AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE REDUÇÃO DE MASSA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO AGRUPAMENTO SUDESTE DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
A preocupação ambiental com o tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos gerados nas cidades tem aumentado em todo o mundo. Em São Paulo, a maior cidade da América Latina, a utilização de aterros sanitários é preponderante e iniciativas que incorporam tecnologias de tratamento, com o objetivo de recuperação de materiais recicláveis, compostagem e geração de energia, são incipientes. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho é avaliar as tecnologias de tratamento atualmente utilizadas em outros países e propor a melhor composição destas tecnologias, que incorpore a segregação da fração recuperável para que esta retorne como matéria-prima para indústria ou para que seja utilizada em processos térmicos com recuperação de energia, para a cidade São Paulo. Foram utilizados, através de fontes secundárias, os levantamentos gravimétricos realizados nos anos de 2017 e 2018 do agrupamento sudeste do município de São Paulo. Os dados foram utilizados para simular um modelo de segregação mecanizada e o resultado desta separação contribuiu para a modelagem de quatro cenários e estes comparados ao atual (1) onde 2% seguem para cooperativas e 98% para aterro sanitário: (2) Cenário Atual mais duas unidades de tratamento mecânico biológico (TMB); (3) Aumento 150% da coleta seletiva atual, agregando apenas 2 plantas de tratamento térmico; (4) Considera o volume atual de coleta seletiva, as 2 plantas de TMB do cenário “2” e 2 plantas de tratamento térmico; e o (5) que considera a hipótese do cenário “4” não encontrar destinação do material orgânico tratado, acarretando sua disposição em aterro. Diante do levantamento de fatores ambientais, financeiros e técnicos de cada cenário foi utilizado o método TOPSIS, que ordena a preferência por similaridade da solução próxima do ideal. Como resultado foi obtido o cenário (4) onde a coleta seletiva foi mantida nos níveis atuais de 2% em relação a geração, o tratamento mecânico apresentou uma recuperação de 25,12 %, entre CDR e recicláveis, o que somado ao tratamento térmico houve o alcance de uma redução estimada de 80,24% de disposição no aterro sanitário.