PADRÕES E RECOMENDAÇÕES PARA O DESING UNIVERSAL EM JOGOS EDUCACIONAIS DO TIPO “ROLE PLAY GAME” (RPG)
A Lei Brasileira de Inclusão nº13.146, de 6 de julho de 2015 regulamenta “assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. A exclusão por insuficiência de acessibilidade em diversas áreas se reflete na tecnologia, dentre elas jogos educacionais digitais. Esses tipo de tecnologia tem sido muito utilizada em sala de aula, por seu caráter divertido, os jogos são considerados bons instrumentos de apoio no processo de aprendizagem. Se por um lado são raros aqueles que fornecem algum tipo de acessibilidade, por outro, não há relatos de jogos que tenham sido desenvolvidos sob a perspectiva do design universal (DU), ou seja, um único jogo capaz de ser usado por diferentes tipos de pessoas, incluindo aquelas com deficiência. Parte dessa lacuna, pode ser atribuída a complexidade que envolve o design de um jogo e a ausência de diretrizes específicas para projetar e implementar jogos em digitais. A consequência disso é a exclusão digital e educacional, de um grupo de alunos, quando esses jogos são usados para mediar o processo de aprendizagem. Diante desse contexto, este trabalho propõe um conjunto de padrões e recomendações para o design universal de um jogo educacional digital (JED) do gênero Role-playing Game (RPG). Para alcançar esse fim, foi utilizado um estudo de campo, com duração de um ano, em que dados foram coletados por observação direta durante o projeto e desenvolvimento de um jog do tipo RPG. Além do estudo de campo, testes de usabilidade e acessibilidade foram realizados com diferentes tipos de usuários, dentre eles: pessoas sem deficiência, surdos, pessoas com deficiência visual e cognitiva. Os resultados esperados são recomendações, que surgem a parir de padrões, que abrangem três perspectivas do design de jogos: Interface, Narrativa e Mecânica. A principal contribuição dessa pesquisa é fornecer diretrizes para que outros projetos de jogos educacionais, sob a perspectiva do DU, possam ser desenvolvidos. Espera-se que dessa maneira, colaborar para que o jogo possa ser utilizado na educação universal e inclusiva.