TEMPORALIDADES MAQUÍNICAS:
INDIVIDUAÇÃO, SUBJETIVIDADE E EXPRESSÃO DO TEMPO NO CINEMA
Esta dissertação investiga as interseções entre filosofia, cinema e tecnologia, examinando a maneira pela qual as tecnologias cinematográficas geram novas formas de temporalidade e subjetividade e são transformadas por elas em retorno. Concentrando-se nos conceitos de máquina, individuação e produção de subjetividade elaborados por Gilles Deleuze, Félix Guattari e Gilbert Simondon, a pesquisa propõe que as imagens cinematográficas, como acontecimento, se atualizam em múltiplos circuitos, criando ressonâncias entre diferentes realidades e temporalidades. Ao pensar a realização coletiva e os componentes de subjetividade distribuídos no processo de criação cinematográfica, o trabalho destaca as implicações éticas e políticas das temporalidades maquínicas no cinema. O estudo aprofunda-se na análise do conceito de “máquina”, expandindo-o além da noção estritamente mecânica para abranger sistemas complexos de relações técnicas, sociais e subjetivas. Esta abordagem permite uma compreensão mais ampla dos processos de individuação, transindividuação e produção de subjetividade no contexto cinematográfico, considerando as imagens como processos dinâmicos de individuação. Compreender esses processos pode oferecer novas perspectivas sobre a produção de subjetividade e a experiência do tempo na contemporaneidade, contribuindo para um entendimento mais abrangente da interação entre tecnologia, arte e pensamento filosófico.