PPGCHS PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Téléphone/Extension: Indisponible http://propg.ufabc.edu.br/ppgchs

Banca de DEFESA: ANA CRISTINA GREIN MARRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CRISTINA GREIN MARRA
DATA : 11/03/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Tecendo redes de afeto a partir das “saidinhas” das prisões femininas


PÁGINAS: 120
RESUMO:

Nesta dissertação, pretendo propor uma conexão entre Cuidado, Reprodução Social, Gênero e Sistema Prisional. Parto do pressuposto de que o Cuidado é socialmente feminizado, porque é exercido, na maior parte dos casos, por mulheres e por corpos femininos. Minha hipótese é de que quem cuida das mulheres presas e das saídas temporárias são, principalmente, outras mulheres, também responsáveis pelos cuidados das suas casas, comunidades e pelo trabalho de reprodução social. A revisão de literatura constatou que a maioria das mulheres encarceradas, além de ser mãe, jovem e negra, é pobre e não tem companheiro/a, fatores que lhes dificultam o acesso ao cuidado de si, de sua família e à própria sobrevivência. Problematizo, portanto, o cuidado vivenciado por essas mulheres, à luz de teorias feministas críticas e estudos de gênero, recorrendo a teorias feministas do cuidado, à teoria da reprodução social, ao feminismo negro e decolonial, utilizando, ainda, os conceitos foucaultianos de dispositivo disciplinar, dispositivo de sexualidade e de vigilância. Para tanto, busco responder às seguintes perguntas: Quais são as relações de cuidado que se estabelecem em torno das saídas temporárias das mulheres encarceradas? Quem cuida da organização dos movimentos sociais para que seja possível a saída temporária? Podemos considerar a “saidinha” como uma estratégia política de cuidado reivindicada por esses movimentos? A metodologia adotada foi qualitativa, através do uso da técnica de observação participante, acrescida de revisão bibliográfica, análise documental e da realização de entrevistas semiestruturadas. Minhas observações de pesquisa se guiaram, sobretudo, pela observação, participação e análise de movimentos de resistência contra o cárcere e o sistema prisional. Constatei, nas atividades dos citados grupos, que não há políticas públicas suficientes para o cuidado das pessoas encarceradas no Brasil e que os movimentos anti-cárcere, sobretudo os liderados por mulheres, são responsáveis por dar apoio e criar redes de cuidado para as mulheres presas e egressas, antes, durante e após as saídas temporárias, que concluímos ser uma estratégia política de cuidado reivindicada por esses movimentos.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - Interno ao Programa - 2222046 - ALESSANDRA TEIXEIRA
Membro Titular - Examinador(a) Interno ao Programa - 3065770 - BRUNA MENDES DE VASCONCELLOS
Membro Titular - Examinador(a) Externo à Instituição - FERNANDA EMY MATSUDA - UNIFESP
Membro Suplente - Examinador(a) Interno ao Programa - 1891496 - CAMILA CALDEIRA NUNES DIAS
Membro Suplente - Examinador(a) Externo ao Programa - 1533353 - REGIMEIRE OLIVEIRA MACIEL
Notícia cadastrada em: 16/01/2025 21:43
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