atividade antimicrobiana dos nanomateriais.

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  • HORACIO EMIDIO DE LUCCA JUNIOR
  • CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS MAMOGRÁFICAS POR UMA FERRAMENTA OPEN SOURCE: UMA PROPOSTA DE USO PARA AUFERIR MAIOR EFICIÊNCIA NO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER.


     

  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 4/Nov/2022

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  •             A analise de imagens radiográficas tem se mostrado nas últimas décadas como uma eficiente ferramenta no diagnóstico precoce de algumas enfermidades. Mamografias são aparelhos radiológicos específicos para o estudo das mamas, em especial para o estudo de nódulos mamários que auxiliam na interpretação de mastologistas sobre as características de tais nódulos, classificando-os como malignos ou benignos. Embora o câncer de mama seja um dos tipos de cânceres que mais acomete as mulheres e, consequentemente, com maiores índices de mortalidade no mundo, ele possui altos índices de cura quando diagnosticado precocemente. Sendo assim, o uso de tecnologias que colaboram com o diagnóstico mais preciso tem sido cada vez mais utilizados. Imagens mamográficas de um banco público de acesso, DDMS (digital database for screening mammography), foram utilizadas para treinar um programa de inteligência artificial (IA), OpenVino, um programa gratuito desenvolvido pela empresa Intel que modela padrões de reconhecimento de imagens. Tal método apresentou resultados significativos quando comparado com outros métodos aqui apresentados, com resultados de 87,8 % de reconhecimento adequado quanto à malignidade ou não do tumor nas imagens de incidência craniocaudal (CC) direitas e 86,8 % nas esquerdas, bem como 84,4 % de assertividade nas imagens de incidência mediolateral-oblíqua (MLO) direitas e 86,9 % na esquerdas, tendo sido usada a curva ROC (Receiver Operating Characteristic) para corroborar com o uso congruente dos parâmetros do programa. Entendemos que o sistema desenvolvido neste trabalho pode auxiliar os profissionais da área medica e auxiliar no diagnóstico do Câncer de mama.


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  •             A analise de imagens radiográficas tem se mostrado nas últimas décadas como uma eficiente ferramenta no diagnóstico precoce de algumas enfermidades. Mamografias são aparelhos radiológicos específicos para o estudo das mamas, em especial para o estudo de nódulos mamários que auxiliam na interpretação de mastologistas sobre as características de tais nódulos, classificando-os como malignos ou benignos. Embora o câncer de mama seja um dos tipos de cânceres que mais acomete as mulheres e, consequentemente, com maiores índices de mortalidade no mundo, ele possui altos índices de cura quando diagnosticado precocemente. Sendo assim, o uso de tecnologias que colaboram com o diagnóstico mais preciso tem sido cada vez mais utilizados. Imagens mamográficas de um banco público de acesso, DDMS (digital database for screening mammography), foram utilizadas para treinar um programa de inteligência artificial (IA), OpenVino, um programa gratuito desenvolvido pela empresa Intel que modela padrões de reconhecimento de imagens. Tal método apresentou resultados significativos quando comparado com outros métodos aqui apresentados, com resultados de 87,8 % de reconhecimento adequado quanto à malignidade ou não do tumor nas imagens de incidência craniocaudal (CC) direitas e 86,8 % nas esquerdas, bem como 84,4 % de assertividade nas imagens de incidência mediolateral-oblíqua (MLO) direitas e 86,9 % na esquerdas, tendo sido usada a curva ROC (Receiver Operating Characteristic) para corroborar com o uso congruente dos parâmetros do programa. Entendemos que o sistema desenvolvido neste trabalho pode auxiliar os profissionais da área medica e auxiliar no diagnóstico do Câncer de mama.

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  • THIAGO MINAMI SHEGUTI
  • Substituição do soro fetal bovino (SFB) por plasma rico em plaquetas (PRP) em cultura de células-tronco mesenquimais, provenientes do cordão umbilical: uma proposta para biotecnologias como terapia celular e engenharia de tecidos

  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 12/Dez/2022

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  • As células-tronco (CTs) são definidas por terem propriedades de proliferação e diferenciação, com capacidade de auto renovação celular. As células-tronco mesenquimais (CTMs) representam a população de CT mais estudadas, por demonstrarem capacidade em dar origem em cardiomiócitos, músculo esquelético, precursores neurais, entre outras células. Para o cultivo de CTMs em laboratório, utiliza-se meio de cultura suplementado com soro fetal bovino (SFB), apesar do uso extensivo em protocolos para expansão celular, o SFB apresenta riscos potenciais que não podem ser negligenciados e que são difíceis de eliminar do soro. Uma alternativa à utilização de SFB é a utilização de plasma rico em plaquetas (PRP), que contém alta concentração de fatores de crescimento (FC) auxiliando na expansão celular in vitro. O principal objetivo do estudo foi analisar a eficácia da substituição do SFB por PRP provenientes do sangue de cordão umbilical (SCU), para suplementação do meio de cultura celular para expansão de CTMs. Caracterizando a população celular, através de citometria de fluxo, avaliando o padrão de crescimento de CTMs frente ao SFB e PRP e comparando as principais características de CTM cultivadas com SFB e PRP, através da análise morfológica e citoquímica. Foram coletados tecidos de cordão umbilical e posteriormente realizado o processamento celular para extrair e expandir as CTMs, o PRP foi coletado do próprio sangue de cordão umbilical, obtivemos 3 amostras com diferentes concentrações sendo, PRP1 93.000 plaquetas/mm3, PRP2 190.000 plaquetas/mm3 e PRP3 136.000 plaquetas/mm3. As células obtidas a partir do meio suplementado com PRP, demonstraram morfologia celular alongada, aderência ao plástico e positivos para os marcadores CD44, CD73, CD90 e CD105, além de não demonstrarem alterações numéricas ou estruturais nos cromossomos analisados, demonstrando que o PRP provenientes do SCU pode estimular a proliferação das células mantendo as características de CTM, também se observou que as células cultivadas com PRP não promoveram alteração do padrão citoquímico em comparação ao SFB, portando não promovendo alterações no metabolismo celular citoquimicamente detectáveis. O PRP não alterou a viabilidade de forma importante em CTMs do cordão umbilical humano. O presente estudo evidenciou a eficácia da substituição do SFB, para suplementação de culturas de CTMs, por PRP autólogo derivados do SCU.


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  • As células-tronco (CTs) são definidas por terem propriedades de proliferação e diferenciação, com capacidade de auto renovação celular. As células-tronco mesenquimais (CTMs) representam a população de CT mais estudadas, por demonstrarem capacidade em dar origem em cardiomiócitos, músculo esquelético, precursores neurais, entre outras células. Para o cultivo de CTMs em laboratório, utiliza-se meio de cultura suplementado com soro fetal bovino (SFB), apesar do uso extensivo em protocolos para expansão celular, o SFB apresenta riscos potenciais que não podem ser negligenciados e que são difíceis de eliminar do soro. Uma alternativa à utilização de SFB é a utilização de plasma rico em plaquetas (PRP), que contém alta concentração de fatores de crescimento (FC) auxiliando na expansão celular in vitro. O principal objetivo do estudo foi analisar a eficácia da substituição do SFB por PRP provenientes do sangue de cordão umbilical (SCU), para suplementação do meio de cultura celular para expansão de CTMs. Caracterizando a população celular, através de citometria de fluxo, avaliando o padrão de crescimento de CTMs frente ao SFB e PRP e comparando as principais características de CTM cultivadas com SFB e PRP, através da análise morfológica e citoquímica. Foram coletados tecidos de cordão umbilical e posteriormente realizado o processamento celular para extrair e expandir as CTMs, o PRP foi coletado do próprio sangue de cordão umbilical, obtivemos 3 amostras com diferentes concentrações sendo, PRP1 93.000 plaquetas/mm3, PRP2 190.000 plaquetas/mm3 e PRP3 136.000 plaquetas/mm3. As células obtidas a partir do meio suplementado com PRP, demonstraram morfologia celular alongada, aderência ao plástico e positivos para os marcadores CD44, CD73, CD90 e CD105, além de não demonstrarem alterações numéricas ou estruturais nos cromossomos analisados, demonstrando que o PRP provenientes do SCU pode estimular a proliferação das células mantendo as características de CTM, também se observou que as células cultivadas com PRP não promoveram alteração do padrão citoquímico em comparação ao SFB, portando não promovendo alterações no metabolismo celular citoquimicamente detectáveis. O PRP não alterou a viabilidade de forma importante em CTMs do cordão umbilical humano. O presente estudo evidenciou a eficácia da substituição do SFB, para suplementação de culturas de CTMs, por PRP autólogo derivados do SCU.

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  • KATIA NACHILUK
  • A INCORPORAÇÃO DA BIOTECNOLOGIA NOS PROCESSOS PRODUTIVOS DO SETOR SUCROENERGÉTICO E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A BIOECONOMIA 

  • Orientador : ANAPATRICIA DE OLIVEIRA MORALES VILHA
  • Data: 13/Dez/2022

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  • A ciência e a tecnologia devem ser vistas como fortes aliadas na tomada de decisão para a implementação de ações na produção agrícola e agroindustrial que possam contribuir para o aumento na produção de combustíveis e alimentos aliados com as questões de sustentabilidade e o incentivo a adoção de alternativas tecnológicas  presente nos objetivos e princípios da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). A política estabelecida pelo Governo Federal propõe ações, atividades, projetos e programas, que deverão viabilizar oferta de energia cada vez mais sustentável, competitiva e segura, impulsionando  e consolidando o desenvolvimento tecnológico e a inovação para aumentar a competitividade dos biocombustíveis na matriz energética nacional e a acelerar o desenvolvimento e a inserção comercial de biocombustíveis avançados e de novos biocombustíveis. Nesse sentido, a adoção da biotecnologia para a produção de alimentos, combustíveis e de bioenergia pode representar novas oportunidades, mas também muitos desafios, como a priorização de um ou de outro sem riscos à segurança alimentar, que é tida como um tema caro para o setor agropecuário. Por outro lado, o uso da biotecnologia pode representar ganhos de agilidade,  eficiência e redução de custos nos processos produtivos.   O presente estudo teve como objetivo geral investigar como a biotecnologia é incorporada nos processos produtivos do setor sucroenergético, observando-se oportunidades na adoção de alternativas tecnológicas para diversificação de sua produção, reaproveitamento dos subprodutos e aumento na rentabilidade do setor para o estado de São Paulo. Para tanto foi realizado a revisão de literatura e utilizado informações de artigos de bases científicas, foi estabelecida a estratégia de busca para pesquisa de patentes  e a elaboração e aplicação do instrumento de pesquisa apresentado neste trabalho.  Os dados pesquisados subsidiou as análises apresentadas no presente trabalho e permitiu a elaboração de um mapa analítico do sistema agroindustrial e o posicionamento de soluções biotecnológicas no processo produtivo da cana de açúcar e a elaboração de um protocolo de rotinas, ferramentas e procedimentos para internalização da biotecnologia na cadeia. Observou-se oportunidades na área de bioeconomia, especialmente na área de biológicos, a serem exploradas pelo setor com o objetivo de explorar novos mercados que utilizem os produtos e subprodutos oriundos da agroindústria.

     


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  • A ciência e a tecnologia devem ser vistas como fortes aliadas na tomada de decisão para a implementação de ações na produção agrícola e agroindustrial que possam contribuir para o aumento na produção de combustíveis e alimentos aliados com as questões de sustentabilidade e o incentivo a adoção de alternativas tecnológicas  presente nos objetivos e princípios da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). A política estabelecida pelo Governo Federal propõe ações, atividades, projetos e programas, que deverão viabilizar oferta de energia cada vez mais sustentável, competitiva e segura, impulsionando  e consolidando o desenvolvimento tecnológico e a inovação para aumentar a competitividade dos biocombustíveis na matriz energética nacional e a acelerar o desenvolvimento e a inserção comercial de biocombustíveis avançados e de novos biocombustíveis. Nesse sentido, a adoção da biotecnologia para a produção de alimentos, combustíveis e de bioenergia pode representar novas oportunidades, mas também muitos desafios, como a priorização de um ou de outro sem riscos à segurança alimentar, que é tida como um tema caro para o setor agropecuário. Por outro lado, o uso da biotecnologia pode representar ganhos de agilidade,  eficiência e redução de custos nos processos produtivos.   O presente estudo teve como objetivo geral investigar como a biotecnologia é incorporada nos processos produtivos do setor sucroenergético, observando-se oportunidades na adoção de alternativas tecnológicas para diversificação de sua produção, reaproveitamento dos subprodutos e aumento na rentabilidade do setor para o estado de São Paulo. Para tanto foi realizado a revisão de literatura e utilizado informações de artigos de bases científicas, foi estabelecida a estratégia de busca para pesquisa de patentes  e a elaboração e aplicação do instrumento de pesquisa apresentado neste trabalho.  Os dados pesquisados subsidiou as análises apresentadas no presente trabalho e permitiu a elaboração de um mapa analítico do sistema agroindustrial e o posicionamento de soluções biotecnológicas no processo produtivo da cana de açúcar e a elaboração de um protocolo de rotinas, ferramentas e procedimentos para internalização da biotecnologia na cadeia. Observou-se oportunidades na área de bioeconomia, especialmente na área de biológicos, a serem exploradas pelo setor com o objetivo de explorar novos mercados que utilizem os produtos e subprodutos oriundos da agroindústria.

     

2021
Dissertações
1
  • MICHELLE DO NASCIMENTO SALES
  • ESTUDO DO PAPEL DA ENZIMA ALDOSE REDUTASE NO DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA

  • Orientador : MARCELO AUGUSTO CHRISTOFFOLETE
  • Data: 29/Mar/2021

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  • A resistência à insulina e esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) é consequência do desequilíbrio na síntese e utilização de ácidos graxos, e o primeiro estágio da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A compreensão das vias moleculares nos estágios iniciais e reversíveis da DHGNA, como a resistência a insulina e esteatose, é necessária para o desenvolvimento de estratégias no diagnóstico e tratamento, além de sua reversão. A enzima aldose redutase tem seu papel amplamente estudado no metabolismo da glicose e na diabetes tipo II, mas pouco é sabido à seu respeito no desenvolvimento da esteatose por vias endógenas.  Diante disso, esse projeto tem como objetivo investigar o possível papel da aldose redutase no processo inicial do acúmulo de gordura, bem como a sua influência na evolução da DGHNA. Para isso, ferramentas moleculares super expressando\silenciando o gene da aldose redutase serão sintetizadas para avaliar diferentes níveis de expressão da enzima em modelos celulares hepáticos sob resistência á insulina, para identificaçãodas alterações que possam induzir o desenvolvimento da esteatose hepática.


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  • A resistência à insulina e esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) é consequência do desequilíbrio na síntese e utilização de ácidos graxos, e o primeiro estágio da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A compreensão das vias moleculares nos estágios iniciais e reversíveis da DHGNA, como a resistência a insulina e esteatose, é necessária para o desenvolvimento de estratégias no diagnóstico e tratamento, além de sua reversão. A enzima aldose redutase tem seu papel amplamente estudado no metabolismo da glicose e na diabetes tipo II, mas pouco é sabido à seu respeito no desenvolvimento da esteatose por vias endógenas.  Diante disso, esse projeto tem como objetivo investigar o possível papel da aldose redutase no processo inicial do acúmulo de gordura, bem como a sua influência na evolução da DGHNA. Para isso, ferramentas moleculares super expressando\silenciando o gene da aldose redutase serão sintetizadas para avaliar diferentes níveis de expressão da enzima em modelos celulares hepáticos sob resistência á insulina, para identificaçãodas alterações que possam induzir o desenvolvimento da esteatose hepática.

2
  • WANESSA BASTOS DOS SANTOS MASCARENHAS
  • Análise funcional do gene AtMo25-1 no desenvolvimento vegetal

  • Orientador : HANA PAULA MASUDA
  • Data: 13/Mai/2021

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  • A morfogênese e a polaridade celular são processos importantes para a diferenciação celular e para o desenvolvimento dos eucariotos. Uma das vias de sinalização que regula e mantém a polaridade celular bem como a morfogênese celular é a via RAM/MOR (Regulation of Ace2p activity and cellular Morphogenesis/Morphogenesis Orb6 Network) presente em fungos e a via correspondente Hippo-like descritas em animais. O gene Mo25/Hym1codifica uma proteína adaptadora altamente conservada que faz parte da via RAM/MOR, regulando a atividade quinase das proteínas da família STE20. Já foi descrito que leveduras deletadas para o gene Mo25/Hym1 no background Ssd1-/- apresentam problemas na morfogênese do broto, levando à perda da polaridade celular. Apesar de componentes da via RAM/MOR terem sido identificados em Arabidopsis thaliana, ainda há poucos estudos sobre essa via em plantas. Em Arabidopsis foram encontrados quatro homólogos ao gene Mo25, denominados AtMo25-1 a AtMo25-4 e dados preliminares do grupo mostraram que uma linhagem mutante do gene AtMo25-1 (mo25-1) apresentou redução no tamanho da roseta e folha comparado à planta selvagem. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi conhecer a função de AtMo25-1 durante o desenvolvimento vegetal através de estudos com uma linhagem mutante (mo25-1) e linhagens complementadas com o cassete p35S-AtMo25-1. Neste trabalho, foram obtidas três linhagens independentes de plantas mo25-1 complementadas com o cassete p35S-AtMo25-1 e o desenvolvimento destas foram comparadas com plantas mo25-1 e do tipo selvagem (Col-0). Nossos dados apontam que mo25-1 apresentou a área total da roseta, o comprimento da folha, da lâmina foliar e do pecíolo de plantas ligeiramente menores do que plantas Col-0 e que estes fenótipos foram parcialmente resgatados nas plantas complementadas. Diferenças no tamanho das células, índice estomático e área da folha não foram estatisticamente significativas entre as linhagens, mas o numero de células/folha foi menor em plantas mo25-1, fenótipo este resgatado em plantas complementadas. Não foram observadas diferenças significativas no comprimento total das raízes das plantas estudadas, mas a organização da ponta da raiz de plantas mo25-1 parece ser diferente com a região da zona meristemática mais curta quando comparadas com plantas do tipo selvagem. Dados de expressão em larga escala disponíveis nos bancos de dados públicos mostram que a expressão de AtMo25-1 é induzida quando plantas são submetidas a infecção por fungos. Nossos dados mostraram que a expressão de FRK1, um gene da resposta imune disparada por PAMP (Pathogen associated molecular pattern), foi induzida em mutantes mo25-1, assim como a deposição de calose afetada após injúria mecânica. Ambas respostas fazem parte do repertório de defesa da planta frente à ataque de patógenos, sugerindo que AtMo25 também possa estar envolvido na cascata de sinalização de defesa a patógenos. De forma geral, nossos dados mostram que este gene parece ter um papel no desenvolvimento geral da planta, tanto na parte aérea quanto na raiz, como também sugere que possa estar envolvido na via de sinalização da resposta imune da planta. 


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  • A morfogênese e a polaridade celular são processos importantes para a diferenciação celular e para o desenvolvimento dos eucariotos. Uma das vias de sinalização que regula e mantém a polaridade celular bem como a morfogênese celular é a via RAM/MOR (Regulation of Ace2p activity and cellular Morphogenesis/Morphogenesis Orb6 Network) presente em fungos e a via correspondente Hippo-like descritas em animais. O gene Mo25/Hym1codifica uma proteína adaptadora altamente conservada que faz parte da via RAM/MOR, regulando a atividade quinase das proteínas da família STE20. Já foi descrito que leveduras deletadas para o gene Mo25/Hym1 no background Ssd1-/- apresentam problemas na morfogênese do broto, levando à perda da polaridade celular. Apesar de componentes da via RAM/MOR terem sido identificados em Arabidopsis thaliana, ainda há poucos estudos sobre essa via em plantas. Em Arabidopsis foram encontrados quatro homólogos ao gene Mo25, denominados AtMo25-1 a AtMo25-4 e dados preliminares do grupo mostraram que uma linhagem mutante do gene AtMo25-1 (mo25-1) apresentou redução no tamanho da roseta e folha comparado à planta selvagem. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi conhecer a função de AtMo25-1 durante o desenvolvimento vegetal através de estudos com uma linhagem mutante (mo25-1) e linhagens complementadas com o cassete p35S-AtMo25-1. Neste trabalho, foram obtidas três linhagens independentes de plantas mo25-1 complementadas com o cassete p35S-AtMo25-1 e o desenvolvimento destas foram comparadas com plantas mo25-1 e do tipo selvagem (Col-0). Nossos dados apontam que mo25-1 apresentou a área total da roseta, o comprimento da folha, da lâmina foliar e do pecíolo de plantas ligeiramente menores do que plantas Col-0 e que estes fenótipos foram parcialmente resgatados nas plantas complementadas. Diferenças no tamanho das células, índice estomático e área da folha não foram estatisticamente significativas entre as linhagens, mas o numero de células/folha foi menor em plantas mo25-1, fenótipo este resgatado em plantas complementadas. Não foram observadas diferenças significativas no comprimento total das raízes das plantas estudadas, mas a organização da ponta da raiz de plantas mo25-1 parece ser diferente com a região da zona meristemática mais curta quando comparadas com plantas do tipo selvagem. Dados de expressão em larga escala disponíveis nos bancos de dados públicos mostram que a expressão de AtMo25-1 é induzida quando plantas são submetidas a infecção por fungos. Nossos dados mostraram que a expressão de FRK1, um gene da resposta imune disparada por PAMP (Pathogen associated molecular pattern), foi induzida em mutantes mo25-1, assim como a deposição de calose afetada após injúria mecânica. Ambas respostas fazem parte do repertório de defesa da planta frente à ataque de patógenos, sugerindo que AtMo25 também possa estar envolvido na cascata de sinalização de defesa a patógenos. De forma geral, nossos dados mostram que este gene parece ter um papel no desenvolvimento geral da planta, tanto na parte aérea quanto na raiz, como também sugere que possa estar envolvido na via de sinalização da resposta imune da planta. 

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  • CAROLINE FRERE MARTINIUC DE OLIVEIRA
  • Expressão de rhG-CSF em Chlamydomonas reinhardtii e avaliação desta microalga como plataforma de produção de biofármacos

  • Orientador : LIVIA SENO FERREIRA CAMARGO
  • Data: 7/Out/2021

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  • A microalga Chlamydomonas reinhardtii passou a ser explorada em 2003 para a produção de biofármacos por apresentar cultivo simples, rápida replicação e genoma completamente sequenciado, que tornou esta microalga um microrganismo modelo na área da biotecnologia, sendo uma alternativa para produção de medicamentos essenciais para o SUS, como a Filgrastima (rhG-CSF), um medicamento que estimula produção de neutrófilos em pacientes com neutropenia. A primeira parte deste trabalho apresenta a utilização desta microalga para expressão do medicamento filgrastima. Para isso, um vetor para cloroplasto contendo o promotor psbA e um para núcleo contendo gene para fluorescencia foram desenhados e a replicação de DNA foi feita em bactérias E. coli. Posteriormente, a transformação foi realizada em cloroplasto de Chlamydomonas reinhardtii pela técnica de biobalística, com realização de PCR para amplificar o gene da filgrastima e gene de resistência à Canamicina, e a transformação em núcleo pela técnica de eletroporação. Dos resultados é possível observar o crescimento da microalga transformada em Canamicina e PCR positiva para o gene de resistência ao antibiótico, porém não foi observado gene para a proteína de interesse, enquanto houve uma única colônia resultante da eletroporação, mas que não apresentou fluorescencia. Devido a pandemia ocasionada pelo Covid19, e limitações de acesso ao laboratório, alternativas complementares deram origem as outras duas partes do trabalho. A primeira consiste em uma cienciometria que permitiu avaliar quantos artigos foram publicados quanto a expressão de biofármacos em C. reinhardtii, quais as principais técnicas de transformação utilizadas, quais os principais tipos de proteínas expressas e os rendimentos finais dessas proteínas. Com os resultados desta análise, 77 trabalhos foram selecionados, observando-se que o cloroplasto foi a organela mais utilizada para transformação gênica a partir da técnica de biobalística, e o psbA foi o promotor que apresentou maiores rendimentos finais de proteína recombinante. Por fim, a última parte consistiu em uma análise das patentes relacionadas ao uso da mesma microalga para expressão de biofármacos. Para isso a plataforma LENS foi escolhida e 74 patentes foram selecionadas. Os resultados demonstraram que destes documentos, apenas 11 estão ativas e 30 pendentes. O trabalho permitiu uma análise quanto ao uso dessa microalga para expressão de proteínas terapeuticas.


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  • A microalga Chlamydomonas reinhardtii passou a ser explorada em 2003 para a produção de biofármacos por apresentar cultivo simples, rápida replicação e genoma completamente sequenciado, que tornou esta microalga um microrganismo modelo na área da biotecnologia, sendo uma alternativa para produção de medicamentos essenciais para o SUS, como a Filgrastima (rhG-CSF), um medicamento que estimula produção de neutrófilos em pacientes com neutropenia. A primeira parte deste trabalho apresenta a utilização desta microalga para expressão do medicamento filgrastima. Para isso, um vetor para cloroplasto contendo o promotor psbA e um para núcleo contendo gene para fluorescencia foram desenhados e a replicação de DNA foi feita em bactérias E. coli. Posteriormente, a transformação foi realizada em cloroplasto de Chlamydomonas reinhardtii pela técnica de biobalística, com realização de PCR para amplificar o gene da filgrastima e gene de resistência à Canamicina, e a transformação em núcleo pela técnica de eletroporação. Dos resultados é possível observar o crescimento da microalga transformada em Canamicina e PCR positiva para o gene de resistência ao antibiótico, porém não foi observado gene para a proteína de interesse, enquanto houve uma única colônia resultante da eletroporação, mas que não apresentou fluorescencia. Devido a pandemia ocasionada pelo Covid19, e limitações de acesso ao laboratório, alternativas complementares deram origem as outras duas partes do trabalho. A primeira consiste em uma cienciometria que permitiu avaliar quantos artigos foram publicados quanto a expressão de biofármacos em C. reinhardtii, quais as principais técnicas de transformação utilizadas, quais os principais tipos de proteínas expressas e os rendimentos finais dessas proteínas. Com os resultados desta análise, 77 trabalhos foram selecionados, observando-se que o cloroplasto foi a organela mais utilizada para transformação gênica a partir da técnica de biobalística, e o psbA foi o promotor que apresentou maiores rendimentos finais de proteína recombinante. Por fim, a última parte consistiu em uma análise das patentes relacionadas ao uso da mesma microalga para expressão de biofármacos. Para isso a plataforma LENS foi escolhida e 74 patentes foram selecionadas. Os resultados demonstraram que destes documentos, apenas 11 estão ativas e 30 pendentes. O trabalho permitiu uma análise quanto ao uso dessa microalga para expressão de proteínas terapeuticas.

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  • JASSIARA DA SILVA PESSOA
  • Transformação genética e otimização de cultivo de Chlamydomonas reinhardtii

  • Orientador : LIVIA SENO FERREIRA CAMARGO
  • Data: 9/Dez/2021

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  • A Chlamydomonas reinhardtii é uma microalga verde modelo para diversas áreas de estudo, incluindo a engenharia genética. Essa microalga possui os genomas do núcleo, cloroplasto e mitocôndrias totalmente sequenciados, possibilitando seu uso para expressão heteróloga de proteínas simples até as mais complexas. Diversas pesquisas comprovam a capacidade de expressão de biofármacos na C. reinhardtii entre eles, o hormônio somatotropina. Esse hormônio é sintetizado de forma fisiológica na hipófise de seres humanos e vertebrados, e o desequilíbrio nas concentrações ideais deste pode estar envolvido nas doenças hipopituitarismo e síndrome de Turner, tratadas atualmente com somatotropina recombinante produzida em Escherichia coli. Apesar desse hormônio já ter sido expresso no cloroplasto dessa microalga, os níveis de expressão foram baixos quando comparados às outras proteínas heterólogas nessa mesma plataforma. Tendo em vista as características e desvantagens da C. reinhardtii, este trabalho apresenta três capítulos com objetivos voltados para o aprimoramento dessa plataforma para uso biotecnológico. O primeiro capítulo apresentado tem como objetivo a expressão do biofármaco somatotropina em C. reinhardtii transgênica. Para isso, foram feitos ensaios de transformação genética de cloroplasto por biobalística e de núcleo por eletroporação. Apesar das diversas tentativas, não foi possível detectar a expressão heteróloga da somatotropina nas cepas transformadas. O capítulo seguinte deste trabalho teve como objetivo avaliar a literatura investigando a influência de regimes metabólicos (fotoauto-, hetero- e mixotrófico) no crescimento da C. reinhardtii selvagem e transgênica através de pesquisa cienciométrica. Foram feitas buscas nas bases de dados Web of Science e Scopus, onde foram encontrados 94 artigos na área entre os anos de 1969 e 2021. Entre os regimes metabólicos pesquisados, o mais frequentemente utilizado foi o fotoautotrófico (41% dos experimentos realizados), porém a análise dos resultados mostrou que o regime mais indicado para acúmulo de biomassa e proteínas recombinantes é o mixotrófico. Com base nesses resultados e outras variáveis que mostraram influência positiva no crescimento de cepas recombinantes, foi construído um planejamento experimental, apresentado no terceiro capítulo deste trabalho. O último capítulo teve como objetivo a otimização do acúmulo de biomassa de C. reinhardtii transgênica e aumento da atividade da proteína fluorescente mCherry. Para isso, foi desenvolvido um planejamento experimental DCCR com duas variáveis: concentração de cloreto de amônio e temperatura. Os ensaios foram conduzidos em frascos Erlenmeyer em shaker rotativo, utilizando a cepa pJP 22 mCherry que possui transformação no núcleo. Os resultados dos ensaios apontam a otimização do acúmulo de biomassa e na atividade da proteína mCherry na faixa de temperatura de 25 a 32 °C e com concentração de cloreto de amônio entre 450 e 750 mg/L.


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  • A Chlamydomonas reinhardtii é uma microalga verde modelo para diversas áreas de estudo, incluindo a engenharia genética. Essa microalga possui os genomas do núcleo, cloroplasto e mitocôndrias totalmente sequenciados, possibilitando seu uso para expressão heteróloga de proteínas simples até as mais complexas. Diversas pesquisas comprovam a capacidade de expressão de biofármacos na C. reinhardtii entre eles, o hormônio somatotropina. Esse hormônio é sintetizado de forma fisiológica na hipófise de seres humanos e vertebrados, e o desequilíbrio nas concentrações ideais deste pode estar envolvido nas doenças hipopituitarismo e síndrome de Turner, tratadas atualmente com somatotropina recombinante produzida em Escherichia coli. Apesar desse hormônio já ter sido expresso no cloroplasto dessa microalga, os níveis de expressão foram baixos quando comparados às outras proteínas heterólogas nessa mesma plataforma. Tendo em vista as características e desvantagens da C. reinhardtii, este trabalho apresenta três capítulos com objetivos voltados para o aprimoramento dessa plataforma para uso biotecnológico. O primeiro capítulo apresentado tem como objetivo a expressão do biofármaco somatotropina em C. reinhardtii transgênica. Para isso, foram feitos ensaios de transformação genética de cloroplasto por biobalística e de núcleo por eletroporação. Apesar das diversas tentativas, não foi possível detectar a expressão heteróloga da somatotropina nas cepas transformadas. O capítulo seguinte deste trabalho teve como objetivo avaliar a literatura investigando a influência de regimes metabólicos (fotoauto-, hetero- e mixotrófico) no crescimento da C. reinhardtii selvagem e transgênica através de pesquisa cienciométrica. Foram feitas buscas nas bases de dados Web of Science e Scopus, onde foram encontrados 94 artigos na área entre os anos de 1969 e 2021. Entre os regimes metabólicos pesquisados, o mais frequentemente utilizado foi o fotoautotrófico (41% dos experimentos realizados), porém a análise dos resultados mostrou que o regime mais indicado para acúmulo de biomassa e proteínas recombinantes é o mixotrófico. Com base nesses resultados e outras variáveis que mostraram influência positiva no crescimento de cepas recombinantes, foi construído um planejamento experimental, apresentado no terceiro capítulo deste trabalho. O último capítulo teve como objetivo a otimização do acúmulo de biomassa de C. reinhardtii transgênica e aumento da atividade da proteína fluorescente mCherry. Para isso, foi desenvolvido um planejamento experimental DCCR com duas variáveis: concentração de cloreto de amônio e temperatura. Os ensaios foram conduzidos em frascos Erlenmeyer em shaker rotativo, utilizando a cepa pJP 22 mCherry que possui transformação no núcleo. Os resultados dos ensaios apontam a otimização do acúmulo de biomassa e na atividade da proteína mCherry na faixa de temperatura de 25 a 32 °C e com concentração de cloreto de amônio entre 450 e 750 mg/L.

Teses
1
  • LINDOMAR JOSE CALUMBY ALBUQUERQUE
  • Synthesis, Physicochemical and Biological Characterization of Stimuli-Responsive Nanomedicines towards the Intracellular Delivery of Therapeutics

     

  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 4/Fev/2021

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  • A liberação intracelular de moléculas terapêuticas tais como ácidos nucleicos e fármacos requer um nanocarreador para protegê-las da degradação, aumentar o tempo de circulação e permitir eficiente captura celular. Esses nanocarreadores podem ter como alvo diferentes doenças e podem melhorar o desempenho farmacocinético e o perfil farmacodinâmico dos agentes ativos, otimizando assim a sua liberação e biodistribuição. Essa tese foi dividida em quatro capítulos, sendo o primeiro dedicado a uma introdução geral da área de nanomedicina, e os três capítulos subsequentes abordam diferentes plataformas terapêuticas de entrega de drogas e genes. No segundo capítulo, explora-se a investigação do uso de polietilenoimina ramificada funcionalizada com lactose (BPEI-Lac) como vetor não-viral de entrega de genes, visando a redução da citotoxicidade do padrão de referência polietilenoimina ramificado (BPEI). A substituição química de aminas primarias por resíduos de lactose nas cadeias de BPEI levou a formação de poliplexos maiores devido a maior quantidade de polímero necessária para condensar as cadeias de DNA. Apesar disso, a funcionalização com açúcar reduziu substancialmente a citotoxicidade das estruturas organizadas. Os poliplexos de BPEI-Lac são capturados de maneia mais eficaz pelas células, e os níveis de expressão gênica são mantidos quando comparados aos poliplexos produzidos a partir de BPEI. O terceiro capítulo da tese é dedicado a lipopeptídeos, também como alternativas ao PEI. Explorou-se a tradicional técnica de síntese de peptídeos em fase sólida para fabricar quatro lipopeptídeos contendo blocos de construção baseado em succinil-tetraetileno pentamina (Stp) capazes de se condensar o DNA em pH fisiológico. As características estruturais dos lipopoliplexos produzidos foram avaliadas por técnicas de espalhamento de luz e os ensaios biológicos demonstraram transfecção eficiente em linhagens celulares de HeLa, Neuro-2a e ARPE-19, combinada com menores níveis de toxicidade comparadas ao PEI. As sequências de lipopeptídeos demonstraram ser plataformas promissoras para entrega de genes. O último capítulo desta tese foi dedicado ao potencial uso de copolímeros em bloco sensíveis ao pH para a entrega intracelular de doxorubicina (DOX). Diversos copolímeros em bloco do tipo PHPMAm-b-PDPAn foram sintetizados por polimerização RAFT e foram caraterizados utilizando-se 1H NMR e SEC. Estruturas vesiculares auto organizadas (conhecidas como polimerossomos) com um tamanho desejável para captura celular foram produzidas pela técnica de microfluídica (MF). As estruturas foram caracterizadas por SLS, ELS e TEM. O agente ativo DOX foi encapsulado nos polimerossomos, e posteriormente a captura celular e citotoxicidade foram avaliadas em células tumorais do tipo linfoma EL4. Uma sonda fluorescente (DBCO-Cyanine7) foi covalentemente ligada as polimerossomos e a biodistribuição in-vivo foi analisada em camundongos do tipo nude que mostraram que as vesículas poliméricas se acumulam preferencialmente no fígado e no tumor. Os estudos de biodistribuição demonstraram longo tempo de circulação das vesículas poliméricas (~ 48h) se comparado com a circulação da sonda fluorescente livre. Os resultados obtidos mostraram uma maior redução no tumor dos camundongos tratados com polimerossomos, bem como aumento da taxa de sobrevivência quando comparado com a administração de DOX livre. Efeitos adversos característicos do tratamento terapêutico com DOX como a queda de pelo e cardiotoxicidade também foram reduzidas utilizando-se os polimerossomos como plataforma terapêutica.


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  • A liberação intracelular de moléculas terapêuticas tais como ácidos nucleicos e fármacos requer um nanocarreador para protegê-las da degradação, aumentar o tempo de circulação e permitir eficiente captura celular. Esses nanocarreadores podem ter como alvo diferentes doenças e podem melhorar o desempenho farmacocinético e o perfil farmacodinâmico dos agentes ativos, otimizando assim a sua liberação e biodistribuição. Essa tese foi dividida em quatro capítulos, sendo o primeiro dedicado a uma introdução geral da área de nanomedicina, e os três capítulos subsequentes abordam diferentes plataformas terapêuticas de entrega de drogas e genes. No segundo capítulo, explora-se a investigação do uso de polietilenoimina ramificada funcionalizada com lactose (BPEI-Lac) como vetor não-viral de entrega de genes, visando a redução da citotoxicidade do padrão de referência polietilenoimina ramificado (BPEI). A substituição química de aminas primarias por resíduos de lactose nas cadeias de BPEI levou a formação de poliplexos maiores devido a maior quantidade de polímero necessária para condensar as cadeias de DNA. Apesar disso, a funcionalização com açúcar reduziu substancialmente a citotoxicidade das estruturas organizadas. Os poliplexos de BPEI-Lac são capturados de maneia mais eficaz pelas células, e os níveis de expressão gênica são mantidos quando comparados aos poliplexos produzidos a partir de BPEI. O terceiro capítulo da tese é dedicado a lipopeptídeos, também como alternativas ao PEI. Explorou-se a tradicional técnica de síntese de peptídeos em fase sólida para fabricar quatro lipopeptídeos contendo blocos de construção baseado em succinil-tetraetileno pentamina (Stp) capazes de se condensar o DNA em pH fisiológico. As características estruturais dos lipopoliplexos produzidos foram avaliadas por técnicas de espalhamento de luz e os ensaios biológicos demonstraram transfecção eficiente em linhagens celulares de HeLa, Neuro-2a e ARPE-19, combinada com menores níveis de toxicidade comparadas ao PEI. As sequências de lipopeptídeos demonstraram ser plataformas promissoras para entrega de genes. O último capítulo desta tese foi dedicado ao potencial uso de copolímeros em bloco sensíveis ao pH para a entrega intracelular de doxorubicina (DOX). Diversos copolímeros em bloco do tipo PHPMAm-b-PDPAn foram sintetizados por polimerização RAFT e foram caraterizados utilizando-se 1H NMR e SEC. Estruturas vesiculares auto organizadas (conhecidas como polimerossomos) com um tamanho desejável para captura celular foram produzidas pela técnica de microfluídica (MF). As estruturas foram caracterizadas por SLS, ELS e TEM. O agente ativo DOX foi encapsulado nos polimerossomos, e posteriormente a captura celular e citotoxicidade foram avaliadas em células tumorais do tipo linfoma EL4. Uma sonda fluorescente (DBCO-Cyanine7) foi covalentemente ligada as polimerossomos e a biodistribuição in-vivo foi analisada em camundongos do tipo nude que mostraram que as vesículas poliméricas se acumulam preferencialmente no fígado e no tumor. Os estudos de biodistribuição demonstraram longo tempo de circulação das vesículas poliméricas (~ 48h) se comparado com a circulação da sonda fluorescente livre. Os resultados obtidos mostraram uma maior redução no tumor dos camundongos tratados com polimerossomos, bem como aumento da taxa de sobrevivência quando comparado com a administração de DOX livre. Efeitos adversos característicos do tratamento terapêutico com DOX como a queda de pelo e cardiotoxicidade também foram reduzidas utilizando-se os polimerossomos como plataforma terapêutica.

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  • SARA ANUNCIAÇÃO BRAGA GUEBARA
  • "Avaliação dos efeitos de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 na microbiota intestinal humana: uma abordagem in vitro"

    Evaluation of the effects of omega-3 polyunsaturated fatty acids on human  gut microbiota: an in vitro approach

  • Orientador : LUCIANO AVALLONE BUENO
  • Data: 15/Dez/2021

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  • O trato gastrointestinal (GI) humano abriga uma população complexa e dinâmica de microrganismos conhecidos como microbiota intestinal (a maioria deles bactérias, mas também vírus, fungos e protozoários), que desempenha uma importante influência no hospedeiro durante os estados de homeostase e doença. Como tendência, na última década, muitos estudos relataram o papel da dieta como um dos principais fatores na modulação da microbiota intestinal ao longo da vida. Embora muitos artigos relatem o efeito de fibras, probióticos, carboidratos e outros nutrientes e substâncias na microbiota intestinal, pouco se sabe sobre o impacto dos ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (PUFAs) nesse ambiente. Assim, neste estudo propomos a avaliação da influência dos PUFAs ômega-3 eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) na microbiota intestinal através de um sistema in vitrodenominado TWIN-SHIME - Simulador do Ecossistema Microbiano Intestinal Humano. SHIME é um simulador multicompartimental, altamente flexível e dinâmico do intestino humano e um dos poucos modelos que mimetiza todo o trato gastrointestinal, incorporando estômago, intestino delgado e diferentes regiões do cólon. Neste trabalho, mimetizamos a parte luminal e mucosa de 5 regiões do intestino (estômago, íleo, cólons ascendente, transcendente e descendente) em réplicas denominadas seções A e B. As fezes de um doador saudável foram inoculadas por 28 dias divididos em 14 dias de estabilização, 7 dias de controle e 7 dias de tratamento com PUFAS ômega-3 DHA e EPA comercial. Nesse período, foram coletadas amostras para avaliar a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e também mudanças importantes na microbiota intestinal por meio de análises metagenômicas. Este estudo mostrou um aumento significativo da produção de acetato nos cólons ascendente e descendente e uma diminuição significativa na produção de butirato em todas as regiões do intestino após 7 dias de tratamento. Além disso, a análise metagenômica realizada pelo sequenciamento do gene 16S rRNA na plataforma Illumina MiSeq mostrou que o tratamento com EPA e DHA aumentou a abundância do filo Bacteroides nas regiões do cólon e também permitiu o crescimento deAkkermansia muciniphila conhecida como uma nova e promissora bactéria probiótica da próxima geração.


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  • O trato gastrointestinal (GI) humano abriga uma população complexa e dinâmica de microrganismos conhecidos como microbiota intestinal (a maioria deles bactérias, mas também vírus, fungos e protozoários), que desempenha uma importante influência no hospedeiro durante os estados de homeostase e doença. Como tendência, na última década, muitos estudos relataram o papel da dieta como um dos principais fatores na modulação da microbiota intestinal ao longo da vida. Embora muitos artigos relatem o efeito de fibras, probióticos, carboidratos e outros nutrientes e substâncias na microbiota intestinal, pouco se sabe sobre o impacto dos ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (PUFAs) nesse ambiente. Assim, neste estudo propomos a avaliação da influência dos PUFAs ômega-3 eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) na microbiota intestinal através de um sistema in vitrodenominado TWIN-SHIME - Simulador do Ecossistema Microbiano Intestinal Humano. SHIME é um simulador multicompartimental, altamente flexível e dinâmico do intestino humano e um dos poucos modelos que mimetiza todo o trato gastrointestinal, incorporando estômago, intestino delgado e diferentes regiões do cólon. Neste trabalho, mimetizamos a parte luminal e mucosa de 5 regiões do intestino (estômago, íleo, cólons ascendente, transcendente e descendente) em réplicas denominadas seções A e B. As fezes de um doador saudável foram inoculadas por 28 dias divididos em 14 dias de estabilização, 7 dias de controle e 7 dias de tratamento com PUFAS ômega-3 DHA e EPA comercial. Nesse período, foram coletadas amostras para avaliar a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e também mudanças importantes na microbiota intestinal por meio de análises metagenômicas. Este estudo mostrou um aumento significativo da produção de acetato nos cólons ascendente e descendente e uma diminuição significativa na produção de butirato em todas as regiões do intestino após 7 dias de tratamento. Além disso, a análise metagenômica realizada pelo sequenciamento do gene 16S rRNA na plataforma Illumina MiSeq mostrou que o tratamento com EPA e DHA aumentou a abundância do filo Bacteroides nas regiões do cólon e também permitiu o crescimento deAkkermansia muciniphila conhecida como uma nova e promissora bactéria probiótica da próxima geração.

2020
Dissertações
1
  • OTÁVIO AUGUSTO LEITÃO DOS SANTOS
  • CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA E BIOFÍSICA DE UMA MONOOXIGENASE LÍTICA DE POLISSACARÍDEOS DE INSETO E DE UMA FERULOIL-COA SINTETASE COM POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO

  • Orientador : WANIUS JOSE GARCIA DA SILVA
  • Data: 4/Fev/2020

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  • A biomassa lignocelulósica é amplamente encontrada na natureza, sendo composta por três principais polímeros: celulose, lignina e hemicelulose. Estes podem ser usados como matéria-prima em vários processos industriais, como produção de etanol, vanilina e bioplásticos. No entanto, seu uso ainda não é economicamente viável na maioria dos processos industriais. Assim, a descoberta de novas enzimas que atuam sobre esses substratos, gerando um produto de interesse biotecnológico, pode ser uma alternativa para reduzir custos e otimizar processos. Este projeto tem como objetivo estudar uma Monooxigenase Lítica de Polissacarídeos (LPMO) de coptotermes gestroi (cupim) e uma enzima feruloil-CoA sintetase (FCS) identificada pela análise metagenômica do solo de uma plantação de cana-de-açúcar. As LPMOs são uma nova classe de enzimas identificadas por atuar em diferentes polímeros, como a celulose e a hemicelulose, levando à clivagem das ligações por mecanismos oxidativos. Já a FCS, associada a outras enzimas, pode ser empregada na conversão da lignina em vanilina, um produto de alto valor agregado. Foram utilizados diferentes cepas bacterianas, vetores e protocolos para a expressão das proteínas. A CgLPMO apresentou resultados positivos somente com strep-tag, no qual foi possível confirmar a presença da proteína com espectrometria de massas. Com a modelagem por homologia, a CgLPMO apresentou estruturas comuns às LPMOs, além de uma região em forma de língua presente em membros da família AA15.
    A outra enzima estudada, a feruloil-CoA sintetase (FCS), teve alta atividade em pH alcalino e temperatura ambiente. Além disso, utilizando-se das técnicas de dicroísmo circular e espectroscopia de fluorescência, ela apresentou grande estabilidade com a variação de pH, sendo afetada apenas em condições mais ácidas. Em outro ponto estudado, as ferramentas de predição demonstraram que a FCS apresenta mais α-hélice que estruturas β, o que pode ser confirmado por experimentos de dicroísmo circular. Com esses resultados foi possível ampliar o conhecimento sobre essas enzimas e avaliar o potencial biotecnológico delas.


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  • A biomassa lignocelulósica é amplamente encontrada na natureza, sendo composta por três principais polímeros: celulose, lignina e hemicelulose. Estes podem ser usados como matéria-prima em vários processos industriais, como produção de etanol, vanilina e bioplásticos. No entanto, seu uso ainda não é economicamente viável na maioria dos processos industriais. Assim, a descoberta de novas enzimas que atuam sobre esses substratos, gerando um produto de interesse biotecnológico, pode ser uma alternativa para reduzir custos e otimizar processos. Este projeto tem como objetivo estudar uma Monooxigenase Lítica de Polissacarídeos (LPMO) de coptotermes gestroi (cupim) e uma enzima feruloil-CoA sintetase (FCS) identificada pela análise metagenômica do solo de uma plantação de cana-de-açúcar. As LPMOs são uma nova classe de enzimas identificadas por atuar em diferentes polímeros, como a celulose e a hemicelulose, levando à clivagem das ligações por mecanismos oxidativos. Já a FCS, associada a outras enzimas, pode ser empregada na conversão da lignina em vanilina, um produto de alto valor agregado. Foram utilizados diferentes cepas bacterianas, vetores e protocolos para a expressão das proteínas. A CgLPMO apresentou resultados positivos somente com strep-tag, no qual foi possível confirmar a presença da proteína com espectrometria de massas. Com a modelagem por homologia, a CgLPMO apresentou estruturas comuns às LPMOs, além de uma região em forma de língua presente em membros da família AA15.
    A outra enzima estudada, a feruloil-CoA sintetase (FCS), teve alta atividade em pH alcalino e temperatura ambiente. Além disso, utilizando-se das técnicas de dicroísmo circular e espectroscopia de fluorescência, ela apresentou grande estabilidade com a variação de pH, sendo afetada apenas em condições mais ácidas. Em outro ponto estudado, as ferramentas de predição demonstraram que a FCS apresenta mais α-hélice que estruturas β, o que pode ser confirmado por experimentos de dicroísmo circular. Com esses resultados foi possível ampliar o conhecimento sobre essas enzimas e avaliar o potencial biotecnológico delas.

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  • LEONARDO DE SOUZA
  • Análise dos Parâmetros do Processo de Rotofiação para o Controle do Diâmetro de Fibras Pululana e PVA Visando Aplicações em Engenharia de Tecidos.

  • Orientador : JEAN JACQUES BONVENT
  • Data: 10/Fev/2020

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  • The main hindrances for cost effective skin injury treatments are tightly associated to the limited number of donors and the immunogenic reactions triggered by antigens present in the grafts. Beside the intense research and development in tissue engineering and regenerative medicine, Human Skin Equivalents (HSE) have been proposed both as clinical skin substitutes, due to their biocompatibility and non-immunogenicity, and models for permeation and toxicity studies. Since the last decades, the investigations of scaffolds, as framework environments for cell growth, have shown a boom of interest. It seems undoubtedly that a fibrous three-dimensional structure may reliably mimic the extracellular matrix. A large number of techniques has been used to produce fibrous mats, among which Rotary Jet-Spinning (RJS) appears undoubtedly as one of the most efficient. However, an important open challenge remains for the optimization of experimental design to get a fine control of the fibers morphology and size, as well as for the mat homogeneity and reproducibility. In this work, we present an experimental study on the formation process of polymer fibrous scaffolds, based on a biopolymer, Pullulan - PULL, and a synthetic polymer, Poly (vinyl alcohol) - PVA, by means of Rotary Jet-Spinning (RJS) technique. We have analyzed the influence of the polymer composition (X1), solvent volatility (X2) and RJS collector distance (X3) on the fibers diameter (Y). The ranges of independent variables were 0:100–0:100 for the PULL:PVA blend composition, 0–100%  for DMSO percentage in DMSO/H2O solvent mixture, 4–9  cm for collector distance. To minimize the number of required experiments for a complete evaluation, Response Surface Methodology (RSM) and Central Composite Rotatable Design (CCRD) have been performed using the Expert Design Software. The nanofiber morphology and thermal properties have been analyzed by scanning electron microscopy (SEM) and thermogravimetric measurements, respectively. It was found that the fibers diameter ranged from 300 nm to 1500 nm, depending on the for collector distance, and tightly on the rheological properties of polymer solution. The RSM analysis showed that a quartic model could best fit the experimental results.

    The main hindrances for cost effective skin injury treatments are
    tightly associated to the limited number of donors and the immunogenic
    reactions triggered by antigens present in the grafts. Beside the
    intense research and development in tissue engineering and regenerative
    medicine, Human Skin Equivalents (HSE) have been proposed both as
    clinical skin substitutes, due to their biocompatibility and
    non-immunogenicity, and models for permeation and toxicity studies.
    Since the last decades, the investigations of scaffolds, as framework
    environments for cell growth, have shown a boom of interest. It seems
    undoubtedly that a fibrous three-dimensional structure may reliably
    mimic the extracellular matrix. A large number of techniques has been
    used to produce fibrous mats, among which Rotary Jet-Spinning (RJS)
    appears undoubtedly as one of the most efficient. However, an important
    open challenge remains for the optimization of experimental design to
    get a fine control of the fibers morphology and size, as well as for the
    mat homogeneity and reproducibility. In this work, we present an
    experimental study on the formation process of polymer fibrous
    scaffolds, based on a biopolymer, Pullulan - PULL, and a synthetic
    polymer, Poly (vinyl alcohol) - PVA, by means of Rotary Jet-Spinning
    (RJS) technique. We have analyzed the influence of the polymer
    composition (X1), solvent volatility (X2) and RJS collector distance
    (X3) on the fibers diameter (Y). The ranges of independent variables
    were 0:100–0:100 for the PULL:PVA blend composition, 0–100%  for DMSO
    percentage in DMSO/H2O solvent mixture, 4–9  cm for collector distance.
    To minimize the number of required experiments for a complete
    evaluation, Response Surface Methodology (RSM) and Central Composite
    Rotatable Design (CCRD) have been performed using the Expert Design
    Software. The nanofiber morphology and thermal properties have been
    analyzed by scanning electron microscopy (SEM) and thermogravimetric
    measurements, respectively. It was found that the fibers diameter ranged
    from 300 nm to 1500 nm, depending on the for collector distance, and
    tightly on the rheological properties of polymer solution. The RSM
    analysis showed that a empirical model could best fit the experimental
    results.


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  • The main hindrances for cost effective skin injury treatments are tightly associated to the limited number of donors and the immunogenic reactions triggered by antigens present in the grafts. Beside the intense research and development in tissue engineering and regenerative medicine, Human Skin Equivalents (HSE) have been proposed both as clinical skin substitutes, due to their biocompatibility and non-immunogenicity, and models for permeation and toxicity studies. Since the last decades, the investigations of scaffolds, as framework environments for cell growth, have shown a boom of interest. It seems undoubtedly that a fibrous three-dimensional structure may reliably mimic the extracellular matrix. A large number of techniques has been used to produce fibrous mats, among which Rotary Jet-Spinning (RJS) appears undoubtedly as one of the most efficient. However, an important open challenge remains for the optimization of experimental design to get a fine control of the fibers morphology and size, as well as for the mat homogeneity and reproducibility. In this work, we present an experimental study on the formation process of polymer fibrous scaffolds, based on a biopolymer, Pullulan - PULL, and a synthetic polymer, Poly (vinyl alcohol) - PVA, by means of Rotary Jet-Spinning (RJS) technique. We have analyzed the influence of the polymer composition (X1), solvent volatility (X2) and RJS collector distance (X3) on the fibers diameter (Y). The ranges of independent variables were 0:100–0:100 for the PULL:PVA blend composition, 0–100%  for DMSO percentage in DMSO/H2O solvent mixture, 4–9  cm for collector distance. To minimize the number of required experiments for a complete evaluation, Response Surface Methodology (RSM) and Central Composite Rotatable Design (CCRD) have been performed using the Expert Design Software. The nanofiber morphology and thermal properties have been analyzed by scanning electron microscopy (SEM) and thermogravimetric measurements, respectively. It was found that the fibers diameter ranged from 300 nm to 1500 nm, depending on the for collector distance, and tightly on the rheological properties of polymer solution. The RSM analysis showed that a quartic model could best fit the experimental results.

    The main hindrances for cost effective skin injury treatments are
    tightly associated to the limited number of donors and the immunogenic
    reactions triggered by antigens present in the grafts. Beside the
    intense research and development in tissue engineering and regenerative
    medicine, Human Skin Equivalents (HSE) have been proposed both as
    clinical skin substitutes, due to their biocompatibility and
    non-immunogenicity, and models for permeation and toxicity studies.
    Since the last decades, the investigations of scaffolds, as framework
    environments for cell growth, have shown a boom of interest. It seems
    undoubtedly that a fibrous three-dimensional structure may reliably
    mimic the extracellular matrix. A large number of techniques has been
    used to produce fibrous mats, among which Rotary Jet-Spinning (RJS)
    appears undoubtedly as one of the most efficient. However, an important
    open challenge remains for the optimization of experimental design to
    get a fine control of the fibers morphology and size, as well as for the
    mat homogeneity and reproducibility. In this work, we present an
    experimental study on the formation process of polymer fibrous
    scaffolds, based on a biopolymer, Pullulan - PULL, and a synthetic
    polymer, Poly (vinyl alcohol) - PVA, by means of Rotary Jet-Spinning
    (RJS) technique. We have analyzed the influence of the polymer
    composition (X1), solvent volatility (X2) and RJS collector distance
    (X3) on the fibers diameter (Y). The ranges of independent variables
    were 0:100–0:100 for the PULL:PVA blend composition, 0–100%  for DMSO
    percentage in DMSO/H2O solvent mixture, 4–9  cm for collector distance.
    To minimize the number of required experiments for a complete
    evaluation, Response Surface Methodology (RSM) and Central Composite
    Rotatable Design (CCRD) have been performed using the Expert Design
    Software. The nanofiber morphology and thermal properties have been
    analyzed by scanning electron microscopy (SEM) and thermogravimetric
    measurements, respectively. It was found that the fibers diameter ranged
    from 300 nm to 1500 nm, depending on the for collector distance, and
    tightly on the rheological properties of polymer solution. The RSM
    analysis showed that a empirical model could best fit the experimental
    results.

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  • FERNANDO AUGUSTO DE OLIVEIRA
  • INVESTIGANDO A NANOBIOINTERFACE: AVALIAÇÃO QUANTITATIVA, DINÂMICA E ESTRUTURAL DA ADSORÇÃO DE PROTEÍNAS PLASMÁTICAS SOBRE A SUPERFÍCIE DE MICELAS E VESÍCULAS POLIMÉRICAS

  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 11/Fev/2020

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  • O desenvolvimento de nanocarregadores de agentes ativos geralmente necessita que estas entidades nanométricas tenham propriedades especiais tais como a biocompatibilidade e a estabilidade durante circulação no fluxo sanguíneo. Neste contexto, nanopartículas poliméricas (NPs) de elevada estabilidade em ambiente salino foram fabricadas a partir da auto-organização de uma variedade de copolímeros em bloco anfifílicos: PEO105-b-PLA236, PEO45-b-PLA174 e PHPMA35-b-PDPA42. Utilizando-se os protocolos de nanoprecipitação, reidratação de filmes finos (thin film re hydratation) e inversão de fase, foram obtidos sistemas poliméricos nanoestruturados com tamanhos variados na região 90-160 nm (vesículas) e de 30-60 nm (micelas). A estabilidade coloidal é resultado da presença de superfícies negativamente carregadas, bem como efeitos estéricos. As estruturas auto-organizadas foram detalhadamente caracterizadas utilizando-se técnicas de espalhamento de luz e microscopia eletrônica de transmissão. Na sequencia, foi investigado o comportamento dos sistemas poliméricos nanoestruturados em ambientes contendo proteínas modelo (BSA, lisozima e IgG). Os resultados experimentais mostraram que micelas e vesículas produzidas a partir de PHPMA35-b-PDPA42 são resistentes à adsorção proteica uma vez que a dimensão dos sistemas não é influenciada pela presença de biomacromoléculas no ambiente. Este fator deve estar relacionado ao caráter altamente hidrofílico do PHPMA que promove a formação de espessas camadas de solvatação na superfície das entidades evitando assim adsorção de proteínas. Por outro lado, sistemas fabricados a partir de PEO45-b-PLA174 são os mais suscetíveis à adsorção proteica. Os resultados mostram ainda que o fenômeno de adsorção proteica sobre a superfície de sistemas poliméricos nanoestruturados em solução é influenciado de maneira relevante pela espessura da coroa hidrofílica estabilizante, entretanto, a morfologia do agregado não parece exercer efeito proeminente. A adsorção proteica possui um perfil termodinâmico complexo onde processos endotérmicos e exotérmicos ocorrem simultaneamente. Por outro lado, os dados de espectroscopia de dicroísmo circular sugerem que a adsorção não altera a conformação das biomacromoléculas.


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  • O desenvolvimento de nanocarregadores de agentes ativos geralmente necessita que estas entidades nanométricas tenham propriedades especiais tais como a biocompatibilidade e a estabilidade durante circulação no fluxo sanguíneo. Neste contexto, nanopartículas poliméricas (NPs) de elevada estabilidade em ambiente salino foram fabricadas a partir da auto-organização de uma variedade de copolímeros em bloco anfifílicos: PEO105-b-PLA236, PEO45-b-PLA174 e PHPMA35-b-PDPA42. Utilizando-se os protocolos de nanoprecipitação, reidratação de filmes finos (thin film re hydratation) e inversão de fase, foram obtidos sistemas poliméricos nanoestruturados com tamanhos variados na região 90-160 nm (vesículas) e de 30-60 nm (micelas). A estabilidade coloidal é resultado da presença de superfícies negativamente carregadas, bem como efeitos estéricos. As estruturas auto-organizadas foram detalhadamente caracterizadas utilizando-se técnicas de espalhamento de luz e microscopia eletrônica de transmissão. Na sequencia, foi investigado o comportamento dos sistemas poliméricos nanoestruturados em ambientes contendo proteínas modelo (BSA, lisozima e IgG). Os resultados experimentais mostraram que micelas e vesículas produzidas a partir de PHPMA35-b-PDPA42 são resistentes à adsorção proteica uma vez que a dimensão dos sistemas não é influenciada pela presença de biomacromoléculas no ambiente. Este fator deve estar relacionado ao caráter altamente hidrofílico do PHPMA que promove a formação de espessas camadas de solvatação na superfície das entidades evitando assim adsorção de proteínas. Por outro lado, sistemas fabricados a partir de PEO45-b-PLA174 são os mais suscetíveis à adsorção proteica. Os resultados mostram ainda que o fenômeno de adsorção proteica sobre a superfície de sistemas poliméricos nanoestruturados em solução é influenciado de maneira relevante pela espessura da coroa hidrofílica estabilizante, entretanto, a morfologia do agregado não parece exercer efeito proeminente. A adsorção proteica possui um perfil termodinâmico complexo onde processos endotérmicos e exotérmicos ocorrem simultaneamente. Por outro lado, os dados de espectroscopia de dicroísmo circular sugerem que a adsorção não altera a conformação das biomacromoléculas.

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  • CAIO ALEXANDRE DE FREITAS SCHATZER
  • EFEITOS DA EXPOSIÇÃO A FOTOPROTETORES EM Artemia salina Leach: ESTUDOS ECOTOXICOLÓGICO E COMPORTAMENTAL

  • Orientador : ELIZABETH TEODOROV
  • Data: 13/Fev/2020

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  • A poluição ambiental e os desequilíbrios causados por esta no ar, solo e água geram diversos impactos não somente a organismos que vivem nesses ambientes como também acabam afetando direta ou indiretamente o homem. Nesse sentido, nos últimos anos é alarmante os dados de poluição hídrica, particularmente em mares e oceanos, e como essa tem afetado negativamente peixes, recifes de corais entre outros. Assim, neste projeto, para estudo da ecotoxicidade e implicações comportamentais foram utilizados cistos e náuplios do microcrustáceo Artemia salina tratados com diferentes concentrações de DMSO bem como fotoprotetores diluídos em DMSO a 1%. Os resultados mostraram que houve redução da taxa de eclosão de cistos expostos a DMSO a 4 e 5% após 48 horas de observação, bem como aumento na taxa de mortalidade em DMSO a 3, 4 e 5%, sendo a CL50 em DMSO a 5%, bem como diminuição da atividade locomotora em náuplios expostos a DMSO a 5%. Em relação aos fotoprotetores os resultados demonstraram redução na taxa de eclosão e aumento na taxa de mortalidade em Stabyl C® nas concentrações 1:10, 1:30, 1:50 e 1:75 (v:v), diminuição da taxa de eclosão em OCR® 1:10 porém para esse fotoprotetor todas as concentrações foram letais. Ainda, foram observadas diminuição na taxa de eclosão em Uvinul® e TanGa® na concentração 1:10, bem como aumento da taxa de mortalidade somente m TanGa® na concentração 1:10. Em relação a atividade locomotora observou-se redução nesse parâmetro somente em OCR® nas concentrações 1:10 e 1:30 quando comparados ao grupo controle. As medidas de estresse oxidativo revelaram que DMSO não alteraram esse parâmetro, sendo apenas observado aumento da carbonilação no controle positivo, mesmo resultado obtido em relação a todos os fotoprotetores, bem como Stabyl C® nas concentrações de1:75 e 1:100, Eusolex® 1:30, 1;50 e 1:75 e Tinosorb® 1:75. Os resultados dos estudos de evidências metabólicas mostraram que houve aumento da produção de espécies reativas de oxigênio e de atividade mitocondrial em náuplios expostos a DMSO a 4% e 5%, sendo que em relação aos fotoprotetores observou-se aumento de produção de espécies reativas de oxigênio em StabylC®, Uvinul®, Eusolex® e Tinosorb® na concentração de 1:10 e da atividade mitocondrial em StabylC®, Uvinul®, Eusolex® e Tinosorb®, OCR® e TanGa® em 1:10, em todos os fotoprotetores 1:30, 1:50 e 1:75 e em StabylC®, Uvinul®, Eusolex® e OCR® 1:100. A morfologia de náuplios expostos a DMSO não apresentou alterações quanto da visualização em microscopia eletrônica de varredura, enquanto que os fotoprotetores Stabyl C®, OCR®, Uvinul® e Tinosorb® na concentração de 1:10 e OCR®, Uvinul® e Tinosorb® 1:50 provocaram alterações morfológicas significativas. Esses resultados em conjunto apontam efeitos tóxicos de DMSO a 5% e alguns tipos de fotoprotetores bem como confirmaram que os testes de toxicidade com Artemia salina se mostram uma importante ferramenta biológica, aliando a área de Biotecnologia aos estudos de ecotoxicidade.


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  • A poluição ambiental e os desequilíbrios causados por esta no ar, solo e água geram diversos impactos não somente a organismos que vivem nesses ambientes como também acabam afetando direta ou indiretamente o homem. Nesse sentido, nos últimos anos é alarmante os dados de poluição hídrica, particularmente em mares e oceanos, e como essa tem afetado negativamente peixes, recifes de corais entre outros. Assim, neste projeto, para estudo da ecotoxicidade e implicações comportamentais foram utilizados cistos e náuplios do microcrustáceo Artemia salina tratados com diferentes concentrações de DMSO bem como fotoprotetores diluídos em DMSO a 1%. Os resultados mostraram que houve redução da taxa de eclosão de cistos expostos a DMSO a 4 e 5% após 48 horas de observação, bem como aumento na taxa de mortalidade em DMSO a 3, 4 e 5%, sendo a CL50 em DMSO a 5%, bem como diminuição da atividade locomotora em náuplios expostos a DMSO a 5%. Em relação aos fotoprotetores os resultados demonstraram redução na taxa de eclosão e aumento na taxa de mortalidade em Stabyl C® nas concentrações 1:10, 1:30, 1:50 e 1:75 (v:v), diminuição da taxa de eclosão em OCR® 1:10 porém para esse fotoprotetor todas as concentrações foram letais. Ainda, foram observadas diminuição na taxa de eclosão em Uvinul® e TanGa® na concentração 1:10, bem como aumento da taxa de mortalidade somente m TanGa® na concentração 1:10. Em relação a atividade locomotora observou-se redução nesse parâmetro somente em OCR® nas concentrações 1:10 e 1:30 quando comparados ao grupo controle. As medidas de estresse oxidativo revelaram que DMSO não alteraram esse parâmetro, sendo apenas observado aumento da carbonilação no controle positivo, mesmo resultado obtido em relação a todos os fotoprotetores, bem como Stabyl C® nas concentrações de1:75 e 1:100, Eusolex® 1:30, 1;50 e 1:75 e Tinosorb® 1:75. Os resultados dos estudos de evidências metabólicas mostraram que houve aumento da produção de espécies reativas de oxigênio e de atividade mitocondrial em náuplios expostos a DMSO a 4% e 5%, sendo que em relação aos fotoprotetores observou-se aumento de produção de espécies reativas de oxigênio em StabylC®, Uvinul®, Eusolex® e Tinosorb® na concentração de 1:10 e da atividade mitocondrial em StabylC®, Uvinul®, Eusolex® e Tinosorb®, OCR® e TanGa® em 1:10, em todos os fotoprotetores 1:30, 1:50 e 1:75 e em StabylC®, Uvinul®, Eusolex® e OCR® 1:100. A morfologia de náuplios expostos a DMSO não apresentou alterações quanto da visualização em microscopia eletrônica de varredura, enquanto que os fotoprotetores Stabyl C®, OCR®, Uvinul® e Tinosorb® na concentração de 1:10 e OCR®, Uvinul® e Tinosorb® 1:50 provocaram alterações morfológicas significativas. Esses resultados em conjunto apontam efeitos tóxicos de DMSO a 5% e alguns tipos de fotoprotetores bem como confirmaram que os testes de toxicidade com Artemia salina se mostram uma importante ferramenta biológica, aliando a área de Biotecnologia aos estudos de ecotoxicidade.

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  • WELLINGTON CAIO SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO DO BALANÇO REDOX NA HIPERTROFIA CARDÍACA INDUZIDA PELA ISQUEMIA/REPERFUSÃO RENAL

  • Orientador : MARCELA SORELLI CARNEIRO RAMOS
  • Data: 17/Fev/2020

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  • Em quadros de insuficiência renal (IR), diversos fatores liberados na corrente sanguínea por sistemas como o sistema renina angiotensina aldosterona (RAAS), sistema nervoso simpático (SNS) e sistema inflamatório, são capazes de induzir uma série de alterações no tecido cardíaco, levando a um conjunto de alterações denominada síndrome cardiorrenal (SCR). Com importante papel na sinalização e progressão de quadros inflamatórios sistêmicos, como o observado na IR, encontram-se as espécies reativas de oxigênio (EROs). Quando produzidas em excesso, as EROs levam a célula ao estresse Oxidativo (EO) e, caso não seja controlado e reparado por agentes antioxidantes, pode causar danos irreparáveis em nível celular e tecidual. Diante do exposto, o presente estudo buscou caracterizar o balanço redox no modelo de hipertrofia cardíaca induzida por isquemia/reperfusão renal. Para isto foram utilizados camundongos machos C57BL/6 submetidos a oclusão do pedículo renal esquerdo por 60 min seguido de reperfusão por 8 e 15 dias. Foram avaliados fatores como: o dano celular sofrido em nível de proteínas e lipídeos; níveis dos principais agentes antioxidantes (Catalase (CAT), Superóxido Dismutase (SOD) e Capacidade Antioxidante Total (FRAP)); nível de agentes oxidantes (NADPH oxidase (NOX); Óxido Nítrico Sintase (NOS), peróxido de hidrogênio (H2O2) além da biodisponibilidade do Óxido Nítrico (NO) na forma de S-nitrosotiol (R-SNO) e Nitrito (NO2¯)). Em relação ao tecido renal, os resultados indicam um processo de renoproteção em ambos os rins, isso porque os níveis de dano celular e alguns agentes oxidantes estão reduzidos nos tempos analisados. Ainda, foi possível observar um aumento na atividade de enzimas antioxidantes como a SOD, além do aumento na disponibilidade de NO. Já no coração, foi possível observar um aumento na atividade de enzimas oxidantes como a NOX e NOS além do aumento do dano celular após 8 dias de reperfusão, seguido de redução no dano proteico no grupo 15 dias pós lesão. A conclusão do presente estudo sugere que os rins e o coração passam por processos distintos de dano e reparo nos tempos analisados, uma vez que o coração é um alvo secundário da lesão renal isquêmica. Esses resultados são importantes para um melhor entendimento dos mecanismos celulares e moleculares envolvidos nas alterações cardíacas observadas no quadro de SCR.


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  • Em quadros de insuficiência renal (IR), diversos fatores liberados na corrente sanguínea por sistemas como o sistema renina angiotensina aldosterona (RAAS), sistema nervoso simpático (SNS) e sistema inflamatório, são capazes de induzir uma série de alterações no tecido cardíaco, levando a um conjunto de alterações denominada síndrome cardiorrenal (SCR). Com importante papel na sinalização e progressão de quadros inflamatórios sistêmicos, como o observado na IR, encontram-se as espécies reativas de oxigênio (EROs). Quando produzidas em excesso, as EROs levam a célula ao estresse Oxidativo (EO) e, caso não seja controlado e reparado por agentes antioxidantes, pode causar danos irreparáveis em nível celular e tecidual. Diante do exposto, o presente estudo buscou caracterizar o balanço redox no modelo de hipertrofia cardíaca induzida por isquemia/reperfusão renal. Para isto foram utilizados camundongos machos C57BL/6 submetidos a oclusão do pedículo renal esquerdo por 60 min seguido de reperfusão por 8 e 15 dias. Foram avaliados fatores como: o dano celular sofrido em nível de proteínas e lipídeos; níveis dos principais agentes antioxidantes (Catalase (CAT), Superóxido Dismutase (SOD) e Capacidade Antioxidante Total (FRAP)); nível de agentes oxidantes (NADPH oxidase (NOX); Óxido Nítrico Sintase (NOS), peróxido de hidrogênio (H2O2) além da biodisponibilidade do Óxido Nítrico (NO) na forma de S-nitrosotiol (R-SNO) e Nitrito (NO2¯)). Em relação ao tecido renal, os resultados indicam um processo de renoproteção em ambos os rins, isso porque os níveis de dano celular e alguns agentes oxidantes estão reduzidos nos tempos analisados. Ainda, foi possível observar um aumento na atividade de enzimas antioxidantes como a SOD, além do aumento na disponibilidade de NO. Já no coração, foi possível observar um aumento na atividade de enzimas oxidantes como a NOX e NOS além do aumento do dano celular após 8 dias de reperfusão, seguido de redução no dano proteico no grupo 15 dias pós lesão. A conclusão do presente estudo sugere que os rins e o coração passam por processos distintos de dano e reparo nos tempos analisados, uma vez que o coração é um alvo secundário da lesão renal isquêmica. Esses resultados são importantes para um melhor entendimento dos mecanismos celulares e moleculares envolvidos nas alterações cardíacas observadas no quadro de SCR.

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  • REGINA CÉLIA ALVES DA SILVA FRANÇA
  • Análise morfológica e bioquímica de células Vero cultivadas em matrizes fibrosas de Poli (e-caprolactona) – (PCL) com diferentes níveis de alinhamento produzidos por fiação por sopro em solução

  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 5/Mar/2020

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  • A engenharia de tecidos é um campo interdisciplinar que aplica os princípios da engenharia e das ciências da vida para o desenvolvimento de substitutos biológicos que restauram, mantém ou melhoram a função do tecido. Materiais biorreabsorvíveis são compostos que se decompõem tanto in vitro quanto in vivo e que são utilizados como uma alternativa temporária em tecidos lesado. Este estudo teve como objetivo foi analisar morfologia e citoquímica das células Vero cultivadas sobre arcabouços fibrosos de PCL, bem como aferimos parâmetros de metabolismo celular por meio da análise bioquímica do meio de cultura condicionado pelas células cultivadas sobre os polímeros. Utilizamos os materiais como arcabouços fibrosos de PCL em NA, fibras não alinhadas; A150, fibras alinhadas com 150 rpm; A300, fibras alinhadas com 300 rpm; A150 e A300 para cultura de células Vero por 24h, 48h e 72h. Realizamos uma análise morfológica, citoquímica e análise bioquímica do meio condicionado. Na análise citoquímica da cultura celular os resultados não indicaram citotoxicidade, as células se mostraram confluentes e bem espalhadas na placa de cultura, já nas com arcabouços poliméricos mostram uma morfologia mais alongada. Nas análises bioquímicas não foram observadas diferenças relevantes aos dados avaliados nos meios de cultura das células das amostras. Não observamos alteração na quantidade das enzimas AST, ALT e fosfatase alcalina no meio de cultivos, os diferentes materiais parecem não promover alterações na expressão dessas enzimas, e também não observamos alteração na quantidade de albumina, colesterol, creatinina proteínas totais e ureia no meio de cultivo, os diferentes materiais não parecem promover alterações no comportamento ou metabolismos dessas moléculas. Somente na glicose, que encontramos uma redução bastante acentuada, no consumo de glicose nos materiais fibrosos, alinhados ou não alinhados, seja em 48h ou 72h. Isso indica uma demanda energética intensa por parte das células sobre esses arcabouços. Assim, fibras de PCL mostraram uma grande capacidade de suportar o crescimento celular. Esses dados reforçam a interpretação de que as células crescem numa forma satisfatória sobre os polímeros de PCL.


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  • A engenharia de tecidos é um campo interdisciplinar que aplica os princípios da engenharia e das ciências da vida para o desenvolvimento de substitutos biológicos que restauram, mantém ou melhoram a função do tecido. Materiais biorreabsorvíveis são compostos que se decompõem tanto in vitro quanto in vivo e que são utilizados como uma alternativa temporária em tecidos lesado. Este estudo teve como objetivo foi analisar morfologia e citoquímica das células Vero cultivadas sobre arcabouços fibrosos de PCL, bem como aferimos parâmetros de metabolismo celular por meio da análise bioquímica do meio de cultura condicionado pelas células cultivadas sobre os polímeros. Utilizamos os materiais como arcabouços fibrosos de PCL em NA, fibras não alinhadas; A150, fibras alinhadas com 150 rpm; A300, fibras alinhadas com 300 rpm; A150 e A300 para cultura de células Vero por 24h, 48h e 72h. Realizamos uma análise morfológica, citoquímica e análise bioquímica do meio condicionado. Na análise citoquímica da cultura celular os resultados não indicaram citotoxicidade, as células se mostraram confluentes e bem espalhadas na placa de cultura, já nas com arcabouços poliméricos mostram uma morfologia mais alongada. Nas análises bioquímicas não foram observadas diferenças relevantes aos dados avaliados nos meios de cultura das células das amostras. Não observamos alteração na quantidade das enzimas AST, ALT e fosfatase alcalina no meio de cultivos, os diferentes materiais parecem não promover alterações na expressão dessas enzimas, e também não observamos alteração na quantidade de albumina, colesterol, creatinina proteínas totais e ureia no meio de cultivo, os diferentes materiais não parecem promover alterações no comportamento ou metabolismos dessas moléculas. Somente na glicose, que encontramos uma redução bastante acentuada, no consumo de glicose nos materiais fibrosos, alinhados ou não alinhados, seja em 48h ou 72h. Isso indica uma demanda energética intensa por parte das células sobre esses arcabouços. Assim, fibras de PCL mostraram uma grande capacidade de suportar o crescimento celular. Esses dados reforçam a interpretação de que as células crescem numa forma satisfatória sobre os polímeros de PCL.

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  • JULIO CARVALHO DE PAIVA
  • DESENVOLVIMENTO DE CERÂMICA AVANÇADA A BASE DE ÓXIDO DE ZIRCÔNIA E DE NIÓBIO PARA APLICAÇÕES BIOMÉDICAS

  • Orientador : LUCIANO AVALLONE BUENO
  • Data: 9/Mar/2020

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  • A motivação central nasce a partir do interesse em se compreender melhor a influencia do Óxido de Nióbio como agenrte estabilizante da Zircônica. Com isso, o presente estudo tem como objetivo apresentar uma rota de sintese de material cerâmico a base óxido de zirconio, do tipo Y-TZP, e óxido de nióbio para aplicação biomédica. Foram realizadas caracterizações microestruturais de fases, mecânicas, assim como ensaios biológicos. Observou-se que a presença de 1% m/m de nióbia, de fase monoclínica, obteve-se o melhor cenário para a estabilização da fase tetragonal da zircônia, a qual possui interesse comercial. 

    As análises de DRX e Raman corroboraram com a avaliação da fase tetragonal existente. As análises de densidade apresentaram perfis de cerâmica densas, com densidades próximas do relacionado com o valor teórico, indicando um maior nível de densificação com baixa porosidade. As avaliações via MEV complementaram os resultados de densidade, apresentando micrografias caracterisitcas de cerâmicas densas. As análsies mecânicas (Tensão de Ruptura em Flexão e Dureza Vickers) apesar de apresentarem valores inferiores para aqueles relatados na literatura, para amostras de Y-TZP, ainda assim os valores encontrados são relevantes para aplicação de engenharia na área Biomédica.

    Os resutlados de estabilidade química (envelhecimento acelerado) apresentaram perdas de desempenho via ensaio de tensão de ruptura em flexão, sugerindo uma transformação de fases inicialmente tetragonais para fases monoclínicas. Comportamento análogo é encontrado nas amostras de cerâmicas comerciais a base de Y-TZP.

    Em consequência dos resultados aqui apresentados a cerâmica de estudo central possui potencial para utilização como material de engenharia.


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  • A motivação central nasce a partir do interesse em se compreender melhor a influencia do Óxido de Nióbio como agenrte estabilizante da Zircônica. Com isso, o presente estudo tem como objetivo apresentar uma rota de sintese de material cerâmico a base óxido de zirconio, do tipo Y-TZP, e óxido de nióbio para aplicação biomédica. Foram realizadas caracterizações microestruturais de fases, mecânicas, assim como ensaios biológicos. Observou-se que a presença de 1% m/m de nióbia, de fase monoclínica, obteve-se o melhor cenário para a estabilização da fase tetragonal da zircônia, a qual possui interesse comercial. 

    As análises de DRX e Raman corroboraram com a avaliação da fase tetragonal existente. As análises de densidade apresentaram perfis de cerâmica densas, com densidades próximas do relacionado com o valor teórico, indicando um maior nível de densificação com baixa porosidade. As avaliações via MEV complementaram os resultados de densidade, apresentando micrografias caracterisitcas de cerâmicas densas. As análsies mecânicas (Tensão de Ruptura em Flexão e Dureza Vickers) apesar de apresentarem valores inferiores para aqueles relatados na literatura, para amostras de Y-TZP, ainda assim os valores encontrados são relevantes para aplicação de engenharia na área Biomédica.

    Os resutlados de estabilidade química (envelhecimento acelerado) apresentaram perdas de desempenho via ensaio de tensão de ruptura em flexão, sugerindo uma transformação de fases inicialmente tetragonais para fases monoclínicas. Comportamento análogo é encontrado nas amostras de cerâmicas comerciais a base de Y-TZP.

    Em consequência dos resultados aqui apresentados a cerâmica de estudo central possui potencial para utilização como material de engenharia.

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  • GREIZIANY SOARES PAULINO OLIVEIRA
  • Toxicidade de espécies inorgânicas de As no desenvolvimento de raízes e pelos radiculares de Arabidopsis thaliana

  • Orientador : HANA PAULA MASUDA
  • Data: 13/Mar/2020

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  • Arsênio é um semi-metal disperso no mundo que ocorre naturalmente na natureza ou através da indústria e atividades agrícolas. As(V) ou arsenato  e As (IIII) ou arsenito   são espécies inorgânicas do arsênio, prevalecem no ambiente natural e são altamente tóxicos para animais e plantas. Estresses por metais e semi-metais podem modificar a arquitetura da raiz e dos pelos radiculares. Já foi descrito que a exposição de Arabidopsis thaliana ao arsenito aumenta a densidade e o comprimento dos pelos radiculares. Porém, ainda não se sabe se os efeitos causados por cada espécie inorgânica de As é semelhante no desenvolvimento de raízes e pelos radiculares. Portanto, o objetivo desse trabalho é avaliar a morfologia das raízes de Arabidopsis thaliana, analisar a dinâmica do citoesqueleto nos pelos de raiz, quando germinadas na presença e ausência de As (V) (arsenato) e As (III) (arsenito). Plantas de Arabidopsis thaliana ecótipo Columbia (Col-0) ou linhagens de A. thaliana marcadoras para retículo endoplasmático (GFP-HDEL) e F-actina (Lifeact-Venus) foram crescidas na presença e ausência de 10 uM de As (III) ou 10 uM As (V) por 7 dias para verificar as diversas respostas morfológicas e anatômicas das raízes sob influência desses contaminantes. Plantas tratadas com 10 uM As (III) (As2O3) apresentaram inibição do crescimento radicular de 75 % comparado com o controle, o surgimento precoce de raízes adventícias e aumento na densidade e comprimento de pelos radiculares na região central da raiz principal quando comparado ao controle. Já as plantas tratadas com 10 uM As (V) (As2O5) não apresentaram diminuição na raiz principal e nem surgimento de raízes adventícias, mas demonstraram um aumento de densidade e comprimento de pelos radiculares semelhantes ao observado nas plantas tratadas com As (III) (As2O3). Tanto plantas tratadas com As (V) quanto com As (III) apresentaram apenas cabos finos de filamentos de actina nos pelos radiculares diferente do observado em plantas do controle, onde cabos espessos foram observados. Além disso, observamos que plantas tratadas com as duas espécies inorgânicas de arsênio apresentaram pelos radiculares com formas sinuosas e onduladas mostrando diferenças na dinâmica dos filamentos de actina. Nossos resultados sugerem que As (III) e As (V) possuem graus de toxicidade diferentes em raízes de Arabidopsis thaliana e que esses contaminantes afetam de alguma forma a dinâmica do citoesqueleto de actina.  



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  • Arsênio é um semi-metal disperso no mundo que ocorre naturalmente na natureza ou através da indústria e atividades agrícolas. As(V) ou arsenato  e As (IIII) ou arsenito   são espécies inorgânicas do arsênio, prevalecem no ambiente natural e são altamente tóxicos para animais e plantas. Estresses por metais e semi-metais podem modificar a arquitetura da raiz e dos pelos radiculares. Já foi descrito que a exposição de Arabidopsis thaliana ao arsenito aumenta a densidade e o comprimento dos pelos radiculares. Porém, ainda não se sabe se os efeitos causados por cada espécie inorgânica de As é semelhante no desenvolvimento de raízes e pelos radiculares. Portanto, o objetivo desse trabalho é avaliar a morfologia das raízes de Arabidopsis thaliana, analisar a dinâmica do citoesqueleto nos pelos de raiz, quando germinadas na presença e ausência de As (V) (arsenato) e As (III) (arsenito). Plantas de Arabidopsis thaliana ecótipo Columbia (Col-0) ou linhagens de A. thaliana marcadoras para retículo endoplasmático (GFP-HDEL) e F-actina (Lifeact-Venus) foram crescidas na presença e ausência de 10 uM de As (III) ou 10 uM As (V) por 7 dias para verificar as diversas respostas morfológicas e anatômicas das raízes sob influência desses contaminantes. Plantas tratadas com 10 uM As (III) (As2O3) apresentaram inibição do crescimento radicular de 75 % comparado com o controle, o surgimento precoce de raízes adventícias e aumento na densidade e comprimento de pelos radiculares na região central da raiz principal quando comparado ao controle. Já as plantas tratadas com 10 uM As (V) (As2O5) não apresentaram diminuição na raiz principal e nem surgimento de raízes adventícias, mas demonstraram um aumento de densidade e comprimento de pelos radiculares semelhantes ao observado nas plantas tratadas com As (III) (As2O3). Tanto plantas tratadas com As (V) quanto com As (III) apresentaram apenas cabos finos de filamentos de actina nos pelos radiculares diferente do observado em plantas do controle, onde cabos espessos foram observados. Além disso, observamos que plantas tratadas com as duas espécies inorgânicas de arsênio apresentaram pelos radiculares com formas sinuosas e onduladas mostrando diferenças na dinâmica dos filamentos de actina. Nossos resultados sugerem que As (III) e As (V) possuem graus de toxicidade diferentes em raízes de Arabidopsis thaliana e que esses contaminantes afetam de alguma forma a dinâmica do citoesqueleto de actina.  


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  • SAMIRA DA COSTA ROSA
  • INVESTIGAÇÃO DAS PROPRIEDADES ÓPTICAS DE MICRO/NANOTUBOS DE L, L DIFENILALANINA PRODUZIDOS EM MULTICAMADAS

     

  • Orientador : HERCULANO DA SILVA MARTINHO
  • Data: 26/Mai/2020

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  • Os peptídeos L, L-Difenilalanina (FF) têm sido utilizados para a produção de nanoestruturas devido às suas características estáveis de ampla utilização. Estruturas peptídicas podem ser amplamente aplicadas em áreas biomédicas, em sistemas que podem levar a luz diretamente a células vivas e podem ser usados no enquadramento de sensores e dispositivos biocompatíveis. A ampla utilização das nanoestruturas necessita que suas propriedades eletrônicas sejam bem conhecidas e se possível passíveis de adaptações. Nesse sentido esse trabalho se propõe a estudar as características eletrônicas dos peptídeos de FF e verificar como eles variam com o aumento da espessura dos micro/nanotubos produzidos. Foram preparadas seis amostras seguindo o procedimento descrito a partir da técnica líquido-vapor, utilizando HFIP como solvente. Soluções frescas de FF foram utilizadas para produzir amostras de deposição, camada a camada, inicialmente, com apenas uma película fina, intitulada monocamada, e posterior repetições do procedimento para amostras de cinco, sete, oito, nove e dez camadas. A análise das imagens fornecidas pela microscopia eletrônica de varredura (MEV)  indicaram que a monocamada possui tubos menos espessos em comparação com as demais amostras, sendo que a espessura cresce com o aumento do número de camadas. Os espectros eletrônicos obtidos por espectroscopia de absorção UV-VIS foram analisados pelo método de Kubelta-Munk. Fluorescência e Voltametria? Os resultados obtidos indicam que os níveis eletrônicos obedecem uma população de estados eletrônicos do tipo singleto-tripleto. Verificou-se ainda que a separação dos estados degenerados de energia pode ser realizada variando-se o diâmetro do microtubo (1-4 eV), que é uma maneira simples e viável de controlar as propriedades optoeletrônicas das amostras.


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  • Os peptídeos L, L-Difenilalanina (FF) têm sido utilizados para a produção de nanoestruturas devido às suas características estáveis de ampla utilização. Estruturas peptídicas podem ser amplamente aplicadas em áreas biomédicas, em sistemas que podem levar a luz diretamente a células vivas e podem ser usados no enquadramento de sensores e dispositivos biocompatíveis. A ampla utilização das nanoestruturas necessita que suas propriedades eletrônicas sejam bem conhecidas e se possível passíveis de adaptações. Nesse sentido esse trabalho se propõe a estudar as características eletrônicas dos peptídeos de FF e verificar como eles variam com o aumento da espessura dos micro/nanotubos produzidos. Foram preparadas seis amostras seguindo o procedimento descrito a partir da técnica líquido-vapor, utilizando HFIP como solvente. Soluções frescas de FF foram utilizadas para produzir amostras de deposição, camada a camada, inicialmente, com apenas uma película fina, intitulada monocamada, e posterior repetições do procedimento para amostras de cinco, sete, oito, nove e dez camadas. A análise das imagens fornecidas pela microscopia eletrônica de varredura (MEV)  indicaram que a monocamada possui tubos menos espessos em comparação com as demais amostras, sendo que a espessura cresce com o aumento do número de camadas. Os espectros eletrônicos obtidos por espectroscopia de absorção UV-VIS foram analisados pelo método de Kubelta-Munk. Fluorescência e Voltametria? Os resultados obtidos indicam que os níveis eletrônicos obedecem uma população de estados eletrônicos do tipo singleto-tripleto. Verificou-se ainda que a separação dos estados degenerados de energia pode ser realizada variando-se o diâmetro do microtubo (1-4 eV), que é uma maneira simples e viável de controlar as propriedades optoeletrônicas das amostras.

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  • CARLA CAROLINA SILVA BANDEIRA
  • INFLUÊNCIA DOS SOLVENTES NA FORMAÇÃO DE MICRO/NANOESTRUTURAS DE PEPTÍDEOS DE L,L – DIFENILALANINA

  • Orientador : HERCULANO DA SILVA MARTINHO
  • Data: 28/Mai/2020

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  • Os peptídeos de L, L – Difenilalanina (FF) têm sido utilizados para produção de nanoestruturas, por possuírem características favoráveis para uma ampla aplicação em diversas áreas. Para produção dessas nanoestruturas utiliza-se água como solvente e se obtêm estruturas e propriedades já conhecidas. No entanto, neste trabalho foi proposta a utilização dos solventes: Etanol, Tolueno e Ácido Acético, em concentrações variadas para o preparo de micro/nanoestruturas de FF, afim de conhecermos a morfologia e propriedade dos novos materiais. A caracterização foi realizada com o auxílio das técnicas: Espectroscopia Raman que indicou variação na região de terahertz, em que apresenta os modos vibracionais da interação de L, L – Difenilalanina com a água. DRX comprovou que nas amostras de Ácido acético há presença de micro/nanoestruturas de FF e com as imagens obtidas através do MEV possibilitou a análise morfológica, mostrando que todas as micro/nanoestruturas formadas, com tais solventes, são dos tipos tubulares, apresentando diâmetros diferenciados. Além de garantir o modo hexagonal dos micros/nanotubos.


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  • Os peptídeos de L, L – Difenilalanina (FF) têm sido utilizados para produção de nanoestruturas, por possuírem características favoráveis para uma ampla aplicação em diversas áreas. Para produção dessas nanoestruturas utiliza-se água como solvente e se obtêm estruturas e propriedades já conhecidas. No entanto, neste trabalho foi proposta a utilização dos solventes: Etanol, Tolueno e Ácido Acético, em concentrações variadas para o preparo de micro/nanoestruturas de FF, afim de conhecermos a morfologia e propriedade dos novos materiais. A caracterização foi realizada com o auxílio das técnicas: Espectroscopia Raman que indicou variação na região de terahertz, em que apresenta os modos vibracionais da interação de L, L – Difenilalanina com a água. DRX comprovou que nas amostras de Ácido acético há presença de micro/nanoestruturas de FF e com as imagens obtidas através do MEV possibilitou a análise morfológica, mostrando que todas as micro/nanoestruturas formadas, com tais solventes, são dos tipos tubulares, apresentando diâmetros diferenciados. Além de garantir o modo hexagonal dos micros/nanotubos.

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  • LETÍCIA NEVES DE LUCENA MARIANO
  • Estudo da terapia fotodinâmica utilizando a hipericina como fotossensibilizador contra Cryptococcus gattii.

  • Orientador : FERNANDA DIAS DA SILVA
  • Data: 8/Jun/2020

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  • O surgimento de uma grande variedade de fungos patogênicos resistentes aos antifúngicos convencionais como, por exemplo, a espécie Cryptococcus gattii, causadora da criptococose, tem resultado tanto no aumento do índice de doenças quanto no aumento do índice de mortalidade. Assim, torna-se urgente a necessidade de desenvolver novos procedimentos e buscar novas moléculas a fim de melhorar a terapia contra infecções fúngicas. Neste cenário, a Terapia Fotodinâmica (TFD) surge como boa alternativa, pois a combinação de um fotossensibilizador e da luz, utilizados durante o tratamento, apresenta bons resultados de inibição fúngica, além de baixo índice de resistência destes agentes frente ao tratamento. A TFD é bastante empregada em tratamentos de neoplasias e tratamentos para a degeneração macular relacionada à idade. Além disso, muitos estudos têm demonstrado o uso da TFD em patologias relacionadas a microrganismos, o que a torna uma alternativa promissora no combate a infecções causadas por fungos. Neste trabalho, utilizamos o fotossensibilizador (FS) hipericina, que apresenta amplo espectro de absorção na região visível e um ótimo rendimento quântico de geração de espécies reativas quando irradiada por luz de comprimento de onda desta região. O estudo teve como objetivo analisar a eficiência da hipericina na TFD, realizada em diferentes concentrações da molécula e doses de radiação, contra C. gattii. Com os dados analisados, é possível concluir que a hipericina, mesmo sem a presença da irradiação, possui alta toxicidade contra a levedura nas concentrações de 10 e 5 μM. Além disso, a atividade da hipericina na concentração de 2,5 μM foi potencializada na presença de luz, o que demonstra a versatilidade da atividade dessa molécula contra C. gattii em ensaios in vitro e seu potencial para tratamentos in vivo sozinha ou associada a outras drogas.


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  • O surgimento de uma grande variedade de fungos patogênicos resistentes aos antifúngicos convencionais como, por exemplo, a espécie Cryptococcus gattii, causadora da criptococose, tem resultado tanto no aumento do índice de doenças quanto no aumento do índice de mortalidade. Assim, torna-se urgente a necessidade de desenvolver novos procedimentos e buscar novas moléculas a fim de melhorar a terapia contra infecções fúngicas. Neste cenário, a Terapia Fotodinâmica (TFD) surge como boa alternativa, pois a combinação de um fotossensibilizador e da luz, utilizados durante o tratamento, apresenta bons resultados de inibição fúngica, além de baixo índice de resistência destes agentes frente ao tratamento. A TFD é bastante empregada em tratamentos de neoplasias e tratamentos para a degeneração macular relacionada à idade. Além disso, muitos estudos têm demonstrado o uso da TFD em patologias relacionadas a microrganismos, o que a torna uma alternativa promissora no combate a infecções causadas por fungos. Neste trabalho, utilizamos o fotossensibilizador (FS) hipericina, que apresenta amplo espectro de absorção na região visível e um ótimo rendimento quântico de geração de espécies reativas quando irradiada por luz de comprimento de onda desta região. O estudo teve como objetivo analisar a eficiência da hipericina na TFD, realizada em diferentes concentrações da molécula e doses de radiação, contra C. gattii. Com os dados analisados, é possível concluir que a hipericina, mesmo sem a presença da irradiação, possui alta toxicidade contra a levedura nas concentrações de 10 e 5 μM. Além disso, a atividade da hipericina na concentração de 2,5 μM foi potencializada na presença de luz, o que demonstra a versatilidade da atividade dessa molécula contra C. gattii em ensaios in vitro e seu potencial para tratamentos in vivo sozinha ou associada a outras drogas.

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  • VIVIANE BRITO ANDRADE
  • EXPRESSÃO E CARACTERIZAÇÃO DE UMA MONOOXIGENASE LÍTICA DE POLISSACARÍDEOS DA ANÊMONA-DO-MAR NEMATOSTELLA VECTENSIS.

     

  • Orientador : FERNANDA DIAS DA SILVA
  • Data: 19/Jun/2020

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  • As monooxigenases líticas de polissacarídeos (do inglês lytic polysaccharide monooxygenase - LPMOs) são uma classe de enzimas cobre dependentes que vêm despertando interesse devido ao seu envolvimento na degradação de diversos polissacarídeos. São conhecidas sete famílias de LPMOs: AA9, AA10, AA11, AA13, AA14, AA15 e AA16. As LPMOs possuem em comum uma estrutura β-sanduíche, uma superfície plana de ligação ao substrato, um “braço de histidina” com dois resíduos de histidina amino-terminais conservados relacionados à coordenação do íon cobre e a necessidade de um doador de elétrons essencial para sua atividade. As LPMOs agem diretamente na estrutura cristalina dos polissacarídeos, como a celulose e a quitina, facilitando a ação de outros tipos de enzimas, o que indica um potencial para utilização em indústrias de biocombustíveis e também como alternativas para uso como bioinseticida e antifúngico. A maioria das LPMOs identificadas até o momento são provenientes de microrganismos e pouco se sabe sobre LPMOs produzidas por outros organismos. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo principal ampliar o conhecimento sobre essa classe de enzimas, através do estudo de uma potencial LPMO (denominada neste trabalho como NvLPMO-1), cuja sequência gênica foi obtida por meio de estudos de prospecção de genes da anêmona-do-mar Nematostella vectensis. Por análise filogenética e estudos de modelagem estrutural da enzima, é possível inferir que   que NvLPMO-1 pertence à família AA15 de LPMOs, com diversas semelhanças estruturais com as duas únicas enzimas caracterizadas desta família. A enzima possui resíduos de cisteína envolvidos na formação de três pontes dissulfeto, além de aminoácidos que provavelmente formam uma estrutura em forma de língua bem próxima ao sítio ativo da enzima e que só foi evidenciada em LPMOs AA15. Em paralelo aos estudos teóricos, três construções gênicas foram utilizadas para expressão recombinante da enzima em bactérias Escherichia coli BL21DE3 Origami B e Escherichia coli BL21 Rosetta 2 plys, utilizando-se para isso os vetores pET22b(+) e pET26b(+). Porém, o baixo rendimento das expressões não permitiu a realização de análises estruturais e ensaios de atividade com a enzima. Como perspectiva fica a utilização de sistemas alternativos de expressão, como por exemplo, leveduras ou células de inseto, a fim de validar os dados teóricos sobre a enzima.                


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  • As monooxigenases líticas de polissacarídeos (do inglês lytic polysaccharide monooxygenase - LPMOs) são uma classe de enzimas cobre dependentes que vêm despertando interesse devido ao seu envolvimento na degradação de diversos polissacarídeos. São conhecidas sete famílias de LPMOs: AA9, AA10, AA11, AA13, AA14, AA15 e AA16. As LPMOs possuem em comum uma estrutura β-sanduíche, uma superfície plana de ligação ao substrato, um “braço de histidina” com dois resíduos de histidina amino-terminais conservados relacionados à coordenação do íon cobre e a necessidade de um doador de elétrons essencial para sua atividade. As LPMOs agem diretamente na estrutura cristalina dos polissacarídeos, como a celulose e a quitina, facilitando a ação de outros tipos de enzimas, o que indica um potencial para utilização em indústrias de biocombustíveis e também como alternativas para uso como bioinseticida e antifúngico. A maioria das LPMOs identificadas até o momento são provenientes de microrganismos e pouco se sabe sobre LPMOs produzidas por outros organismos. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo principal ampliar o conhecimento sobre essa classe de enzimas, através do estudo de uma potencial LPMO (denominada neste trabalho como NvLPMO-1), cuja sequência gênica foi obtida por meio de estudos de prospecção de genes da anêmona-do-mar Nematostella vectensis. Por análise filogenética e estudos de modelagem estrutural da enzima, é possível inferir que   que NvLPMO-1 pertence à família AA15 de LPMOs, com diversas semelhanças estruturais com as duas únicas enzimas caracterizadas desta família. A enzima possui resíduos de cisteína envolvidos na formação de três pontes dissulfeto, além de aminoácidos que provavelmente formam uma estrutura em forma de língua bem próxima ao sítio ativo da enzima e que só foi evidenciada em LPMOs AA15. Em paralelo aos estudos teóricos, três construções gênicas foram utilizadas para expressão recombinante da enzima em bactérias Escherichia coli BL21DE3 Origami B e Escherichia coli BL21 Rosetta 2 plys, utilizando-se para isso os vetores pET22b(+) e pET26b(+). Porém, o baixo rendimento das expressões não permitiu a realização de análises estruturais e ensaios de atividade com a enzima. Como perspectiva fica a utilização de sistemas alternativos de expressão, como por exemplo, leveduras ou células de inseto, a fim de validar os dados teóricos sobre a enzima.                

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  • FRANCISCA DE PAULA CONCEIÇÃO DO NASCIMENTO
  • Influência de quelantes metálicos de cobre no ciclo celular e viabilidade de astrócitos com ausência da proteína príon celular

  • Orientador : GISELLE CERCHIARO
  • Data: 28/Ago/2020

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  • A proteína príon celular (PrPC) exerce inúmeras funções celulares e cognitivas, dentre elas se destacam funções como sinalizadora e auxiliar na fixação da memória, também pode se ligar aos metais divalentes, em especial com até 5 íons cobre através de seu domínio octarepetido. Estudar essa relação permite não só concluir o papel da PrPC no SNC mediado via cobre, como inferir se o fenótipo observado em doenças priônicas é consequência de falhas na interação metal-PrPC. Este trabalho tem como objetivo o estudo da influência de quelantes metálicos de cobre sob condições de estresse oxidativo, visando avaliar o desempenho destes quelantes na viabilidade e no ciclo celular de astrócitos.Para isso, células de astrócitos de camundongos serão utilizadas do tipo selvagem (WT) e nocaute para a PrPC (KO), bem como quelantes (Neocuproína e Triethilenotetramina). Os resultados de viabilidade celular por Trypan Blue mostraram uma diminuição da viabilidade das células tratadas com CuSO4, ZnSO4, Neocuproína, TRIEN, comparadas ao controle negativo em ambas as linhagens. Além de uma diminuição de viabilidade celular da Neocuproína e um aumento da viabilidade celular do TRIEN ambos mediante condição oxidativa pelo peróxido (H2O2). No ensaio de ciclo celular via citometria de fluxo verificou-se que as células tratadas com os devidos tratamentos não apresentaram alterações no ciclo celular quando comparadas com suas respectivas células controles (células sem tratamentos). No ensaio de peroxidação lipídica observamos que células das linhagens WT e KO induz um aumento de danos lipídeos para o tratamento com CuSO4 quando comparamos os tempos de 24 e 48 h.


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  • A proteína príon celular (PrPC) exerce inúmeras funções celulares e cognitivas, dentre elas se destacam funções como sinalizadora e auxiliar na fixação da memória, também pode se ligar aos metais divalentes, em especial com até 5 íons cobre através de seu domínio octarepetido. Estudar essa relação permite não só concluir o papel da PrPC no SNC mediado via cobre, como inferir se o fenótipo observado em doenças priônicas é consequência de falhas na interação metal-PrPC. Este trabalho tem como objetivo o estudo da influência de quelantes metálicos de cobre sob condições de estresse oxidativo, visando avaliar o desempenho destes quelantes na viabilidade e no ciclo celular de astrócitos.Para isso, células de astrócitos de camundongos serão utilizadas do tipo selvagem (WT) e nocaute para a PrPC (KO), bem como quelantes (Neocuproína e Triethilenotetramina). Os resultados de viabilidade celular por Trypan Blue mostraram uma diminuição da viabilidade das células tratadas com CuSO4, ZnSO4, Neocuproína, TRIEN, comparadas ao controle negativo em ambas as linhagens. Além de uma diminuição de viabilidade celular da Neocuproína e um aumento da viabilidade celular do TRIEN ambos mediante condição oxidativa pelo peróxido (H2O2). No ensaio de ciclo celular via citometria de fluxo verificou-se que as células tratadas com os devidos tratamentos não apresentaram alterações no ciclo celular quando comparadas com suas respectivas células controles (células sem tratamentos). No ensaio de peroxidação lipídica observamos que células das linhagens WT e KO induz um aumento de danos lipídeos para o tratamento com CuSO4 quando comparamos os tempos de 24 e 48 h.

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  • DNANE VIEIRA ALMEIDA
  • Expressão periplasmática, purificação e caracterização da bioquímica inorgânica de uma enzima oxidativa do inseto Bombyx mori (bicho-da-seda)

  • Orientador : WANIUS JOSE GARCIA DA SILVA
  • Data: 13/Nov/2020

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  • As monooxigenases líticas de polissacarídeos (LPMOs) compõem uma classe de enzimas recentemente descobertas que auxiliam as hidrolases de glicosídeos na degradação de polissacarídeos recalcitrantes através de atividade oxidativa. As LPMOs são metaloenzimas dependentes de íon cobre e apresentam grande potencial para aplicações biotecnológicas, principalmente na degradação de polissacarídeos estruturais, pois podem ser empregadas como complementos para incrementar a eficiência enzimática de coquetéis lignocelulolíticos. As LPMOs são classificadas no banco de dados de enzimas ativas em carboidratos (CAZy) como enzimas de atividades auxiliares (AAs) pertencentes as famílias AA9, AA10, AA11, AA13, AA14, AA15 e AA16. Neste trabalho, nós reportamos a expressão periplasmática e purificação de uma LPMOs pertencente à família AA15 do inseto Bombyx mori (BmAA15) popularmente conhecido como bicho-da-seda. O rendimento final do processo de purificação foi baixíssimo, porém, análise por espectrometria de massas da banda recortada do gel desnaturante de poliacrilamida indicou com uma cobertura de 10% da sequência primária a presença da BmAA15. Análises de modelagem molecular comparativa revelou que BmAA15 exibe uma estrutura tridimensional do tipo β-sanduiche formada de vários loops, um sítio catalítico caracterizado pela presença de uma “cinta de histidina” coordenando o íon de cobre e uma região em forma de língua na superfície de contato com o substrato. Um alinhamento realizado com outras sequências primárias hipotéticas de LPMOs de animais diversos do reino Metazoa da família AA15, mostrou que a estrutura em forma de língua é conservada e que os resíduos de aminoácidos do sítio catalítico diferem entre elas.


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  • As monooxigenases líticas de polissacarídeos (LPMOs) compõem uma classe de enzimas recentemente descobertas que auxiliam as hidrolases de glicosídeos na degradação de polissacarídeos recalcitrantes através de atividade oxidativa. As LPMOs são metaloenzimas dependentes de íon cobre e apresentam grande potencial para aplicações biotecnológicas, principalmente na degradação de polissacarídeos estruturais, pois podem ser empregadas como complementos para incrementar a eficiência enzimática de coquetéis lignocelulolíticos. As LPMOs são classificadas no banco de dados de enzimas ativas em carboidratos (CAZy) como enzimas de atividades auxiliares (AAs) pertencentes as famílias AA9, AA10, AA11, AA13, AA14, AA15 e AA16. Neste trabalho, nós reportamos a expressão periplasmática e purificação de uma LPMOs pertencente à família AA15 do inseto Bombyx mori (BmAA15) popularmente conhecido como bicho-da-seda. O rendimento final do processo de purificação foi baixíssimo, porém, análise por espectrometria de massas da banda recortada do gel desnaturante de poliacrilamida indicou com uma cobertura de 10% da sequência primária a presença da BmAA15. Análises de modelagem molecular comparativa revelou que BmAA15 exibe uma estrutura tridimensional do tipo β-sanduiche formada de vários loops, um sítio catalítico caracterizado pela presença de uma “cinta de histidina” coordenando o íon de cobre e uma região em forma de língua na superfície de contato com o substrato. Um alinhamento realizado com outras sequências primárias hipotéticas de LPMOs de animais diversos do reino Metazoa da família AA15, mostrou que a estrutura em forma de língua é conservada e que os resíduos de aminoácidos do sítio catalítico diferem entre elas.

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  • LUCIANA PASTENA GIORNO
  • DESENVOLVIMENTO DE UM ARCABOUÇO POLIMÉRICO FIBROSO DE PCL/GEL PARA ENGENHARIA DE TECIDO APLICADOS À PELE

     

     
     
  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 3/Dez/2020

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  • A engenharia de tecidos contempla a área da interdisciplinaridade. Uma de suas vertentes envolve o desenvolvimento de biomateriais em forma de arcabouços e a associação destes às células. Tendo em vista a pele, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um tecido sintético polimérico, pela técnica de rotofiação, composto de poli (ε-caprolactona) [PCL] revestido com gelatina (Gel). Obteve-se a homogeneização satisfatória da solução de PCL para rotofiação. Após a formação das fibras, estas foram submersa na solução de Gel, então a reticulação da gelatina foi realizada. Posteriormente, foi feita caracterização físico-química e biológica do material. O FTIR confirmou o material utilizado nos arcabouços. Em luz polarizada, a Gel modificou a birrefringência do PCL. As fibras de PCL e PCL/Gel apresentaram espessura modal entre 3-4 μm e 7-8 μm respectivamente. O espaçamento entre as fibras, referenciado como poros pela literatura, conferiu aproximadamente 65% para o PCL e de 40% no PCL/Gel. O intumescimento máximo, em água destilada, ocorreu com 10 min para o PCL e 5 min para o PCL/Gel. A Gel reticulada pareceu aumentar a resistência mecânica à tração do PCL. No termograma PCL/Gel verificamos maior estabilidade térmica em comparação à Gel isolada. A degradação do PCL/Gel foi menor quando comparado ao PCL isolado. O material não mostrou citotoxicidade, seja por contato, seja por extrato. Os dados citoquímicos sugerem maior atividade das células no arcabouço de PCL/Gel. A MEV indicou que no PCL/Gel a superfície celular apresenta estruturas compatíveis com vesícula de secreção ou microvilosidades. Esses resultados indicam que arcabouços fibrosos de PCL/Gel são promissores para engenharia de tecidos aplicada à pele.

     

     
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  • A engenharia de tecidos contempla a área da interdisciplinaridade. Uma de suas vertentes envolve o desenvolvimento de biomateriais em forma de arcabouços e a associação destes às células. Tendo em vista a pele, este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um tecido sintético polimérico, pela técnica de rotofiação, composto de poli (ε-caprolactona) [PCL] revestido com gelatina (Gel). Obteve-se a homogeneização satisfatória da solução de PCL para rotofiação. Após a formação das fibras, estas foram submersa na solução de Gel, então a reticulação da gelatina foi realizada. Posteriormente, foi feita caracterização físico-química e biológica do material. O FTIR confirmou o material utilizado nos arcabouços. Em luz polarizada, a Gel modificou a birrefringência do PCL. As fibras de PCL e PCL/Gel apresentaram espessura modal entre 3-4 μm e 7-8 μm respectivamente. O espaçamento entre as fibras, referenciado como poros pela literatura, conferiu aproximadamente 65% para o PCL e de 40% no PCL/Gel. O intumescimento máximo, em água destilada, ocorreu com 10 min para o PCL e 5 min para o PCL/Gel. A Gel reticulada pareceu aumentar a resistência mecânica à tração do PCL. No termograma PCL/Gel verificamos maior estabilidade térmica em comparação à Gel isolada. A degradação do PCL/Gel foi menor quando comparado ao PCL isolado. O material não mostrou citotoxicidade, seja por contato, seja por extrato. Os dados citoquímicos sugerem maior atividade das células no arcabouço de PCL/Gel. A MEV indicou que no PCL/Gel a superfície celular apresenta estruturas compatíveis com vesícula de secreção ou microvilosidades. Esses resultados indicam que arcabouços fibrosos de PCL/Gel são promissores para engenharia de tecidos aplicada à pele.

     

     
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Teses
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  • DÉBORA CARAJILIASCOV FERRARAZ
  • Células-tronco da polpa de dentes decíduos humanos cultivadas em arcabouço de dentina para regeneração tecidual

  • Orientador : PATRICIA APARECIDA DA ANA
  • Data: 10/Fev/2020

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  • A engenharia de tecidos é uma área interdisciplinar que apresenta três componentes essenciais: células, arcabouço e fatores indutores. Este campo tem como objetivo principal cultivar as células nos arcabouços para restaurar partes do corpo danificadas. As células utilizadas podem ser obtidas de diferentes fontes como, por exemplo, da polpa de dentes decíduos. Na polpa dentária são encontradas as células-tronco, que despertam grande interesse na área médica. O arcabouço escolhido deve apresentar uma estrutura biocompatível, podendo ser uma fonte de fatores indutores. A dentina é um tecido conjuntivo mineralizado que vem despertando grande interesse para utilização na restauração tecidual, devido às suas características. Sendo assim, esta pesquisa avaliou a obtenção e caracterização das células-tronco da polpa de dentes humanos decíduos esfoliados (SHED) para o estudo da utilização da dentina como arcabouço, visando à diferenciação osteogênica. Os arcabouços foram submetidos a diferentes tratamentos para desmineralização e foram caracterizados para análise de suas propriedades. As células foram obtidas pelo cultivo de explante, com e sem a utilização da enzima tripsina. A caracterização das células foi, primeiramente, efetuada através de análises morfológicas, utilizando diferentes técnicas de microscopia (luz, fluorescência e eletrônica de varredura). As células também foram avaliadas por citometria de fluxo, com os anticorpos CD45, CD34 e CD90. Os arcabouços de dentina foram obtidos através do processamento de dentes molares humanos. Após o preparo, as dentinas foram separadas em quatro grupos para realização dos tratamentos: controle (sem tratamento), tratamento 1 (EDTA), tratamento 2 (EDTA e ácido cítrico) e tratamento 3 (HCl). Para caracterização dos arcabouços foram realizadas avaliações da perda de massa, estrutura, composição química, resistência mecânica e citotoxicidade. Em seguida, as células foram inoculadas sobre as dentinas para análise da interação células-arcabouço. Com os resultados, foi verificado que o procedimento enzimático auxiliou na liberação das células do tecido pulpar. As células obtidas apresentavam padrão de crescimento, morfologia e antígenos de superfície característicos das células-tronco mesenquimais. Na caracterização dos arcabouços foi observado que os tratamentos contribuíram na desobstrução dos túbulos dentinários. Foi também averiguado que os agentes desmineralizantes foram eficientes na remoção dos minerais das dentinas, expondo a parte orgânica da matriz (colágeno). O tratamento 3 foi o que apresentou maior perda da porção mineral, seguido dos tratamentos 2, 1 e controle. A desmineralização das amostras provocou alterações na massa e nas propriedades mecânicas dos arcabouços. A maior desmineralização das amostras causou uma diminuição da resistência à tensão. O teste da citotoxicidade demonstrou que o tratamento 3 provocou uma diminuição na densidade celular. Na avaliação morfológica das células em contato com os arcabouços, foi visualizado que as SHED se desenvolveram normalmente no grupo controle e nas amostras submetidas aos tratamentos 1 e 2. Portanto, foi verificado que a dentina apresenta características propícias para o cultivo celular e os tratamentos 1 e 2 não provocaram alteração no desenvolvimento celular.


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  • A engenharia de tecidos é uma área interdisciplinar que apresenta três componentes essenciais: células, arcabouço e fatores indutores. Este campo tem como objetivo principal cultivar as células nos arcabouços para restaurar partes do corpo danificadas. As células utilizadas podem ser obtidas de diferentes fontes como, por exemplo, da polpa de dentes decíduos. Na polpa dentária são encontradas as células-tronco, que despertam grande interesse na área médica. O arcabouço escolhido deve apresentar uma estrutura biocompatível, podendo ser uma fonte de fatores indutores. A dentina é um tecido conjuntivo mineralizado que vem despertando grande interesse para utilização na restauração tecidual, devido às suas características. Sendo assim, esta pesquisa avaliou a obtenção e caracterização das células-tronco da polpa de dentes humanos decíduos esfoliados (SHED) para o estudo da utilização da dentina como arcabouço, visando à diferenciação osteogênica. Os arcabouços foram submetidos a diferentes tratamentos para desmineralização e foram caracterizados para análise de suas propriedades. As células foram obtidas pelo cultivo de explante, com e sem a utilização da enzima tripsina. A caracterização das células foi, primeiramente, efetuada através de análises morfológicas, utilizando diferentes técnicas de microscopia (luz, fluorescência e eletrônica de varredura). As células também foram avaliadas por citometria de fluxo, com os anticorpos CD45, CD34 e CD90. Os arcabouços de dentina foram obtidos através do processamento de dentes molares humanos. Após o preparo, as dentinas foram separadas em quatro grupos para realização dos tratamentos: controle (sem tratamento), tratamento 1 (EDTA), tratamento 2 (EDTA e ácido cítrico) e tratamento 3 (HCl). Para caracterização dos arcabouços foram realizadas avaliações da perda de massa, estrutura, composição química, resistência mecânica e citotoxicidade. Em seguida, as células foram inoculadas sobre as dentinas para análise da interação células-arcabouço. Com os resultados, foi verificado que o procedimento enzimático auxiliou na liberação das células do tecido pulpar. As células obtidas apresentavam padrão de crescimento, morfologia e antígenos de superfície característicos das células-tronco mesenquimais. Na caracterização dos arcabouços foi observado que os tratamentos contribuíram na desobstrução dos túbulos dentinários. Foi também averiguado que os agentes desmineralizantes foram eficientes na remoção dos minerais das dentinas, expondo a parte orgânica da matriz (colágeno). O tratamento 3 foi o que apresentou maior perda da porção mineral, seguido dos tratamentos 2, 1 e controle. A desmineralização das amostras provocou alterações na massa e nas propriedades mecânicas dos arcabouços. A maior desmineralização das amostras causou uma diminuição da resistência à tensão. O teste da citotoxicidade demonstrou que o tratamento 3 provocou uma diminuição na densidade celular. Na avaliação morfológica das células em contato com os arcabouços, foi visualizado que as SHED se desenvolveram normalmente no grupo controle e nas amostras submetidas aos tratamentos 1 e 2. Portanto, foi verificado que a dentina apresenta características propícias para o cultivo celular e os tratamentos 1 e 2 não provocaram alteração no desenvolvimento celular.

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  • ANA FLÁVIA SANTARINE LAUREANO
  • Seleção de anticorpos recombinantes (scFv-Fc) anti-KLK7 humana e caracterização de um sistema de hidrogel polimérico para drug delivery na pele

  • Orientador : LUCIANO PUZER
  • Data: 11/Fev/2020

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  • As calicreínas teciduais humanas formam a maior família de proteases do genoma humano. Estão amplamente distribuídas e são diferencialmente expressas em diversos tecidos. Estão relacionadas a diversas patologias e principalmente a cânceres regulados por hormônios. A KLK7 é uma das principais enzimas implicadas no processo de descamação natural da pele e, em muitas condições dermatológicas como dermatite atópica, síndrome de Netherton e psoríase, foi comprovada a desregulação na atividade dessa enzima. Bibliotecas de phage display são uma fonte preciosa para a geração de ligantes e novos anticorpos de alta especificidade e afinidade. Anticorpos recombinantes já são a classe de medicamentos que mais cresce no mercado atualmente. Géis compostos de poloxâmeros são sistemas efetivos para encapsulamento e drug delivery de diversas moléculas. Anticorpos associados a sistemas de drug delivery efetivos podem ser utilizados contra diversas patologias humanas. Este trabalho teve como objetivo selecionar e caracterizar anticorpos recombinantes contra KLK7 dentro de sistemas poliméricos de hidrogel para drug delivery na pele. 1 anticorpo original foi selecionado (LUP-14G10) com IC50 de 2,3 nM. Após a maturação da afinidade desse anticorpo 4 anticorpos foram selecionados: LUP-37A10, LUP-37B10, LUP-37C11 e LUP-37D11 com valores de IC50 de 0,81, 6,1, 0,52 e 0,95 nM, respectivamente. Dois sistemas baseados em poloxâmeros foram analisados quando associados com os anticorpos selecionados: a primeira formulação composta por 30% de poloxâmero 407 (F1) e a segunda formulação composta por 28% de poloxâmero 407 e 2% de poloxâmero 403 (F2). Os sistemas foram caracterizados por DLS e reologia. Ensaios de liberação foram realizados para avaliar a capacidade das moléculas de saírem do sistema micelar; subsequente aos ensaios de liberação foram feitos ensaios inibitórios para acessar se os anticorpos preservaram sua capacidade inibitória contra a KLK7. Foram realizados ensaios de permeação em células de Franz utilizando-se uma membrana estratificada semelhante a pele e epiderme de orelha de porco. Testes de citotoxicidade foram feitos em células Vero.


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  • As calicreínas teciduais humanas formam a maior família de proteases do genoma humano. Estão amplamente distribuídas e são diferencialmente expressas em diversos tecidos. Estão relacionadas a diversas patologias e principalmente a cânceres regulados por hormônios. A KLK7 é uma das principais enzimas implicadas no processo de descamação natural da pele e, em muitas condições dermatológicas como dermatite atópica, síndrome de Netherton e psoríase, foi comprovada a desregulação na atividade dessa enzima. Bibliotecas de phage display são uma fonte preciosa para a geração de ligantes e novos anticorpos de alta especificidade e afinidade. Anticorpos recombinantes já são a classe de medicamentos que mais cresce no mercado atualmente. Géis compostos de poloxâmeros são sistemas efetivos para encapsulamento e drug delivery de diversas moléculas. Anticorpos associados a sistemas de drug delivery efetivos podem ser utilizados contra diversas patologias humanas. Este trabalho teve como objetivo selecionar e caracterizar anticorpos recombinantes contra KLK7 dentro de sistemas poliméricos de hidrogel para drug delivery na pele. 1 anticorpo original foi selecionado (LUP-14G10) com IC50 de 2,3 nM. Após a maturação da afinidade desse anticorpo 4 anticorpos foram selecionados: LUP-37A10, LUP-37B10, LUP-37C11 e LUP-37D11 com valores de IC50 de 0,81, 6,1, 0,52 e 0,95 nM, respectivamente. Dois sistemas baseados em poloxâmeros foram analisados quando associados com os anticorpos selecionados: a primeira formulação composta por 30% de poloxâmero 407 (F1) e a segunda formulação composta por 28% de poloxâmero 407 e 2% de poloxâmero 403 (F2). Os sistemas foram caracterizados por DLS e reologia. Ensaios de liberação foram realizados para avaliar a capacidade das moléculas de saírem do sistema micelar; subsequente aos ensaios de liberação foram feitos ensaios inibitórios para acessar se os anticorpos preservaram sua capacidade inibitória contra a KLK7. Foram realizados ensaios de permeação em células de Franz utilizando-se uma membrana estratificada semelhante a pele e epiderme de orelha de porco. Testes de citotoxicidade foram feitos em células Vero.

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  • ELISABETE MARIA MELLACE
  • USO DA TERMOGRAFIA DE INFRAVERMELHO PARA MONITORAMENTO REMOTO DA TEMPERATURA CORPORAL EM BEZERROS (Bos taurus taurus) COM PELAMES CLARO E ESCURO, CRIADOS EM SISTEMA EXTENSIVO

  • Orientador : ELIZABETH TEODOROV
  • Data: 13/Fev/2020

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  • O monitoramento da temperatura corporal em bovinos é prática importante pois fornece parâmetros sobre a fisiologia do animal e garante condições de bem-estar. No entanto este monitoramento, na maioria das vezes, depende da manipulação do animal como por exemplo contenção para aferição da temperatura retal, ocasionando estresse. Nesse sentido, a termografia de infravermelho, é uma técnica que permite, a distância, mapear um corpo ou uma região distinguindo áreas com diferentes temperaturas e sem a necessidade de contenção do animal. Este trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade de monitoramento remoto da temperatura corporal de bezerros bovinos (Bos taurus taurus) criados em sistema extensivo por meio da técnica de termografia de infravermelho, e compará-la com técnicas tradicionais. Os resultados demonstraram que a fazenda experimental apresentou temperatura ambiente alta durante todo o período de avaliação dos animais, sendo que as frequências respiratória e cardíaca mostraram-se aumentadas tanto em bezerros com pelame claro quanto escuro. Os dados também revelaram que a aferição de temperatura auricular é a menos eficiente e confiável, enquanto que a temperatura retal e aquela obtida por termografia de infravermelho apresentaram resultados similares e fidedignos. O Coeficiente de Tolerância ao Calor demonstrou que, apesar dos animais buscarem abrigo contra a radiação solar direta, esse índice apresentou-se muito aumentado, indicando estresse calórico nos animais independentemente da cor do pelame. Conclui-se, portanto, que a instalação de câmeras termográficas fixas em salas de ordenha, cocheiras de bovinos, e em instalações e ambientes que alojem animais de produção, permite a detecção precoce de elevação de temperatura dos animais em casos de doença ou como resposta fisiológica ao calor, auxiliando na rápida resposta para o retorno do bem-estar animal e formando, assim, uma parceria indissociável entre Medicina Veterinária, Zootecnia e Biotecnologia.


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  • O monitoramento da temperatura corporal em bovinos é prática importante pois fornece parâmetros sobre a fisiologia do animal e garante condições de bem-estar. No entanto este monitoramento, na maioria das vezes, depende da manipulação do animal como por exemplo contenção para aferição da temperatura retal, ocasionando estresse. Nesse sentido, a termografia de infravermelho, é uma técnica que permite, a distância, mapear um corpo ou uma região distinguindo áreas com diferentes temperaturas e sem a necessidade de contenção do animal. Este trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade de monitoramento remoto da temperatura corporal de bezerros bovinos (Bos taurus taurus) criados em sistema extensivo por meio da técnica de termografia de infravermelho, e compará-la com técnicas tradicionais. Os resultados demonstraram que a fazenda experimental apresentou temperatura ambiente alta durante todo o período de avaliação dos animais, sendo que as frequências respiratória e cardíaca mostraram-se aumentadas tanto em bezerros com pelame claro quanto escuro. Os dados também revelaram que a aferição de temperatura auricular é a menos eficiente e confiável, enquanto que a temperatura retal e aquela obtida por termografia de infravermelho apresentaram resultados similares e fidedignos. O Coeficiente de Tolerância ao Calor demonstrou que, apesar dos animais buscarem abrigo contra a radiação solar direta, esse índice apresentou-se muito aumentado, indicando estresse calórico nos animais independentemente da cor do pelame. Conclui-se, portanto, que a instalação de câmeras termográficas fixas em salas de ordenha, cocheiras de bovinos, e em instalações e ambientes que alojem animais de produção, permite a detecção precoce de elevação de temperatura dos animais em casos de doença ou como resposta fisiológica ao calor, auxiliando na rápida resposta para o retorno do bem-estar animal e formando, assim, uma parceria indissociável entre Medicina Veterinária, Zootecnia e Biotecnologia.

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  • FERNANDA DE OLIVEIRA BARRETO COSTA
  • PAPEL DE ADJUVANTES NA EFICÁCIA DO HERBICIDA GLIFOSATO PARA CONTROLE DE Setaria italica

  • Orientador : DANILO DA CRUZ CENTENO
  • Data: 28/Fev/2020

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  • THE ROLE OF ADJUVANTS ON GLYPHOSATE EFICIENCY TO CONTROL SETARIA ITALICA


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  • THE ROLE OF ADJUVANTS ON GLYPHOSATE EFICIENCY TO CONTROL SETARIA ITALICA

5
  • JUSCEMÁCIA NASCIMENTO ARAÚJO
  • Caracterização biofísica e bioquímica de duas enzimas bacterianas envolvidas na conversão de ácido ferúlico em vanilina

  • Orientador : WANIUS JOSE GARCIA DA SILVA
  • Data: 3/Mar/2020

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  • A vanilina é um flavonoide com alto valor agregado, uma das formas de obtenção da vanilina é pela biotransformação do ácido ferúlico em células bacterianas. No processo de biotransformação são utilizadas enzimas responsáveis pelo processo da bioconversão de ácido ferúlico em vanilina, estas enzimas são: feruloil-CoA sintetase (FCS) e feruloil-CoA hidratase/liase (FCHL). O objetivo principal deste doutorado foi a caracterização biofísica e bioquímica das enzimas feruloil-CoA sintetase e feruloil-CoA hidratase/liase obtidas via metagenômica utilizando técnicas espectroscópicas, cromatográficas e cristalograficas. A FCS possui 74, 92 kDa, atividade máxima em pH 7,8 e atividade específica de 30,75 ± 0,78 U/mg. A FCS apresenta Km de 0,1 mM, Vmax de 36,8 U/mg, kcat/km de 371,6 mM-1.s-1.  A feruloil-CoA sintetase é um homodímero em solução com raio de giro (Rg) de 37,4 ± 0,5 Å e diâmetro máximo (Dmax) de 128,5 Å e apresenta estrutura secundária do tipo α/β. A feruloil-CoA hidratase/liase possui 31, 32 kDa, teve sua estrutura cristalina determinada e apresenta ser um hexâmero em solução, um dímero de trímeros que é o conjunto típico, para a superfamília da crotonase com raio de giro de 34,3 Å, possui um diâmetro máximo de 94,2 Å, e sua estrutura secundária do tipo α/β, três α-hélices na região carboxi terminal que participa da oligomerização e uma região mais compacta composta de uma folha β e sete α-hélices.


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  • A vanilina é um flavonoide com alto valor agregado, uma das formas de obtenção da vanilina é pela biotransformação do ácido ferúlico em células bacterianas. No processo de biotransformação são utilizadas enzimas responsáveis pelo processo da bioconversão de ácido ferúlico em vanilina, estas enzimas são: feruloil-CoA sintetase (FCS) e feruloil-CoA hidratase/liase (FCHL). O objetivo principal deste doutorado foi a caracterização biofísica e bioquímica das enzimas feruloil-CoA sintetase e feruloil-CoA hidratase/liase obtidas via metagenômica utilizando técnicas espectroscópicas, cromatográficas e cristalograficas. A FCS possui 74, 92 kDa, atividade máxima em pH 7,8 e atividade específica de 30,75 ± 0,78 U/mg. A FCS apresenta Km de 0,1 mM, Vmax de 36,8 U/mg, kcat/km de 371,6 mM-1.s-1.  A feruloil-CoA sintetase é um homodímero em solução com raio de giro (Rg) de 37,4 ± 0,5 Å e diâmetro máximo (Dmax) de 128,5 Å e apresenta estrutura secundária do tipo α/β. A feruloil-CoA hidratase/liase possui 31, 32 kDa, teve sua estrutura cristalina determinada e apresenta ser um hexâmero em solução, um dímero de trímeros que é o conjunto típico, para a superfamília da crotonase com raio de giro de 34,3 Å, possui um diâmetro máximo de 94,2 Å, e sua estrutura secundária do tipo α/β, três α-hélices na região carboxi terminal que participa da oligomerização e uma região mais compacta composta de uma folha β e sete α-hélices.

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  • DAIANE SALETE BROCH MIGNONI
  • Redução da expressão do gene da fumarase mitocondrial e sua implicação na regeneração e alocação de carbono em espécies de Setaria 

     

  • Orientador : DANILO DA CRUZ CENTENO
  • Data: 13/Mar/2020

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  • Downregulation of mitochondrial fumarase gene expression and its implication in regeneration and carbon allocation in Setaria


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  • Downregulation of mitochondrial fumarase gene expression and its implication in regeneration and carbon allocation in Setaria

7
  • ALINE FORGATTI HELL
  • Changes in metabolic profile and defense systems in lichen microalgae with different desiccation tolerance

  • Orientador : DANILO DA CRUZ CENTENO
  • Data: 14/Set/2020

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  • Most lichens and their photobionts are considered desiccation tolerant, however, the mechanisms involved in their incredible ability to survive the water loss and resume active metabolism are still poorly studied. It is believed that the desiccation tolerance (DT) of lichenized photobionts may be, at least partially, associated with constitutive and induced species-specific mechanisms of protection, related with the activation of the antioxidant system and the synthesis of protective molecules. Thus, the objective of this PhD Thesis was to analyze the composition, metabolic and defense system alterations of two species of lichenized microalgae, with different hydric behaviors: Trebouxia sp. (TR9) and Coccomyxa simplex (Csol) and relate them with the DT of each species. For this, analyzes of metabolic profile, antioxidant enzymes, characterization of polyols, and quantification of nitric oxide (NO) and transcripts levels of antioxidant and sugar alcohols-related genes were performed. Initially, microalgae cultures were subjected to a single cycle of desiccation-rehydration (D/R), under relative humidity (RH) of 25%-30%. Under these conditions, the relative water content and the water potential indicated that each specie present a DT strategy adjusted to the water regime of their natural habitat. The metabolic profile analysis indicated that TR9
    constitutively accumulated higher amounts of polyols, while Csol induced the synthesis of these compounds, which seemed to play an important role in the DT of both species. In a second approach, DT was tested by subjecting the species to different RH conditions and consecutive D/R cycles. The results showed that the RH close to that of their natural habitats (RH 25% for TR9 and RH 60% for Csol) is crucial for maintaining the photosynthetic rates. Some key antioxidant enzyme activities and antioxidant genes (transcript levels) were induced by the subsequent D/R cycles in a species-specif way, probably due to the increase in the formation of reactive oxygen species (ROS). In addition, the analysis of the transcript levels related to the synthesis of
    myo-inositol and raffinose also demonstrated, in general, an induction during the consecutive D/R cycles, especially in Csol. Correlation analyzes also suggest that NO can act as signaling factor, assiting to modulate metabolic pathways ofpolyols production. In conclusion, among the experimental evidences presented in this PhD Thesis, it is highlighted the species-specific induction of the antioxidant system and synthesis of polyols by exposition to cyclic desiccation, which strongly suggest a process of metabolic "priming" performed by lichenized microalgae to cope with the oxidative and osmotic stress during the sudden changes in water content to which they are normally subjected.


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  • Most lichens and their photobionts are considered desiccation tolerant, however, the mechanisms involved in their incredible ability to survive the water loss and resume active metabolism are still poorly studied. It is believed that the desiccation tolerance (DT) of lichenized photobionts may be, at least partially, associated with constitutive and induced species-specific mechanisms of protection, related with the activation of the antioxidant system and the synthesis of protective molecules. Thus, the objective of this PhD Thesis was to analyze the composition, metabolic and defense system alterations of two species of lichenized microalgae, with different hydric behaviors: Trebouxia sp. (TR9) and Coccomyxa simplex (Csol) and relate them with the DT of each species. For this, analyzes of metabolic profile, antioxidant enzymes, characterization of polyols, and quantification of nitric oxide (NO) and transcripts levels of antioxidant and sugar alcohols-related genes were performed. Initially, microalgae cultures were subjected to a single cycle of desiccation-rehydration (D/R), under relative humidity (RH) of 25%-30%. Under these conditions, the relative water content and the water potential indicated that each specie present a DT strategy adjusted to the water regime of their natural habitat. The metabolic profile analysis indicated that TR9
    constitutively accumulated higher amounts of polyols, while Csol induced the synthesis of these compounds, which seemed to play an important role in the DT of both species. In a second approach, DT was tested by subjecting the species to different RH conditions and consecutive D/R cycles. The results showed that the RH close to that of their natural habitats (RH 25% for TR9 and RH 60% for Csol) is crucial for maintaining the photosynthetic rates. Some key antioxidant enzyme activities and antioxidant genes (transcript levels) were induced by the subsequent D/R cycles in a species-specif way, probably due to the increase in the formation of reactive oxygen species (ROS). In addition, the analysis of the transcript levels related to the synthesis of
    myo-inositol and raffinose also demonstrated, in general, an induction during the consecutive D/R cycles, especially in Csol. Correlation analyzes also suggest that NO can act as signaling factor, assiting to modulate metabolic pathways ofpolyols production. In conclusion, among the experimental evidences presented in this PhD Thesis, it is highlighted the species-specific induction of the antioxidant system and synthesis of polyols by exposition to cyclic desiccation, which strongly suggest a process of metabolic "priming" performed by lichenized microalgae to cope with the oxidative and osmotic stress during the sudden changes in water content to which they are normally subjected.

2019
Dissertações
1
  • MATHEUS DEL VALLE
  • Avaliação do osso alveolar com osteoporose simulada utilizando tomografia por coerência óptica

  • Orientador : PATRICIA APARECIDA DA ANA
  • Data: 4/Fev/2019

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  • Não informado.

2
  • PAULA BEGLIOMINI DE MIGUELI
  • Avaliação da eficácia clínica de terapias ópticas na analgesia pré-anestésica e cicatrização de exodontias 

  • Orientador : PATRICIA APARECIDA DA ANA
  • Data: 2/Mai/2019

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  • Não informado.

3
  • ANA FLÁVIA NAMBA
  • Estudo in vitro dos efeitos microestruturais da terapia fotodinâmica em insumos médico-hospitalares.

  • Orientador : PATRICIA APARECIDA DA ANA
  • Data: 6/Jun/2019

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  • Não informado

4
  • DAVID SENA
  • Desenvolvimento de um sistema de coleta rotativa para obtenção de nanofibras alinhadas por eletrofiação

  • Orientador : JEAN JACQUES BONVENT
  • Data: 24/Jun/2019

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  • Influencia do alinhamento de nanofibras eletrofiadas de poli(ε-caprolactona) (PCL) com nanoparticulas de prata sobre o processo de regeneração tecidual


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  • Influencia do alinhamento de nanofibras eletrofiadas de poli(ε-caprolactona) (PCL) com nanoparticulas de prata sobre o processo de regeneração tecidual

5
  • LARISSA FERNANDA FERREIRA
  • Estudo da interação entre proteínas e nanopartículas de sílica

  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 28/Jun/2019

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6
  • GEOMAR FEITOSA DA CRUZ
  • Síntese de nanopartículas de Ag/AgBr recobertas de proteína e suas propriedades fotocatalíticas

  • Orientador : WANIUS JOSE GARCIA DA SILVA
  • Data: 16/Ago/2019

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  • Synthesis of Ag/AgBr nanoparticles covered by protein and its photocatalitical properties


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  • Synthesis of Ag/AgBr nanoparticles covered by protein and its photocatalitical properties

7
  • ALDCEJAM MARTINS DA FONSÊCA JÚNIOR
  • IMPACTO DA MODULAÇÃO DA VIA GLICOLÍTICA NO PERFIL GLOBAL DE ACETILAÇÃO DE HISTONAS EM EMBRIÕES BOVINOS PRODUZIDOS IN VITRO

  • Orientador : MARCELLA PECORA MILAZZOTTO
  • Data: 13/Set/2019

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  • Modificações do sistema in vitro de produção embrionária podem ser determinantes para o adequado desenvolvimento do embrião pré-implantacional. Modificações relacionadas ao metabolismo energético, como o aumento ou diminuição da disponibilidade de substratos, podem ter consequências não só na sobrevivência, mas também no controle molecular do embrião. No início do desenvolvimento, o piruvato e em certa medida lactato, glutamina e aspartato são os substratos preferenciais para geração de energia e, com o aumento da demanda energética após a ativação do genoma embrionário, o embrião passa a metabolizar glicose com maior eficiência, em especial pela maior atividade da via glicolítica. Por ela, o piruvato produzido é direcionado à mitocôndria, convertido a acetil-CoA, entrando no ciclo do ácido tricarboxílico. Um dos metabólitos gerados neste ciclo é o citrato, que pode ser novamente convertido a acetil-CoA no citoplasma e servir de precursor para a acetilação das histonas, modificando o padrão de transcrição gênica global da célula. A hipótese deste trabalho é que a modulação farmacológica da via glicolítica em embriões de bovinos produzidos in vitro pode levar a diferentes perfis de geração de citrato e acetil-CoA, interferindo no padrão de acetilação de histonas, alterando assim o seu perfil metabólico e a potência das células do blastocisto. Para isso, foi promovida a modulação da via glicolítica em embriões bovinos PIV com um inibidor da enzima gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase (G3PD), o iodoacetato de sódio (IA), bem como um inibidor da fosforilação da enzima piruvato desidrogenase (PDH), o dicloroacetato de sódio (DCA) a partir do momento da ativação maior do genoma embrionário (estádio de 8 a 16 células). Nestes modelos foram verificados: no meio de cultivo o consumo de glicose e piruvato; nos embriões o perfil de acetilação de H3K9 e H3K27 e as evidências metabólicas relativas ao funcionamento mitocondrial, geração de espécies reativas de oxigênio, geração de ATP e potencialidade das células. Nos embriões tratados com DCA, observou-se maior consumo de glicose, maior geração de ATP, ROS e atividade mitocondrial, seguida de um maior número de células totais e maior presença da acetilação de H3K27. Já nos embriões tratados com IA, obteve-se reduzida atividade mitocondrial e reduzida presença das acetilações H3K9 e H3K27, além de uma menor conversão a blastocisto seguida de uma maior relação entre TE: MCI, denotando que o metabolismo embrionário é capaz de alterar o perfil epigenético dos embriões bovinos a partir da modulação da geração de acetil-CoA.


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  • Modificações do sistema in vitro de produção embrionária podem ser determinantes para o adequado desenvolvimento do embrião pré-implantacional. Modificações relacionadas ao metabolismo energético, como o aumento ou diminuição da disponibilidade de substratos, podem ter consequências não só na sobrevivência, mas também no controle molecular do embrião. No início do desenvolvimento, o piruvato e em certa medida lactato, glutamina e aspartato são os substratos preferenciais para geração de energia e, com o aumento da demanda energética após a ativação do genoma embrionário, o embrião passa a metabolizar glicose com maior eficiência, em especial pela maior atividade da via glicolítica. Por ela, o piruvato produzido é direcionado à mitocôndria, convertido a acetil-CoA, entrando no ciclo do ácido tricarboxílico. Um dos metabólitos gerados neste ciclo é o citrato, que pode ser novamente convertido a acetil-CoA no citoplasma e servir de precursor para a acetilação das histonas, modificando o padrão de transcrição gênica global da célula. A hipótese deste trabalho é que a modulação farmacológica da via glicolítica em embriões de bovinos produzidos in vitro pode levar a diferentes perfis de geração de citrato e acetil-CoA, interferindo no padrão de acetilação de histonas, alterando assim o seu perfil metabólico e a potência das células do blastocisto. Para isso, foi promovida a modulação da via glicolítica em embriões bovinos PIV com um inibidor da enzima gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase (G3PD), o iodoacetato de sódio (IA), bem como um inibidor da fosforilação da enzima piruvato desidrogenase (PDH), o dicloroacetato de sódio (DCA) a partir do momento da ativação maior do genoma embrionário (estádio de 8 a 16 células). Nestes modelos foram verificados: no meio de cultivo o consumo de glicose e piruvato; nos embriões o perfil de acetilação de H3K9 e H3K27 e as evidências metabólicas relativas ao funcionamento mitocondrial, geração de espécies reativas de oxigênio, geração de ATP e potencialidade das células. Nos embriões tratados com DCA, observou-se maior consumo de glicose, maior geração de ATP, ROS e atividade mitocondrial, seguida de um maior número de células totais e maior presença da acetilação de H3K27. Já nos embriões tratados com IA, obteve-se reduzida atividade mitocondrial e reduzida presença das acetilações H3K9 e H3K27, além de uma menor conversão a blastocisto seguida de uma maior relação entre TE: MCI, denotando que o metabolismo embrionário é capaz de alterar o perfil epigenético dos embriões bovinos a partir da modulação da geração de acetil-CoA.

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  • CATIA FAVALE
  • Biotecnologia Farmacêutica: Competências tecnológicas, competitivas e organizacionais para a geração de inovação

  • Orientador : ANAPATRICIA DE OLIVEIRA MORALES VILHA
  • Data: 17/Set/2019

  • Mostrar Resumo
  • Os biossimilares se destacam por representar uma revolução na melhora do
    acesso às terapias de alto custo. Todo esse movimento para a inovação exige
    que as sociedades, economias e, portanto, também as empresas se organizem
    para um novo nível de competição. No Brasil, a importância estratégica e
    econômica da indústria farmacêutica é reforçada pelos desafios e
    complexidades da saúde no país. A inovação é cada vez mais importante para
    a indústria farmacêutica e os biofármacos, especialmente os biossimilares,
    constituem um importante desafio não somente, do ponto de vista tecnológico,
    dada as suas especificidades em PD&amp;I, fabricação e comercialização como
    também toda a apropriação, reorganização e orquestração de competências e
    recursos para as empresas participarem deste nicho de mercado. Os
    biossimilares representam assim, uma opção que tem suas bases na inovação
    e a capacidade de ampliar as perspectivas no posicionamento estratégico para
    o Estado e para o segmento farmacêutico nacional. Para tanto, da perspectiva
    das empresas, inovar com biossimilares requer a apropriação de competências
    e emprego de recursos variados nem sempre acessíveis ou conhecidos pelas
    empresas do ramo farmacêutico nacionais. Nesta direção, este estudo se
    propôs a entender quais são as competências tecnológicas, competitivas e
    organizacionais, já incorporadas e as ainda necessárias para a geração de
    inovação para participar do mercado dos biossimilares de forma competitiva. A
    metodologia percorre dois caminhos; o primeiro avalia dados secundários
    disponíveis em estudos e relatórios setoriais acerca das competências e
    recursos para inovar com biossimilares. Um segundo caminho de pesquisa
    baseou-se em estudo de caso em profundidade da indústria farmacêutica
    LIBBS, que tem atuação relevante em biossimilares, no panorama atual do
    mercado no Brasil. A correlação de dados demonstra perspectivas positivas,
    mas dependentes do amadurecimento das capacidades dinâmicas para
    renovação estratégica da empresa num contexto de iniciativas de mercado
    positivo para este tipo de medicamento. Algumas hipóteses foram elaboradas
    sobre a possibilidade de ganhos significativos quando existe um
    aperfeiçoamento do “DNA” da empresa para o desempenho competitivo
    baseado em inovação e o aproveitamento da janela de oportunidades baseadas nas estratégias de Estado em relação às plataformas da biotecnologia em saúde, como o caso dos biossimilares.


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  • Os biossimilares se destacam por representar uma revolução na melhora do
    acesso às terapias de alto custo. Todo esse movimento para a inovação exige
    que as sociedades, economias e, portanto, também as empresas se organizem
    para um novo nível de competição. No Brasil, a importância estratégica e
    econômica da indústria farmacêutica é reforçada pelos desafios e
    complexidades da saúde no país. A inovação é cada vez mais importante para
    a indústria farmacêutica e os biofármacos, especialmente os biossimilares,
    constituem um importante desafio não somente, do ponto de vista tecnológico,
    dada as suas especificidades em PD&amp;I, fabricação e comercialização como
    também toda a apropriação, reorganização e orquestração de competências e
    recursos para as empresas participarem deste nicho de mercado. Os
    biossimilares representam assim, uma opção que tem suas bases na inovação
    e a capacidade de ampliar as perspectivas no posicionamento estratégico para
    o Estado e para o segmento farmacêutico nacional. Para tanto, da perspectiva
    das empresas, inovar com biossimilares requer a apropriação de competências
    e emprego de recursos variados nem sempre acessíveis ou conhecidos pelas
    empresas do ramo farmacêutico nacionais. Nesta direção, este estudo se
    propôs a entender quais são as competências tecnológicas, competitivas e
    organizacionais, já incorporadas e as ainda necessárias para a geração de
    inovação para participar do mercado dos biossimilares de forma competitiva. A
    metodologia percorre dois caminhos; o primeiro avalia dados secundários
    disponíveis em estudos e relatórios setoriais acerca das competências e
    recursos para inovar com biossimilares. Um segundo caminho de pesquisa
    baseou-se em estudo de caso em profundidade da indústria farmacêutica
    LIBBS, que tem atuação relevante em biossimilares, no panorama atual do
    mercado no Brasil. A correlação de dados demonstra perspectivas positivas,
    mas dependentes do amadurecimento das capacidades dinâmicas para
    renovação estratégica da empresa num contexto de iniciativas de mercado
    positivo para este tipo de medicamento. Algumas hipóteses foram elaboradas
    sobre a possibilidade de ganhos significativos quando existe um
    aperfeiçoamento do “DNA” da empresa para o desempenho competitivo
    baseado em inovação e o aproveitamento da janela de oportunidades baseadas nas estratégias de Estado em relação às plataformas da biotecnologia em saúde, como o caso dos biossimilares.

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  • GRAZIELA SANTOS PEREIRA
  • Caracterização e avaliação do Biosilicato associado a laser de Nd:YAG para prevenção da cárie radicular

     

  • Orientador : PATRICIA APARECIDA DA ANA
  • Data: 13/Dez/2019

  • Mostrar Resumo
  • O câncer de cabeça e pescoço representa aproximadamente 5% de todas as neoplasias e atinge 1,7% da população brasileira. Um dos efeitos colaterais da radioterapia desta região é a cárie de radiação, que ocorre de forma agressiva e resulta rapidamente na perda do dente. O desprovimento de prevenção do surgimento e da progressão das lesões nos leva a procurar alternativas que diminuam a solubilidade da dentina, tais como o uso de lasers em alta intensidade ou materiais bioativos.  Desta maneira, este estudo objetiva avaliar as mudanças químicas, ópticas e morfológicas da dentina radicular submetida à radioterapia e ao processo de cárie, assim como após a irradiação com laser em alta intensidade associado ou não a vidro bioativos, buscando-se propor um tratamento efetivo para paralisar lesões incipientes de cárie neste tecido. Blocos de dentina radicular bovina foram preparados e submetidos a um processo de radioterapia in vitro com fonte de Co-60, com dose de 2 Gy/dia durante 30 dias. Em seguida, as amostras tiveram indução de lesão incipiente de cárie. As alterações composicionais, ópticas e morfológicas das amostras foram avaliadas por espectroscopia de absorção no infravermelho por transformada de Fourier, tomografia por coerência óptica e microscopia eletrônica de varredura. A análise estatística foi efetuada empregando-se o teste de Kruskal-Wallis e Student-Newmann-Keuls, considerando-se os tratamentos como fatores de variação e, como variáveis resposta, as alterações ópticas, composicionais e morfológicas, ao nível de significância de 5%. Observou-se que a radioterapia promoveu alterações na proporção de amida 2, assim como aumentou significativamente a refletividade integrada da dentina. A lesão de cárie promoveu aumento significativo na proporção de amida 1, 2 e 3. Pelos resultados preliminares obtidos, é possível concluir que a radioterapia promove mudanças químicas na dentina radicular, principalmente na matriz orgânica deste tecido, mais especificamente na amida II. Esta mudança química não altera o coeficiente de atenuação óptico da dentina, mas pode ser evidenciada pela alteração na refletividade integrada. A desmineralização promove alterações composicionais mais significativas, com maior exposição de material orgânico.


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  • O câncer de cabeça e pescoço representa aproximadamente 5% de todas as neoplasias e atinge 1,7% da população brasileira. Um dos efeitos colaterais da radioterapia desta região é a cárie de radiação, que ocorre de forma agressiva e resulta rapidamente na perda do dente. O desprovimento de prevenção do surgimento e da progressão das lesões nos leva a procurar alternativas que diminuam a solubilidade da dentina, tais como o uso de lasers em alta intensidade ou materiais bioativos.  Desta maneira, este estudo objetiva avaliar as mudanças químicas, ópticas e morfológicas da dentina radicular submetida à radioterapia e ao processo de cárie, assim como após a irradiação com laser em alta intensidade associado ou não a vidro bioativos, buscando-se propor um tratamento efetivo para paralisar lesões incipientes de cárie neste tecido. Blocos de dentina radicular bovina foram preparados e submetidos a um processo de radioterapia in vitro com fonte de Co-60, com dose de 2 Gy/dia durante 30 dias. Em seguida, as amostras tiveram indução de lesão incipiente de cárie. As alterações composicionais, ópticas e morfológicas das amostras foram avaliadas por espectroscopia de absorção no infravermelho por transformada de Fourier, tomografia por coerência óptica e microscopia eletrônica de varredura. A análise estatística foi efetuada empregando-se o teste de Kruskal-Wallis e Student-Newmann-Keuls, considerando-se os tratamentos como fatores de variação e, como variáveis resposta, as alterações ópticas, composicionais e morfológicas, ao nível de significância de 5%. Observou-se que a radioterapia promoveu alterações na proporção de amida 2, assim como aumentou significativamente a refletividade integrada da dentina. A lesão de cárie promoveu aumento significativo na proporção de amida 1, 2 e 3. Pelos resultados preliminares obtidos, é possível concluir que a radioterapia promove mudanças químicas na dentina radicular, principalmente na matriz orgânica deste tecido, mais especificamente na amida II. Esta mudança química não altera o coeficiente de atenuação óptico da dentina, mas pode ser evidenciada pela alteração na refletividade integrada. A desmineralização promove alterações composicionais mais significativas, com maior exposição de material orgânico.

Teses
1
  • CAROLINA FILIPCHIUK
  • EXPRESSÃO DA SURVIVINA EM MULHERES PORTADORAS DE ENDOMETRIOSE

  • Orientador : MARCELLA PECORA MILAZZOTTO
  • Data: 23/Ago/2019

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  • Introdução: A endometriose é uma doença ginecológica comum, estrogênio-dependente,
    caracterizada pelo crescimento e desenvolvimento de estroma e glândulas endometriais fora da
    cavidade uterina levando a uma reação inflamatória crônica. O padrão-ouro para o diagnóstico é a
    laparoscopia/laparotomia, contudo a possibilidade de se desenvolver métodos diagnósticos
    específicos e não invasivos têm despertado grande interesse. A survivina, codificada pelo gene
    BIRC5, é uma proteína que controla a divisão celular, inibe a apoptose e promove a angiogênese e
    tem sido apontada como um potencial biomarcador. Objetivo: Avaliar a expressão do gene BIRC5
    em mulheres com e sem endometriose em amostras de sangue periférico e endométrio eutópico.
    Métodos: Estudo transversal que incluiu 64 mulheres com endometriose e 38 controles férteis sem
    a doença. A análise em amostras de sangue periférico foi realizada em 36 mulheres com
    endometriose (n=12 mínima/leve e n=24 moderada/grave) e 10 mulheres férteis sem endometriose
    (controles) e as amostras foram colhidas nas fases folicular, ovulatória e lútea do ciclo menstrual. A
    análise do endométrio eutópico incluiu 25 mulheres com endometriose (n=11 mínima/leve e n=14
    moderava/grave) e 28 mulheres sem endometriose (controle) e as biópsias foram realizadas na fase
    lútea do ciclo menstrual. A expressão do gene BIRC5 foi mensurada por RT-qPCR baseada na
    metodologia TaqMan e o gene GAPDH foi utilizado como normalizador das reações. Os resultados
    foram analisados pelo método 2-ΔCt. Resultados: A expressão de BIRC5 no sangue periférico nas
    mulheres com endometriose foi maior que nos controles em todas as fases do ciclo menstrual.
    Quando as mulheres com endometriose foram subdivididas de acordo com o estadiamento da
    doença, a expressão de BIRC5 foi maior nas mulheres com endometriose em relação ao grupo
    controle, independente do grau da doença. Considerando a expressão do gene BIRC5 no endométrio
    eutópico, as mulheres com endometriose apresentaram maior expressão de BIRC5 em relação aos
    controles. Quando comparamos as mulheres com endometriose de acordo com o estadiamento da
    doença a expressão de BIRC5 foi maior na forma mínima/leve da doença. Os níveis de progesterona
    foram positivamente correlacionados à expressão de BIRC5 no sangue periférico (rho=0,382,
    p=0,045), enquanto os níveis de LH foram positivamente correlacionados à expressão de BIRC5 no
    endométrio eutópico (rho=0,398, p=0,002) das mulheres com endometriose. Não encontramos
    correlação entre a expressão de BIRC5 no sangue periférico e endométrio eutópico de mulheres com
    endometriose (rho= 0,291, p=0,157). A expressão de BIRC5 no sangue periférico apresentou
    acurácia de 88,7%, com sensibilidade de 97,2% e especificidade de 65,5%, enquanto que no
    endométrio eutópico apresentou acurácia de 70,7%, com sensibilidade de 68,0% e especificidade
    71,4%. Conclusão: O aumento da expressão do gene BIRC5 tanto no sangue periférico quanto no
    endométrio eutópico de mulheres com endometriose pode indicar seu papel na proliferação celular,
    o que pode estar intimamente ligado à sua atividade anti-apoptótica no desenvolvimento da doença.
    Os achados sugerem que a expressão de BIRC5 pode ser um potencial biomarcador minimamente
    invasivo no diagnóstico da endometriose.


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  • Introdução: A endometriose é uma doença ginecológica comum, estrogênio-dependente,
    caracterizada pelo crescimento e desenvolvimento de estroma e glândulas endometriais fora da
    cavidade uterina levando a uma reação inflamatória crônica. O padrão-ouro para o diagnóstico é a
    laparoscopia/laparotomia, contudo a possibilidade de se desenvolver métodos diagnósticos
    específicos e não invasivos têm despertado grande interesse. A survivina, codificada pelo gene
    BIRC5, é uma proteína que controla a divisão celular, inibe a apoptose e promove a angiogênese e
    tem sido apontada como um potencial biomarcador. Objetivo: Avaliar a expressão do gene BIRC5
    em mulheres com e sem endometriose em amostras de sangue periférico e endométrio eutópico.
    Métodos: Estudo transversal que incluiu 64 mulheres com endometriose e 38 controles férteis sem
    a doença. A análise em amostras de sangue periférico foi realizada em 36 mulheres com
    endometriose (n=12 mínima/leve e n=24 moderada/grave) e 10 mulheres férteis sem endometriose
    (controles) e as amostras foram colhidas nas fases folicular, ovulatória e lútea do ciclo menstrual. A
    análise do endométrio eutópico incluiu 25 mulheres com endometriose (n=11 mínima/leve e n=14
    moderava/grave) e 28 mulheres sem endometriose (controle) e as biópsias foram realizadas na fase
    lútea do ciclo menstrual. A expressão do gene BIRC5 foi mensurada por RT-qPCR baseada na
    metodologia TaqMan e o gene GAPDH foi utilizado como normalizador das reações. Os resultados
    foram analisados pelo método 2-ΔCt. Resultados: A expressão de BIRC5 no sangue periférico nas
    mulheres com endometriose foi maior que nos controles em todas as fases do ciclo menstrual.
    Quando as mulheres com endometriose foram subdivididas de acordo com o estadiamento da
    doença, a expressão de BIRC5 foi maior nas mulheres com endometriose em relação ao grupo
    controle, independente do grau da doença. Considerando a expressão do gene BIRC5 no endométrio
    eutópico, as mulheres com endometriose apresentaram maior expressão de BIRC5 em relação aos
    controles. Quando comparamos as mulheres com endometriose de acordo com o estadiamento da
    doença a expressão de BIRC5 foi maior na forma mínima/leve da doença. Os níveis de progesterona
    foram positivamente correlacionados à expressão de BIRC5 no sangue periférico (rho=0,382,
    p=0,045), enquanto os níveis de LH foram positivamente correlacionados à expressão de BIRC5 no
    endométrio eutópico (rho=0,398, p=0,002) das mulheres com endometriose. Não encontramos
    correlação entre a expressão de BIRC5 no sangue periférico e endométrio eutópico de mulheres com
    endometriose (rho= 0,291, p=0,157). A expressão de BIRC5 no sangue periférico apresentou
    acurácia de 88,7%, com sensibilidade de 97,2% e especificidade de 65,5%, enquanto que no
    endométrio eutópico apresentou acurácia de 70,7%, com sensibilidade de 68,0% e especificidade
    71,4%. Conclusão: O aumento da expressão do gene BIRC5 tanto no sangue periférico quanto no
    endométrio eutópico de mulheres com endometriose pode indicar seu papel na proliferação celular,
    o que pode estar intimamente ligado à sua atividade anti-apoptótica no desenvolvimento da doença.
    Os achados sugerem que a expressão de BIRC5 pode ser um potencial biomarcador minimamente
    invasivo no diagnóstico da endometriose.

2
  • KELLY ANNES
  • Papel do colesterol na criotolerância e viabilidade de embriões bovinos produzidos in vitro com diferentes cinéticas de desenvolvimento

  • Orientador : MARCELLA PECORA MILAZZOTTO
  • Data: 16/Set/2019

  • Mostrar Resumo
  • Embriões com quantidades elevadas de lipídeos têm seu desenvolvimento prejudicado, com aumento da morte embrionária e menor sobrevivência após criopreservação. Um componente que está presente tanto nas gotas lipídicas quanto nas membranas é o colesterol, que tem sido apontado pelos estudos recentes como um importante lipídeo a ser investigado mais intensamente, após terem demonstrado diferenças nas quantidades de transcritos de genes relacionados a essa via em embriões cultivados na presença e ausência de soro, bem como em embriões com cinéticas diferentes quando comparados aos produzidos in vivo. Diante disso, esse estudo teve como objetivo investigar a influência da modulação da via de biossíntese de colesterol sobre o metabolismo embrionário em embriões bovinos de diferentes cinéticas de desenvolvimento.Para isso, embriões bovinos foram produzidos in vitro em meio de cultivo suplementado com modulador inibidor (sinvastatina) e estimulador (IGF- 1) da biossíntese do colesterol. Os embriões foram classificados quanto a cinética de desenvolvimento as 40hpi, coletados no estágio de blastocisto e avaliados quanto: ao conteúdo lipídico (Sudan Black B.), perfil lipídico (espectrometria de massas - MS), a quantificação de transcritos relacionados ao metabolismo lipídico, metabolismo energético, estresse oxidativo, sinalização, diferenciação e morte celular (qRT-PCR), e número de células totais. Embriões rápidos apresentaram maior conversão à blastocisto. O IGF-1 não atingiu as expectativas do estudo em relação a modulação da via de biossíntese do colesterol. No entanto, embriões rápidos parecem ter um metabolismo mais calmo após a exposição ao IGF-1, o que poderia ser uma vantagem a eventos posteriores, por diminuírem o estresse que esses embriões estão submetidos. Outro fato é que independentemente do modulador a que os embriões foram expostos, as conversões a blastocisto permaneceram inalteradas, o que nos leva a hipótese de que o que determina a conversão a blastocisto são fatores intrínsecos ligados a cinética embrionária. A sinvastatina não interferiu nas taxas de blastocisto, porém modulou a maquinaria celular dos embriões expostos independentemente da cinética, os deixando menos ativos e com prejuízo no número de células. Esses embriões foram capazes de captar colesterol do meio de cultivo e estocá-los para ser recrutado de acordo com a demanda. Desse modo, o resultado do bloqueio da HMG-CoA redutase, parece ter sido sutil nesse tratamento, pois esses embriões puderam retirar recursos do meio de cultivo. Porém, suas vias de sinalização para sobrevivência parecem ter sido prejudicadas, fato notado pela baixa expressão relativa de genes de resposta ao estresse, morte, sinalização e diferenciação celular. 


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  • Embriões com quantidades elevadas de lipídeos têm seu desenvolvimento prejudicado, com aumento da morte embrionária e menor sobrevivência após criopreservação. Um componente que está presente tanto nas gotas lipídicas quanto nas membranas é o colesterol, que tem sido apontado pelos estudos recentes como um importante lipídeo a ser investigado mais intensamente, após terem demonstrado diferenças nas quantidades de transcritos de genes relacionados a essa via em embriões cultivados na presença e ausência de soro, bem como em embriões com cinéticas diferentes quando comparados aos produzidos in vivo. Diante disso, esse estudo teve como objetivo investigar a influência da modulação da via de biossíntese de colesterol sobre o metabolismo embrionário em embriões bovinos de diferentes cinéticas de desenvolvimento.Para isso, embriões bovinos foram produzidos in vitro em meio de cultivo suplementado com modulador inibidor (sinvastatina) e estimulador (IGF- 1) da biossíntese do colesterol. Os embriões foram classificados quanto a cinética de desenvolvimento as 40hpi, coletados no estágio de blastocisto e avaliados quanto: ao conteúdo lipídico (Sudan Black B.), perfil lipídico (espectrometria de massas - MS), a quantificação de transcritos relacionados ao metabolismo lipídico, metabolismo energético, estresse oxidativo, sinalização, diferenciação e morte celular (qRT-PCR), e número de células totais. Embriões rápidos apresentaram maior conversão à blastocisto. O IGF-1 não atingiu as expectativas do estudo em relação a modulação da via de biossíntese do colesterol. No entanto, embriões rápidos parecem ter um metabolismo mais calmo após a exposição ao IGF-1, o que poderia ser uma vantagem a eventos posteriores, por diminuírem o estresse que esses embriões estão submetidos. Outro fato é que independentemente do modulador a que os embriões foram expostos, as conversões a blastocisto permaneceram inalteradas, o que nos leva a hipótese de que o que determina a conversão a blastocisto são fatores intrínsecos ligados a cinética embrionária. A sinvastatina não interferiu nas taxas de blastocisto, porém modulou a maquinaria celular dos embriões expostos independentemente da cinética, os deixando menos ativos e com prejuízo no número de células. Esses embriões foram capazes de captar colesterol do meio de cultivo e estocá-los para ser recrutado de acordo com a demanda. Desse modo, o resultado do bloqueio da HMG-CoA redutase, parece ter sido sutil nesse tratamento, pois esses embriões puderam retirar recursos do meio de cultivo. Porém, suas vias de sinalização para sobrevivência parecem ter sido prejudicadas, fato notado pela baixa expressão relativa de genes de resposta ao estresse, morte, sinalização e diferenciação celular. 

3
  • ÉRIKA CRISTINA DOS SANTOS
  • Resposta embrionária a meios de cultivo baseados nos fluidos do oviduto e útero de bovinos

  • Orientador : MARCELLA PECORA MILAZZOTTO
  • Data: 16/Set/2019

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  • A produção in vitrode embriões (PIVE) bovinos busca mimetizar as condições do trato reprodutivo feminino para obtenção do maior número de embriões e aumento da produtividade na exploração animal. Apesar disso, o sistema e meios de cultivo ainda estão aquém dos desejáveis, com a geração de embriões de menor qualidade e baixas taxas de produção embrionária e prenhez. Considerando que grande parte dos meios de cultivo foram desenvolvidos para a PIVE de outras espécies, existe a necessidade da otimização destes adequando-os a PIVE bovina, bem como a compreensão da resposta dos embriões aos meios, buscando assim condições cada vez mais próximas da fisiológica. Assim, o objetivo deste estudo é a criação e o desenvolvimento de meios de cultivo embrionário sequenciais - denominados Embryonic Culture Supplementation(ECS) - baseados na composição química dos fluidos do oviduto (FO) e útero (FU) bovinos em relação aos substratos energéticos e de aminoácidos. Além disso, este estudo deseja verificar a resposta metabólica dos embriões cultivados neste sistema com aqueles cultivados em meio convencional livre de soro, mediante análise de 3 grupos experimentais: 1) Grupo controle - embriões cultivados em Synthetic oviduct fluid(SOFaa) convencional; 2) ECS 100 - embriões cultivados em meios sequenciais baseados na composição química dos FO e FU bovinos em relação a substratos energéticos e aminoácidos; 3) ECS 50 - embriões cultivados em meios sequenciais baseados na metade da concentração química de substratos energéticos e aminoácidos dos FO e FU bovinos. Para tal, embriões foram produzidos in vitropor protocolos convencionais para as seguintes avaliações invasivas em morulas (em D4) e blastocistos (D7): expressão gênica, viabilidade celular,relação da Massa Celular Interna (MCI): Trofoectoderma (TE), atividademitocondrial (AM), produção de espécies reativas de Oxigênio (EROs), produção de NADH, FAD e relação redox, e produção de ATP. Além disso, análises não invasivas foram feitas através de dados de produção embrionária e metaboloma dos meios de cultivo relacionados ao perfil de glicose e piruvato. Os resultados mostram que a produção de embriões é influenciada positivamente pela redução da quantidade de substratos energéticos e aminoácidos (ECS 50) em relação à conversão de blastocistos e taxa de eclosão (D10), por sua vez, genes relacionados à qualidade do blastocisto foram reprimidos no ECS 100 quando comparados ao grupo controle. Morulas e blastocistos do ECS 100 apresentam maior concentração de glicose enquanto o grupo controle apresentou maior concentração de piruvato quando comparado aos demais grupos. Morulas do ECS 50 apresentam diminuição da AM, produção de EROs, relação redox e maior produção de ATP quando comparadas ao controle e ECS100, sendo este perfil oposto para os blastocistos. Em conclusão, os embriões ECS 50 e ECS 100 apresentam diferentes perfis metabólicos e transcricionais quando comparados aos embriões produzidos em meio de cultura convencional. Além disso, foi demonstrado pela primeira vez que o meio ECS não só é capaz de apoiar o desenvolvimento embrionário de blastocisto, mas a redução na concentração de substratos energéticos e aminoácidos (ECS 50) parece ser benéfica para o desenvolvimento embrionário, sendo uma alternativa para a produção de blastocistos de alta qualidade.


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  • A produção in vitrode embriões (PIVE) bovinos busca mimetizar as condições do trato reprodutivo feminino para obtenção do maior número de embriões e aumento da produtividade na exploração animal. Apesar disso, o sistema e meios de cultivo ainda estão aquém dos desejáveis, com a geração de embriões de menor qualidade e baixas taxas de produção embrionária e prenhez. Considerando que grande parte dos meios de cultivo foram desenvolvidos para a PIVE de outras espécies, existe a necessidade da otimização destes adequando-os a PIVE bovina, bem como a compreensão da resposta dos embriões aos meios, buscando assim condições cada vez mais próximas da fisiológica. Assim, o objetivo deste estudo é a criação e o desenvolvimento de meios de cultivo embrionário sequenciais - denominados Embryonic Culture Supplementation(ECS) - baseados na composição química dos fluidos do oviduto (FO) e útero (FU) bovinos em relação aos substratos energéticos e de aminoácidos. Além disso, este estudo deseja verificar a resposta metabólica dos embriões cultivados neste sistema com aqueles cultivados em meio convencional livre de soro, mediante análise de 3 grupos experimentais: 1) Grupo controle - embriões cultivados em Synthetic oviduct fluid(SOFaa) convencional; 2) ECS 100 - embriões cultivados em meios sequenciais baseados na composição química dos FO e FU bovinos em relação a substratos energéticos e aminoácidos; 3) ECS 50 - embriões cultivados em meios sequenciais baseados na metade da concentração química de substratos energéticos e aminoácidos dos FO e FU bovinos. Para tal, embriões foram produzidos in vitropor protocolos convencionais para as seguintes avaliações invasivas em morulas (em D4) e blastocistos (D7): expressão gênica, viabilidade celular,relação da Massa Celular Interna (MCI): Trofoectoderma (TE), atividademitocondrial (AM), produção de espécies reativas de Oxigênio (EROs), produção de NADH, FAD e relação redox, e produção de ATP. Além disso, análises não invasivas foram feitas através de dados de produção embrionária e metaboloma dos meios de cultivo relacionados ao perfil de glicose e piruvato. Os resultados mostram que a produção de embriões é influenciada positivamente pela redução da quantidade de substratos energéticos e aminoácidos (ECS 50) em relação à conversão de blastocistos e taxa de eclosão (D10), por sua vez, genes relacionados à qualidade do blastocisto foram reprimidos no ECS 100 quando comparados ao grupo controle. Morulas e blastocistos do ECS 100 apresentam maior concentração de glicose enquanto o grupo controle apresentou maior concentração de piruvato quando comparado aos demais grupos. Morulas do ECS 50 apresentam diminuição da AM, produção de EROs, relação redox e maior produção de ATP quando comparadas ao controle e ECS100, sendo este perfil oposto para os blastocistos. Em conclusão, os embriões ECS 50 e ECS 100 apresentam diferentes perfis metabólicos e transcricionais quando comparados aos embriões produzidos em meio de cultura convencional. Além disso, foi demonstrado pela primeira vez que o meio ECS não só é capaz de apoiar o desenvolvimento embrionário de blastocisto, mas a redução na concentração de substratos energéticos e aminoácidos (ECS 50) parece ser benéfica para o desenvolvimento embrionário, sendo uma alternativa para a produção de blastocistos de alta qualidade.

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  • CARLOS EDUARDO DE CASTRO
  • Investigação de Efeitos de Superfície e Presença de Coroa Protéica no Processo de Internalização Celular de Sistemas Poliméricos Nanoestruturados

  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 18/Set/2019

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  • Esta Tese de Doutorado teve como objetivo central a verificação do papel de parâmetros estruturais e efeito da presença de coroas proteicas na citotoxicidade e internalização celular de sistemas anfifílicos nanoestruturados. Duas classes de materiais foram investigadas sendo uma baseada em nanopartículas poliméricas produzidas a partir de copolímeros tendo como base o bloco sensível ao pH PDPA (poli[(2-diisopropil etil) metacrilato]) ligado quimicamente aos blocos hidrofílicos de PEO (poli(etileno glicol)), PMPC (poli(1-palmitoil-2-miristoil-fosfatidilcolina)) ou PHPMA (poli(N-(2-hidroxipropil) metacrilamida)). Os copolímeros em bloco PEO122-b-PDPA43, PMPC40-b-PDPA70 e PHPMA64-b-PDPA72 foram utilizados nas investigações. A segunda classe de nanopartículas investigadas foi produzida a partir de sistemas anfifílicos contendo uma cadeia carbônica (C22) ligada covalentemente ao polímero hidrofílico PEO contendo ou não moléculas de açúcar (N-Acetilglicosamina) na extremidade (C22PEO900 e C22PEO900-GlcNAc). A estrutura e a morfologia dos sistemas nanoestruturados foram detalhadamente caracterizadas utilizando-se técnicas de espalhamento de luz e análise microscópica, e na sequência, a influência das características estruturais foram avaliadas em que pese aos eventos biológicos citados. Foi demonstrado que nanopartículas produzidas a partir de PMPC40-b-PDPA70 são internalizadas de maneira mais eficiente do que os seus pares, fato este atribuído a interações favoráveis entre a camada estabilizante de (poli(1-palmitoil-2-miristoil-fosfatidilcolina)) - PMPC e membranas celulares. A presença de superfícies decoradas com moléculas de açúcar também facilita a internalização celular dos nanomateriais e ao mesmo tempo tem efeito benéfico em que pese à questões relacionados a citotoxicidade. Para ambas as classes de sistemas supramoleculares produzidos, a presença de coroas biomoleculares sobre a superfície reduz de maneira substancial a cinética e a quantidade de material internalizado por diferentes linhagens celulares. Por outro lado, é também demonstrado que coroas biomoleculares reduzem a citotoxicidade e a atividade hemolítica dos nanomateriais. Portanto, fica evidente que, nem sempre coroas biomoleculares devem ser consideradas artefatos a serem prontamente eliminados


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  • Esta Tese de Doutorado teve como objetivo central a verificação do papel de parâmetros estruturais e efeito da presença de coroas proteicas na citotoxicidade e internalização celular de sistemas anfifílicos nanoestruturados. Duas classes de materiais foram investigadas sendo uma baseada em nanopartículas poliméricas produzidas a partir de copolímeros tendo como base o bloco sensível ao pH PDPA (poli[(2-diisopropil etil) metacrilato]) ligado quimicamente aos blocos hidrofílicos de PEO (poli(etileno glicol)), PMPC (poli(1-palmitoil-2-miristoil-fosfatidilcolina)) ou PHPMA (poli(N-(2-hidroxipropil) metacrilamida)). Os copolímeros em bloco PEO122-b-PDPA43, PMPC40-b-PDPA70 e PHPMA64-b-PDPA72 foram utilizados nas investigações. A segunda classe de nanopartículas investigadas foi produzida a partir de sistemas anfifílicos contendo uma cadeia carbônica (C22) ligada covalentemente ao polímero hidrofílico PEO contendo ou não moléculas de açúcar (N-Acetilglicosamina) na extremidade (C22PEO900 e C22PEO900-GlcNAc). A estrutura e a morfologia dos sistemas nanoestruturados foram detalhadamente caracterizadas utilizando-se técnicas de espalhamento de luz e análise microscópica, e na sequência, a influência das características estruturais foram avaliadas em que pese aos eventos biológicos citados. Foi demonstrado que nanopartículas produzidas a partir de PMPC40-b-PDPA70 são internalizadas de maneira mais eficiente do que os seus pares, fato este atribuído a interações favoráveis entre a camada estabilizante de (poli(1-palmitoil-2-miristoil-fosfatidilcolina)) - PMPC e membranas celulares. A presença de superfícies decoradas com moléculas de açúcar também facilita a internalização celular dos nanomateriais e ao mesmo tempo tem efeito benéfico em que pese à questões relacionados a citotoxicidade. Para ambas as classes de sistemas supramoleculares produzidos, a presença de coroas biomoleculares sobre a superfície reduz de maneira substancial a cinética e a quantidade de material internalizado por diferentes linhagens celulares. Por outro lado, é também demonstrado que coroas biomoleculares reduzem a citotoxicidade e a atividade hemolítica dos nanomateriais. Portanto, fica evidente que, nem sempre coroas biomoleculares devem ser consideradas artefatos a serem prontamente eliminados

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  • ALEX CARVALHO ALAVARSE
  • Sistemas coloidais para liberação controlada de drogas e tratamento por hipertermia à base de núcleos magnéticos revestidos por sílica mesoporosa

  • Orientador : JEAN JACQUES BONVENT
  • Data: 19/Set/2019

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  • Diversos sistemas nanoestruturados magnéticos apresentam características que podem ser aplicados como carreadores para liberação de drogas de uma maneira controlada e na redução tumoral por hipertermia, dependendo das características do sistema. O presente trabalho teve como objetivo desenvolver sistemas carreadores para o controle de liberação de droga e como agente de aquecimento para hipertermia. Neste trabalho apresentamos quatro sistemas sintetizados e compostos distintamente. Primeiro, nanopartículas com núcleos magnéticos recobertos por sílica mesoporosa foram sintetizadas e carreadas com um antibiótico. Sua liberação in vitro foi efetuada em comparação com a amostra revestida por polieletrólitos para dificultar liberação da droga sobressalente através os poros.  Segundo, foi proposta a síntese sonoquímica do sistema núcleo magnético e casca mesoporosa, um método mais rápido de síntese e com a possibilidade de produzir poros superficiais na casca de sílica evitando a etapa de calcinação. Terceiro, núcleos magnéticos a base de sulfato de ferro II foram sintetizados por rota sonoquímica a fim de investigar os parâmetros que influenciam sua morfologia, propriedades magnéticas e a perda específica de potência (SLP). Por último, a rota sonoquímica fora também utilizada para a produção de núcleos magnéticos a base de sulfato de ferro II (FeSO4) e sulfato de manganês II (MnSO4) a fim de aumentar o valor de SLP das nanopartículas. Nos dois primeiros sistemas (núcelo magnético/casca mesoporosa) resultados físico-químicos mostram que as propriedades magnéticas, embora atenuadas pelo recobrimento por materiais do tipo paramagnético, mesmo assim são capazes de serem atraídas por um campo magnético externo. Além disso, a rota de remoção (calcinação ou sonoquímica) do CTAB altera as propriedades texturiais e a modificação da superfície da sílica mesoporosa pode ser feita de forma simples com polímeros por interação eletrostática ou por funcionalização com aminosilano potencializando a desvinculação do fármaco. Nos dois capítulos finais, varreduras da concentração de base e de precursores provocam diferentes respostas morfológicas, e, a partir do controle de tais variáveis é possível obter partículas com morfologia, dispersão de tamanho e SLP otimizadas para a aplicação de hipertermia.

     


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  • Diversos sistemas nanoestruturados magnéticos apresentam características que podem ser aplicados como carreadores para liberação de drogas de uma maneira controlada e na redução tumoral por hipertermia, dependendo das características do sistema. O presente trabalho teve como objetivo desenvolver sistemas carreadores para o controle de liberação de droga e como agente de aquecimento para hipertermia. Neste trabalho apresentamos quatro sistemas sintetizados e compostos distintamente. Primeiro, nanopartículas com núcleos magnéticos recobertos por sílica mesoporosa foram sintetizadas e carreadas com um antibiótico. Sua liberação in vitro foi efetuada em comparação com a amostra revestida por polieletrólitos para dificultar liberação da droga sobressalente através os poros.  Segundo, foi proposta a síntese sonoquímica do sistema núcleo magnético e casca mesoporosa, um método mais rápido de síntese e com a possibilidade de produzir poros superficiais na casca de sílica evitando a etapa de calcinação. Terceiro, núcleos magnéticos a base de sulfato de ferro II foram sintetizados por rota sonoquímica a fim de investigar os parâmetros que influenciam sua morfologia, propriedades magnéticas e a perda específica de potência (SLP). Por último, a rota sonoquímica fora também utilizada para a produção de núcleos magnéticos a base de sulfato de ferro II (FeSO4) e sulfato de manganês II (MnSO4) a fim de aumentar o valor de SLP das nanopartículas. Nos dois primeiros sistemas (núcelo magnético/casca mesoporosa) resultados físico-químicos mostram que as propriedades magnéticas, embora atenuadas pelo recobrimento por materiais do tipo paramagnético, mesmo assim são capazes de serem atraídas por um campo magnético externo. Além disso, a rota de remoção (calcinação ou sonoquímica) do CTAB altera as propriedades texturiais e a modificação da superfície da sílica mesoporosa pode ser feita de forma simples com polímeros por interação eletrostática ou por funcionalização com aminosilano potencializando a desvinculação do fármaco. Nos dois capítulos finais, varreduras da concentração de base e de precursores provocam diferentes respostas morfológicas, e, a partir do controle de tais variáveis é possível obter partículas com morfologia, dispersão de tamanho e SLP otimizadas para a aplicação de hipertermia.

     

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  • CAMILA MOURA SANTOS 
  • Influência da redução da expressão dos genes que codificam a enzima malato desidrogenase mitocondrial no metabolismo de carbono em Setaria italica L.

  • Orientador : DANILO DA CRUZ CENTENO
  • Data: 19/Set/2019

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  • A grande maioria das culturas e importantes gramíneas utilizadas para produção de bioenergia, incluindo milho, sorgo e cana de açúcar, têm sua produtividade impulsionada pelo tipo fotossíntético C4. O painço (Setaria italica) é uma cultura de cereais adaptada para crescer em ambientes estressantes e uma candidata modelo interessante para pesquisas relacionadas ao metabolismo C4. Aspectos específicos do metabolismo de plantas podem ser manipulados geneticamente com o objetivo de otimizar a eficiência da produção em diversas culturas, mas S. italica é considerada pela comunidade científica um alvo difícil para transformação e regeneração in vitro. No primeiro capítulo deste trabalho nós reportamos um novo método de transformação por Agrobacterium tumefasciens que resultou em aumento das taxas de transformação e regeneração em 120% quando comparado aos protocolos existentes, o que nos permitiu a realização do estudo mencionado no capítulo 3. Malato é um ácido carbônico que possui um papel chave no metabolismo de plantas e é também substrato/produto da enzima malato desidrogenase (MDH), uma oxidorredutase que cataliza a reação reversível entre malato e oxoloacetato. Em plantas, existem múltiplas isoformas de MDH que possuem diferentes papéis na célula. Malato desidrogenase mitocondrial (mtMDH) são enzimas chave envolvidas no ciclo do ácido tricarboxílico (Ciclo de Krebs) e mudanças na expressão de mtMDH apresentou diferenças no metabolismo e no fenótipo de várias espécies C3 porém ainda não existiam estudos relacionados a espécies C4. No capítulo 2 nós desenvolvemos um estudo in silico que proveu informações valiosas em relação aos genes que codificam mtMDH em S. italica, o que nos permitiu um melhor entendimento da função de cada mtMDH no metabolismo da espécie. No capítulo 3 nós realizamos um estudo bioquímico utilizando a estratégia de perda-e-ganho-de-função pela abordagem de RNAi com o objetivo de compreender a influência das duas isoformas de mtMDH no metabolismo do carbono de S. italica e a importância da respiração celular no acúmulo de carboidratos trazendo novas perspectivas para o campo biotecnológico.


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  • A grande maioria das culturas e importantes gramíneas utilizadas para produção de bioenergia, incluindo milho, sorgo e cana de açúcar, têm sua produtividade impulsionada pelo tipo fotossíntético C4. O painço (Setaria italica) é uma cultura de cereais adaptada para crescer em ambientes estressantes e uma candidata modelo interessante para pesquisas relacionadas ao metabolismo C4. Aspectos específicos do metabolismo de plantas podem ser manipulados geneticamente com o objetivo de otimizar a eficiência da produção em diversas culturas, mas S. italica é considerada pela comunidade científica um alvo difícil para transformação e regeneração in vitro. No primeiro capítulo deste trabalho nós reportamos um novo método de transformação por Agrobacterium tumefasciens que resultou em aumento das taxas de transformação e regeneração em 120% quando comparado aos protocolos existentes, o que nos permitiu a realização do estudo mencionado no capítulo 3. Malato é um ácido carbônico que possui um papel chave no metabolismo de plantas e é também substrato/produto da enzima malato desidrogenase (MDH), uma oxidorredutase que cataliza a reação reversível entre malato e oxoloacetato. Em plantas, existem múltiplas isoformas de MDH que possuem diferentes papéis na célula. Malato desidrogenase mitocondrial (mtMDH) são enzimas chave envolvidas no ciclo do ácido tricarboxílico (Ciclo de Krebs) e mudanças na expressão de mtMDH apresentou diferenças no metabolismo e no fenótipo de várias espécies C3 porém ainda não existiam estudos relacionados a espécies C4. No capítulo 2 nós desenvolvemos um estudo in silico que proveu informações valiosas em relação aos genes que codificam mtMDH em S. italica, o que nos permitiu um melhor entendimento da função de cada mtMDH no metabolismo da espécie. No capítulo 3 nós realizamos um estudo bioquímico utilizando a estratégia de perda-e-ganho-de-função pela abordagem de RNAi com o objetivo de compreender a influência das duas isoformas de mtMDH no metabolismo do carbono de S. italica e a importância da respiração celular no acúmulo de carboidratos trazendo novas perspectivas para o campo biotecnológico.

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  • KATIA CILENE AYAKO INOMATA
  • EFEITOS DA TERAPIA FOTODINAMICA  COMO AGENTE DESINFETANTE EM MATERIAIS HOSPITALARES

  • Orientador : PATRICIA APARECIDA DA ANA
  • Data: 18/Out/2019

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  • Em âmbito hospitalar, para tratamento de fraturas expostas, faz-se necessário o uso de medidas que reduzam o risco de infecções ósseas, que minimizem os gastos com o tratamento e que ofereçam qualidade à assistência. Por esta razão, propoe-se o uso de um protótipo que auxilie na antissepsia da fratura exposta de forma segura para paciente e profissional. Contudo, para que o mesmo seja implementado para utilização clínica, faz-se necessária a avaliação de formas de esterilização adequadas, que não gerem toxicidade aos tecidos biológicos, que não danifiquem o material e que sejam eficazes. Desta maneira, este estudo in vitro objetivou verificar a viabilidade de uso da terapia fotodinâmica (TFD) com azul de metileno para esterilizar os materiais propostos para confecção deste protótipo, como alternativa ao uso da autoclave. Para tal, este estudo foi dividido em três fases experimentais. Na primeira, foram avaliados os efeitos citotóxicos da TFD e autoclave sobre fibroblastos Vero; na segunda, os efeitos na microdureza e, na terceira, os efeitos na redução de biofilme de Staphylococcus aureus. Na primeira fase experimental, foram preparadas 27 amostras de cada material proposto (polipropileno, alumínio e aço Aisi 304) e aleatoriamente distribuídas em 27 grupos experimentais (n = 3), para realização da esterilização em autoclave (121° C por 30 min) ou por TFD (660nm, potência de 100 mW, energia total entregue de 60 J, densidade de potência de 111 mW/cm², densidade de energia 66,66 J/cm², durante 10 minutos) com diferentes repetições dos tratamentos, buscando-se simular o uso do protótipo por tempos prolongados. Após, foi realizado o teste de contato direto e indireto com fibroblastos Vero. Na segunda fase experimental, foram preparadas 90 amostras de cada material, as quais foram aleatoriamente distribuídas nos 27 grupos experimentais (n = 10). Após os tratamentos, as mesmas foram submetidas à análise de microdureza e avaliação morfológica superficial. Na terceira fase experimental, 9 amostras de cada material tiveram cultivo de biofilme de Staphylococcus aureus e, após, foram aleatoriamente distribuídas em 9 grupos experimentais (n = 3). Os dados foram analisados estatisticamente ao nível de significância de 5%. Na análise morfológica do teste de contato direto, as células Vero apresentaram semelhança ao grupo controle negativo com adesão, espalhamento e crescimento em
    monocamada. A análise citoquímica com azul de toluidina em pH 4,0 demonstrou não haver alterações na atividade celular em quaisquer dos grupos experimentais, assim como a avaliação com corante Xylidine Ponceau em pH 2,5 evidenciou não haver mudanças nas proteínas totais em quaisquer dos grupos experimentais. A esterilização por autoclave alterou a microdureza do aço Aisi 304 e do polipropileno, assim como reduziu o do alumínio após 120 autoclavagens. A TFD reduziu significativamente o biofilme de Staphylococcus aureus formado sobre os materiais. A análise morfológica do biofilme mostrou que houve ruptura e descontinuidade do biofilme após TFD. Foi possível concluir que a TFD é uma técnica alternativa promissora para esterilização dos materiais propostos para confecção do protótipo.


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  • Em âmbito hospitalar, para tratamento de fraturas expostas, faz-se necessário o uso de medidas que reduzam o risco de infecções ósseas, que minimizem os gastos com o tratamento e que ofereçam qualidade à assistência. Por esta razão, propoe-se o uso de um protótipo que auxilie na antissepsia da fratura exposta de forma segura para paciente e profissional. Contudo, para que o mesmo seja implementado para utilização clínica, faz-se necessária a avaliação de formas de esterilização adequadas, que não gerem toxicidade aos tecidos biológicos, que não danifiquem o material e que sejam eficazes. Desta maneira, este estudo in vitro objetivou verificar a viabilidade de uso da terapia fotodinâmica (TFD) com azul de metileno para esterilizar os materiais propostos para confecção deste protótipo, como alternativa ao uso da autoclave. Para tal, este estudo foi dividido em três fases experimentais. Na primeira, foram avaliados os efeitos citotóxicos da TFD e autoclave sobre fibroblastos Vero; na segunda, os efeitos na microdureza e, na terceira, os efeitos na redução de biofilme de Staphylococcus aureus. Na primeira fase experimental, foram preparadas 27 amostras de cada material proposto (polipropileno, alumínio e aço Aisi 304) e aleatoriamente distribuídas em 27 grupos experimentais (n = 3), para realização da esterilização em autoclave (121° C por 30 min) ou por TFD (660nm, potência de 100 mW, energia total entregue de 60 J, densidade de potência de 111 mW/cm², densidade de energia 66,66 J/cm², durante 10 minutos) com diferentes repetições dos tratamentos, buscando-se simular o uso do protótipo por tempos prolongados. Após, foi realizado o teste de contato direto e indireto com fibroblastos Vero. Na segunda fase experimental, foram preparadas 90 amostras de cada material, as quais foram aleatoriamente distribuídas nos 27 grupos experimentais (n = 10). Após os tratamentos, as mesmas foram submetidas à análise de microdureza e avaliação morfológica superficial. Na terceira fase experimental, 9 amostras de cada material tiveram cultivo de biofilme de Staphylococcus aureus e, após, foram aleatoriamente distribuídas em 9 grupos experimentais (n = 3). Os dados foram analisados estatisticamente ao nível de significância de 5%. Na análise morfológica do teste de contato direto, as células Vero apresentaram semelhança ao grupo controle negativo com adesão, espalhamento e crescimento em
    monocamada. A análise citoquímica com azul de toluidina em pH 4,0 demonstrou não haver alterações na atividade celular em quaisquer dos grupos experimentais, assim como a avaliação com corante Xylidine Ponceau em pH 2,5 evidenciou não haver mudanças nas proteínas totais em quaisquer dos grupos experimentais. A esterilização por autoclave alterou a microdureza do aço Aisi 304 e do polipropileno, assim como reduziu o do alumínio após 120 autoclavagens. A TFD reduziu significativamente o biofilme de Staphylococcus aureus formado sobre os materiais. A análise morfológica do biofilme mostrou que houve ruptura e descontinuidade do biofilme após TFD. Foi possível concluir que a TFD é uma técnica alternativa promissora para esterilização dos materiais propostos para confecção do protótipo.

2018
Dissertações
1
  • DENISE PASTORELLO
  • LPS Pré Natal no Desenvolvimento Cerebral e Tratamento Homeopático: Estudos Comportamentais e Moleculares em Modelo Animal de Autismo
  • Orientador : ELIZABETH TEODOROV
  • Data: 2/Fev/2018

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2
  • MARCIA GONÇALVES DIAS
  • Modulação do conteúdo de lignina em cana-de-açúcar: efeitos inerentes ao metabolismo primário e induzidos por ozônio
  • Orientador : DANILO DA CRUZ CENTENO
  • Data: 2/Fev/2018

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3
  • ANA CLARA DE OLIVEIRA CRUZ
  • Metabolismo de carboidratos em cana-de-açúcar sob déficit hídrico
  • Orientador : DANILO DA CRUZ CENTENO
  • Data: 7/Fev/2018

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4
  • PEDRO TEIXEIRA PIMONT
  • CARACTERIZAÇÃO DOS GENES RAFINOSE SINTASE E ESTAQUIOSE SINTASE EM GRAMÍNEAS
  • Orientador : NATHALIA DE SETTA COSTA
  • Data: 8/Fev/2018

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5
  • IZABELLE FREDO DA COSTA
  • ESTUDO DA MODULAÇÃO DA RESISTÊNCIA CENTRAL À LEPTINA PELA EXPRESSÃO DE CATEPSINAS HIPOTALÂMICAS EM CAMUNDONGOS SUBMETIDOS À DIETA RICA EM GORDURA
  • Orientador : MARCELO AUGUSTO CHRISTOFFOLETE
  • Data: 19/Fev/2018

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6
  • JAE DIANA PAREDES RODRÍGUEZ
  • Caracterização das alterações morfo-fisiológicas e metabólicas associadas ao estresse hídrico na monocotiledônea Setaria italica
  • Orientador : NATHALIA DE SETTA COSTA
  • Data: 6/Jun/2018

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7
  • JANAINA FERNANDES
  • EFEITOS TÓXICOS E TERATOGÊNICOS DA EXPOSIÇÃO À IVERMECTINA EM ESTÁGIO EMBRIOLARVAL DE ZEBRAFISH (Danio rerio)

  • Orientador : ELIZABETH TEODOROV
  • Data: 31/Ago/2018

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8
  • LARISSA BATISTA SEIXAS DE MARCHI
  • Diversidade da família gênica LEA nas espécies irmãs Setaria italica e Setaria viridis

  • Orientador : NATHALIA DE SETTA COSTA
  • Data: 18/Set/2018

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9
  • TATIANE CRISTINA NICOMEDIO DOS SANTOS
  • Análise do rendimento de Setaria italica cultivada em diferentes níveis de estresse hídrico

  • Orientador : NATHALIA DE SETTA COSTA
  • Data: 19/Set/2018

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10
  • ANDRÉ MOURÃO BATISTA
  • Reatividade química da água confinada sobre metais

  • Orientador : HERCULANO DA SILVA MARTINHO
  • Data: 21/Nov/2018

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11
  • JULIANA DA COSTA ROSA
  • ANÁLISE BIOLÓGICA DE ARCABOUÇOS FIBROSOS DE PLA E PCL COM VANCOMICINA PRODUZIDOS POR ROTOFIAÇÃO

  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 30/Nov/2018

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2017
Dissertações
1
  • JUSCEMÁCIA NASCIMENTO ARAÚJO
  • Síntese e caracterização de nanopartículas de prata assistidas por ß-glicosidases (GH1 e GH3) de Thermotoga petrophila
  • Orientador : WANIUS JOSE GARCIA DA SILVA
  • Data: 31/Jan/2017

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2
  • THAIS VIEIRA DE SOUZA
  • ESTUDOS DA INFLUÊNCIA DE MUDANÇAS CONFORMACIONAIS E CARGA LÍQUIDA NA ATIVIDADE ENZIMÁTICA DE UMA CELULASE TERMOESTÁVEL
  • Orientador : WANIUS JOSE GARCIA DA SILVA
  • Data: 1/Fev/2017

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3
  • GISELLE DA SILVA PEDROSA
  • INTERAÇÃO DE PLANTAS NATIVAS EXPOSTAS AO OZÔNIO: UMA ABORDAGEM NAS DEFESAS QUÍMICAS
  • Data: 26/Mai/2017

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4
  • RAFAEL FRANCISCO PEREIRA
  • Avaliação de Biocerâmicas de Fosfatos de Cálcio Dopadas com Európio e Magnésio: Caracterização, Dissolução e Citotoxicidade in vitro
  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 12/Jun/2017

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5
  • BRUNO EDUARDO GOMES DE SOUZA
  • ANÁLISE DE COMPOSTOS SINTÉTICOS COMO INIBIDORES DAS CALICREÍNAS TECIDUAIS HUMANAS 5 E 7
  • Orientador : LUCIANO PUZER
  • Data: 23/Jun/2017

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6
  • RAQUEL KOCH
  • O papel dos caracteres morfológicos e das rotas de entrada de água na tolerância ou sensibilidade de plantas ao ozônio
  • Data: 26/Jun/2017

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7
  • JULIANA LEMOS DE ALMEIDA CORREIA
  • Desenvolvimento de Câmara para Crescimento de Plantas e sua Aplicabilidade em Pesquisa Básica
  • Orientador : LUCIANO SOARES DA CRUZ
  • Data: 24/Jul/2017

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8
  • DAIANA RIBEIRO BORTOLETTO
  • Modelo computacional "ab-initio" para carcinoma espinocelular
  • Orientador : HERCULANO DA SILVA MARTINHO
  • Data: 22/Ago/2017

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9
  • FRANCISCA DIANA ALVES DE SOUSA
  • Síntese e Caracterização de arcabouço composto por Quitosana e Ácido Hialurônico para Regeneração de pele
  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 31/Ago/2017

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10
  • CARIN CRISTINA DA SILVA BATISTA
  • INFLUÊNCIA DO AGENTE ESTABILIZANTE NA ESTRUTURAÇÃO E EFEITOS CITOTÓXICO E ANTIMICROBIANO DE NANOPARTÍCULAS DE PRATA
  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 5/Set/2017

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11
  • MARCO AURELIO VINCHI DE OLIVEIRA
  • DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE ROTOFIAÇÃO PARA OBTENÇÃO E INVESTIGAÇÃO DA FORMAÇÃO DE MATRIZES NANOFIBROSAS POLIMÉRICAS
  • Orientador : JEAN JACQUES BONVENT
  • Data: 25/Out/2017

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12
  • ADRIANA RAMOS MOURA
  • Estudo comparativo entre as raças de touro Wagyu, Nelore e Angus por meio de avaliações espermáticas e hormonais
  • Orientador : RENATA SIMOES
  • Data: 17/Nov/2017

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13
  • CAROLINE ARANA DA SILVA RIBEIRO
  • INFLUÊNCIA DE PARÂMETROS ESTRUTURAIS SOBRE A EFICIÊNCIA DE ENCAPSULAÇÃO, PERFIL DE LIBERAÇÃO E CAPTURA CELULAR DE NANOPARTÍCULAS POLIMÉRICAS BIODEGRADÁVEIS
  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 18/Dez/2017

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2016
Dissertações
1
  • GLAUCIA PEREIRA ALVES
  • Influência do fluido folicular na competência oocitária: Identificação de fatores envolvidos na qualidade oocitária e cinética de desenvolvimento embrionário
  • Orientador : MARCELLA PECORA MILAZZOTTO
  • Data: 24/Mar/2016

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2
  • ANDERSON SOARES DE SOUZA
  • Estudos da adsorção não produtiva de uma â-glicosidase bacteriana em ligninas
  • Orientador : WANIUS JOSE GARCIA DA SILVA
  • Data: 9/Mai/2016

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3
  • JULIA APARECIDA DA SILVA LIMA
  • Importância das histidinas amino-terminais 1 e 2 para as atividades antimicrobiana e quelante de cobre do peptídeo microplusina
  • Orientador : FERNANDA DIAS DA SILVA
  • Data: 9/Mai/2016

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4
  • RODRIGO BONFIM SIMÃO DOS SANTOS
  • Efeitos toxicológicos dos componentes presentes no veneno da serpente B. jararaca sobre o testículo de camundongos
  • Orientador : CARLOS ALBERTO DA SILVA
  • Data: 30/Jun/2016

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5
  • LINDOMAR JOSE CALUMBY ALBUQUERQUE
  • Produção de Sistemas Supramoleculares Nanoestruturados a partir da Complexação de DNA e Copolímeros Catiônicos com Potencial Aplicação em Terapia Gênica
  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 16/Set/2016

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6
  • IRIS DE ARAUJO
  • Efeito do peptídeo recombinante microplusina sobre a geração de respostas pró e anti-inflamatórias em macrófagos da linhagem J774
  • Orientador : FERNANDA DIAS DA SILVA
  • Data: 28/Set/2016

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7
  • MICHELI TERENZI DE OLIVEIRA MACHADO
  • DESENVOLVIMENTO DE MATRIZES POLIMÉRICAS COMPOSTA POR POLI (¿-CAPROLACTONA) E POLI (L-ÁCIDO LÁTICO) ¿ PCL/PLLA ¿ E TETRACICLINA POR ROTOFIAÇÃO
  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 24/Out/2016

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8
  • ROBERTA FERREIRA LEITE
  • Tensão de oxigênio interfere na expressão de fatores de transcrição relacionados ao desenvolvimento de embriões bovinos produzidos in vitro
  • Orientador : MARCELLA PECORA MILAZZOTTO
  • Data: 24/Out/2016

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2015
Dissertações
1
2
  • KELLY ANNES
  • Caracterização do metabolismo de lipídeos no desenvolvimento inicial de embriões bovinos produzidos in vitro com diferentes cinéticas de desenvolvimento.
  • Orientador : MARCELLA PECORA MILAZZOTTO
  • Data: 10/Fev/2015

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3
  • ÉRIKA CRISTINA DOS SANTOS
  • Metabolômica para avaliação não invasiva de embriões bovinos produzidos in vitro
  • Orientador : MARCELLA PECORA MILAZZOTTO
  • Data: 11/Fev/2015

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4
  • FERNANDA SANT'ANA CABRAL
  • Avaliação do perfil metabólico e sua relação para o acúmulo de açúcares em diferentes variedades de cana
  • Orientador : DANILO DA CRUZ CENTENO
  • Data: 12/Fev/2015

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5
  • CARLOS EDUARDO DE CASTRO
  • O papel de parâmetros estruturais na internalização celular de sistemas poliméricos nanoestruturados
  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 27/Ago/2015

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6
  • ALEX CARVALHO ALAVARSE
  • Desenvolvimento e Caracterização de Arcabouços à base de blendas poliméricas de PVA e de Quitosana para Engenharia de Tecido
  • Orientador : JEAN JACQUES BONVENT
  • Data: 14/Set/2015

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7
  • FERNANDA WAITMAN DE OLIVEIRA SILVA
  • Desenvolvimento de Arcabouços a Base de Polímeros Biocompatíveis (PLA e PCL) com Agentes Antibacterianos
  • Orientador : JEAN JACQUES BONVENT
  • Data: 10/Nov/2015

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8
  • LÚCIA DOS SANTOS RUFINO BAIA
  • Efeitos da radiação ultravioleta nos compostos orgânicos voláteis emitidos pela soja (Glycine Max) cv Sambaiba em seus estádios iniciais de cultivo
  • Orientador : LUCIANO SOARES DA CRUZ
  • Data: 30/Nov/2015

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9
  • SERGIO XAVIER SOARES
  • Detecção de leite adulterado através de medidas de atenuação da radiação gama
  • Orientador : FELIPE CHEN ABREGO
  • Data: 16/Dez/2015

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2014
Dissertações
1
  • ANDERSON MARQUES DE OLIVEIRA
  • Produção de Nanopartículas Poliméricas com tamanho controlado com potencial aplicação na liberação controlada de agentes antitumorais.
  • Orientador : FERNANDO CARLOS GIACOMELLI
  • Data: 12/Mai/2014

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2
  • RENATA PRADO PALMA
  • Análise da expressão das catepsinas K, L e S durante a diferenciação induzida de adipócitos 3T3-L1
  • Orientador : MARCELO AUGUSTO CHRISTOFFOLETE
  • Data: 22/Mai/2014

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3
  • THAÍS DA SILVA
  • Efeito da morfocinética na resposta ao estresse em embriões bovinos produzidos in vitro
  • Orientador : MARCELLA PECORA MILAZZOTTO
  • Data: 27/Mai/2014

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4
  • THAÍS TERPINS RAVACHE
  • Geração de animais transgênicos por inoculação de vetor viral em meio de cultura de óvulos
  • Orientador : MARCELO AUGUSTO CHRISTOFFOLETE
  • Data: 27/Mai/2014

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5
  • DANIELE YURI ISHIHARA
  • Caracterização dos efeitos morfológicos no testículo de camundongos após envenenamento pelo veneno bruto e fração de baixo peso molecular da serpente Bothrops jararaca
  • Orientador : CARLOS ALBERTO DA SILVA
  • Data: 28/Mai/2014

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6
  • SAMYR MACHADO QUEROBINO
  • Avaliação da propriedade citoprotetora da fração de baixo peso molecular do veneno da serpente Bothropoides jararaca em células do hipocampo
  • Orientador : CARLOS ALBERTO DA SILVA
  • Data: 29/Mai/2014

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7
  • ADRIANNE MARLISE MENDES BRITO
  • Efeitos químicos-estruturais promovidos pelo laser de Nd: YAG, associado ou não ao floureto, quando empregado para prevenção da progressão de lesões de cárie radicular
  • Orientador : PATRICIA APARECIDA DA ANA
  • Data: 30/Mai/2014

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8
  • AMÁLIA BAPTISTA MACHADO SILVA
  • Avaliação in vitro de polímeros de PHBV, PCL e blendas (75/25 e 50/50) para Engenharia de Tecidos Ósseos
  • Orientador : ARNALDO RODRIGUES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 30/Mai/2014

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9
  • CARLOS ALEXANDRE SOARES
  • Estudo do metabolismo energético de embriões bovinos produzidos in vitro e sua relação com cinética embrionária
  • Orientador : MARCELLA PECORA MILAZZOTTO
  • Data: 30/Mai/2014

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10
  • VÍVIAM MOURA DA SILVA
  • Estudos da estabilidade, flexibilidade e atividade enzimática da ß-Mananase da bactéria hipermofílica thermotoga petrophila
  • Orientador : WANIUS JOSE GARCIA DA SILVA
  • Data: 2/Jun/2014

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11
  • ROBERTO LUIZ SILVA
  • Influência dos agentes de acoplamento na degradação ambiental de compósitos de Polipropileno/fibra de Curaua
  • Orientador : MARCIA APARECIDA DA SILVA SPINACE
  • Data: 30/Jul/2014

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