AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DA MORINGA OLEIFERA COMO COAGULANTE NATURAL DE MATÉRIA ORGÂNICA NO PRÉ-TRATAMENTO DA ÁGUA DE MANANCIAIS
A água para consumo humano deve apresentar características microbiológicas, físicas e químicas que atendam aos padrões de potabilidade, ou seja, livre de microrganismos patogênicos e de contaminantes. Para isso, são necessárias várias etapas de tratamento, entre elas: coagulação, floculação, sedimentação, filtração e desinfecção. O sulfato de alumínio é um eficiente coagulante químico utilizado em larga escala na etapa de coagulação / floculação / sedimentação; contudo ele apresenta algum nível de risco à saúde e ao meio ambiente, uma vez que vários estudos mostraram a associação deste metal com a doença de Alzheimer, e o lodo produzido nesta etapa não é biodegradável e precisa ser tratado para ser descartado ou reutilizado. A partir da avaliação de impactos do ciclo de vida para os processos de tratamento com Moringa oleifera e sulfato de alumínio, e das análises de redução da cor aparente, da turbidez, da alteração do pH e da alteração do carbono orgânico dissolvido, em amostras de água bruta preparadas pela mistura de turfa e água destilada, e tratadas com extrato salino da semente de Moringa oleifera, e com solução aquosa de sulfato de alumínio em várias dosagens com diferentes quantidades de produto, foi possível concluir pela viabilidade do uso da Moringa oleifera como alternativa natural ao coagulante químico sulfato de alumínio. A primeira conseguiu 85 ± 2 % de remoção da cor e 96,2 ± 0,2 % de remoção da turbidez, sem alterar o pH e o carbono orgânico dissolvido, contra 72 ± 3 % de remoção da cor e 86,1 ± 0,8 % de remoção da turbidez, sem alteração do carbono orgânico dissolvido, mas com redução do pH da ordem de 36 % para o sulfato de alumínio.