Mediações imagéticas e a colonialidade dos gêneros como prescritivos nas representações e narrativas sobre a mulher negra brasileira
A presente pesquisa visa analisar a mulher negra brasileira encarnada em constantes reelaborações e arranjos sociais, para a permanência da sua condição subalterna, tendo suas respectivas vivências pautadas pela colonialidade de poder e de gêneros. O corpo racializado, inspecionado pelo racismo e sexismo, que é permeado, governado e mantido por funções sociais, muito bem descritas por Gonzalez (2020), também chamadas por Collins (2019) de “imagens de controle”. Elaboramos a seguinte pergunta de pesquisa: considerando o mercado, os movimentos sociais e a própria intelectualidade como arenas de disputas permanentes, como ocorre o fenômeno da “negritude tardia” no Brasil nesses últimos 30 anos? A busca por fundamentação teórica nos estudos étnico-raciais, nos apresenta a leitura social da mulher negra brasileira. Apresentaremos uma interpretação da “negritude tardia como acontecimento, com a devida reflexão nos estudos étnicos raciais, na mestiçagem como categoria do racismo disfarçado, no pensamento afro ladino americano, na colonialidade de gênero juntamente com a teoria intersecional estadunidense. Lembramos que o fio condutor para tal interpretação/análise se dará via representações imagéticas envolvendo mulheres negras brasileiras