ECONOMIA COMPORTAMENTAL: Uma contribuição à crítica da abordagem metodológica
instrumentalista na Economia.
O presente trabalho se propôs a analisar a construção da Economia Comportamental e o atual estado da
arte neste campo. A Economia Comportamental é entendida, de maneira ampla, como: (1) uma resposta a
apropriação das proposições do empiricismo lógico no pensamento econômico; e (2) uma crítica à
ausência de relacionamento da teoria econômica com as contribuições das demais ciências sociais.
Partindo da perspectiva metodológica, que busca a compreensão da crítica à apropriação das proposições
do empiricismo lógico pelo pensamento econômico, procuramos apresentar algumas das diversas
maneiras propostas pelos economistas comportamentais para aperfeiçoar a teoria econômica. Após uma
breve revisão da construção metodológica da ciência econômica, com foco nas apropriações das
contribuições da filosofia da ciência oferecidas pelos economistas, serão apresentadas diferentes
contribuições e críticas de alguns economistas comportamentais com relação ao tema. Num primeiro
momento, o principal objetivo será a compreensão dos trabalhos da Nova Economia Comportamental,
como os de Kahneman, Tversky, Thaler, Loewenstein, Camerer, Rabin, Bowles, Laibson, Akerlof e
outros, na busca da compreensão do êxito de suas proposições. A análise de algumas das contribuições
dos considerados “velhos” economistas comportamentais auxilia na identificação dos fatores
determinantes deste êxito da abordagem proposta pela Nova Economia Comportamental. Neste sentido,
buscamos compreender as diferenças e os fundamentos do escopo das contribuições da Economia
Comportamental sob um aspecto metodológico. Por fim, procuramos compreender se existiria algum
“custo” envolvido na apropriação econômica, que ocorre de forma parcial, das contribuições do campo e
quais são os caminhos possíveis para futuros desenvolvimentos do campo da Economia Comportamental.