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Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCAS MATHEUS STANGHERLIN

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCAS MATHEUS STANGHERLIN
DATA : 22/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 307 do Bloco B do Campus de Santo André da Universidade Federal do ABC
TÍTULO:

Estudo evolutivo das proteínas Spike de Betacoronavírus e seus receptores


PÁGINAS: 138
RESUMO:

Zoonoses emergentes são definidas como patologias que podem ser causadas por diversos
agentes etiológicos, frequentemente vírus, e que recentemente passaram por eventos de
Spillover de populações animais para populações humanas, podendo causar contágio em
alta escala. A humanidade recentemente passou por uma pandemia de três anos, causada
por um coronavirus denominado SARS-CoV-2 que atingiu e vitimou milhões de pessoas ao
redor do globo. Esse vírus pertence ao gênero betacoronaviridae, ao qual pertencem outros
vírus importantes para a saúde humana que causaram contágios com status epidêmico: O
SARS-CoV causador de uma epidemia em 2003 e o MERS-CoV em 2012. É nesse contexto
que esse trabalho busca estudar a história evolutiva das proteínas Spike (Críticas para
invasão celular) de betacoronavirus juntamente às suas respectivas proteínas receptoras
e relacionar à dinâmica das interações receptor-ligante afim de buscar respostas sobre
mutações que levam ao Spillover desses vírus em populações humanas e como a pressão
seletiva atua sobre as proteínas envolvidas. Para atingir esses objetivos, foram obtidas,
processadas e alinhadas as sequências das proteínas Spike de betacoronavirus e de suas
proteínas receptoras para que então pudesse ter suas filogenias estimadas. Com isso foram
estimadas as probabilidades de ocorrência de pressão seletiva positiva códon a códon
das regiões codantes dessas proteínas. Também foi analisada as naturezas das interações
no complexo receptor-ligante e relacionada aos processos evolutivos. Foi detectada alta
probabilidade de pressão positiva em um vasto número de resíduos das proteínas Spike
de uma vasta gama de espécies e variantes de betacoronavirus e também nas proteínas
receptoras, em diversas ordens de mamíferos, com alta concentração dessas mutações em
regiões importantes para a interação. Por fim também determinamos que as naturezas da
interação entre os resíduos das proteínas Spike de SARS-COV-2 e do receptor ACE2 na
interface interação se alteraram drasticamente entre cada uma das variantes. Os resultados
corroboram com a teoria da rainha vermelha: O fato de que a convivência e interação
patógeno-hospedeiro é um motor evolutivo para ambas as partes envolvidas, selecionando
aqueles vírus que abrigam mutações em proteínas virais que aumentem o fitness do vírus,
por motivos que envolvem desde maior capacidade invasiva até escape do sistema imune.
O mesmo ocorre com hospedeiros que abrigam mutações em proteínas que forneçam maior
resistência à infecção. Os resultados aqui apresentados fornecem novas informações acerca
da corrida evolutiva entre os coronavirus e seus hospedeiros e mais análises serão feitas
para elucidar mais sobre a história das adaptações nas proteínas Spike nos momentos de
Spillover para populações humanas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 1676356 - ANTONIO SERGIO KIMUS BRAZ
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 927.634.300-82 - HELENA BEATRIZ DE CARVALHO RUTHNER BATISTA VICENTE - UFRGS
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - MARCELO BROCCHI - UNICAMP
Membro Suplente - Examinador(a) Externo ao Programa - 1640121 - LUCIANA CAMPOS PAULINO
Notícia cadastrada em: 06/06/2023 14:03
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