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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCELA SIMÕES TERUEL

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARCELA SIMÕES TERUEL
DATA : 22/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 211 do Bloco Zeta do Campus São Bernardo da Universidade Federal do ABC
TÍTULO:

Investigação dos efeitos do ácido isovalérico sobre a viabilidade metabólica e bioenergética em células da linhagem de neuroblastomas humanos SH-SY5Y


PÁGINAS: 75
RESUMO:

A acidemia isovalérica (IVAcidemia) é uma das acidemias orgânicas mais prevalentes no mundo. Etiologicamente, a IVAcidemia é causada por mutações na enzima isovaleril-CoA desidrogenase (IVD) e, como consequência, os pacientes apresentam massivo acúmulo do ácido isovalérico (IVA) em seus fluidos e tecidos corporais. Além disso, o excesso de IVA está intimamente relacionado a quadros clínicos com apresentação de hiperamonemia. Sabe-se que o encéfalo em formação é extremamente susceptível ao amônio e, mais ainda, os indivíduos com IVAcidemia que passam por eventos neonatais de descompensação metabólica podem apresentar prejuízos neurológicos irreversíveis. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar os potenciais efeitos deletérios do IVA - isoladamente ou associado a um modelo de hiperamonemia - em uma linhagem de células neuronais, através da determinação de diversos parâmetros bioquímicos. Para tanto, neuroblastomas humanos não-diferenciados da linhagem SH-SY5Y foram expostos, por diferentes períodos, a diferentes concentrações de IVA (1 mM, 2,5 mM, 5 mM e 10 mM) ou IVA em combinação com o cloreto de amônio (0,5 mM NH4Cl + IVA 1 mM e 0,5 mM NH4Cl + IVA 2,5 mM). Os resultados demonstraram que o IVA diminui significativamente a viabilidade metabólica celular, determinada pela redução do corante resazurina. Interessantemente, a redução da viabilidade metabólica foi exacerbada quando as células foram expostas ao IVA associado ao cloreto de amônio. Ainda, a avaliação da respiração celular demonstrou que, quando expostas ao IVA por 24 h, há aumento na taxa de consumo de oxigênio em todos parâmetros avaliados: respiração basal, respiração ligada à síntese de ATP, vazamento de prótons, respiração máxima e respiração não mitocondrial. É plausível propor que a exposição dos neuroblastomas não-diferenciados ao IVA esteja afetando o processo de fosforilação oxidativa nestas células, as quais, como mecanismo compensatório, aceleram sua taxa de respiração basal e máxima, porém, às custas de um aumento no vazamento de prótons e da utilização de oxigênio por fontes não mitocondriais, tais como oxidases regulatórias da homeostase redox. Logo, é possível que esses achados expliquem, ao menos em parte, a fisiopatologia das alterações neurológicas apresentadas pelos pacientes acometidos pela IVAcidemia.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 1227329 - CESAR AUGUSTO JOAO RIBEIRO
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 1762353 - MARIA CAMILA ALMEIDA
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 1676367 - ALEXANDRE HIROAKI KIHARA
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - RAFAEL TEIXEIRA RIBEIRO - UFRGS
Membro Suplente - Examinador(a) Externo ao Programa - 1669152 - DANIEL CARNEIRO CARRETTIERO
Notícia cadastrada em: 06/03/2024 17:07
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