TRANSPORTE AÉREO E AVIAÇÃO REGIONAL BRASILEIRA: ESTUDO DOS VETORES DE DESENVOLVIMENTO E PROPOSTAS DE POLÍTICAS DE FOMENTO A PARTIR DE TÉCNICAS DE CENARIZAÇÃO
Historicamente, tem havido no Brasil uma crescente demanda pelo modal aéreo. Em um país com deficiências estruturais de transporte, o modal tornou-se alternativa essencial por apresentar características competitivas (segurança, rapidez e conforto) comparativamente a outros modais. No período de 1960 a 2017, enquanto a produção nacional multiplicou-se por nove, a demanda por transporte aéreo aumentou quase 38 vezes (IBGE, ANAC, 2016). O corolário para as estimativas de crescimento do tráfego está no fato de que a indústria aérea regular no Brasil vem apresentando expressivas taxas de crescimento nos últimos anos1 , ainda que tais aumentos não estejam associados necessariamente à precariedade da infraestrutura rodoviária, mas às condições macroeconômicas e da dinâmica do próprio mercado aéreo. Na chamada Aviação Regional (AR), aquela que atende a mercados cujo aeroporto movimenta até 500 mil passageiros/ano, segundo definição da SAC - Secretaria de Aviação Civil -, os números mostram o oposto. Em 1960 eram aproximadamente 350 cidades servidas, contra as 80 atuais (SAC, 2015), resultado da descontinuidade e/ou ausência de políticas públicas de estímulo ao setor