Perfil bioquímico do estresse oxidativo em modelos 2D e 3D de endometriose
Células epiteliais de endométrio do tipo endometriótico (linhagem celular 12Z) exibem uma vulnerabilidade intrínseca ao estresse oxidativo quando comparadas a células epiteliais de endométrio saudáveis (Ishikawa). Demonstramos que as células 12Z apresentam níveis basais mais elevados de espécies reativas de oxigênio (EROs, p < 0,01) e são significativamente mais sensíveis ao peróxido de hidrogênio (H₂O₂). Uma descoberta crítica, revelada em nosso modelo de cultura 3D, foi o colapso de 78% das reservas de glutationa em células 12Z sob estresse — um mecanismo de falha não observado em culturas 2D, que apresentaram uma resposta compensatória. Essa vulnerabilidade foi ainda corroborada por níveis mais elevados de peroxidação lipídica e carbonilação de proteínas. Embora a N-acetilcisteína (NAC) tenha restaurado a viabilidade celular, ela foi ineficaz na prevenção de danos ao DNA. Nossos achados destacam a fragilidade do sistema de defesa antioxidante em células endometrióticas e ressaltam a superioridade dos modelos 3D para o estudo da fisiopatologia da doença.