JOGO SÉRIO NO ENSINO DO COMPORTAMENTO MONETÁRIO PARA ESTUDANTES COM AUTISMO E DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
A garantia da aprendizagem no ensino da matemática é um dos maiores desafios na educação brasileira. Dentre os conteúdos abordados, tem-se o comportamento monetário, essencial para garantir a autonomia e independência de jovens adultos na vida em comunidade. Com o aumento do número de matrículas na escola regular, buscam-se estratégias para garantir a aprendizagem de estudantes com Deficiência Intelectual (DI) e/ou Transtorno do Espectro Autista (TEA). Foi realizada uma busca na literatura para identificar estudos que averiguaram o uso de estratégias de ensino e uso de jogo sério para ensino do comportamento monetário em estudantes com DI e/ou TEA. Como resultado evidenciou-se a necessidade de estudos com aprimoramento experimental e ausência de participantes com TEA. O presente estudo tem como objetivo verificar se a aplicação remota de um jogo sério para avaliação e ensino de comportamento monetário com jovens adultos com DI e/ou TEA é suficiente para garantir a aprendizagem de soma e subtração, com uso de cédulas e moedas. Foram formuladas fases baseadas em situações do cotidiano, com tarefas experimentais estruturadas como missões, de acordo com a rede de relações de estímulos e respostas envolvidas no comportamento monetário. Foi aplicada uma linha de base e testes de caracterização de repertório de entrada anterior à aplicação do jogo para validação de progresso na aprendizagem do estudante e verificação da formação de classes de estímulos equivalentes. A análise inicial dos dados permitiu identificar as relações que carecem de ensino, assim como a ausência da relação de soma e subtração entre os participantes. A coleta e análise de dados está em andamento. Espera-se a partir dessa pesquisa demonstrar que o ensino mediado pelo uso de tecnologias e estratégias, tais como jogos sérios, pode servir como estratégia pedagógica na inclusão educacional, respeitando-se a individualidade e o ritmo de aprendizagem de jovens adultos/as com DI e/ou TEA.