Nanopartículas de Ouro Estabilizadas por Polímeros Naturais Derivatizados como Ferramentas para o Sensoriamento Químico e Bioquímico
As nanopartículas de ouro (AuNPs) possuem propriedades únicas incluindo elevada estabilidade química, excelente biocompatibilidade e a ressonância plasmônica de superfície, o que as tornam apropriadas para diversas aplicações. Sua relevância na catálise enzimática, devido à capacidade de mimetizar a atividade das enzimas peroxidase, permite o uso como sensores químicos e bioquímicos. Neste contexto, e dando continuidade às investigações anteriores do nosso grupo de pesquisa, demonstramos que nanopartículas de ouro podem ser produzidas por meio de uma abordagem em etapa única onde derivados de polímeros naturais atuam simultaneamente como agente redutor e estabilizante. AuNPs com tamanhos na faixa de 10-20 nm e potencial zeta positivo (em torno de + 10 mV) foram obtidas utilizando-se derivados de quitosana e dextrana. O uso de polímeros enxertados, nos quais cadeias de polioxazolinas foram quimicamente conjugadas aos polímeros naturais, conferiu aos sistemas híbridos uma notável estabilidade temporal em meios salinos. A capacidade destas nanopartículas em catalisar a oxidação do substrato TMB (3,3’,5,5’-tetrametilbenzidina) na presença de peróxido de hidrogênio foi demonstrada, evidenciando o potencial para aplicações em sensoriamento químico e biológico voltado para a detecção de glicose e colesterol.