EFEITO DO CONGELAMENTO DA MARCHA E DA MEDICAÇÃO ANTIPARKINSONIANA NA BIOMECÂNICA DO TRONCO E MEMBROS SUPERIORES DURANTE A MARCHA EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON
O uso da medicação antiparkinsoniana representa um avanço terapêutico para a doença de Parkinson. No entanto, a marcha é parcialmente responsiva à medicação. Um fator que altera os parâmetros da marcha desses indivíduos é a presença de congelamento da marcha (CM). Esse estudo tem por objetivo analisar o efeito do congelamento da marcha e da medicação antiparkinsoniana na biomecânica do tronco e membros superiores durante a marcha em participantes com doença de Parkinson. Foram avaliados 22 participantes de ambos os sexos diagnosticados com doença de Parkinson Idiopática. Os participantes realizaram as avaliações clínicas e de marcha em duas condições distintas referentes à medicação antiparkinsoniana, on – quando estiverem sob efeito dos fármacos antiparkinsonianos – e off, permanecendo em um período de aproximadamente 12 horas anteriores à avaliação sem ingestão de nenhum remédio relacionado ao Parkinson. Os participantes foram divididos de acordo com a presença do sintoma de congelamento da marcha. Para o grupo controle, foram selecionados 35 participantes saudáveis pareados pela idade de uma base de dados aberta. Todos os participantes andaram no chão em uma passarela com 10 metros de comprimento com uma velocidade confortável e autosselecionada. As variáveis cinemáticas do tronco e membros superiores e as características clínicas dos grupos em cada condição foram comparadas nas seguintes análises: Grupo DP CM+ e DP CM- ambos na condição ON e grupo controle; Grupo DP CM+ e DP CM- ambos na condição OFF e grupo controle; Grupo (DP CM+ e DP CM-) e condição (ON e OFF). Modelos lineares de efeitos mistos foram ajustados, controlando para diferenças entre grupos encontradas nas características demográficas e escalas clínicas para comparação entre grupos com DP. Para comparação entre os grupos DP e o grupo controle foi utilizado a análise de variância (ANOVA). O nível de significância para todas as análises foi estabelecido em α = 0.05 e para análise de interações foi utilizado o post hoc de Bonferroni.