A ESPIONAGEM NORTE-AMERICANA NO GOVERNO MERKEL: DA PARCERIA TRANSATLÂNTICA HISTÓRICA À DESCONFIANÇA
O objetivo desta dissertação é compreender a razão para a espionagem dos Estados Unidos da América a Primeira Ministra alemã Angela Merkel. Para tal, analisamos o arcabouço teórico acerca de temas pertinentes, tais como o Sistema Internacional, Segurança Internacional, o conceito de hegemonia nas relações internacionais, além da Espionagem e Inteligência como dispositivos para políticas de ação e/ou reação. Apresentando como os países se enxergam mutuamente no sistema e como a estrutura deste sistema coage os Estados a negociarem ou batalharem por objetivos, vemos condicionantes para o comportamento ambíguo dos EUA frente a Alemanha sob o governo de Angela Merkel e membros do Parlamento alemão. Conhecendo ainda o histórico da parceria entre estas duas potências, relatamos como constrangimentos e potencialidades da interdependência de ambos deram luz ao regime transatlântico de Defesa e cooperação estratégica. Posteriormente, analisando o governo de Angela Merkel em si, bem como suas responsabilidades, entendemos os condicionantes para a desconfiança dos EUA frente a Europa e principalmente a liderança alemã na comunidade europeia. Para responder a pergunta: Por que os EUA espionaram Angela Merkel — uma aliada–, esta pesquisa se divide em três capítulos principais. O primeiro, traz o aporte teórico para compreensão dos conceitos que permeiam o objeto de pesquisa; o segundo capítulo confere a história do regime transatlântico de aliança entre os norte-americanos e alemães; e o terceiro e último capítulo traz à tona o período de espionagem praticado pelos EUA contra Angela Merkel, bem como condicionantes contemporâneos para tal ação coativa. Por fim, analisar-se-á de maneira conclusiva o fato e uma resolução para nossa pergunta de pesquisa, bem como avaliação da hipótese inicial de pesquisa.