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Módulo II – Educação na margem (132 horas)
Disciplina 1 - Práticas de educação inclusiva nas periferias – 36 horas
Ementa:
Nesta disciplina pretende-se discutir a educação em perspectiva inclusiva a partir da realidade das periferias. Serão estudadas as principais políticas públicas em educação especial e inclusiva, as características da educação especial (linguísticas e psicossosociais) e as estratégias de ensino colaborativo. Serão avaliados os processos
de inclusão escolar, o papel da família, bem como as estratégias inclusivas científicas que favoreçam a relação família-escola.
Bibliografia
BRASIL, 2015, Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm; acesso em:12/12/2021.
AQUINO, Júlio Groppa. “‘Aluno-problema’ versus alunos diferentes: avesso e direito da escola democrática”. In: Pro-posições, v. 12, n. 2-3, jul./nov. 2001, p. 91-108.
ALMEIDA, L. C. A.; WILLIAMS, L. (Orgs.). Avanços recentes em Educação Especial. São Carlos: EDUFSCar, 2004. MENDES, E. Inclusão marco zero: começando pelas creches. São Paulo: Junqueira e Marin, 2016.
ALMEIDA, M. A.; MENDES, E. G. A escola e o público-alvo da educação especial: apontamentos atuais. Marília, SP: ABPEE/Marquezine & Manzini editora, 2014.
ANGELUCCI, C. B. Medicalização das diferenças funcionais: continuismos nas justificativas de uma educação especial subordinada aos diagnósticos. Nuances: estudos sobre educação, Presidente Prudente, 25, n. 1, jan-abr 2014. 116-134. Disponivel em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/2745. Acesso em: 18 agosto 2020.
ANGELUCCI, C. B. A patologização das diferenças humanas e seus desdobramentos para a educação especial. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED). Rio de Janeiro. 2015.
ARCE, Alessandra. (Re)colocando o ensino como eixo norteador do trabalho pedagógico com crianças de 4 a 6 anos. In: ARCE, Alessandra; MARTINS, Lígia Márcia (Org.). Quem tem medo de ensinar na Educação Infantil? Campinas: Editora Alínea, 2010. p. 13-36.
COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. (Orgs). Desenvolvimento psicológico e educação. Transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2 ed, v. 3, Porto Alegre: Artmed, 2004.
COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. (Orgs). Desenvolvimento Psicológico e Educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Vol. 1. Porto Alegre: ARTMED,
1995.
DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE. Psicologia das habilidades sociais na infâncias: teoria e prática. Petrópolis: Vozes, 2005. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
LIMA, André. Capacitismo e eugenia na educação brasileira: uma reflexão a partir de aproximações epistemológicas
STAINBACK S, STAINBACK W. Inclusão: um guia para educadores. Trad. Magda Lopes. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999
VYGOSTKY, L.S. (2012) Obras Escogidas V - Fundamentos de defectología. Editorial Pedagógica Moscú, 1983, De la traducción: Julio Guillermo Blank, 1997, De la presente edición: Machado Grupo de Distribución, S.L.
Disciplina 2 - Estudos de gênero e as figuras da maternidade – 36 horas
Ementa:
Oferecer aos discentes uma introdução ao campo dos estudos de gênero em suas diferentes vertentes teóricas e apresentar os principais debates contemporâneos em gênero. Apresentar noções teóricas elementares sobre a categoria gênero e suas nuances; Feminismo negro e Interseccionalidade; Violência de Gênero; Sexualidade; Direitos Sexuais e Reprodutivos; Divisão Sexual do Trabalho; Gênero, Ciência e Tecnologia; Debates contemporâneos em gênero, em especial as figuras da maternidade e as interfaces com a construção das infâncias e a noção de família.
Bibliografia
BRIOLOTTI, Ana e BENITEZ, Sebastián. Medicina, higiene mental y saber psi en la construcción de la maternidad y la infancia en la Argentina: un análisis a través de la revista Madre y Niño (1934-1935) Universitas Psychologica, 13 (5).
BIROLI. Flavia. Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018
BUSS-SIMÃO, Márcia. Relações sociais de gênero na perspectiva das crianças pequenas na creche. Outros Temas. Cadernos de pesquisa, v. 43, n. 148, p. 176-197, jan/abr. 2013.
COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro, São Paulo: Boitempo, 2019
FINCO, Daniela. Educação Infantil, Gênero e Brincadeiras: Das naturalidades às
transgressões. In: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. GT: Educação da Criança de 0 a 6 anos/n.07, 2004.
FINCO, Daniela. Educação infantil, espaços de confronto e convívio com as diferenças: Análise das interações entre professoras e meninas e meninos que transgridem as fronteiras de gênero. Tese Faculdade de Educação/Unicamp, São Paulo, 2010.
IVEROS VIGOYA, Mara. As cores da masculinidade: experiências interseccionais e práticas
de poder na Nossa América. Trad. Alysson de Andrade Perez. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2018.
HARAWAY, D. “Gênero” para um dicionário marxista: a política sexual de uma palavra.
Cadernos Pagu, n. 22, p. 201-246, 2004.
hooks, bell. O feminismo é para todo mundo, São Paulo: editora elefante, 2020.
HOLLANDA, Heloisa Buarque (org). Pensamento Feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2019.
LOURO, G. L. Um corpo estranho. Ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
L. (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001, p. 151-172.
FREIRE, L. Maria Martha. Maternidade: aliança entre mulheres e médicos; Higienizando corpos, mentes e lares In: Mulheres, mães e médicos: discurso maternalista no Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2009
PRECIADO, Paul B. Manifesto contrassexual: práticas subversivas de identidade sexual. São Paulo: n-1, 2014.
ROSEMBERG, F. Teorias de gênero e subordinação de idade: um ensaio. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 7, n. 3, p. 17–23, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8644211. Acesso em: 2 dez. 2021
Disciplina 3 - Relações étnico-raciais, dinâmicas territoriais nas periferias das grandes cidades brasileiras e educação – 36 horas
Ementa: O curso apresentará referencial teórico que permite tematizar e problematizar os conceitos de raça, etnia, racismo e etnocentrismo no vínculo com a
educação e as desigualdades étnico-raciais. Além de aporte teórico serão apresentadas diversas experiências formativas que permitem levar a cultura africana e afro-brasileira no diálogo com todas as grandes áreas de conhecimento da educação básica na Filosofia e Ciências humanas.
Bibliografia
DEBUS, Eliane S. D. A literatura infantil e a temática africana e afro-brasileira. In Nação escola, nº. 2. Editora Atilénde, 2010
CAVALLEIRO, Eliane. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. São Paulo: Contexto, 2000.
CUNHA, Perses Maria Canellas. Da senzala à sala de aula: como o negro chegou à escola. In: OLIVEIRA, Iolanda (Org.). Relações raciais e educação: alguns determinantes. Cadernos Penesb n. 1, p. 69-96, 1999.
FAZZI, Rita de Cássia. O drama racial de crianças brasileiras: socialização entre pares e preconceito. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
GOMES, Nilma Lino. Diversidade étnico-racial e educação no contexto brasileiro: algumas relações. In: GOMES, Nilma Lino (Org.). Um olhar além das fronteiras: educação e relações raciais. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 97-110.
GOMES, Nilma Lino. Educação, identidade negra e formação de professores: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. Educação e Pesquisa. Vol. 29 n.01, São Paulo, jan/jun. 2003.
MULLER, Tania Pedroso, COELHO, Wilma Baía, FERREIRA, Paulo Barbosa (Orgs.). Relações étnico-raciais, formação de professores e currículo São Paulo: Editora Livraria da Física, 2015. Coleção Formação de professores e relações étnico raciais.
Disciplina 4 - Projeto integrador: Escola e comunidade, gestão democrática e projeto político pedagógico – 24 horas
Ementa:
Um bairro educador é um território que articula os equipamentos públicos e outras instituições sociais, lideranças e comunidade em prol da realização da vida comunitária de qualidade. Nesse projeto será construído um mapa do território de Heliópolis e consequente compreensão deste todo articulado. Serão discutidos e elaborados projetos como o calendário temático e outras atividades realizadas que possibilitam a articulação do território.
Bibliografia
BRASIL, Presidência da República. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm. Acesso em: 08/10/2021.
ARELARO, L. R. G.; KRUPPA, S. M. P.. A Educação de Jovens e Adultos. In: OLIVEIRA,
R. P.; ADRIÃO, T.. Organização do ensino no Brasil: níveis e modalidades na Constituição Federal e na LDB. 2ª Ed. São Paulo: Xamã, 2007, p. 85 – 105
ARROYO, Miguel. Outros Sujeitos, Outras Pedagogias. Petrópolis, Vozes, 2012.
CÁSSIO, F. (org.) Educação contra a Barbárie: Por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar, São Paulo: Boitempo, 2019.
CURY, C. R. J.. Direito à Educação: direito à igualdade, direito à diferença. Cadernos de Pesquisa. São Paulo: FCC, n. 116, jul.2002, p. 245-262.
KRAMER, Sônia. Direitos da criança e projeto político pedagógico de educação infantil. In: Bazílio, Luiz Cavalieri; Kramer, Sonia. Infâncias, educação e direitos humanos. SãoPaulo: Cortez, 2003
LÜCK, Heloisa. Concepções e processos democráticos de gestão educacional. 2ªed. Petrópolis, Vozes, 2007.
. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora Positivo, 2009
MURANAKA, M. A. S.; MINTO, C. A.. Organização da Educação Escolar. In: OLIVEIRA,
R. P.; ADRIÃO, T. (Org.). Gestão, Financiamento e Direito à Educação: análise da LDB e da Constituição Federal. 2a.ed. São Paulo: Xamã, 2002, p. 43-62
SAVIANI, D. A História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores associados, 2007.
. Escola e Democracia. Edição Comemorativa. Campinas: Autores Associados, 2008. 112p (Coleção Educação Contemporânea).
SILVA, Azevedo. Reestruturação curricular: teoria e prática no cotidiano da escola. Petrópolis: Vozes, 1996.
SANTIS, M. De favela a bairro educador: protagonismo comunitário em Heliópolis. 2014. 194f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Nove de Julho, São Paulo, 2014.
SOARES, Cláudia Cruz. Heliópolis: práticas educativas na paisagem. 2010. Dissertação (Mestrado em Paisagem e Ambiente) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. doi:10.11606/D.16.2010.tde-01062010- 104827. Acesso em: 2021-10-08.
SOUZA, Jessé. A ralé brasileira: quem e como vive. Colaboração de André Grillo et al. 2. ed. Belo Horizonte, MG: Ed. da UFMG, 2016. 551 p.
SOUZA, Jessé. O Brasil dos humilhados, São Paulo: Civilização Brasileira, 2022.
OLIVEIRA, R. P.. O Direito à Educação. In: OLIVEIRA, R. P.; ADRIÃO, T. (Org.). Gestão, Financiamento e Direito à Educação: análise da LDB e da Constituição Federal. 2a.ed. São Paulo: Xamã, 2002, p. 15 – 41
VEIGA, I. P. A.. Projeto Político-Pedagógico e gestão democrática: novos marcos para a educação de qualidade. Revista Retratos da Escola, Brasília/DF, v. 3, n. 4, p. 163-171, 2009.
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