AVALIAÇÃO QUALI-QUANTITATIVA DA PRESENÇA DE MICROPLÁSTICOS NAS ÁGUAS DO RIO TAMANDUATEÍ (RMSP) E SUA RELAÇÃO COM O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Os microplásticos (MPs) já foram detectados em água, solo, atmosfera, alimentos e tecidos humanos, representando risco para ecossistemas e saúde pública. Mesmo removendo-se mais de 90 % dessas partículas, as Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) continuam sendo uma fonte expressiva de MPs, pois o efluente residual e o lodo tratado despejam milhões de partículas no meio ambiente. No Brasil, o problema se agrava pelo baixo índice de coleta e tratamento de esgoto. Rios urbanos, como o Tamanduateí – que corta áreas densamente povoadas e industrializadas do Grande ABC até desaguar no Rio Tietê, em São Paulo. Diante da ausência de estudos locais, esta pesquisa visa avaliar a presença de MPs nas águas do Rio Tamanduateí. Serão coletadas amostras superficiais (em triplicata) em seis pontos estratégicos (da nascente à foz) em dois períodos climáticos (seca e chuvosa). Após peneiramento, digestão orgânica, separação por densidade e filtração, os MPs serão quantificados, classificados por forma e cor em estereomicroscópio e identificados por FTIR. Medições de pH, condutividade elétrica, turbidez e vazão complementarão a caracterização. Os resultados, comparados estatisticamente, permitirão mapear as principais fontes pontuais e difusas de MPs no rio, subsidiando políticas de mitigação.