Efeitos da fosforilação e o mecanismo molecular envolvido com o hDAT e o transporte de dopamina (absorção e efluxo).
O hDAT é uma proteína que relaciona-se com regulação da concentração de dopamina (DA) na fenda sináptica, permitindo o transporte do meio extracelular para o meio intracelular, sendo finamente regulada por modificações pós-traducionais que podem modular sua função, entre umas delas a fosforilação. O hDAT possui associado com doença de Parkinson, dependência de substâncias psicoativas, entre outras doenças. O objetivo desta Tese é investigar os mecanismos moleculares envolvidos na regulação do transportador de dopamina nos terminais nervosos. Inicialmente foi necessário construir um modelo do hDAT, este foi avaliado, minimizado e, por fim, realizou-se uma dinâmica molecular com membrana por 50 ns. A estrutura final da simulação por DM foi usada como entrada no CHARMM-GUI para gerar estruturas com diferentes padrões de fosforilação, que foram usadas para calcular os modos normais, e gerar estruturas com os métodos VMOD e MDeNM (Molecular Dynamics with excited Normal Modes). Posteriormente, os dados foram analisados usando as cadeias de Markov para obter os perfis de energia livre e identificação dos meta-estados neles, e para o cálculo das probabilidades de transição entre os meta-estados. Entre os principais resultados parciais, identificou-se que alterações no padrão de fosforilação no N-terminal e no C-terminal do hDAT podem alterar a amostragem dos meta-estados, sendo que esses necessários para o transporte de DA. Além disso, estas alterações impactam os movimentos e os modos normais de baixa frequência alterando com isto a dinâmica estrutural do hDAT e assim como o espaço conformacional explorado usando MDeNM. Como conclusão parcial pode-se destacar que mudanças na fosforilação de um resíduo induz a alterações na dinâmica estrutural do hDAT, podendo dificultar os diferentes meta-estados associados com o transporte da DA. Essa alteração na função de transporte pode afetar a homeostase de DA em neurônios dopaminérgicos, impactando a sobrevida destas células.