Acreção esférica azimutalmente simétrica na presença de um campo magnético dependente do tempo
O avanço crescente da astrofísica e do estudo de buracos negros nos mostra que ainda temos muito a avançar sobre o estudo da acreção de partículas em objetos compactos. Sua relevância se deve ao fato de ser a principal fonte de energia desses objetos e ser de grande importância aos estudos realizados sobre esses sistemas, devido a detecção de raios X e Gamma emitidos durante o fenômeno de acreção. Apesar de não ser o tipo de fenômeno mais estudado, devido a sua baixa intensidade de emissão de radiação, o que dificulta a sua detecção pelos aparatos existentes, a acreção esférica possui relevância no estudo dos tipos de acreções pois engloba grande parte dos sistemas não binários, cuja velocidade de rotação é consideravelmente baixa, quando comparada ao que observamos em sistema binários e buracos negros. Dos trabalhos desenvolvidos sobre acreção esférica, destaca-se o trabalho de Bondi, pioneiro na dedução de uma taxa de acreção de partículas pelo seu acretor, obtendo uma relação entre a taxa de acreção e a velocidade da partícula a partir da simplificação do objeto compacto em estudo (ausência de campo magnético, rotação, troca de calor e pressão). Neste trabalho, apresentamos uma revisão da teoria de acreção esférica proposta por Bondi, acrescentando as análises do comportamento da velocidade da partícula à medida em que se aproxima da superfície do acretor, mostrando a sua transição de subsônica para supersônica à medida em que nos aproximamos de um raio crítico, ou raio sônico, do acretor. Em seguida, propomos a inclusão de um dipolo magnético ao objeto compacto e estudamos as suas implicações
a partir da análise gráfica das curvas de nível da trajetória ao longo do plano polar. Por fim, discorremos sobre os próximos passos a serem desenvolvidos ao longo dos meses subsequentes.