Plataformas imobiliárias, ADMINISTRADORAS DE IMÓVEIS E LOCAÇÃO FLEXÍVEL: NOVOS ATORES NA financeirização da moradia NA CIDADE DE São Paulo
Como consequência da tecnologia desenvolvida pelo Airbnb e outras, tem sido crescente a atuação de plataformas imobiliárias, de administradoras de imóveis e de contratos de aluguéis que se convencionou chamar de “locação flexível” ou “flex stay”. Algumas construtoras passaram a construir prédios inteiros para vender à investidores que deixam nas mãos das empresas administradoras o gerenciamento do imóvel e a locação nesse modelo flexível. Esse tipo de locação pode ser tanto de curta temporada quanto no padrão de 30 meses. São imóveis já mobiliados e decorados, o pagamento é antecipado no cartão de crédito, o valor inclui uma série de serviços e os contratos podem dispensar fiador, garantias e procedimentos burocráticos. Os imóveis são sempre localizados em regiões privilegiadas das grandes cidades, com infraestrutura urbana e de serviços. A luz do referencial teórico da financeirização da moradia e trabalhos empíricos sobre os impactos do Airbnb, a pesquisa pretenderá analisar esses modelos de atuação e avaliar se podem representar uma tendência ao aumento da participação dos investidores institucionais nas propriedades da cidade de São Paulo, alterando o padrão de ocupação do espaço.