Coletivos na cidade de São Paulo: práticas organizativas, práticas de atuação e identidades coletivas
O objetivo desta dissertação é pesquisar as práticas organizativas e de atuação, as identidades coletivas e os objetivos políticos de grupos de atuação política que se autodenominam “coletivo”, a fim de analisar elementos comuns que os caracterizam, bem como investigar as tensões e os limites que os atravessam nas suas relações internas e nas interfaces com a sociedade. Para isso, foram entrevistados cinco coletivos de diferentes temáticas que atuam na cidade de São Paulo: Casadalapa, Coletivo 20 de novembro, Coletivo Digital, Coletivo Sycorax e Organismo Parque Augusta. A presente análise reconhece que a autodenominação “coletivo” está associada ao emprego de práticas de organização e de atuação mais horizontais e colaborativas, entretanto aponta para existências de elementos que problematizam e limitam esta construção. Também não foi verificada a centralidade no uso das tecnologias da informação e comunicação pelos coletivos, não sendo considerado um diferencial desses grupos. A pesquisa visa contribuir com o mapeamento da diversidade do campo da ação coletiva e movimentos sociais e agregar elementos ao fenômeno dos coletivos contribuindo para ampliar e aprofundar o conhecimento sobre a constituição e os modos de fazer desse ator coletivo.