CONSTRUÇÃO CRÍTICA DE CIDADANIA, IDENTIDADE E EMANCIPAÇÃO: EXPERIÊNCIA DA EDUCAÇÃO POPULAR NAS POLÍTICAS LGBT+ NA CIDADE DE SÃO PAULO
A problemática central da pesquisa abarca os nexos entre formas de construção de subjetividade, de exercício da cidadania pela de atuação política e conquista de autonomia possíveis a partir de instrumentos educacionais populares e seus efeitos na heterogênea população LGBT+. Nesta pesquisa almeja-se traçar um mapeamento comparativo entre iniciativas políticas e Associações da Sociedade Civil, cujo foco está na luta pelo reconhecimento social e políticas redistributiva/reparadoras para esta população. As iniciativas populares - de construção de espaços educacionais gratuitos e ancorados nos debates atuais e dos direitos humanos, convivência e troca de conhecimento - podem oferecer conteúdos dignos de análises que tencionem as situações de precariedade social. Além de trazer possíveis contrastes/diferenças que existam entre elas e as políticas públicas -tendo como eixo os temas: Direitos Humanos, população LGBT+ e educação popular- foca-se na necessidade de também explorar viabilidades entre ambas no que tange a transformação social e luta educacional sancionadas pelas normativas do Art. 26 da Declaração Universal de Direitos Humanos. O estudo tem como pano de fundo a contemporaneidade dos debates oriundos dos Direitos Humanos em uma perspectiva da Educação Popular, situando a cidade de São Paulo e seu protagonismo/centralidade nas diretrizes de políticas LGBT+. Esta pesquisa pretende produzir um quadro comparativo -a partir da metodologia etnográfica associativa situacional e de suas ferramentas como a observação participante em grupos associativos urbanos- e pela metodologia de análises comparativas internacionais de políticas sociais através de categorias de avanços e recuos, possibilidades e limitações, analisadas tanto nas políticas públicas afirmativas LGBT+, como na mobilização popular. Com a finalidade de analisar os efeitos através de dados oriundos de diálogos e da construção de convivência com pessoas LGBT+ participantes do Núcleos de Educação Popular UNEAfro Luz e com as pessoas atendidas pelo programa Transcidadania do Centro de cidadania LGBT Laura Vermont.