CULTURA DIGITAL E PATRIMÔNIO DOCUMENTAL:
Um panorama da transformação digital nos arquivos, museus
e centros de documentação paulistas
A transformação digital em instituições custodiadoras de patrimônio documental permite acesso remoto a informações antes restritas a visitas presenciais a coleções, limitando a vivência da experiência cultural àqueles com possibilidade de deslocamento até os locais de custódia de documentos. A digitalização de processos e acervos em instituições desta natureza garante, além da preservação da informação, a disseminação do conteúdo informacional do patrimônio documental sem limitações geográficas, ampliando o acesso à experiência cultural e gerando a possibilidade de novos tipos de interação entre o público e as instituições. Por esta razão, operar a transformação digital em acervos é uma necessidade institucional, no sentido de continuar atendendo às demandas dos usuários habituais enquanto atende-se às expectativas dos novos usuários, familiarizados com experiências culturais remotas. Este levantamento objetiva demonstrar o estado da transformação digital em arquivos e museus paulistas, através da análise da disponibilidade de acesso remoto a coleções. Museus, arquivos e centros de documentação detentores de cadastro ativo no Conselho Nacional de Arquivos e localizados no estado de São Paulo compõem o escopo da amostra, à qual foi aplicada observação estruturada dos websites institucionais a fim de elucidar: qual a intensidade da presença das instituições na rede global de computadores e qual o grau de digitalização de coleções e a existência de ferramentas para acessá-las, quando digitalizadas. Demonstrações gráficas do estado da transformação digital e das possibilidades de acesso remoto foram geradas, concluindo-se que a maior parte das instituições analisadas está operando gradualmente a transformação digital em seus processos e acervos custodiados a fim de preservar informações neles contidas, permitir acesso remoto e proporcionar ao usuário uma experiência cultural digital.