PPGEVD PÓS-GRADUAÇÃO EM EVOLUÇÃO E DIVERSIDADE FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Telefone/Ramal: Não informado http://propg.ufabc.edu.br/ppgevd

Banca de DEFESA: LEONARDO MATHEUS SERVINO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEONARDO MATHEUS SERVINO
DATA : 19/08/2020
HORA: 14:00
LOCAL: por participação remota + meet.google.com/qfy-uxmw-aia
TÍTULO:

Como varia o tamanho corporal de anfíbios anuros ao longo de gradientes na Mata Atlântica?


PÁGINAS: 61
RESUMO:

O tamanho corporal pode ser um atributo associado à necessidade de conservação de calor. Um padrão conhecido que associa tamanho à conservação de calor é a Regra de Bergmann, que sugere que vertebrados endotérmicos são maiores em maiores latitudes, onde as temperaturas são mais baixas. A menor relação entre superfície e volume corporal em indivíduos maiores propicia menor perda de calor. Em ectotérmicos, a baixa capacidade de gerar calor metabólico sugere que outras variáveis ambientais exerçam maior influência nesses animais. Nos anfíbios anuros, é possível que a água seja uma variável restritiva para alguns grupos. Tem sido proposto que esses animais sejam maiores em ambientes mais secos, padrão justificado pelo mecanismo de conservação de água. O mecanismo propõe que a menor relação entre superfície e volume corporal propicia menor perda de água para o ambiente. Este trabalho teve como objetivo avaliar se o tamanho corporal de anfíbios anuros da Mata Atlântica pode ser explicado pelos mecanismos de conservação de calor ou água. Selecionamos seis espécies de anuros de diferentes grupos filogenéticos e representativos na Mata Atlântica. Utilizamos variáveis climáticas que representam temperatura, precipitação e evapotranspiração (PET). O tamanho corporal foi estimado a partir de duas medidas: comprimento rostro-cloacal (CRC) e robustez. Nós realizamos correlações das dimensões corporais com a latitude para avaliar a variação geográfica de tamanho. Implementamos modelos de regressão linear das dimensões corporais com as variáveis climáticas selecionadas. O CRC foi associado à temperatura em três espécies, mas em apenas uma a associação foi negativa, e portanto, de acordo com a predição da hipótese de conservação de calor. Outras três espécies apresentaram CRC associado com a PET, mas somente em duas a associação está de acordo com as predições da hipótese da conservação de água. A robustez apareceu associada a alguma das variáveis estudadas apenas em uma espécie, em que a maior robustez ocorreu em locais com maior PET, de acordo com a hipótese da conservação de água. Os resultados indicam que não há um padrão geral de variação do tamanho corporal em anuros da Mata Atlântica em relação às variáveis ambientais testadas. Assim, as hipóteses de conservação de calor e de água não foram válidas para explicar a variação de tamanho corporal de todas as espécies analisadas. Isso pode ser explicado pelas demandas conflitantes entre regulação da temperatura corporal e balanço hídrico nesses animais, além da possível influência de outras características da história de vida dessas espécies. Mecanismos mais complexos, que incorporem essas características são necessários para melhor compreensão dos fatores que influenciam o tamanho corporal de anfíbios anuros.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 1804548 - RICARDO JANNINI SAWAYA
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 366.099.678-57 - RAFAEL CAMPOS DUARTE - USP
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - JOSÉ EDUARDO DE CARVALHO - UNIFESP
Membro Suplente - Examinador(a) Interno ao Programa - 1763449 - FERNANDO ZANIOLO GIBRAN
Membro Suplente - Examinador(a) Externo ao Programa - 1247586 - ANGELA TERUMI FUSHITA
Notícia cadastrada em: 25/06/2020 16:50
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