AS FORMAS DE RESISTÊNCIA À CONTRARREFORMA PSIQUIÁTRICA
O presente trabalho tem como objetivo evidenciar e analisar as formas de resistência que trabalhadores em cena de um CAPS AD produzem em seu cotidiano frente ao cenário de contrarreforma psiquiátrica, pensando também quais os sentidos e significados atribuídos à esse panorama de retrocessos no campo da Política de Drogas, destacando a alta complexidade do produzir cuidado em saúde mental nessa interface. Delimita-se como recorte temporal para análise (documental e de dimensão subjetiva) de 2016 a 2020, período marcadamente destacado como avanço das Contrarreformas. Assim, realizou-se a pesquisa no município Santo André, tendo em vista a experiência andreense no desenvolvimento do campo da saúde mental e demais ramificações ao decorrer do tempo histórico de crescimento da cidade. No que tange à metodologia, a pesquisa tem caráter qualitativo, com entrevistas semi-estruturadas e análise documental, se valendo do arcabouço teórico da Psicologia Sócio Histórica, Ciências Sociais e Humanas.