Modelagem espacial da expansão urbana no Município de Ilha Comprida – SP
O presente trabalho estuda a expansão urbana no município de Ilha Comprida, localizado no litoral Sul de São Paulo, entre os anos de 2010 e 2018, por meio da aplicação do método de peso de evidências pelo software Dinamica EGO, com o objetivo de avaliar as principais variáveis envolvidas na transição de uso do solo não-urbano para o uso urbano. Foram estudadas as variáveis categóricas de vegetação, solo e zoneamento urbano, além das variáveis de Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI) e distância à borda do município, linha de costa, sistema viário, drenagem e pontos de interesse fotográfico. Os resultados permitiram constatar que áreas de solo exposto, agricultura, depósitos arenosos, gramíneas e próximas às manchas urbanas e sistema viário possuem alta probabilidade de transição para o uso urbano, enquanto que essa probabilidade diminui em áreas próximas a linha de costa e drenagem, com exceção para a faixa de 30 metros, que apresentou uma probabilidade positiva de transição para o uso urbano. As análises da influência do NDVI indicam que as áreas classificadas como não vegetação (entre -1 e 0) possuem influência negativa para expansão, de modo que os pesos positivos aparecem nas faixas entre 0,3 e 0,7. Por fim, constatou-se também que o zoneamento proposto pelo Decreto Estadual nº 30.817, de 1989 possivelmente tem contribuído para conter a expansão nas zonas mais restritivas ao parcelamento do solo, no caso das Zona de Proteção Especial (ZPE) e Zona de Vida Silvestre (ZVS), enquanto que na Zona de Ocupação Controlada 2 (ZOC 2), de uso urbano, tem apresentado baixo potencial de expansão, apontando a necessidade de estudo das variáveis que possam estar contribuindo para o não desenvolvimento urbano nesta área. Ao final, através das variáveis analisadas, gerou-se um mapa de probabilidade de mudança para as transições estudadas.