EFEITOS DA METFORMINA NA DEGRADAÇÃO DA PROTEÍNA TAU: IMPLICAÇÕES PARA A DOENÇA DE ALZHEIMER.
A Doença de Alzheimer (DA) é uma desordem neurodegenerativa caracterizada, por dois marcadores histopatológicos bem conhecidos, os agregados de β-amilóide extracelular e os emaranhados de neurofilamentos da proteína TAU hiperfosforilada intracelular, com a segunda estando relacionada à progressão do déficit cognitivo. A co-chaperona BAG2 atua como um mecanismo neuroprotetor ao promover a degradação da TAU patológica via proteassomo independente de ubiquitina. Em paralelo, a metformina, um fármaco utilizado no tratamento de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), demonstra potenciais efeitos neuroprotetores. Este estudo investiga os efeitos da metformina na degradação da proteína TAU, com foco na sua regulação sobre a BAG2. Para isso, foram utilizadas linhagens de células de neuroglioma humano (H4), controle e com interferência para o gene BAG2 via CRISPRi. O tratamento com metformina (1 e 10 mM) reduziu a viabilidade metabólica em células H4, efeito não observado nas células com silenciamento de BAG2. A metformina não alterou os níveis de transcritos de mRNA de BAG2 , mas induziu uma redistribuição da proteína, diminuindo sua concentração na região perinuclear. A transfecção com TAU-mRuby foi padronizada com sucesso para estudos futuros. Os resultados sugerem que a BAG2 modula a resposta celular ao estresse metabólico induzido pela metformina e que o fármaco regula a BAG2 por meio de sua localização subcelular, e não por sua expressão gênica. As próximas etapas incluem a avaliação dos níveis de proteína TAU em resposta ao tratamento em ambos os modelos celulares.