PODE UMA CONTADORA DE HISTÓRIAS DAR AULAS DE FILOSOFIA?
Ou Sobre a importância do texto filosófico e não filosófico em aulas de filosofia
O presente texto é um estudo sobre a centralidade do texto em aulas de filosofia para o ensino médio. Ele está redigido em estilo ensaístico, pois em grande parte apresenta-se como um relato de experiência do cotidiano em sala de aula e tem como objetivos teorizar uma prática que culmina em uma metodologia didático-pedagógica-filosófica de aula. Ao mesmo tempo, anseia por responder algumas questões fundamentais: Qual a visão de filosofia da professora de filosofia que desenvolve essa narrativa? Como essa visão transparece de forma coerente nas aulas que ministra? Uma contadora de história pode de fato ser professora de filosofia? Ao se perguntar sobre tudo isso vai também apresentando seu lugar filosófico como desnaturalização do olhar, perda do chão e possibilidade de reconstrução de sub-versões de mundo. Nessa perspectiva, passa pela invenção de um método que têm muito de Paulo Freire, de escuta e leitura de textos. Escuta manifesta em contação de histórias e leitura de textos clássicos da tradição filosófica. Apresenta também uma sugestão de material didático que visa englobar tudo isso e tece uma análise crítica desse mesmo material. Termina sem terminar apresentando algumas conclusões e os próximos passos da pesquisa.